domingo, 5 de abril de 2015

Intervencao militar contra Kadafi: problemas Africanos, solucoes Africanas (Recordando)

"Mocambique condena intervencao militar contra Kadafi" in O Pais!

Bom posicionamento se assumirmos a tese de problemas Africanos, solucoes Africanas. Mas, a posicao dos que sao amigos do povo Libio vao dizer que Mocambique esta a ignorar o povo! Tenho receio que o pronunciamento publico da diplomacia Mocambicana, cedo ou tarde, coloque Mocambique no lado errado da historia!

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  • Jay Cee Malôa A diplomacia mocambicana sempre (desde os tempos de Mondlane) foi lucida em relacao as decisoes normativas (o que eh certo ou errado). Mas o que eh certo ou correcto nem sempre eh bem interpretado na esfera global de aliancas e ja pagamos facturas caras devido a nossa "lucidez". Em relacao aos "amigos do povo Libio", sabemos nos que os africanos nunca tiveram amigos. Alias, neste jogo nao ha amizades apenas interesses e Libia eh um dos ultimos paises que necessitaria de intervencao militar pra resolucao de seus conflitos (se quisermos olhar para os indices de desenvolvimento humano naquele Pais). A questao que colocas, por outras palavras, eh se deveriamos nos objectar de nossas conviccoes em prol das aliancas? Talvez, caso-a-caso (a astucia faz te a cama), mas no caso em analise nao acredito que fira nossas aliancas. O que me indigna nesta historia eh a apatia colectiva de Africa ou diria UA. Mais uma vez provamos que nao somos capazes de resolver nossos problemos sozinhos e repetidamente nos desmoralizamos internacionalmente. Porque diplomatas da UA tem que cooperar com diplomatas da UE mais o inverso nao acontece? (http://www.telegraph.co.uk/.../Libya-regime-negotiates...)
    Sabemos todos a resposta. Assim vai Africa, num neo-colonialismo vicioso e sempre ferido por interesses que nos extravasam.
  • Calton Cadeado Maloa, my friend! good point o teu a cerca da lucidez da diplomacia Mocambicana. Mas, isto e politica. Pronunciamentos publicos desta natureza tem que ter em conta os resultados dos acontecimentos no terreno. Normativamente, esta super correcto. Mas, estrategicamente, tenho receios que o pronunciamento publico nao nos ofereca muita coisa mais tarde. Esta claro que Kadafi, mais cedo ou tarde, vai cair! Concordo igualmente, que nao ha amigos neste negocio. so ha interesses. E precisamente aqui onde entra o meu receio. O que e que a diplomacia Mocambicana ganha com este pronunciamento publico? Neste caso, penso que Mocambique devia falar atraves da Uniao Africana ou da SADC. E menos risco estrategico. Pode-se chamar-igualmente cobardia, mas isto e politica. Isto e defesa de interesses do Estado! Quanto aos interesses de fora, e verdade que existem e sao poderosos. Mas nao concordo que nos limitemos a eles. Libya tem desenvolvimento mas tem problemas internos que o povo decidiu resolver pacificamente mas teve uma resposta violenta! Porque? Para Kadafi, L'etat c'est moi! L'Afique doit marcher ao meu gosto!!
  • Jay Cee Malôa Respondendo tua pergunta "nao ganhamos absolutamente nada" senao "lucidez". Tenho k concordar contigo que perdemos uma grande oportunidade de ficar calados. Mas falando, nao esperava que nos posicionassemos de forma diferente. De certa maneira a historia se repete e a corda rebenta pelo lado fraco. A pergunta chave aki seria, "Havia mesmo necessidade de nos pronunciarmos?" Sendo a resposta nao... ups, our bad; sendo a resposta sim, BOM PRONUNCIAMENTO. Mas se dissermos que o pronunciar de per si ja foi um erro, meus argumentos todos caiem por agua abaixo e teu argumento de pronunciamento colectivo pela SADC e UA faz muito sentido e repleto de sabedoria. Mas ao colocar este pronunciamento nos anais da diplomacia africana, Mocambique eh um exemplo a seguir, isto de per si me satisfaz o ego. Alias, como isto nao se trata de um jogo de soma zero, eu diria que os dados nos remetem mais a um "dilema de prisioneiros", nao acredito que este pronunciamente arruine futuras relacoes. Existe um conjunto de interdependencia de interesses em Mocambique em que nossos aliados so rebentarao as tripas em casos extremos, e este ainda nao eh um deles (pelo menos por enquanto). Agora, aceitar o exilio do homem em Mocambique, bem ai a coisa toma proporcoes mais serias e outra analize se exige.
