O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, admitiu hoje ter autorizado uma emboscada às Forças de Defesa e Segurança, em Tete, centro do país,PARAevitar uma nova movimentação das suas tropas e pede uma comissão de inquérito parlamentar.
Em declarações à Lusa na cidade da Beira, Afonso Dhlakama, líder da Renamo, disse que a emboscada ocorreu a 14 de Junho, a três quilómetros da base de Mucombeze (Moatize, Tete), que reagrupa o braço militar do partido, e avançou que dos confrontos resultaram 45 mortos do lado das forças de defesa e segurança e nenhum do seu, contrariando dados da polícia que referem apenas um morto e um ferido.
"Não posso esconder, dei ordens", declarou Afonso Dhlakama, acrescentando que a sua força se apercebeu da presença das tropas do Governo a quase cinco quilómetros da base.
"O comandante perguntou ‘mais uma vez temos de mudar a base porque esses vêm nos atacar?' Eu disse que não, vão ao encontro deles", disse o líder da Renamo, reconstituindo a conversa com o responsável militar da base da Renamo, que alegadamente já tinha mudado três vezes de local para evitar confrontações, e precisando que os combates ocorreram a três quilómetros da unidade.
Afonso Dhlakama propõe a criação de uma comissão de inquérito, constituída pela presidente da Assembleia da República e as chefes das bancadas da Renamo e da maioria da Frelimo, para apurar as reais causas do confronto.
O líder da Renamo disse que o braço militar do maior partido da oposição sofreu cinco ataques na semana passada, dois em Funhalouro (Inhambane) e em Guijá e Dindisa (Gaza), no sul do país, sem vítimas, e o quinto em Mucombeze, distrito de Moatize (Tete).
A polícia descreveu que dois camiões transportando militares e um veículo Land Cruiser equipado com uma metralhadora foram atacados por homens armados, quando estavam envolvidos na operação de abastecimento das posições governamentais, com a morte de um agente e ferimentos noutro.
Na semana passada, o porta-voz da Renamo, António Muchanga, chamou os jornalistas para denunciar um ataque a posições da Renamo em Tete, mas afinal, segundo Dhlakama, a ordem partiu dele.
O líder do maior partido da oposição voltou a avisar que a sua "paciência está a esgotar-se", devido ao que considera frequentes provocações e ataques militares, e acusou o Governo de manter o país na "incerteza".
Entretanto, ameaça retaliar a qualquer ataque governamental a partir de hoje, assegurando que tem aumentado a "pressão e preocupação" dos seus comandos militaresPARA responder a eventuais ofensivas
"Eu sou um homem da paz, lutei pela democracia, continuo a lutar e não quero afugentar os investimentos nacionais e internacionais, nem assustar as populações, mas estou cansado das brincadeiras da Frelimo", declarou Afonso Dhlakama.
A Renamo não reconhece os resultados das últimas eleições gerais e exige a criação de autarquias províncias em todo o país e gerir as seis regiões onde reclama vitória eleitoral, sob ameaça de tomar o poder à força.
Lusa – 23.06.2015
JOAQUIM CHISSANO, EX-CHEFE DO ESTADO: Rejeitámos negociar com os portugueses de cá (Conclusão)
O ANTIGO Presidente da República Joaquim Chissano afirma que a Renamo deverá depor as armas e optar pelo debate políticoPARA condizer com a postura de um partido político, por ela se achar democrática.
Faz entender ainda que aquela formação tem seus membros em vários sectores do Estado, mas que não se revelam porque a Renamo o acha assim conveniente, daí não ser verdadeira – diz Chissano – a tese da exclusão que Afonso Dhlakama defende. Nesta conclusão da entrevista com o estadista, o homem que governou Moçambique por 18 anos até Janeiro de 2005, assevera que para além da paz o seu projecto de governação contemplava a criação de bases para que o país desse passos firmes rumo ao desenvolvimento. Joaquim Chissano aborda também alguns dos feitos do seu tempo de Presidente e elogia a entrega do seu sucessor, Armando Guebuza, sobretudo na construção de infra-estruturas e revela esperança no actual Chefe do Estado, Filipe Nyusi, a quem augura continuidade na edificação do país. Eis, nas linhas que se seguem, o último terço da entrevista:
NOT.– Um dos legados que deixou foi a estabilidade do país, estabilidade no sentido de que a Renamo, com quem negociou e assinou o Acordo Geral de Paz em 1992, já não matava. Olhando para as coisas hoje, esta Renamo voltou aos disparos. Há algo que faria, se estivesse no activo, de modo a que esta Renamo não ameaçasse a paz e a estabilidade dos moçambicanos?
