Terça, 13 Janeiro 2015 00:07
AS atenções de todos os moçambicanos, da região e do continente, estão viradas para a capital moçambicana onde toma posse esta semana o Presidente da República eleito, Filipe Jacinto Nyusi.
Nyusi inaugura um novo ciclo de governação baseado na mudança. E que mudança quer imprimir este novo presidente?
A primeira mudança é a promoção de uma nação em paz, unida e coesa. E para tal, Nyusi aposta na promoção de uma cultura de respeito mútuo, de tolerância nas diferentes esferas da vida e de diálogo com as diferentes formações políticas, organizações da sociedade civil, socioprofissionais e confissões religiosas.
Terá Nyusi pulmão para dialogar com Afonso Dhlakama a fim de o convencer a jogar limpo neste processo de implantação e consolidação da democracia em Moçambique? Eis a questão.
É que Dhlakama é uma espécie muito difícil. O antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, trabalhou com ele. Deixou o cargo e Dhlakama continua chefe do seu partido. O Presidente da República, Armando Guebuza, deixa esta semana o cargo. Dhlakama permanece como chefe do seu partido. Nyusi toma posse e encontrará certamente este “cancro” que se chama Afonso Macacho Marceta Dhlakama.
Mas não é do líder da Renamo que me quero concentrar. Concentro-me, sim, no acto de posse e nos desafios que o novo presidente terá pela frente.
Na verdade, o Presidente da República eleito tem como desafios, assim que tomar posse, a consolidação da unidade nacional, a consolidação do Estado de direito democrático, unitário e de justiça social. Tem que reforçar a capacidade do Estado de continuar a responder com eficácia aos anseios do povo, promover o desenvolvimento económico e social sustentável, criar riqueza e combater a pobreza, consolidar a cultura de paz, do diálogo, da democracia e reafirmar a posição de Moçambique na região, no continente e no mundo.
Ou seja, tem o desafio de levar Moçambique em frente, num novo ciclo de coesão entre os moçambicanos.
Filipe Nyusi tem como desafios a construção de um Moçambique unido, coeso e em paz. Um Moçambique mais forte e em que o Estado tenha um papel regulador e interventivo no processo de desenvolvimento económico e social. Um Moçambique de justiça e de respeito pela lei.
De Filipe Nyusi, os moçambicanos estão a espera de mais água potável, da habitação e emprego, sobretudo para os mais jovens; estão a espera de mais energia eléctrica sobretudo nas zonas mais recônditas deste belo Moçambique e estão a espera de usufruir dos recursos naturais que despontam um pouco por todo o país.
Estão ainda a espera de melhorias nas vias de acesso para facilitar a livre circulação de pessoas e bens e de mais transportes. Transportes de qualidade e que respondam as exigências do desenvolvimento.
Desde sempre, Filipe Nyusi se mostrou defensor de valores como o humanismo, humildade, honestidade, integridade, transparência e tolerância. E deverá guiar-se destes atributos para conduzir o “barco” da sua governação a bom porto.
A capital do país espera assim altas individualidades nacionais e estrangeiras que virão testemunhar o acto de posse do Presidente da República eleito em Outubro passado. Moçambicanas, moçambicanos, juntemo-nos ao projecto de governação de Filipe Nyusi porque se trata de um programa de mudança visando garantir a melhoria da qualidade de vida de todos, sem distinção de raça, cor ou sexo e independentemente da cor política ou filiação religiosa de cada um. É um programa de desenvolvimento social e económico, sustentável e inclusivo e que visa defender a continuidade da estabilidade política do país, a fiabilidade do sistema legislativo, a transparência e controlo do processo de tomada de decisões a todos os níveis, o combate à corrupção e a consolidação de um sistema judicial, independente e eficaz.
Eu confio em ti, Nyusi!
ERMELINDO ÂNGELO BANZE
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