  • Calton Cadeado Maloa! Concordo plenamente com o teu poscionamento quanto a clarividencia da politica externa e em relacao as aliancas! For further comments, I need to take um arzinho e volto!
  • Jay Cee Malôa Me too, vou rebentar um Starbucks k preciso de energia pra continuar  te cuida homem... fui...
  • Bayano Valy o povo líbio, qual povo líbio? será que os que estão do lado de qadhafi não são líbios? estamos a falar de tribos cada uma com os seus interesses. quando cidadãos se armam deixam de ser cidadãos mas bandidos armados. qualquer um faria tudo para acabar com a rebelião.
  • Guirino Nhatave Concordo consigo Calton, embora temos que ter sempre connosco alguns pontos de análise, note que Webber e Smith (2002), afirmam que Política Externa é composta por objectivos procurados ou almejados, conjunto de valores, decisões tomadas e acções levadas pelos Estados e os Governos nacionais agindo em seu nome no contexto das relações externas das sociedades nacionais. Reiteram que a Política Externa constitui um esforço para planear, gerir e controlar as relações externas das sociedades nacionais. E Moçambique não se distancia desta abordagem, pois se olharmos atentamente a Política Externa de Moçambique (Resolução nº32/2010), constatamos que sua visão é a defesa do interesse nacional, fazer mais amizades para o país, diversificar as parcerias no mundo, bem como contribuir para a paz e progresso da humanidade, projectando sempre o “bom nome” e a “boa imagem” de Moçambique na arena internacional.
    O último parágrafo, referente a Introdução, da mesma resolução, remete-nos a percepção de que Moçambique deve continuar a ser um actor activo no contexto regional e internacional em prol da paz, democracia e progresso através da promoção do diálogo e desenvolvimento das relações de amizade e cooperação mutuamente vantajosas com os Estados, (…), com base no respeito mútuo pela soberania e integridade territorial, igualdade, e não ingerência nos assuntos internos e reciprocidade de benefícios.
    E Se atentarmos, de forma não esgotada, aos princípios fundamentais da Politica Externa de Moçambique, às alíneas e, g, h e J, mostram claramente o posicionamento de Moçambique, não em relação a Líbia, mas sim, em relação a qualquer Estado Africano e do Mundo. Note ainda que, a título exemplificativo, a alínea j), acima referida, remete Moçambique à defesa da primazia da solução negociada de conflitos. Predisposições igualmente exaltadas, pelas alíneas d) e j), referentes aos objectivos da politica externa de Moçambique. 
    Penso que Moçambique fá-lo dentro do quadro da PE de Moçambique e da Diplomacia silenciosa, exaltando a abordagem da gestão do conflito Líbio. Moçambique fá-lo, também em nome do interesse nacional.
  • Jay Cee Malôa @ Guirino, tudo correcto, mas qual eh o interesse nacional nesta historia??? Identificaste algum?