Posted at 23:44 in 25 de Abril de 1974, Acordo Lusaca e reacções - 07.09.1974, História, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)ShareThis
GOVERNO E RENAMO ASSINAM DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS
As delegações de governo e da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, assinaram hoje, em Maputo, a Declaração de Princípios sobre a Despartidarização da Administração Pública, acto que marcou o culminar dos consensos alcançados em torno desta matéria entre as partes.
A Declaração, rubricada pelos chefes das duas delegações no diálogo político, José Pacheco e Saimone Macuiana, respectivamente, estabelece algumas medidas adicionaisPARA eliminar o que as partes consideram de percepções sobre a partidarização do Estado.
Assim, o documento defende a introdução de um sistema de concurso e sua publicitação em todas as principais fases (lançamento, apresentação de candidaturas, apresentação do júri, selecção e anúncio dos resultados) para os secretários permanentes provinciais e distritais, chefes de postos administrativos e presidentes das localidades e de povoações.
O mesmo procedimento é extensivo aos \presidentes dos conselhos de administração de empresas públicas ou participadas pelo Estado, presidentes do Conselho de Administração ou directores gerais dos fundos públicos.
À luz da Declaração, é proibido oDESCONTO por via de retenção na fonte de salários de funcionários e agentes do EstadoPARA quaisquer fins, excepto nos casos previstos na lei, bem como a participação activa em actividades político-partidárias de reitores das universidades públicas e gestores públicos, funcionários e agentes do Estado durante as horas normais de expediente.
Posted at 21:19 in Defesa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0) ShareThis
Dhlakama propõe criação de comissão para negociar províncias autónomas em Moçambique
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, propõe a criação de uma comissão, com elementos do Governo e do seu partido, para negociar as províncias autónomas que reivindica para Moçambique.
"Esta proposta já foi colocada ao Governo, através da sua assessoria, para que qualquer encontro que houver com [o Presidente a República, Filipe] Nyusi não seja apenas para apertos de mão, porque isso seria dececionar a população que espera que a Renamo governe seis províncias", disse à Lusa Afonso Dhlakama, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
Segundo o líder do maior partido da oposição em Moçambique, a comissão seria composta por seis membros, três de cada parte, e funcionaria em paralelo com as equipas de diálogo de longo-prazo que se avistam semanalmente em Maputo, mas com a missão de trabalhar exclusivamente na descentralização do Estado.
"A Frelimo tem dito que também tem um plano de descentralizar a administração do Estado nas 11 províncias", declarou Afonso Dhlakama, esperando que um acordo político possa incorporar as ideias da Renamo e "entraria na Assembleia da República como sendo do Governo".
O presidente da Renamo defende que o plano de descentralização do Estado deve atender as autonomias que o seu partido exige e, com base nisso, as seis províncias onde reivindica vitória eleitoral sejam implementadas ainda este ano e as outras cinco após as eleições gerais de 2019.
Homem detido a tentar vender 46 armas AK-47 em Sofala
A polícia anunciou hoje a detenção de um homem na posse de 46 armas AK-47, no centro do país, que alegou pertencerem à Renamo, principal partido de oposição, e que pretendia vendê-las por cerca de cinco mil meticais cada.
"Segundo este (detido), as armas pertencem à Renamo e ele diz que pretendia vender a cinco mil meticais cada", afirmou o porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Pedro Cossa, citado pela Agência de Informação de Moçambique, (AIM), durante a conferência de imprensa semanal de balanço da actividade policial.
De acordo com Cossa, o homem foi detido na província de Sofala, centro de Moçambique, uma região com uma presença significativa de membros do braço armado da Renamo, por ter funcionado como abrigo das principais bases do movimento durante os 16 anos de guerra civil, que terminou em 1992.
