Por Departamento de Informação da Renamo
Condicionamento do Fundo
da Paz
Cinquenta dias após a entrada em
funcionamento da Assembleia-Geral do
Fundo de Paz e Reconciliação Nacional,
a RENAMO, ainda não ocupou os seus
lugares naquele órgão porque reivindica
igualdade na composição do mesmo.
Os membros indicados por este partido
não farão parte daquele órgão até que
seja revisto o decreto que cria, no sentido
de os dois partidos (RENAMO e Frelimo)
terem o mesmo número de elementos.
A RENAMO entende que, na qualidade de
signatário dos acordos de cessação das
hostilidades assinada a 5 de Setembro
de 2014, é legítimo que tenha direito a
indicar três membros, número igual ao
dos membros indicados pela Frelimo
na Assembleia-Geral do Fundo de Paz e
Reconciliação Nacional. Entende ainda que
o mesmo procedimento deve ser extensivo
a direcção executiva do Fundo. Aliás, a sua
pretensão é presidir o Conselho Fiscal e ter
o mesmo número de directores-adjuntos.
Estagnação do diálogo político
Apois completar 120 sentadas na passada
segunda-feira e continua sendo um fiasco
Já estão decorridos dois anos desde que o
Governo e a RENAMO estão em conversações
sem alcançarem avanços significativos para
pôr fim a instabilidade política prevalecente
no país por culpa do executivo de Nyussi
que não quer implementar o modelo
de integração dos homens da RENAMO.
Ataque aos homens residuais
da RENAMO em Guijá
A RENAMO denuncia que os seus homens
estacionados em Guijá, na província de
Gaza estão a ser bombardeados pelo
exército moçambicano, contudo, o
Executivo liderado por Nyusi nega tal facto.
Tal como aconteceu num passado
recente, onde a eclosão de conflito militar
iniciou com disparos em área localizável,
no centro do país, mas a contra ofensiva
da Perdiz viria a acontecer pouco
tempo depois, o que por um pouco
não se generalizou devido a contenção
de Afonso Dhlakama. Como todos
testemunhamos, nos dias que correm,
os dois contendores estão de costas
voltadas, e como se fala um pouco por
toda a parte, tudo acontece por culpa do
Presidente Nyusi que ao iniciar sua visita
a província de Gaza, e na perspectiva de
se manter e consolidar o poder político
e militar, teria apelado a exibição da
musculatura ordenando o ataque ao
reduto da RENAMO, o bloqueio ao
local onde os Seguranças de Dhlakama
buscavam agua para consumo e bloqueio
das áreas de circulação daqueles homens,
o que causou um mal-estar nas hostes
da Perdiz. Tal acto motivou acusações
mútuas considerando haver violação
do acordo de cessação das hostilidades.
Tudo agora depende da Frelimo e
do Nyusi
A Bancada Parlamentar da RENAMO submeteu recentemente
em sede da Assembleia da República, a proposta de Lei das
Autarquias Provinciais (LAP). É um projecto tal como se espera,
que quando for aprovado vai conferiri maior autonomia,
funtdamentalmente a administração às províncias, por um lado,
e tirar o país todo da actual crise política.
Com a implementação do projecto, espera-se que as assimetrias
entre as diferentes regiões do país sejam reduzidas.
Tal como vem referindo o Presidente Afonso Dhlakama, não se
trata apenas da RENAMO como proponente do projecto que
pretende ver o mesmo aprovado e implementado, mas também
a maioria do povo, particularmente das províncias que sempre
reclamaram pela justiça administrativa. Para tal, estamos
convencidos a aprovação do projecto e o fim da crise política
estão dependentes da bostura da bancada parlamental da
Frelimo e da serenidade de todo o parlamento, bem como do
apoio prometido pela Comunidade Internacional.
É preciso que cada uma das partes se recored da origem da
actual crise política que a qualquer momento poderá deixar
o país ingovernável caso não haja serenidade e coragem nas
atitudes do parlamento e do Presidente da República.
Levar o projecto para o debate nos sectores restritos ligados
à ala radical apoiados pelos “G40” como continuamos a
assistir com o objectivo de diaboliza-lo e criar uma opinião
de inviabilidade, ignorando-se a gigantesca fraude eleitoral
que proporcionou a que se chegasse a este ponto, seria dividir
mais os moçambicanos e empurrar o país para a desagregação
final. Contudo, continuamos atentos e preocupados com as
tentativas e manobras tendentes a desacreditar o projecto, o
seu proponente e expectativa do povo, através de opiniões
hostis que tem sido frequentemente difundidas.
Estamos também atentos a mudança radical do discurso do
Presidente Filipe Nyusi, que tem sido diametralmente oposto aos
compromissos que assumiu aquando da sua tomada de posse e
dos encontros que manteve com o Presidente Afonso Dhlakama.
Nyusi, lembramos aqui que, prometeu de que iria fazer tudo que
estivesse ao seu alcance para impedir que os moçambicanos se
revoltem um contra o outro. Pelos vistos, muito cedo deve estar
a esgotar essas capacidades e intenções.