  • Dalepa Stanley Luis Dalepa Calton eu tbm so da opiniao que foi uma posicao boa, mais poderia sem melhor, se tivessimos feito isto muito mais cedo..ainda penso que este tipo de posicionamento e muito pouco para um pais que foi lider na regiao em termos de solidariedade para com outros povos vitimas de opressao, mas tbm compreendo e entendo que o mundo mudou, o contexto tbm e as feramentas da diplomacia Mocambicana tbm tinham que se enquadrar a estes contextos. A Diplomacia silenciosa so e boa quando o seu conteudo tiver uma eficacia boa..NB e uma opiniao
  • Muhamad Yassine Calton penso que esta chegada a hora dos africanos se posicionarem em conjuntoppois algumas situacoes merecem uma maior intervençao dos africas e em bloco
  • Calton Cadeado Meus caros amigos! desculpa pelo silencio. Estive a viajar e nao entrei na net para o debate. E, pelo que vejo, o debate esta aberto e tem conteudo critico. Gostaria de reagir ao Guirrino usando a observacao do Maloa. Concordo plenamente com os principios. Nao sao novidades. Eles fazem parte do politicamente correcto para o publico mas politica e sempre o que esta atras do politicamente correcto. Alem do mais, meu caro, o conceito de interesse nacional e muito traicoeiro. Podemos discutir este conceito do ponto de vista academico e politico e vera o que estou a referir-me. Acredito que a diplomacia Mocambicana pode ter feito uma analise de custos e beneficios para vir a publico apresentar a sua posicao. Mas continuo a pensar no valor estrategico disso a longo prazo. Achei super interessante a forma como o Bayano e o Ananaias colocam a questao do povo. Na realidade, aquele povo e orientado por dinamicas clanicas e concordo que tem o direito de se defender o seu lider amado - que pode ser considerado um benevolente dictator. Mas, no meu ver, Kadaffi cometeu o erro etrategico ao reagir violentamente a manifestacao pacifica - ele mais do que ninguem sabe que a componente externa estava a espera de um pretexto para forcar um regime change na Libya - a reaccao violeta que ele resencadeou pos a nu a fragil lealdade clanica que ele comprou com o petroleo. E, este e um problema interno que poucos querem ver e preferem ficar na teoria de conspiracao (que ate existe e nao nego a sua importancia). Assim sendo, Bayano e Ananias, gostaria de perceber um pouco mais a cerca do que voces pretendem transmitir com o questionamento/ observacao relativamente ao povo?! Voltando a minha questao de fundo, o posicionamento publico de Mocambique, acho que so recebi uma reaccao directa do Maloa com que concordo, plenamente. Se nao estou errado, nao recebi nenhuma descordancia em relacao a minha posicao. Agora, posso dizer poque e que, provavelmente, pode ter orientado Mocambique a essa decisao. Libya e Kadaffi, pessoalmente, ofereceram um grande apoio financeiro, economico e ate para o sector de educacao. Politicamente, pode ser um retributo a Kadaffi e a Libya mas nao sei se isso corresponde com a tendencia do sopro do vento na Libya. Nao sei se nas analises da Diplomacia Mocambicana, estao a visualisar a sobrevivencia de Kadaffi. Mesmo que isso aconteca, e um erro estrategico se nao se percebeu que ha muito que o reinado de Kadaffi esta em crise. Kadaffi tem muitos amigos mas tambem tem muitos inimigos na Africa. Neste caso, continuo a pensar que Mocambique devia ter falado atraves da SADC ou UA. E assim como funciona a dipomacia de paises que nao sao super-potencias ou nao sao "atrevidas" como Cuba...! O multilateralismo e sempre a melhor opcao para paises que nao sao potencias. O que me surpreende aqui, e que Mocambique ja usou essa posicao muitas vezes, nos ultimos anos e foi bem sucedido - mesmo na altura em que respondemos abertamente contra o Apartheid, so sobreviveu-se porque existia o suporte multilateral...! Chegados a este ponto, posso dizer que, eventualmente, o posicionamento de Mocambique tomou este contorno porque Libya nao tem grande peso nos interesses nacionais e, por isso, assumiu-se o risco de politicamente correcto, dar uma palmadinha nas costas de Kadaffi. Para todos efeitos, politicamente, Kadaffi nunca devera ter razoes de queixas em relacao a Mocambique caso ele e o seu regime sobrevivam. Mas, se ele ne o regime nao sobreviverm, o que sera do Novo regime em relacao a Mocambique? Nao ha problema?! E um mal menor?!
  • Muhamad Yassine estou a espera para dar a carta final como conclusao do debate hahahahaha
  • Muhamad Yassine temos posicionamentos alguns relevantes que merecem alguma analize, penso que faz sentido olharmos para o posicionamento de Moz mas.... tambem sabemos que por vezes agente se posiciona em funçao do vento.
  • Guirino Nhatave Rendo me Maloa, por enquanto...
  • Calton Cadeado Nao e problema seguir o vento. Mas e preciso seguir com seguranca de que isso nao vai por em causa interesses do estado...!
  • Abdula Manafi E a morte de civis nos territórios palestinianos causados pela colonização israelita pq não merecem uma intervenção "humanitária"? Ah, já me esquecia, Israel está acima do "normativismo"...
