"Abram o olho, vocês vão perder as terras", avisa "sem-terra" brasileiro sobre o ProSAVANA em Moçambique
Uma das figuras centrais do movimento "sem-terra" brasileiro, Augusto Juncal, esteve em Maputo como "reforço de peso" da campanha dos camponeses moçambicanos contra o ProSAVANA e deixou o alerta: "Abram o olho, vocês vão perder as terras".
O ProSAVANA, um programa de desenvolvimento agrário dos governos de Moçambique, Brasil e Japão, que está ainda na fase inicial de implementação no centro e norte de Moçambique, está a ser contestado pela União Nacional dos Camponeses de Moçambique (UNAC), a maior organização da classe no país.
A ser concretizado, em milhões de hectares de 19 distritos moçambicanos do centro e norte de Moçambique, o ProSAVANA pretende dinamizar o agro negócio através da participação do setor privado na produção de culturas destinadas à exportação.
A UNAC defende que o modelo brasileiro de desenvolvimento agrário de cerrado tropical que será replicado no projeto moçambicano vai provocar a expropriação de terra de milhões de camponeses, agravar a pobreza e levar a tensões sociais, tal como se passou com o fenómeno dos "sem-terra" no Brasil.
Militares e polícias “inundam” Beira para proteger Guebuza
Cenário de guerra e insegurança e a Presidência Aberta em Sofala
Num cenário que está a apavorar os citadinos da segunda maior e mais importante cidade do país, a cidade da Beira está a registar, desde sábado, uma movimentação bastante fora do comum das Forças de Defesa e Segurança (FDS). Ontem, um número considerável de camiões militares e blindados das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), bem como blindados da Força de Intervenção Rápida (FIR) faziam filas nalgumas bombas de abastecimento no sentido de assegurar combustível para circularem, uns ao nível da cidade e outros saindo da cidade, particularmente para os locais por onde o Presidente da República vai passar durante os 4 dias de trabalho na provín cia de Sofala. Enquanto umas saíam, outras viaturas policiais e militares entravam na cidade da Beira e iam directo às bombas de combustível.
Prevê-se que o Presidente da República oriente, ainda hoje, um comício popular numa cidade que apresenta aversão considerável em relação ao partido no poder e os seus dirigentes.
As conversas de esquina e nas mesas de café estão todas relacionadas com o cenário de guerra que está a verificar-se na cidade da Beira e em muitos distritos da província de Sofala.
O programa oficial da visita indica que Armando Guebuza vai trabalhar nos distritos de Nhamatanda, Chemba e Caia, além da cidade da Beira.(D. Bila)
MEDIAFAX – 21.10.2013
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Uma hipocrisia política que nos deve envergonhar!
Contrariamente ao que é sonho e desejo de larga e esmagadora maioria dos moçambicanos, a tensão político/militar não está a baixar de tom. Muito pelo contrário, está a aumentar a cada dia que passa, simplesmente porque os que tem o poder das armas querem exibir a sua musculatura, trocando tiros aqui e acolá e matando compatriotas que nada tem a ver com as zangas dos que tem o poder das armas. A coisa que mais irritante nisto tudo, é que os políticos que, contra a vontade popular, decidiram pela via das armas, todos os dias, sempre que tem oportunidade de estar diante de um microfone, vangloriam-se alegadamente por conhecer os requisitos e ingredientes necessários para a construção da paz efectiva. E dizem, esses políticos, que são os primeiros defensores da paz porque, no seu entendimento, a guerra destrói, mata aumenta a pobreza e pára o desenvolvimento. Entretanto, apresentam uma personalidade e mentalidade mesquinha e desprezível, daí que em surdina e diante dos “seus” planeiam, matar seus concidadãos, pura e simplesmente para defender os seus interesses e não o povo. É uma hipocrisia total que nos dá a liberdade de, com todas as letras, dizermos que esses políticos envergonham o país. a postura desses políticos dão-nos a liberdade de chamá-los de “políticos da vergonha”.
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Morreu Dom Bernardo Filipe Governo vítima de doença
Primeiro bispo de Quelimane após a Independência Nacional
Natural do distrito de Namacurra, posto Administrativo de Macuse, localidade de Mucelua, Bernardo Filipe Governo foi ordenado padre em 1969 e posteriormente bispo em 1976.