Em declarações à Lusa na Beira, capital de Sofala, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, admitiu hoje ter autorizado uma emboscada às Forças de Defesa e Segurança moçambicanas, em Tete, centro do país,PARA evitar uma nova movimentação das suas tropas, pedindo uma comissão de inquérito parlamentar.
Dhlakama disse que a emboscada ocorreu a 14 de Junho, a três quilómetros da base de Mucombeze (Moatize, Tete), que reagrupa o braço militar do partido, e avançou que dos confrontos resultaram 45 mortos do lado das forças de defesa e segurança e nenhum do seu, contrariando dados da polícia que referem apenas um morto e um ferido.
"Não posso esconder, dei ordens", declarou Afonso Dhlakama, acrescentando que a sua força se apercebeu da presença das tropas do Governo a quase cinco quilómetros da base.
Posted at 20:17 in Defesa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0) ShareThis
Cristovão Colombo é português...
A História italiana diz que Colombo seria genovês.
Os espanhóis que terá nascido em Espanha !!!
Mas, a maior probabilidade é mesmo a de ser português natural de Cuba, no
Alentejo.
Frequentou a Escola Náutica de Sagres, casou na Madeira que descobriu com o nome de Gonçalves Zarco... Conclusão a que chegou Obama, hoje presidente dos EUA, em 1995 por mera diligência judicial, como advogado.
Se ainda não conhece, vale a pena ler, não só pelo trabalho desenvolvido no argumento, como pelo conhecimento histórico que o mesmo proporciona, particularmente a nós portugueses.
Se acham que já viram de tudo, não deixem de ler esta carta, de fina ironia e historicidade exaustiva, em resposta a um mero pedido de empréstimo bancário para uma organização americana sem fins lucrativos, realizado no já distante ano de 1995, que merece lugar de destaque num museu da advocacia...
Não é por acaso que Barack Obama chegou à presidência dos Estados Unidos da América!!!...
Leiam aqui Download Obama-Advogado
INTERVENÇÃO DE SÉRGIO VIEIRA NO 4º CONGRESSO DO PARTIDO FRELIMO(1983)
MOÇAMBIQUEPARA TODOS vai recordar durante os próximos tempos algumas das intervenções feitas no 4º Congresso do Partido Frelimo. Poderão assim muitos dos leitores deste espaço comparar o que então se dizia e fazia com a prática dos dias de hoje.
Claro que não é a mesma FRELIMO!
Continuamos com uma intervenção do Camarada Coronel SÉRGIO VIEIRA. então Ministro da Agricultura.
Veja outros depoimentos em
Dhlakama admite ter ordenado emboscada contra o exército em Tete
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, admitiu hoje ter autorizado uma emboscada às Forças de Defesa e Segurança, em Tete, centro do país, para evitar uma nova movimentação das suas tropas e pede uma comissão de inquérito parlamentar.
Em declarações à Lusa na cidade da Beira, Afonso Dhlakama, líder da Renamo, disse que a emboscada ocorreu a 14 de Junho, a três quilómetros da base de Mucombeze (Moatize, Tete), que reagrupa o braço militar do partido, e avançou que dos confrontos resultaram 45 mortos do lado das forças de defesa e segurança e nenhum do seu, contrariando dados da polícia que referem apenas um morto e um ferido.
"Não posso esconder, dei ordens", declarou Afonso Dhlakama, acrescentando que a sua força se apercebeu da presença das tropas do Governo a quase cinco quilómetros da base.
"O comandante perguntou ‘mais uma vez temos de mudar a base porque esses vêm nos atacar?' Eu disse que não, vão ao encontro deles", disse o líder da Renamo, reconstituindo a conversa com o responsável militar da base da Renamo, que alegadamente já tinha mudado três vezes de local para evitar confrontações, e precisando que os combates ocorreram a três quilómetros da unidade.
Afonso Dhlakama propõe a criação de uma comissão de inquérito, constituída pela presidente da Assembleia da República e as chefes das bancadas da Renamo e da maioria da Frelimo, para apurar as reais causas do confronto.