  • Calton Cadeado Manafi! Durante muito tempo foi exposto a apenas uma versao da historia do Medio Oriente. Essa versao e pro Palestina. Mas, novos dados, novas leituras. Vide os considerados new historians que estao a explorar dados tornados publicos pela democracia Israelita. Esta e uma coisa que os Palestinianos e os Arabes em geral ainda nao conseguem fazer. Mas, isso e outro debate que aprendi a ter muita cautela na profundidade das analises que pretendo tomar como mais objectivas possiveis. Aqui, o meu negocio e Mocambique...!
  • Abdula Manafi ok, voltemos então, à Moçambique: julgas que era necessário fazer este pronunciamento? Se sim, quais os interesses por detrás da mesma?
  • Calton Cadeado O meu ponto e justamente o contrario. Achei imprudente fazer o pronunciamento publico. Parece-me que com este pronunciamento, o risco de nos colocarmos do lado errado da historia e muito grande para Mocambique...!
  • Abdula Manafi no fundo, o que está implícito no meu anterior comment é mais no sentido de as vezes ser melhor uma "diplomacia silenciosa" para, como dizes, evitar estar do lado errado da história. Outrossim, pode deduzir que este pronunciamento foi feito com base em algum cenário que ambos possamos desconhecer!
  • Guirino Nhatave Calton Cadeado, estas certo, e devo reconhecer a posicao do Malo, pois eu fiz a analise tendo em conta o seu trecho, sem analisar profundammente o discurso de Oldimiro Baloi, na sua generalidade.
  • Guirino Nhatave De facto, o pronunciamento de Mocambique, nao remete a uma posicao de "super-potenca", nao houve prudencia da nossa parte. Colocammo-nos numa posicao de Africanos, cientes de que peoblemas Africanos devem ser resolvidos pelos Africanos, mas isso pode ser crucial para nos dentro do quadro em que o Professor Calton explicava.
  • Calton Cadeado Yes, Manafi! O cenario que ambos desconhecemos e um facto. A unica coisa que podemos fazer e especular objectivamente sobre esse cenario desconhecido. Mas, seja como for, o risco de estar do lado errado da historia e elevado porque o fim de Kadaffi e do seu regime e coisa de mais dia menos dia. Ainda que consiga sobreviver, nao sera de todo a mais valia para Mocambique como foi ate bem pouco tempo. Se queremos fazer mais amigos e menos inimigos, neste momento, Mocambique deve se posicionar a favor do estado libio e nao nas pessoas que ate entao lideraram o estado.
  • Calton Cadeado Guirino, please! estamos no debate e aqui nao ha titulos. So ha ideias e todas as ideias sao validas...
  • Abdula Manafi Calton Cadeado, o grande problema agora é procurarmos definir o que é "estado líbio", será que é o conselho de transição? Sinceramente, eu julgo que não havia necessidade de se fazer nenhum posionamento público pq em diplomacia o que se diz em público é, muitas vezes, diametralmente, oposto ao que se diz em privado!
  • Mario Joaquim concordo com o que o ilustre diz.... posicionamentos publicos podem-nos ser muitos caros no futuro. para pecas relativamente fracas no SI comparando com os actores em questao, Mocambique devia optar nao pelo distanciamento mas pela silence diplomacy.
  • Estanislau Jorge Ouana concordo plenamente com o posicionamento do Calton. o posicionamento do Governo mocambicano foi imprudente. xta mais do que claro k a saida de Kadaff esta pra breve. vai acontecer aquilo k aconteceu no cano da costa do marfim em que grande parte dos lideres africanos colocaram-se ao lado de bagbo e onde xta bagbo agora? a situacao so foi resolvida com a intervencao da franca, se ficassemos a espera dos africanos ate hoje estariam a morrer africanos naquele pais. os africanos ja provaram k sao incapazes de resolver os seus proprios problemas. a preucupacao das liderancas africanas É so ajudar na premanencia dos seus homologos africanos, descurando, deste modo, os interesses do povo.
  • Estanislau Jorge Ouana os dirigentes africanos devem comecar a colocar o seu povo em primeiro lugar, so assim irao ter credibilidade de mediar conflitos dentro e talvez fora da africa. nao se pode acreditar numa medicao da UA k É dominada por Kadaff e dirigida por alguem k assumiu o poder via golpe de estado. nao acredito k Kadaff seja pro-africa, pois conseguiu salvar bancos dos paises mais desenvolvidos do mundo, enquanto grande parte dos africanos ainda continua a debater-se com serios problemas de fome. Kadaff nao tem recursos naturais. os recursos sao do povo libia e nao propriedade exclusiva do Senhor Kadaff.
