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«Num calculismo maquiavélico, voltaram as suas baterias da cooperação internacional para Oriente, Índia e China, porque desse lado não têm que obedecer a agendas democráticas e de respeito pelos direitos humanos. São os créditos incondicionais garantidos pelos recursos naturais que movem uma nomenclatura a ignorar e condicionar as leis da República.» - Noe Nhantumbo - “O regresso a galope da arrogância do partido único”
Canal de Opinião
Beira (Canalmoz) – Na sua titânica luta pela manutenção do poder, os defensores do “status” e do regime não se poupam a meios e formas.
Os “mercenários” feitos comunicadores sociais e formadores de opinião revezam-se em tudo o que é praça exigindo provas proclamando vitórias de que só eles sabem e conhecem a origem.
Tudo está montado que nem o “Cirque du Soleil” para que, com pompa e circunstância “norte-coreana”, se dêem a conhecer os resultados de eleições que, no mínimo, foram suspeitas e organizadas no sentido de não permitir que o veredicto fosse popular e unicamente do voto popular.
Três meses de uma “cozedura em fogo brando e por vezes vivo”, de números, actas e editais, aparecidos, desaparecidos, em cópias e em áudio, trouxeram à superfície todo um esquema previamente traçado para delinquir.
Ficará registado na história do país que a CNE/STAE/Conselho Constitucional se conluiaram para ofender o povo moçambicano, mandatados por quem afinal foi quem os escolheu. A maioria dos integrantes destes três órgãos é nada mais, nada menos, do que militantes, membros e fiéis seguidores do partido que tem estado no poder desde a proclamação da independência nacional. Não tenhamos dúvidas sobre isso. E isso tudo acontece numa situação em que todos sabemos que o chefe do executivo nacional é ao mesmo tempo chefe do partido que suporta o Governo. Todo o topo da magistratura é nomeado pelo PR. Todos os que possuem poder operacional no aparelho de Estado estão perfeitamente alinhados com uma determinada agenda.
Andou-se durante muitos anos gastando recursos escassos em nome da promoção de uma democracia política viável, sem nunca se ter avançado para a eliminação dos factores que efectivamente impedem que a democracia se concretize.
A democracia não se coaduna com o poder absoluto de um só chefe. É impensável ver a democracia florescendo numa situação em que todos devem obediência, mesmo que cega, a uma figura.
Não é por acaso que funcionários e quadros seniores do partido no poder se multiplicam em juras de fidelidade, obediência e emulação da figura intocável do chefe.
Compatriotas, Moçambique será aquilo que os protagonistas quiserem que seja. Os cidadãos são chamados a preservar e a acreditar que existem saídas airosas a serem exploradas. Não se pode ficar no imobilismo e mergulhar-se no pessimismo, porque isso é exactamente o que alguns querem que aconteça.
Os propagandistas da “situação” através de meios públicos de comunicação social avançam e defendem teses esburacadas e falsas. Não há quem, em pleno gozo das suas faculdades mentais e intelectuais, não saiba que as eleições são de anular.
Não há quem não se tenha dado conta de que a CNE/STAE são um simulacro de órgãos promotores da democracia.
Não há quem não entenda que o Conselho Constitucional está amarrado com “cabo de aço” e que da sua boca só sai aquilo que agrada à “chefia suprema”.
Não é preciso fazer jogos de adivinhação para concluir que teremos problemas de diversa natureza após a proclamação dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional.
Moçambique tem oportunidade de trilhar por caminhos diferentes. Progresso e sustentabilidade estão ao alcance, mas também é claro que a visão míope de alguns está impedindo que algo aconteça nesse sentido.
Animados por descobertas e redescobertas de importantes reservas de minerais, alguns “cidadãos especiais” confiaram tudo ao seu controlo, e com este julgam que têm os meios para continuar a usufruir em exclusivo do que o país tem.
Num calculismo maquiavélico, voltaram as suas baterias da cooperação internacional para Oriente, Índia e China, porque desse lado não têm que obedecer a agendas democráticas e de respeito pelos direitos humanos. São os créditos incondicionais garantidos pelos recursos naturais que movem uma nomenclatura a ignorar e condicionar as leis da República.
Ignoram-se leis estruturantes e que enformariam um estado viável, tudo para garantir que agendas privadas se sobreponham à verdadeira agenda nacional.
Vergonhosamente, vemos aqueles e aquelas que eram consideradas reservas morais e políticas alinhando pelo mesmo diapasão.
Há como que um contágio tácito e uma união de forças para impedir que a democracia triunfe no país.
Afinal, nunca foi democracia o que nos diziam que queriam e defendiam. A termos em conta como se comportaram quando alcançaram o poder, não deveria constituir surpresa neste momento.
Os promotores da democracia dita popular, do centralismo democrático, do pensamento único, da dita ditadura do proletariado, que nunca passou de ditadura do Bureau Político, mostram hoje o que eram e são.
Moçambique é um país de heróis e não será tentativa tragar a marcha da democracia consubstanciada pela fraude organizada e implementada que farão os moçambicanos desistirem dos seus propósitos.
Sem esquecer a sua história, sem ignorar que alguns dos que hoje se negam a reconhecer aos cidadãos o gozo dos seus direitos políticos e económicos são parte daqueles que acumulam mordomias pelo seu papel na luta anticolonial, os moçambicanos saberão empreender os combates políticos necessários para se libertarem das amarras opressoras dos promotores do absolutismo político.
