O Gabinete Central de Combate à Corrupção ordenou, na passada quinta-feira, 4 de Junho, a detenção de cinco funcionários superiores da empresa pública “Águas da Região de Maputo”, indiciados da prática de actos de corrupção e desvio de fundos naquela empresa. O “Canalmoz” teve acesso aos nomes de todos os implicados no processo de corrupção.
Uma fonte do Ministério Público na cidade de Maputo disse ao “Canalmoz” que os detidos são: Frederico Martins, ex-presidente do Conselho de Administração da “Águas da Região de Maputo”; Judite Manhique, administradora executiva da mesma empresa; Inusso Ismael, ex-director dos Serviços Sociais; Eugénio Chambule, ex-director-adjunto dos Serviços Sociais; Salomão Muthemba, ex-funcionário da empresa.
A fonte, que solicitou o anonimato, disse que as detenções decorreram no âmbito das investigações que vinham sendo feitas pelo GCCC desde 2011 à gestão daquela empresa. A empresa fornecedora de água aos municípios de Maputo e Matola passou a chamar-se “Águas da Região de Maputo” com a expansão, em 2011, do seu sistema de abastecimento, que abrange também a vila de Boane.
A empresa chamava-se anteriormente “Águas de Moçambique”, mas a constatação de que aquele nome não reflectia o âmbito da sua actuação geográfica – que é a área metropolitana de Maputo e não o país todo –, nem as profundas mudanças ocorridas na sua estrutura acionista, ditaram as alterações, que incluem o respectivo logótipo.
Ela surgiu em 1999, no âmbito da gestão delegada dos sistemas de abastecimento de cinco cidades do país (Maputo, Beira, Quelimane, Nampula e Pemba). Desde então, passou a responder pela cidade de Maputo, ao abrigo de um regime de concessão estabelecido com o Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG).
Anteriormente, a empresa tinha como accionistas a “Saur”, uma empresa francesa, a “Águas de Portugal” e a “Mazi” (um grupo de firmas moçambicanas).
Em 2002, os franceses saíram da empresa, deixando a “Águas de Portugal” como accionista maioritário, até 28 de Dezembro de 2010, altura em que o FIPAG passou a deter 73% das acções. (BernardoÁlvaro)
CANALMOZ – 09.06.2015
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