"...Qual a mosca morta faz o unguento do perfumador exalarmau cheiro...) Eclesiastes 10:1
Boa festa do Natal ou Dia da Família, (conforme os casos), que está às portas! "Pleonasmamente falando", na minha opinião pessoal, penso que não há maior desgraça, (vergonha até), do que aquela que um(a) cidadã(o) nacional, encarna, ao viver e sentir-se estrangeira(o) na sua própria terra. Estrangeiro(a) até com os seus próprios familiares directos. Explico-me: Por exemplo um(a) neta(o) que passe pela extrema vergonha de necessitar de um intérprete para comunicar-se saudavelmente com o seu/sua próprio(a) avô(ó). Simplesmente triste e ridículo! Com efeito, não são pouca(o)s Moçambicana(o)s que falam, (muito mal por vezes), apenas aquela que foi eleita como Língua Oficial: o Português, muitas vezes PRETUGUÊS ou simplesmenteMOCAMBIGUÊS. Recordo-me que em 1988 e 1998, o então Núcleo de Estudos de Línguas Moçambicanas (NELIMO, convocou e realizou seminários de padronização das línguas moçambicanas em termos de ortografia, divisão de palavras e representação de tonalidade. Muitos de nós que, directa ou indirectamente estamos envolvidos com a formação, e/ou comunicação social, tivemos o privilégio de participar nesses eventos que eu "pessoalmente" classifico de históricos. Donde, não se justifica que aquele(a)s Cidadã(o)s que abraçaram a Comunicação Social como seu ganha-pão não se esforcem por pelo menos saber pronunciar os nomes próprios nacionais, sob o risco de caírem no ridículo, ou na pior das hipóteses desinformarem em vez de informarem. É salutar e até reconfortante quando alguém realiza um trabalho do qual se sente à vontade. De contrário, atrapalha-se e atrapalha e até baralha os demais. "Ku hela ntse!"(*) Veio-me este desabafo a propósito de um programa Sociocultural a todos os títulos lindo, benéfico, salutar e digno de encómios, por ser recreativo e simultaneamente educativo, levado a cabo por uma das Operadoras Nacionais de telefonia Móvel, através daSTV, que tem como título "VODACOM TURMA TUDO BOM!". Infelizmente, aqui, tal como quase sempre, não há bela sem senão,pois,ao contrário do Júri, dos Professores e dos Estudantes que estiveram à altura, a Apresentadora/Moderadora das "Olimpíadas Académicas", por insuficiência de cultura, gingação ou outra pior razão, não esteve Cem por cento (100%) no domínio da matéria que moderava. Foi, voluntária (ou involuntariamente!?), cometendo erros crassos, (grossíssimos e vergonhosos, diria eu) na leitura de nomes das Escolas de proveniência dos Concorrentes. Um verdadeiro desastre! Por exemplo, confundir o "Da", do "Dla", "Ba" do"Bya", é uma verdadeira aberração, para quem está apostado na Comunicação Social MOÇAMBICANA! Mondlane nunca éMondelane; Ndlavela, não é Davela, Mahlazine, não é Malazine; Mahlampwsene nunca éMalanzeni, Nwa Matibyane, não é Mama Tibane, Khosa não éCoça, Nkuna não é Cuna, por ai adiante. Augurando que o BOM seja amigo do ÓPTIMO, na próxima edição, que se faça primeiro o "casting" do(a)s apresentadora(es). Congratulações a VODACOM, e a STV. Estamos juntos. Assim seja!
(*) Basta!
Kandiyane Wa Matuva Kandiya
nyangatane@gmail.com
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