Quinta, 29 Outubro 2015
O GOVERNO, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional (MCTESTP), quer criar mecanismos para combater crimes cibernéticos e reduzir o crescente risco de violação da privacidade e segurança de pessoas e de instituições no país. A intenção foi anunciada pelo Ministro Jorge Nhambiu durante a cerimónia de abertura do I Conselho Coordenador da instituição, que decorre desde ontem na Empresa Nacional de Parques de Ciência e Tecnologia, em Maluana, no distrito da Manhiça.
O governante explicou que a ideia é projectar acções que contribuam para melhorar a segurança informática e estabelecer uma estratégia de segurança cibernética no país para travar os crimes do género que, nos últimos tempos, se registam com frequência.
“Temos consciência que esses crimes ocorrem no país de diferentes formas, desde as transacções bancárias, invasão de e-mails e até pela acção dos piratas informáticos”, disse Nhambiu, acrescentando que o ministério quer controlar essas situações anómalas.
Sem precisar datas, Jorge Nhambiu disse que o MCTESTP vai trabalhar para submeter a sua proposta de estratégia de segurança cibernética às autoridades competentes de modo a que esta seja rapidamente viabilizada.
Explicou ainda que, a ser aprovada, a estratégia deverá ser implementada pelas autoridades policiais e judiciárias, que serão previamente incluídas no processo de elaboração deste documento.
Para além disso, segundo o ministro, há necessidade de se garantir a formação de recursos humanos (técnicos) para a segurança cibernética e a implementação de infra-estruturas e plataformas de defesa contra ataques cibernéticos no país.
“A nossa ideia é garantir que nos próximos cinco anos cada uma das províncias tenha pelo menos uma instituição de formação de nível médio em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), porque esses crimes ocorrem em todo o país”, acrescentou.
Nhambiu afirmou que as TIC’s são uma ferramenta catalisadora de desenvolvimento socioeconómico do país, com potencial para gerar impacto no funcionamento de instituições públicas e privadas e na melhoria da prestação de serviços ao cidadão, daí a necessidade da sua contínua expansão.
“Melhorar o acesso e uso das TIC’s para mais moçambicanos e a custos competitivos com recurso a diversas iniciativas dos sectores público e privados, para alcançar um número cada vez maior da população”, disse o ministro.
Sob o lema “Ciência, Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional, Construindo uma Plataforma para o Desenvolvimento Socioeconómico do País”, o I Conselho Coordenador do MCTESTP junta cerca de 180 pessoas, com o objectivo de coordenar, planificar e controlar a acção conjunta das estruturas centrais e locais do ministério.
O evento visa ainda abordar, entre outros assuntos, a forma e o papel que a Ciência e Tecnologia, o Ensino Superior e Técnico-Profissional devem desempenhar nos esforços e iniciativas de exploração de recursos naturais em Moçambique, principalmente a articulação e exploração de sinergias com as iniciativas do sector privado de investimento na exploração destes recursos, para assegurar a participação de cidadãos qualificados e não só.
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