Enquanto religioso, recusou-se ao convite do veterano da Frelimo, general Bonifácio Gruveta, para se juntar àquele então movimento de libertação nacional, preferindo dedicar-se à vida das comunidades onde trabalhava na província da Zambézia.
Por causa da doença, fazia muito tempo que D. Bernardo não participava nas reuniões da Conferen cia Episcopal de Moçambique.
A diocese abrange uma área total de 62,557 Km2, numa população total de 816,205, sendo 714,010 católicos, portanto 87,5% da população distribuídos por 22 paróquias. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 21.10.2013
Conferência de imprensa Renamo
OUÇA E VEJA AQUI
http://videos.sapo.mz/My4zKZyDWLcePVL5tuSK
Veja também a conferência da parte do governo
http://videos.sapo.mz/TZFkKV6Zy2wMl3kglAva
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Afonso Dhlakama fala ao Canamoz e diz que perdeu controlo das suas forças
Afonso Dhlakama manteve contacto telefónico com o Canalmoz há momentos e ele próprio confirmou que a sua base em Sadjundjira foi tomada pelas forças governamentais.
Ao Canalmoz Dhlakama disse que está bem, mas perdeu o controlo das suas forças pelo que admite que possa haver retaliações sem que seja por ordens dadas por ele.
Do terreno chegam-nos informações ainda não submetidas ao contraditório do governo, indicando que no palco de Sadjundjira as infraestaruras foram todas destruídas, mas as forças ocupantes perderam muitos homens pois os guardas da Renamo estavam prevenidos e também os bombardearam com armamento pessado a partir de linhas externas às linhas de avanço das FADM/FIR.
Uma fonte da FIR disse que houve muitas mortes das duas partes.
Notícia actualizada as 17h45
Ao Canalmoz Dhlakama disse que está bem, mas perdeu o controlo das suas forças pelo que admite que possa haver retaliações sem que seja por ordens dadas por ele.
Do terreno chegam-nos informações ainda não submetidas ao contraditório do governo, indicando que no palco de Sadjundjira as infraestaruras foram todas destruídas, mas as forças ocupantes perderam muitos homens pois os guardas da Renamo estavam prevenidos e também os bombardearam com armamento pessado a partir de linhas externas às linhas de avanço das FADM/FIR.
Uma fonte da FIR disse que houve muitas mortes das duas partes.
Notícia actualizada as 17h45
CANALMOZ – 21.10.2013
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"A tomada da base do presidente Dhlakama, pelos Comandos das FADM/FIR, marca o fim da democracia multipartidária em Moçambique" Renamo
As Forças de Defesa e Segurança atacaram na tarde desta segunda-feira, e com recurso a armamento bélico “pesado”, a base da Renamo, em Santunjira, na província central de Sofala, onde Afonso Dhlakama fixou residência há cerca de um ano. Embora os seus homens não tenham respondido ao ataque, o líder da “Perdiz” abandonou o local, estando neste momento em parte incerta.
"A tomada da base do presidente Dhlakama, pelos Comandos das FADM/FIR, marca o fim da democracia multipartidária em Moçambique. Esta atitude irresponsável do Comandante em Chefe das Forcas de Defesa e Segurança, coloca ponto final aos entendimentos de Roma" afirmou o porta voz da Renamo, em conferência de Imprensa na tarde desta segunda-feira em Maputo.
“Queremos informar os moçambicanos que o presidente Afonso Dhlakama mudou do local onde vinha residindo há um ano, porém, está de boa saúde e com a moral bastante elevada, pois este acto belicista do Governo veio mostrar quem de facto não quer a paz, não quer democracia, pretende processos eleitorais não transparentes de modo a perpetuar-se infinitamente no poder,” acrescentou o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga.
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FORÇAS DE DEFESA E SEGURANÇA OCUPAM RESIDÊNCIA DE DHLA
As forças armadas de defesa e segurança ocuparam efectivamente ao princípio da tarde hoje a residência de Afonso Dhlakama, líder da Renamo, nas matas de Satungira, na serra de Gorongonsa, distrito do mesmo nome, onde se encontrava baseado desde Outubro de 2012.
A ocupação do bastião de Satungira, segundo Cristóvão Chume, director nacional da Política de Defesa, surge na sequência da resposta a mais um ataque perpetrado pelos guerrilheiros da Renamo, maior partido da oposição no país contra as forças de defesa e segurança.