  • Calton Cadeado Bem vista a tua analogia, Estanislau. O que sera dos que se posicionaram ao lado do Gbagbo?! Concordo igualmente com a dificuldade (prefiro isto ao inves de incapacidade pois julgo que gha capacidade mas nao ha interesse politico) para resolver alguns assuntos/ problemas. Ha interesses de pessoas e de regimes que se sobrepoem ao polemico interesse nacional ou interesse do estado! Manafi, concordo plenamente contigo. O que se diz em publico nem sempre e o que acontece em privado. Alias, isso e que e politica... Please, veja o meu comentario de ontem. Concordo igualmente que tenha que se analisar o que e o estado Libio mas, por agora, cinjo-me apenas a visao de stado como entidade politicamente organizada que representa um povo! Assim sendo, publicamente, Mocambique e suposto ter que se posicionar ao lado do Estado ou do povo ou ao lado dos dois (estado e povo)! Isto sim pode evitar que Mocambique se posicione do lado errado da historia!
  • Estanislau Jorge Ouana os lideres africanos devem ser pro activos no sentido de evitarem situacoes dessas.É preciso apostar na boa governacao para evitar situacoes semelhantes. pelo k vejo parece k as liderancas africanas nao tem aprendido nada com os acontecimentos no norte de africa. continuam com praticas k so os deixa mais rico e colocam o seu povo na posicao de pobreza. os lideres africanos sao os k tem maiores regalias em relacao ao lideres do primeiro mundo. esta situacao esclarece ate k ponto os lideres africanos sao serios e comprometidos em elevar o nivel de vida do povo!
  • Jay Cee Malôa Este debate akeceu hein! Ja nao kero olhar muito pra o pronunciamento pois quase tudo foi dito, mas gostaria de prespectivar e tirar algumas licoes. O Manafi implicitamente faz uma breve analogia no seu primeiro comentario em relacao a forma como certas potencias sao urgentes em intervir em certos paises e muito lerdos noutros. Eu ate nao estou muito preocupado com o future outcome de Qaddafi, mas sim o k movimenta os Europeus e Americanos a pisarem nosso continente (desde k a historia foi por eles escrita). Ja tivemos ditadores tenazes em Africa e ninguem fez nada. Se Qaddafi fosse um European puppet ele sobreviveria concerteza, mas como ele nunca foi, e ate provocou imensas dores de cabeca, o tipo ja era. Entao, o normativismo aki me indigna. Prefiriria ver os Africanos a resolverem seus problemas (bem ou mal) pois os nossos "amigos" so intervem kuando sabem k sairao a lucrar, quando ha petroleo,diamantes, ouro em jogo, ou regime k os beneficie e nao porque sao pro Direitos Humanos, Democracia e outros vocabularios enfadonhos k usam. Kem esta a vender armas na Libia (kem eh o maior fabricante de armas no mundo)? Kem vai ficar com as resevas do petroleo? Kem ira instalar mais uma base geoestrategica nakela regiao? Kem ira controlar o mercado financeiro, a taxa de cambio, o liberalismo? ate kem sera o proximo Presidente e o sistema a usar (ha kem ja saiba ou esteja a discutir). Os louros da Libia ja estao em divisao (os Africanos so irao olhar, afinal eles sao uns incompetentes nao eh? vendidos nao eh? despotas nao eh? mas tb eh o neocolonialismo nao eh?) e no meio de toda esta conspiracao acham mesmo k alguem esta a pensar no povo Libio? Estanislau lanca um aviso a lideres Africanos (Nao te stresses meu amigo). Se nao existe nenhum interesse estrategico em jogo ninguem ira enviar tropas pra derrubar um lider tirano. Essa tarefa sera entregue ao povo em causa. Veja o caso do Zimbabwe. Por fim, reitero k o nosso pronunciamento, embora inoportuno (isso ja foi concluido aki), nao nos mancha. O novo governo Libio (k estara fragilizado com o pos-conflito) ira precisar de aliancas e nao ira se preocupar com pronunciamentos pro-Qaddafi feitas a anteriori. Uma das razoes eh k o regime de Qaddafi eh um governo soberano, logo nosso pronunciamento nao atinge um governo k ainda nao existe e oficialmente nao existe oposicao na Lybia (vide:http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14952376,00.html) a nao ser k reconhecamos como fez recentemente Franca. Aos que vierem a seguir um simples pronunciamento de Mocambique a reconhece-los sera suficiente para normalizar as relacoes. Kuanto aos "amigos do povo Libio" esses estarao preocupados com os despojos da guerra, alias, esses nem seker estao preocupados com o k se diz seja em Africa ou nas Nacoes Unidas hehehehehhe.....
