Conferência de Imprensa
Tema: Perseguição dos desmobilizados da RENAMO
Orador: Fernando Mazanga
Função: Porta-voz do Partido
Moçambique celebrou no passado dia 4 de Outubro, a maior idade da democracia
multipartidaria.
Com efeito, com advento da assinatura do Acordo Geral Paz entre a RENAMO e o regime
monopartidario da Frelimo, a 4 de Outubro em Roma, Moçambique abriu uma nova página da
sua história, ao abracar o sistema de eleição do Parlamento e do Presidente da República, para
mais tarde evoluir para eleições Autárquicas e das Assembleias Provinciais.
Nesse mesmo acordo, era suposto, que o País entrasse na Paz efectiva, consubstanciada no
calar das armas das duas partes, ora desanvindas. A criação do exército único denominado
FADM era um passo conducente a criação de um ambiente da Paz e de Reconciliação nacional.
Volvidos 20 anos da procura desse desiderato, o Partido RENAMO, reunido em Sessão da
Comissão Politica Nacional, em Quelimane, nos dias 2 e 3 de Outubro de 2012, concluiu que a
razão da luta dos moçambicanos esta a ser vilipendiada, por um grupo minúsculo que tomou de
assalto o Estado moçambicano, através de manipulações sistemáticas da vontade dos
moçambicanos, expressa nas urnas.
Esta forma de ser dos gestores do Estado origina insatisfação no seio dos moçambicanos, o que
faz com que vezes sem conta se manifestem e aí o Estado usa meios de repressão para calar os
corações doridos. Esta prática do Estado revela a sua intolerância, o uso abusivo e provocador
da coisa pública para reprimir os contribuintes.
Em uma só palavra, estamos perante o terrorismo do Estado. Nessa reunião da Comissão
Política Nacional da RENAMO, ficou estabelecido que o Partido RENAMO deve convocar todas
as suas capacidades físicas e intelectuais para defender a democracia e lutar pela conquista da
Paz em prol dos moçambicanos que neste momento, não obstante o calar das armas ainda
estão a léguas da Paz. A Paz nao se resume em palavras bonitas, em marchas, em lançar
pombas brancas. A Paz faz se com actos concretos e palpáveis. A Paz não reside apenas nos
signatários do AGP, estes foram e são os actores que devem implementar os vários protocolos
consensualizados ao longo dos cerca de dois anos de negociações em Roma. A Paz deve residir
no coração de cada moçambicano no seu quotidiano.
As desigualdades sociais, caracterizadas pela supremacia dos interesses partidários em
detrimento dos interesses humanitários minam a Paz traem o sacrifício consentido pelos
moçambicanos ao longo dos 16 anos da luta pela democracia multipartidária.
Foi tendo em conta tudo isso que no dia 4 de Outubro, o iluminante do povo moçambicano, S.
Excia Afonso Macacho Marcete Dhlakama, presidente da RENAMO, anunciou no comício
popular que realizou por ocasião dos 20 anos da assinatura do AGP, na cidade de Quelimane,
que a partir das zero hora do dia 5 de Outubro de 2012, a RENAMO ia renascer com uma nova
roupagem tendente a defender os supremos interesses dos moçambicanos.
Juntando a palavra á acção, o guia da democracia moçambicana, deslocou-se a província de
Sofala, Distrito de Gorongosa, Posto Administrativo de Vunduzi, localidade de Sathundjira e lá
fixou a sua residência em manifestação pacífica para persuadir os violadores dos
entendimentos de Roma a porem a mão na consciência e encararem as matérias da democracia
e da paz com responsabilidade que é devida.
Nessa altura, o Posto Administrativo de Vunduzi era guarnecido por sete agentes da PRM. Para
a nossa tristeza, dessa parte aos dias de hoje, o Distrito de Gorongosa é o que alberga maior
número das Forças de Defesa e Segurança do Estado, que desta forma agem em defesa do
partido no poder.
É lamentável que em pleno Século XXI haja um Estado que pensa resolver assuntos políticos
com recurso a força das armas.
É pena que os dirigentes do nosso país apostem e invistam na compra de armamentos, aviões
de guerra e barcos de guerra, no lugar de medicamentos para hospitais, escolas equipadas para
os nossos filhos buscarem conhecimentos, de modo a que o nosso país possa desenvolver a
ciência e a técnica tendentes a fazer frente interna ao dispoletar das riquezas naturais, que são
recursos esgotáveis. A segurança da RENAMO, as armas que tem, são para se defenderem e
defender os moçambicanos, daqueles que ainda acreditam na força das armas como solução
para qualquer tipo de problema.
As armas nas mãos dos seguranças da RENAMO são somente para se defender desses que em
pleno dia 4 de Outubro do corrente ano, fizeram incursão armada na região de Savane, zonas
de Nhandjera, Chibuabuabua, Urema onde acabou havendo tiroteio que causou baixas nas
tropas governamentais, que prefere até aqui manter no silêncio. O Distrito de Nhamatanda,
aonde foi raptado e executado o Major Oliveira, continua a ser palco da caça dos Seguranças da
RENAMO, para sumiço silencioso.