O líder da Renamo disse que o braço militar do maior partido da oposição sofreu cinco ataques na semana passada, dois em Funhalouro (Inhambane) e em Guijá e Dindisa (Gaza), no sul do país, sem vítimas, e o quinto em Mucombeze, distrito de Moatize (Tete).
Posted at 16:29 in Defesa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (1) ShareThis
Como Nó Górdio foi escangalhada
Atanásio Salvador Mtumuke, conta como a guerrilha, na década de 70, escangalhou a operação Nó Górdio de Kaúlza de Arriaga. Samora Machel desceu da TanzâniaPARA o interior de Cabo Delgado, para instruir os comandantes no sentido de organizar a guerrilha em pequenos grupos de três elementos, com a missão de efectuar ataques surpresa e imediatamente recuar. As bases, alvo da operação, deviam estar às moscas.
- Dirigida pessoalmente por Kaúlza de Arriaga, Comandante-Chefe das forças armadas portuguesas, a Operação Nó Górdio foi em 1970, com o objectivo de isolar o núcleo central do Planalto dos Makondes, onde se concentravam três bases da Frente de Libertação de Moçambique, em formato triangular, designadamente as bases de Gungunhana, primeiro objectivo, base central, a que a tropa colonial classifica de base Moçambique (objectivo segundo) e a base de Nampula, terceiro objectivo da tropa colonial portuguesa.
Atanásio Salvador Mtumuke, ministro da Defesa Nacional, testemunhou a Operação Nó
Górdio.
Em entrevista que nos concedeu, recorda que Samora Machel tomou conhecimento da Operação Nó Górdio, a partir da Tanzânia, antes dela iniciar.
Samora Machel visitou, por essas alturas, a província de Cabo Delgado, tendo reunido com os comandantes da guerrilha da Frente de Libertação,PARA os dar a conhecer da estratégia da tropa colonial portuguesa, e deixar orientações precisas sobre o modo de contrariar a táctica do inimigo na frente de combate.
De acordo com Mtumuke, os guerrilheiros receberam ordens de abandonar as três bases que seriam alvo da Operação Nó Górdio, e formados em grupos de três guerrilheiros, com ordens para “fazermos ataques esporádicos” e depois fugir por entre o mato.
Desse modo, quando a tropa colonial portuguesa atingiur as bases, não encontrou ninguém, uma vez que a guerrilha encontra-se espalhada pelo mato e a organizar contra-ataques.
Despartidarização Do Aparelho Do Estado
Correspondênci@ Electrónic@
Por: Noé Nhantumbo – Beira
Tardou mas agora que se anuncia que o governo e a Renamo chegaram a consenso em sede de negociações sobre a “despartidarização do aparelho do estado” todos os moçambicanos agradecem e regozijam-se.
É um acontecimento de grande vulto e uma ocasião para lembrar a todos que o entendimento é possível entre compatriotas.
Aquilo que se dizia impossível tornou-se possível porque houve razoabilidade e sentido patriótico.
Logo que a postura de arrogância foi abandonada tudo ficou mais fácil.
O caminho a percorrer ainda é longo pois falta o dossier das questões militares e das questões económicas por resolver.
Enquanto escribas e apologistas da manutenção do poder e de regras que lesam a pátria se escondem e não dão relevo ao consenso alcançado é preciso que os amantes da paz celebrem o acordo que vai ser assinado e o mediatizem.
O povo moçambicano precisa conhecer que houve um entendimento mesmo que parcial.
Aquele Moçambique que foi sonhado pelos combatentes independentistas dava lugar a participação de todos sem descriminação e neste Junho de 2015 mostra-se deveras importante que essePASSO seja dado com firmeza.
COMO AS PPP SÃO USADAS PARA BENEFICIAR AS ELITES E PREJUDICAR O ESTADO
As Parcerias Público-Privadas (PPP) são modelo de investimento cada vez mais usado no mundoPARA a prossecução do bem público, através da participação de capitais privados na provisão de bens, serviços e infra-estruturas públicos. Em Moçambique, a prática demonstra que as PPP são área preferencial usada pela elite política e pela burocracia do Estado para a promoção de negócios privados em detrimento do interesse público. O presente documento apresenta resultados de um estudo em torno de uma PPP, estudo que revela como esta foi e está a ser usada pela elite governante para benefício próprio, violando a lei e ignorando os interesses da colectividade. Trata-se da Concessão à Whasintelec, para a produção e distribuição de chapas de matrícula de veículos automóveis e de reboque. A empresa concessionária é participada por Armando Guebuza, Graça Machel, entre outras figuras da elite política nacional.