  • Estanislau Jorge Ouana caro Malôa, concordo a a abordagem de neocolonizacao trazida por ti neste debate. no entanto, é preciso verificar k os dirigentes africanos actuais, que sao aqueles k estiveram na linha da frente na luta pela descolonizacao da africa, tornaram-se, nos nossos dias, os colonizadores. os africanos sao colonizados por africanos. os dirigentes africanos sao os principais beneficiarios da descolonizacao. tem atitudes e praticas k abrem espaco para a actuacao das pontecias europeias actuarem dentro de africa. podemos criticar muito daquilo k é feito pelos europeus e norte americanos fora das suas fronteiras, mas uma coisa é certa: os europeus e norte americanos tem uma atitude responsavel perante o seu proprio povo, ao contrario do que acontece com os lideres africanos k muitas vezes dividem o seu povo para reinar, tem uma governacao k nao inclui nem beneficia todos os membros da sociedade. desta feita, quando os europeus e norte americanos intervem no continente africano sempre contam com o apoio de muitos africanos. na verdade, o apoio vem daqueles k estao sendo marginalizados no processo de governao. isso nao aconteceria se os beneficios da descolonizacao e governacao fossem repartidos para todos os integrantes da sociedade! os os lideres africanos sao DESCOLONIZADORES DE ONTEM e COLONIZADORES DE HOJE, colonizadores do seu proprio povo. dai a dificuldade de abdicarem do poder quando assim o exigem os resultados eleitorais. pensam k tem o direito de governarem eternamente porque foram eles k libertaram o continente. o dedo deve ser apontado em primeiro lugar para as causas indogenas, ou sela, para a atitude e comportamento dos dirigentes africanos, so depois poderemos pensar em nos europeus e norte americanos.
  • Clotilde Malate Finalmente uma posição acertada, é pena que os paises africanos na momento de tomada de decisão no conselho de segurança não agiram em bloco para defenderem os interesses africanos. Afinal de contas a Nato esta a distruir por completo a Libia e a seguir o FMI vai la para he endividar, mais um com dependencia externa.
  • Calton Cadeado Visao certa a tua, Clotilde. Essa coisa e bastante conhecida e e o mais provavel de acontecer. Mas o meu assunto e nao subestimarmos o erro estrategico de Kadaff que ninguem esta a falar e o lado errado do pronunciamento publico da diplomacia Mocambicana!
  • Calton Cadeado Once again, Estanislau, concordo plenamente com a tua opiniao. Frontal e objectiva. As questoes endogenas sao relevantes. No caso Libio, muitos estao a menosprezar e preferem ficar no factor externo, na teoria de conspiracao. Essa e uma leitura reducionista. Se nao te importas, eu gostaria de ter a tua opiniao em relacao a posicao da diplomacia Mocambicana (nao sei se me perdi nos teus comentarios eloquentes a cerca da analise a situacao na Libia ou ainda nao partilhaste)!
  • Calton Cadeado Maloa! O debate aqueceu e tu deste um grandessissimo contributo. Os teus comentarios sao extremamente expressivos. Nos os dois concordamos com a imprudencia do pronun...See More
  • Clotilde Malate concordo em termos estrategicos Kadhafi pecou, ele podia muito bem ter partido para um sistema mais democratico, afinal de contas a Libia o que os ocidentais pretende é contralar o petroleo.
