Após a reunião do Conselho de Paz e Segurança, o comissário da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, disse que os fundamentalistas estão “abusando de crueldade inqualificável, do total desrespeito pelas vidas humanas e da destruição gratuita de bens”, e recomendou “que os países da região sejam autorizados a aumentar a Força Conjunta Multinacional para 7,5 mil homens”.
Para ele, o Boko Haram é uma ameaça que ultrapassa as fronteiras da Nigéria e exige uma “resposta coletiva, eficaz e decisiva” por parte das nações africanas. Em suas palavras, “o terrorismo, em particular a brutalidade dos extremistas do Boko Haram contra o (...) povo, é uma ameaça à (...) segurança e desenvolvimento coletivos”. As declarações foram feitas no discurso de abertura da Cúpula da União Africana, sediada este ano na capital da Etiópia, Adis Abeba.
O Boko Haram procura erradicar a educação secular nos moldes ocidentais e instaurar um califado no norte da Nigéria, que é majoritariamente muçulmano, ao contrário do sul, de maioria cristã. A atuação dos fundamentalistas e sua repressão pelas Forças Armadas nigerianas já causaram mais de 13 mil mortes desde 2009, além de cerca de 1,5 milhão de refugiados e deslocados.
A República do Chade, que já apelou à formação de uma coligação de países da região contra o grupo extremista, enviou um contingente militar para os Camarões, que fazem fronteira com a Nigéria, para ajudar a combater os ataques do Boko Haram.
-- Agência Brasil
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