Leia tudo em
DEMO(A propósito da entrevista que o Notícias vem publicando)
Sátira Política
A Renamo e o Dhlakama insistem terem lutado pela democracia. Sábado, o insuspeito do costume, Joaquim Chissano, defendeu que a Renamo foi criada para contrariar a democracia, entretanto implantada pela Frelimo, obreira da luta contra a dominação colonial portuguesa.
Essa sim, a administração colonial, não democrática, daí a necessidade que a guerrilha-Frelimo arregaçou as mangas e enfrentou, com sucesso, a tropa colonial.
O que não está claro nas palavras do antigo presidente, Joaquim Chissano, é o facto de após a Independência Nacional, a Frelimo ter sido conotada com a doutrina socialista, longe daquilo que seria o sistema democrático.
De resto, Chissano teria dito, há semanas, que a Frelimo, após a Independência, ensaio uma proximidade com o ocidente, mas os Estados Unidos da América andaram hesitantes, até que a aposta acabou sendo um bocadinho mais ao leste.
Ou seja, segundo Chissano, em termos práticos, a Frelimo nem estava junto do ocidente, nem do leste, antes numa espécie de um pêndulo… que tanto podia inclinar mais ao ocidente, e noutras situações, mais ao leste.
Cá está, pois, um caso de estudo a partir das afirmações de Joaquim Chissano.
A Frelimo foi sempre democrática?
E a Renamo?
EXPRESSO – 22.06.2015
NOTA:
PARAJoaquim Chissano se recordar vejam(em especial o último documento)
Posted at 11:00 in Acordo Lusaca e reacções - 07.09.1974, História, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0) ShareThis
Entre verdades e meias-verdades a saga continua
Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Quarenta anos de Independência levantando poeira escondida.
Qual é dificuldade de reconhecer-se que a génese exógena da guerra civil afecta todos? Porquê dar relevo e circunstância a um dos beligerantes e não apresentar os pontos de vista do outro, num processo que aconteceu e foi testemunhado por todos os moçambicanos?
Se havia conselheiros e apoiantes da Renamo provenientes das hostes dos serviços secretos rodesianos e zimbabweanos, quem não sabe que em todas as cidades moçambicanas prédios inteiros eram ocupados por especialistas militares soviéticos ao serviço do Governo da Frelimo?
Por favor, senhores combatentes da luta anticolonial, poupem-nos de mais repetições intragáveis do que sois e do que terão feito, porque desde 1975 nos bombardeiam com isso.
Acreditamos que desempenharam um papel de relevo na luta independentista, mas também sabemos que de democracia nada tinham, como agora alguns querem fazer crer. Aproveitar a ocasião dos “40 anos de Independência” para exacerbar posições e levantar ou fazer renascer ódios revela fraquezas ou uma vontade de esconder a verdade histórica.
A história não é linear e não possui pureza de que alguém se possa arvorar ou orgulhar em exclusivo.
A luta anticolonial foi um processo histórico que envolveu pessoas de todos os extractos sociais com pontos de vista diferentes quanto ao futuro de Moçambique.
De nada vale falar-se hoje que uns eram democratas e revolucionários e que os outros eram reaccionários e contra-revolucionários.
Os trabalhadores da empresa de areias pesadas de Kenmare-Moma estão em greve desde as 19h de ontem, dia 22 do mês corrente
Isto porque a direcção da empresa decidiu reduzir 27% do salário de base dos 61.8%PARA 40% que era pago para as horas extras antecipadas que os trabalhadores do turno recebiam.
Os trabalhadores que exercem o trabalho no turno fazem 12 horas diárias e com 52 e duas horas por semana de trabalho.
Estão paralisadas todas as operações até que a empresa se pronunciar.
(Recebido por email)
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