Importa lembrar como disse o Presidente afonso Dhlakama, que
tudo agora está nas mãos do Nyusi, porque a RENAMO já fez
a sua parte ao entregar a proposta do quadro das Autarquias
Provinciais à Assembleia da República e a lista dos oficiais a
serem enquadrados nos cargos de chefia e comando das FADM à
Presidência da República, tal como prometeu quando solicitado
pelo Governo e pelo Chefe de Estado.
Xenofobia
AFINAL, TEMOS OU NÃO UM GOVERNO CAPAZ DE
PROTEGER O SEU POVO?
Num passado não muito distante,
a polícia Sul-africana soltou cães
que morderam Moçambicanos
alegadamente por entrarem
ilegalmente naquele País. O governo
Moçambicano pouco ou nada fez.
Pouco tempo depois, a mesma polícia,
arrastou um jovem Moçambicano
amarrado no pára-choques traseiro
do carro da policia, o jovem de nome
Modo Macia, natural da província
de Gaza, não resistiu aos ferimentos
tendo mais tarde encontrado a morte.
O governo Moçambicano mais uma vez
ficou em silêncio como se nada tivesse
acontecido. Passado um tempo, as
mesmas autoridades policiais da
terra do Mandela, condicionaram a
entrada de Moçambicanos legais na
RSA mediante a apresentação de pelo
menos três mil randes. Essa decisão
Sul-Africana não foi comunicada a
contra parte moçambicana, o que
criou uma agitação na fronteira da
África do Sul. Mais tarde, as mesmas
autoridades Sul-Africanas recuaram na
decisão, mas o governo Moçambicano
não exigiu explicações a contra parte
Sul-Africana, pelo menos em público.
Hoje, os Moçambicanos são corridos,
mortos, feridos, despojados dos seus
bens e são violentamente assaltados
e até injuriados pelos Sul-africanos.
Para os Moçambicanos, não interessam
muito a resposta do governo Sulafricano
face ao problema de xenofobia
naquele país contra os estrangeiros e
particularmente os Moçambicanos,
interessa sim a resposta do governo
Moçambicano para proteger os
filhos deste país que se encontram a
trabalhar naquele país vizinho, visto
que é tarefa do governo proteger
o seu povo onde quer que esteja.
Preocupa-nos esta “ diplomacia
silenciosa” do governo face aos
casos recorrentes da xenofobia
e de tratamento desumano dos
Moçambicanos na RSA. Não basta enviar
um vice-ministro para acompanhar
a situação, não basta apelar a calma
aos moçambicanos de modo que não
retaliem, não basta criar centros de
trânsito para os repatriados seguirem
viagem mais tarde para os seus locais
de proveniência. É necessário que o
governo dê uma resposta enérgica e
radical a África do sul para terminar com
esses actos macabros e desumanos
contra os nossos concidadãos.
Esse silencia demasiado cúmplice
das autoridades Moçambicanas
até pare-nos muito estranho.
A falta de uma resposta “radical”
por parte do governo, pode
tr implicações desastrosas na
medida em que as vitimas e os
Moçambicanos em geral podem
guardar mágoas que podem se
transformar em focos de retaliação
em Moçambique e mesmo na África
do Sul. O governo Moçambicano
podia ter feito muito mais, alias,
foi simplesmente vergonhoso o
facto de enquanto milhares de
Moçambicanos eram corridos e até
mortos na RSA, enviou se o viceministro
do interior, que quanto a nós
foi apenas assistir o “espectáculo”
dos seus irmãos moçambicanos
sendo esquartejados, regados
com petróleo e queimados vivos.
Mas, simplesmente lamentável
foi o facto de a par de toda essa
desgraça e desumanidade termos
testemunhado a outra parte da
moeda, pois vimos que por um
pequeno problema de saúde
do ex-presidente da República
Joaquim Alberto Chissano, teve
que se enviar a ministra de saúde
para o mesmo país. Ora isso é
uma autêntica aberração, uma
pura vergonha e demonstração
clara de que este governo não
se preocupa com a segurança do
seu povo, mas com a vida das
suas elites. Ficou claro aqui neste
episódio. Também ficou claríssimo
que existe neste país cidadãos da
primeira e a da segunda categoria.
Esta visto que o povo que continua
a sofrer neste momento por ter
perdido todos os seus bens na
RSA é menos importante que o
antigo Presidente da Republica.
Ninguém pode se orgulhar por ter
um governo que não se importa com
a segurança do seu povo. Aliás temos
assistido mesmo internamente, que
o governo só age quando é para
reprimir o povo, e pouco faz para
segurança e tranquilidade do mesmo.
Preocupa-nos de igual modo o silêncio
da SADC. Afinal qual é na verdade o
papel desta organização? Será esta,
uma organização de camaradas
com objectivos inconfessáveis?
Terá esta organização outras
agendas diferentes das
publicamente conhecidas?
Este silêncio, será que nos ajuda na
integração regional que pouco já se fala?
Para o governo Moçambicano, ainda
há tempo para minimizar as coisas.
Que se solicite o governo Sulafricano
para dar explicações sobre
todas as atrocidades que têm feito
contra os Moçambicanos na RSA e
que se trace balizas diplomáticas
para uma intervenção rápida assim
que se verificar casos semelhantes
no futuro mas sobretudo para
que se evitem casos do género.
O povo merece um governo melhor!
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