Perseguições à RENAMO agravam-se em Nampula Antigos guerrilheiros da RENAMO estão presos sem processo na sequência dos ataques a Sathundjra, enquanto a PRM lhes nega o “Habeas corpus” e delegados políticos fogem de suas casas e de seus gabinetes de trabalho para escaparem a prisões e assassinatos.
A Polícia da República de Moçambique (PRM), ao nível do comando provincial de Nampula negou que a delegação de alto nível da RENAMO, chefiada pelo seu Secretario Geral, Manuel Zeca Bissopo visitasse os 35 membros seus, detidos durante perseguições efectuadas na sequência dos ataques de Sathundjira. Este grupo de prisioneiros políticos do qual faz parte a ex-deputada da Assembleia da República,Maria Júlia Elias Salama, que integrou a Bancada da RENAMO durante a legislatura passada está sendo privado de visitas dos seus familiares, motivo que leva à suspeita de terem sido assassinados. Depois de um encontro com o Procurador Chefe Substituto ao nível da Província de Nampula onde tomou conhecimento de que os militantes do seu Partido estão presos sem processo e com o Comando Provincial da PRM numa equipa que integrava o Comandante da Policia e o Director da Polícia de Investigação Criminal (PIC) além de outros colaboradores directos, Manuel Zeca Bissopo, Secretário-Geral da RENAMO e chefe da Brigada nacional, que de Maputo se deslocou propositadamente para ajudar a resolver o imbróglio mostrou-se agastado com a situação e disse ser inconcebível que os 35 detidos estejam privados de liberdade, de visitas e assistência jurídica, deixando os familiares na dúvida de continuarem vivos ou não. Enfatizou que “Esta situação recua o país para 22 anos atrás, tempo em que a Constituição da República era monopartidaria e por isso a dignidade dos cidadãos sistematicamente violada e não respeitada”. A Brigada encabeçada por Bissopo era composta por, Maria Angelina Dique Enoque e António Pedro Muchanga, respectivamente Chefe da Bancada Parlamentar da RENAMO na Assembleia da República e Conselheiro do Estado. Estes altos dignitários também se reuniram com os delegados do Políticos distritais e os quadros seniores do Partido na Província. O encontro que visava delinear estratégias de acção para o desenvolvimento do trabalho político não pode contar com a presença de todos devido às perseguições. Os delegados distritais de Rapale e Mogovolas por exemplo, encontram-se neste momento em parte incerta, depois de terem abandonado suas residências e encerrado as sedes onde faziam funcionar o Partido, por causa das perseguições políticas, pois também estão na lista dos que estão para ser presos na sequência das ilegalidades e desmandos anticonstitucionais que visam neutralizar a Perdiz.
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