Chume, que falava em conferência de imprensa havida na tarde de hoje em Maputo, disse que as forças incumbidas de garantir a ordem naquela área foram novamente alvos de um ataque engendrado pelos guerrilheiros da Renamo, a semelhança do que aconteceu em diversas ocasiões durante o ano em curso.
A fonte apontou, a título de exemplo, que os guerrilheiros da Renamo atacaram noutras ocasiões uma esquadra policial em Muxúnguè, atacaram o paiol de Savane e uma posição militar, nalgumas vezes as colunas militares bem como os recentes episódios registados que demostram essa atitude dos guerrilheiros da Renamo.
A ocupação do bastião de Satungira, segundo Cristóvão Chume, director nacional da Política de Defesa, surge na sequência da resposta a mais um ataque perpetrado pelos guerrilheiros da Renamo, maior partido da oposição no país contra as forças de defesa e segurança.
Chume, que falava em conferência de imprensa havida na tarde de hoje em Maputo, disse que as forças incumbidas de garantir a ordem naquela área foram novamente alvos de um ataque engendrado pelos guerrilheiros da Renamo, a semelhança do que aconteceu em diversas ocasiões durante o ano em curso.
A fonte apontou, a título de exemplo, que os guerrilheiros da Renamo atacaram noutras ocasiões uma esquadra policial em Muxúnguè, atacaram o paiol de Savane e uma posição militar, nalgumas vezes as colunas militares bem como os recentes episódios registados que demostram essa atitude dos guerrilheiros da Renamo.
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Posted at 20:37 in Defesa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (2) ShareThis
Reassentamento agita população de Palma
Cerca de duas mil famílias serão reassentadas no distrito de Palma, em Cabo Delgado, para dar lugar à construção de fábricas de tratamento de gás. A decisão é polémica e está a criar muita agitação
Palma é um distrito de Cabo delgado localizado a 400 quilómetros da cidade de Pemba. Naquela parte do país estão a ser desenvolvidos projectos de petróleo e gás natural por grandes companhias, entre as quais a americana Anadarko e a italiana ENI.
A Anadarko descobriu gás e quer começar a explorar. Para tal, precisa de sete mil hectares de terra perto do local de exploração. O objectivo é construir fábricas que possam transformar o gás natural para o estado líquido, de modo a que possa ser bombeado ao porto e introduzido nos navios para escoamento.
“As consequências podem ser desagradáveis”
Desde o dia 17 de Outubro que a passagem no troço entre Santungira e Gorongosa é condicionada.
Somos testemunhas do que falamos, porque vivemos na carne e osso as torturas psicológicas a que estão sujeitos os membros da Renamo que por lá passaram.
Os comandos do exército ali estacionados impediram-nos de passar e obrigaram-nos a regressar à Academia Política de Santungira, escoltando-os com arma a si apontadas. Os nossos irmãos estão a ser usados como escudos para os comandos entrarem na residência do presidente Afonso Dhlakama.
A situação é preocupante, uma vez que os militantes a nível nacional estão a ficar furiosos, o que pode ter consequências desagradáveis.
O PAÍS – 21.10.2013
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Dhlakama cercado pelas FADM com tanques e armas pesadas
Na sua base em Santungira
Os militares dizem que receberam ordens para atacar com todos os meios a base de Dhlakama, caso a Renamo volte a protagonizar ataques na região de Gorongosa ou em qualquer outra parte do país
Depois dos ataques da última quinta-feira, as Forças de Defesa e Segurança ocuparam a base de Mucodza, onde estava estacionada uma força da Renamo a cerca de 25 quilómetros de Santungira. Já na sexta-feira, os homens da Renamo retaliaram, na tentativa de recuperar a base perdida para as forças governamentais, mas, diante do aparato militar oficial ali instalado, não tiveram qualquer hipótese. Houve troca de tiros por volta das 23h00, mas sem registo de vítimas mortais e nem feridos.
Na tarde da passada sexta-feira, à entrada da base do líder da Renamo, também houve disparos, supostamente, protagonizados pelos homens de Dhlakama contra uma coluna militar que por ali passava, numa ronda que tem estado a fazer na zona.