Não se pode resumir um país aos interesses de um suposto “núcleo puro” e digno de tudo. Assim como ontem, os moçambicanos não abdicarão da sua dignidade, direitos e história. Apelos e apelos não vão transformar a fraude em transparência e justiça. (Noé Nhantumbo)
Os “mercenários” feitos comunicadores sociais e formadores de opinião revezam-se em tudo o que é praça exigindo provas proclamando vitórias de que só eles sabem e conhecem a origem.
Tudo está montado que nem o “Cirque du Soleil” para que, com pompa e circunstância “norte-coreana”, se dêem a conhecer os resultados de eleições que, no mínimo, foram suspeitas e organizadas no sentido de não permitir que o veredicto fosse popular e unicamente do voto popular.
Três meses de uma “cozedura em fogo brando e por vezes vivo”, de números, actas e editais, aparecidos, desaparecidos, em cópias e em áudio, trouxeram à superfície todo um esquema previamente traçado para delinquir.
Ficará registado na história do país que a CNE/STAE/Conselho Constitucional se conluiaram para ofender o povo moçambicano, mandatados por quem afinal foi quem os escolheu. A maioria dos integrantes destes três órgãos é nada mais, nada menos, do que militantes, membros e fiéis seguidores do partido que tem estado no poder desde a proclamação da independência nacional. Não tenhamos dúvidas sobre isso. E isso tudo acontece numa situação em que todos sabemos que o chefe do executivo nacional é ao mesmo tempo chefe do partido que suporta o Governo. Todo o topo da magistratura é nomeado pelo PR. Todos os que possuem poder operacional no aparelho de Estado estão perfeitamente alinhados com uma determinada agenda.
Andou-se durante muitos anos gastando recursos escassos em nome da promoção de uma democracia política viável, sem nunca se ter avançado para a eliminação dos factores que efectivamente impedem que a democracia se concretize.
A democracia não se coaduna com o poder absoluto de um só chefe. É impensável ver a democracia florescendo numa situação em que todos devem obediência, mesmo que cega, a uma figura.
Não é por acaso que funcionários e quadros seniores do partido no poder se multiplicam em juras de fidelidade, obediência e emulação da figura intocável do chefe.
Compatriotas, Moçambique será aquilo que os protagonistas quiserem que seja. Os cidadãos são chamados a preservar e a acreditar que existem saídas airosas a serem exploradas. Não se pode ficar no imobilismo e mergulhar-se no pessimismo, porque isso é exactamente o que alguns querem que aconteça.
Os propagandistas da “situação” através de meios públicos de comunicação social avançam e defendem teses esburacadas e falsas. Não há quem, em pleno gozo das suas faculdades mentais e intelectuais, não saiba que as eleições são de anular.
Não há quem não se tenha dado conta de que a CNE/STAE são um simulacro de órgãos promotores da democracia.
Não há quem não entenda que o Conselho Constitucional está amarrado com “cabo de aço” e que da sua boca só sai aquilo que agrada à “chefia suprema”.
Não é preciso fazer jogos de adivinhação para concluir que teremos problemas de diversa natureza após a proclamação dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional.
Moçambique tem oportunidade de trilhar por caminhos diferentes. Progresso e sustentabilidade estão ao alcance, mas também é claro que a visão míope de alguns está impedindo que algo aconteça nesse sentido.
Animados por descobertas e redescobertas de importantes reservas de minerais, alguns “cidadãos especiais” confiaram tudo ao seu controlo, e com este julgam que têm os meios para continuar a usufruir em exclusivo do que o país tem.
Num calculismo maquiavélico, voltaram as suas baterias da cooperação internacional para Oriente, Índia e China, porque desse lado não têm que obedecer a agendas democráticas e de respeito pelos direitos humanos. São os créditos incondicionais garantidos pelos recursos naturais que movem uma nomenclatura a ignorar e condicionar as leis da República.
Ignoram-se leis estruturantes e que enformariam um estado viável, tudo para garantir que agendas privadas se sobreponham à verdadeira agenda nacional.
Vergonhosamente, vemos aqueles e aquelas que eram consideradas reservas morais e políticas alinhando pelo mesmo diapasão.
Há como que um contágio tácito e uma união de forças para impedir que a democracia triunfe no país.
Afinal, nunca foi democracia o que nos diziam que queriam e defendiam. A termos em conta como se comportaram quando alcançaram o poder, não deveria constituir surpresa neste momento.
Os promotores da democracia dita popular, do centralismo democrático, do pensamento único, da dita ditadura do proletariado, que nunca passou de ditadura do Bureau Político, mostram hoje o que eram e são.
Moçambique é um país de heróis e não será tentativa tragar a marcha da democracia consubstanciada pela fraude organizada e implementada que farão os moçambicanos desistirem dos seus propósitos.
Sem esquecer a sua história, sem ignorar que alguns dos que hoje se negam a reconhecer aos cidadãos o gozo dos seus direitos políticos e económicos são parte daqueles que acumulam mordomias pelo seu papel na luta anticolonial, os moçambicanos saberão empreender os combates políticos necessários para se libertarem das amarras opressoras dos promotores do absolutismo político.
Não se pode resumir um país aos interesses de um suposto “núcleo puro” e digno de tudo. Assim como ontem, os moçambicanos não abdicarão da sua dignidade, direitos e história. Apelos e apelos não vão transformar a fraude em transparência e justiça. (Noé Nhantumbo)
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