07-06-2015 14:13:46
Filipe Madinga da AIM
Mogovolas (Moçambique), 07 Jun (AIM) – Os funcionários e agentes do Estado, sobretudo professores, que vivem a mais de 30 quilómetros dos seus locais de trabalho, na província nortenha de Nampula, pediram ao Presidente da República (PR), Filipe Nyusi, o desarmamento dos homens armado da Renamo.
Segundo explicaram, a razão deste pedido, está o facto de os homens armados do maior partido da oposição em Moçambique (Renamo), ameaçarem os funcionários e agentes do Estado, sobretudo professores, durante o percurso para os seus postos de trabalho.
A solicitação foi apresentada, este sábado, numa reunião com funcionários e agentes do Estado que Nyusi orientou no distrito de Mogovolas, tendo os intervenientes pedido que esses homens fossem desarmados o mais rápido possível.
Na ocasião, o Presidente da República explicou que o Governo está a fazer tudo para que haja paz em Moçambique, avançando que a existência de homens armados afugenta os investidores, travando o desenvolvimento que o povo tanto almeja.
“O diálogo para a busca da paz está em curso. Infelizmente, não está a trazer soluções. A EMOCHM (Equipa Militar de Observadores Internacionais da Cessação das Hostilidades Militares) era para desarmar os homens da Renamo e integra-los no exército e na polícia e os mais velhos seriam reinseridos na sociedade”, explicou Nyusi.
Segundo Nyusi, estes compatriotas estão a ser desinformados para não gozarem destas oportunidades de enquadramento e reinserção social.
“As vezes, vocês encorajam esse tipo de pessoas. Quando chegam aqui, apoiam as ideias deles. Eu posso querer a paz, mas, se vocês não querem, não é possível obtê-la”, disse Nyusi.
Os funcionários e agentes do Estado queixaram-se ao Presidente Nyusi da demora excessiva na mudança de carreira, do magro salário que está a ser pago aos professores, falta de pagamento de ajudas de custo, elevadas taxas de juros cobradas pelos bancos, falta de bibliotecas nas escolas, entre outros problemas.
Reagindo a falta de bibliotecas nas escolas, Nyusi explicou que o apetrechamento está a ser feito pouco a pouco devido a falta de recursos financeiros para o efeito.
Para Nyusi, o que mais conta, neste momento, é que existem escolas para todas as crianças estudarem.
Sobre os salários, o Presidente da República disse ser um problema nacional que só pode ser resolvido com o aumento da produção e da produtividade pois, para aumentar salários é preciso ver quanto dinheiro existe.
Para o caso dos professores, segundo Nyusi, este ano beneficiaram de um aumento salarial de dez por cento, que é superior quando comparado com o de outros sectores, sublinhando que o efectivo de professores sobe anualmente com novas admissões.
(AIM)
MAD/DT
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