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Posted at 12:22 in Defesa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0) ShareThis
Brasileiros desistem de investir em Moçambique
NA ÁREA DE PRODUÇÃO DE SOJA PARA EXPORTAÇÃO
A empresa brasileira SLC acaba de anunciar que não irá mais investir no mercado moçambicano para a produção de soja para fins comerciais, a partir de 2015, apurou o Correio da manhã de fonte documental da firma.
A empresa não revela os motivos da desistência, limitando-se apenas a dizer que está vedado o projecto de expansão do volume do negócio da SLC para fora do território brasileiro.
A SLC tinha manifestado interesse em investir no mercado moçambicano de produção de soja em 2012, para a sua exportação e redução do défice do produto no país, estimado em cerca de 31 mil toneladas.
Dados do Ministério da Agricultura (MINAG) indicam que Moçambique necessita de 40 mil toneladas de soja por ano, mas apenas são produzidas cerca de nove mil toneladas do produto.
Refira-se que o Governo moçambicano concessionou em 2011 um total de seis milhões de hectares a agricultores brasileiros para investirem na produção de soja e outros grãos, no Norte do país.
(E. Arante)
CORREIO DA MANHÃ – 21.10.2013
Posted at 12:01 in Brasil, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0) ShareThis
20/10/2013
UMA PÉROLA DESCONHECIDA DE ÁFRICA
Nas vésperas da minha viagem a Kampala em mais uma missão de trabalho, um amigo que já se encontrava no terreno aconselhou-me a levar, além do cartão de vacina contra a febre-amarela, lençóis para cobrir e repelente contra mosquitos.
Com esta a advertência, não só fiquei desiludido como também momentaneamente apossado com a ideia de muitos europeus de que África é simplesmente uma floresta e os vários países do continente não passam de diferentes tipos dessa floresta.
Assim, como que a cumprir o provérbio Changana Kufamba hakuna vemba (é imprevisível o que pode acontecer numa viagem), arrumei na bagagem lençóis e repelente bem como botas, camisolas, luvas, jeans, calças caqui, bonés e casacos. Tudo em número igual ao de dias de estadia.
Contudo, já no terreno, eu virei um autêntico teatro, já que não só foi desnecessário utilizar os artigos que ocupavam mais de metade da minha mala, como também fiquei sem espaço para colocar as diversas maravilhas que aquela Pérola de África oferece ao mundo.
Com esta a advertência, não só fiquei desiludido como também momentaneamente apossado com a ideia de muitos europeus de que África é simplesmente uma floresta e os vários países do continente não passam de diferentes tipos dessa floresta.
Assim, como que a cumprir o provérbio Changana Kufamba hakuna vemba (é imprevisível o que pode acontecer numa viagem), arrumei na bagagem lençóis e repelente bem como botas, camisolas, luvas, jeans, calças caqui, bonés e casacos. Tudo em número igual ao de dias de estadia.
Contudo, já no terreno, eu virei um autêntico teatro, já que não só foi desnecessário utilizar os artigos que ocupavam mais de metade da minha mala, como também fiquei sem espaço para colocar as diversas maravilhas que aquela Pérola de África oferece ao mundo.
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População foge para o mato para pernoitar com medo da violência no centro de Moçambique
Cada vez mais pessoas estão a "trocar casa pelo mato" durante a noite em Sadjundjira, Gorongosa, Sofala, centro de Moçambique, palco de confrontos consecutivos entre a guarda da Renamo e exército.
"Não há pessoas nas casas. Alguns fugiram no ataque de quinta-feira (em Mucodzi), mas a maioria trocou casas por matas desde sexta-feira à tarde, (ataque de Vunduzi). Está difícil ver pessoas a andar, porque há uma invasão de militares em todo lado", disse à Lusa, por telefone Abdul Domingo, residente de Sadjundjira.
O Ministério da Defesa de Moçambique negou hoje que tenha planos para atacar Sandjudjira, região onde reside o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, mas ameaçou responder, em caso de provocação por parte do principal partido da oposição.
"As casas estão abandonadas. Ontem (sexta-feira) não foi um dia qualquer. Fugíamos desesperados aos disparos porque não sabíamos realmente quem está interessado em nos proteger", frisou Tuboi Moisés, que testemunhou a devolução pelo exército, para Sadjundjira, de oito viaturas com membros da Renamo, que participaram nas festividades na base do partido.
Posted at 16:33 in Antropologia - Sociologia, Defesa, Política - Partidos | Permalink | Comments (5) ShareThis
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