sábado, 31 de janeiro de 2015

Primeira Dama em Tete - 31-01-2015





Chitima
01 Fev (AIM) A Primeira - Dama da República, Isaura Nyusi, reafirmou hoje a determinação do seu gabinete em continuar a prestar auxílio multiforme para as famílias enlutadas pela tragédia de Chitima, sede distrital de Cahora Bassa, visando garantir a recuperação do estado de choque psicológico e a sua reinserção na vida quotidiana.
O sentimento foi expresso durante as visitas à algumas das 65 famílias residentes em bairros de Chitima sede (com pouco mais de 31 mil habitantes) que, no fatídico e funesto dia 10 do mês findo, viram os membros dos seus agregados sucumbirem após consumir o pombe, bebida de fermentação caseira, e altamente apreciada localmente, quando regressavam de uma cerimónia fúnebre.
Nos dias que se seguiram, o pacato vilarejo de Chitima registou, na maior incredulidade, a morte de 75 pessoas (adultos, jovens e crianças, de ambos os sexos) num drama que originou um total de 177 casos de intoxicação confirmados pelos serviços de saúde, dos quais 97 eram mulheres e, entre as vítimas da tragédia, quatro foram crianças.
Isaura Nyusi, que não se pôde alhear do infausto sucedido, tomou a ocasião de empreender a primeira deslocação na qualidade de mãe da nação, como é aliás tratada a primeira-dama, a fim de reconfortar as famílias e procurar secar as lágrimas que continuam dolorosamente a brotar dos seus olhos, só de pensar que os membros dos seus agregados jamais voltarão ao convívio habitual.
À semelhança de muitas zonas rurais do país, Chitima ostenta características igualmente comuns. Casas de dimensões módicas, cujos tectos estão cobertos quer de chapas de zinco quer de capim elefante. Dadas qualidades dos seus solos a agricultura é mais rentável na época chuvosa, daí a subsistência da maioria das famílias consistir no comércio informal ou então actividades de geração de renda caseira.
Na residência do senhor Hilário Mualide, que perdera a vida juntamente com a esposa (Elisa Seda), após consumir o pombe, três menores, cujas idades variam entre os quatro e oito anos, ficaram órfãs e a sua guarda estará sob um irmão do pai desempregado e a sobrevivência consiste em pequenos biscates. A irmã da mãe sofre de ataques epilépticos.
Na família Tocozane, que também não escapou a acção exterminadora da tragédia, perdeu um filho de 29 anos que, por sinal, era o ganha-pão da família. Ele, por sua vez, deixou duas crianças órfãs de três e 14 anos de idade, cuja custódia ficará com a avó que enfrenta alguns problemas de saúde.
Nas famílias Suarica e David, agraciadas com a visita da mãe da nação moçambicana, o anjo da morte deixou crianças em situação de orfandade que ficarão sob o olhar das avós.
Isaura Nyusi, que transmitiu às famílias enlutadas um sentimento de conforto, disse: nós queremos vos dar muito amor, muito carinho e muita coragem para continuarem com vossas as vidas. A vossa dor é a dor de todos os moçambicanos, por isso nós estamos convosco.
Para o efeito, a primeira-dama juntou-se ao movimento de apoio e solidariedade às famílias ao oferecer diversos produtos alimentares, de higiene pessoal e colectiva bem como material escolar destinado, particularmente, a apoiar as crianças que enfrentarão dificuldades de adquiri lo porque os pais morreram.
Apesar de reconhecer o elevado valor dos bens materiais, Nyusi afirmou que não se pode subestimar a importância do apoio moral, porque se reveste de extrema relevância na restauração da esperança das famílias enlutadas.
Artur Bila, presidente da Comissão de Logística e Apoio às Vítimas de Chitima, explicou que desde a ocorrência da tragédia vários apoios chegaram a comissão tanto da província quando do país e estão a ser canalizados as famílias numa periodicidade diária, para garantir o seu sustento.
Na conta bancária aberta para o efeito, pessoas de boa vontade sentidas com sucedido já contribuíram com cerca de 900 mil meticais, que serão aplicados na assistência as 65 famílias.
Ainda em Chitima, Isaura Nyusi participou num culto ecuménico onde estiveram presentes confissões religiosas e seus fies em que se orou pelas vítimas, e transmitida uma mensagem da presença divina aos que perderam os seus entes

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