  • Constancio Nguja Hummm. Tres interessant, le debate. Meus caros, ao avaliar os discursos politicos, nao devemos casar demais a academia. A politica tem suas logicas e a academia tambem. Isso para dizer q tanto os q comentaram pro ou contra o pronunciamento do governo,podem estar certos, basta q apresentem argumentos pra tal. As TRI ensinaram justamente isso... a ver um acontecimento em varias vertentes! Pelo debate, pude ver q temos duas escolas: uma q defende q o governo devia se ter calado, e outra q defende q o governo fez o q tinha q fazer. Nao se esquecam de q fomos nos os academicos do ISRI q sempre criticamos o MINEC pela sua diplomacia silenciosa.... E hoje o governo quis aparecer e zas, ca estamos outra vez a remeter ao ground zero. DEVIA TER SE CALADO! So para reflexao....
  • Constancio Nguja VIDE O QUE PAUL KAGAME DISSE A RESPEITO DA INTERVENCAO DA LIBIA... EM www.nguja.blogspot.com
  • Jay Cee Malôa Nguja, Gostei d artigo no teu blog... Deixa me ver se percebi bem o Estanislau... estas a dizer k preferes ver os Europeus e Americanos a se imiscuirem nos assuntos internos africanos? k os descolonizadores de ontem sao os colonizadores de hoje? Naaaa... Apos a luta colonial, so ficou no poder kem jogou as cartadas europeias (alguns chamam de cartadas imperialistas), muitos lideres democraticamente eleitos cairam ou se encontraram em conflitos de desestabilizacao. Por isso os descolonizadores de ontem mudaram de tacticas e alguns tornaram se tiranos do seu povo, mas amigos dos ocidentais. Ate hoje eh assim, os governos prestam contas aos doadores, mas se bandalham pra o seu povo (kuando eh pra se ir ao parlamento, os Ministros relaxam, mas na reuniao com os doadores, eh um stress k nao acaba). Vou te dizer porque nao existe causas endogenas em Africa: Foram os Europeus k colocaram os maiores ditadores em Africa e quando estes ja nao serviam eles mesmo os tiraram. Franca eh o pior exemplo de intervencao em assuntos africanos. Mas os Ingleses nao sao menos astutos. Africa nunca foi plenamente governada por africanos (Mobuto, o pior ditador de sempre era amigo e boneco dos Franceses e Americanos, contrariamente ao lider democraticamente eleito, Lumumba, k caiu e todo seu povo voltou a escravatura), leituras dizem k a descolonizacao nao teve nada a ver com kestoes morais mais sim materiais e Europa nunca esteve disposta a abdicar das suas reservas de materia prima. O meu ponto eh, se em algum momento fomos capazes de ganhar independencia politica, podemos tb lavar a nossa roupa suja sem precisar de Europeus. Alias, a Dambisa Moyo escreveu um livro polemico intitulado "Dead Aid: Why Aid Is Not Working and How There Is a Better Way for Africa" (recomendo este livro), em k ela sugere k Europa pare de financiar os Orcamentos dos Estados Africanos pois, estes eh k fomentam corrupcao, dependencia e letargia. Analizes economicas mostram k intervencao financeira em Africa em forma de ajuda externa beneficiou mais a Europa e k Investimento Directo Estrangeiro (que seria o ideal) quase k nao existe (contrariamente a paises asiaticos). Logo, eu prefiro ser colonizado por africanos e lutar contra eles, ao invez de ter uma ajuda ficticia europeia k nao melhora as condicoes africanas mas perpetuam a nossa pobreza. Agora, k lideres africanos devem mudar de mentalidade eh um facto, por isso a nossa geracao deve ser pro-activa.Voltando ao caso Libio... Qaddafi ja vem gerindo conflitos e derrapando a quase 2 decadas e so se estava a espera do momento oportuno pra o derrubar. Nao so Qaddafi, mas temos outros casos como o do Eduardo dos Santos, Yoweri Museveni e espero k mocambique nao caia no mesmo. O caso da Libio apenas levanta uma importante questao de pesquisa. Vamos derrubar os lideres tiranos sim, mas depois entregar o poder nas maos dos Europeus? Vejam o caso de Madagascar (outra vez Franca no terreno).Sim, porque FMI, BM e outros nao foram capazes de criar independencia economica, novas alternativas se buscam, e nisso, ha k ser radical em pensamento, mas astutos, muito astutus no agir, e esta geracao eh a chave, a dos descolonizadores falhou... mas buscando ajuda da Nato, FMI, BM nao vamos a sitio. nenhum...
  • Zelda Cossa Calton My Fhingriend How is America, Hey say something when are you coming Home!

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