Estes actos terroristas são também visíveis em Muxungue, Magomonhi, Estaquinha, Pandje,
onde os desmobilizados da RENAMO SÃO CAÇADOS, RAPTADOS e desaparecem.
As armas que estão nas mãos da segurança da RENAMO são para persuadirem aqueles que
acreditam no seu uso mas que acabam por semear luto e dor nas nossas famílias, porque esses
que estão a morrer também tinham direito a vida, são seres humanos razão da nossa luta.
Aqueles que em plena era da revolução das NTC ainda concentram mais de 700 homens
equipados com armamento pesado, transportados em BTRs, no Distrito de Dondo, com
objectivo de atacar a segurança da RENAMO, mostram que estão parados no tempo, pois, esta
era não se compadece com o uso das armas.
Os dias de hoje são para a luta pelo desenvolvimento económico, através da exploração
racional e transparente dos recursos naturais. A luta de hoje deve ser para encontrar a fórmula
de inclusão dos moçambicanos no usufruto das nossas riquezas e não para colocar jovens no
mato a carregarem ferro pesado, com roupa feia. Os acontecimentos de 4 de Outubro, entre
Dondo e Nhamatanda só podem ser produto de uma mentalidade tacanha, irresponsável que
pensa que a força pode impor a razão.
Qual é o rácio de o Estado mandar atacar a segurança da RENAMO justamente no dia em que
assinalamos 21 anos da assinatura do Acordo Geral de Paz? Por um lado as cerimónias que até
são dirigidas pelo Chefe de Estado, a falar-se da Paz e por outro lado, no mesmo Estado, há
disparos.
Mais uma vez, o apelo vai para o Chefe de Estado Moçambicano, Presidente da República e
Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança, para mandar parar com
movimentações belicistas das Forças de Defesa e Segurança e faze-las recolher aos quartéis,
quica deixar um residual que garanta a manutenção da Lei e Ordem em locais que o
justifiquem.
A RENAMO e o Presidente Dhlakama já estão a fazer a sua parte, mantendo a sua segurança
nos seus locais habituais, mau grado os ataques que sofrem, dos quais têm sabido se
defenderem, o que continuarão a faze-lo.
Portanto a cessação de quaisquer hostilidades esta nas mãos do Presidente da República, até
porque o Presidente Afonso Dhlakama, proactivamente arrolou o ponto de defesa e seguran ça
para o debater com o Governo. É muita pena que os negociadores do governo estejam
desprovidos de sabedoria suficiente para entender que o que a RENAMO quer é apenas
transparência na nossa democracia como forma de resgatar a confiança do povo nos Órgãos de
Estado que são eleitos
O nosso compromisso é com a contínua busca da Paz que nos escapa, e a manutenção da
democracia multipartidária, que é uma quimera.
Temos dito e muito obrigado.
Maputo, 10 de Outubro de 2013
Tema: Perseguição dos desmobilizados da RENAMO
Orador: Fernando Mazanga
Função: Porta-voz do Partido
Moçambique celebrou no passado dia 4 de Outubro, a maior idade da democracia
multipartidaria.
Com efeito, com advento da assinatura do Acordo Geral Paz entre a RENAMO e o regime
monopartidario da Frelimo, a 4 de Outubro em Roma, Moçambique abriu uma nova página da
sua história, ao abracar o sistema de eleição do Parlamento e do Presidente da República, para
mais tarde evoluir para eleições Autárquicas e das Assembleias Provinciais.
Nesse mesmo acordo, era suposto, que o País entrasse na Paz efectiva, consubstanciada no
calar das armas das duas partes, ora desanvindas. A criação do exército único denominado
FADM era um passo conducente a criação de um ambiente da Paz e de Reconciliação nacional.
Volvidos 20 anos da procura desse desiderato, o Partido RENAMO, reunido em Sessão da
Comissão Politica Nacional, em Quelimane, nos dias 2 e 3 de Outubro de 2012, concluiu que a
razão da luta dos moçambicanos esta a ser vilipendiada, por um grupo minúsculo que tomou de
assalto o Estado moçambicano, através de manipulações sistemáticas da vontade dos
moçambicanos, expressa nas urnas.
Esta forma de ser dos gestores do Estado origina insatisfação no seio dos moçambicanos, o que
faz com que vezes sem conta se manifestem e aí o Estado usa meios de repressão para calar os
corações doridos. Esta prática do Estado revela a sua intolerância, o uso abusivo e provocador
da coisa pública para reprimir os contribuintes.
Em uma só palavra, estamos perante o terrorismo do Estado. Nessa reunião da Comissão
Política Nacional da RENAMO, ficou estabelecido que o Partido RENAMO deve convocar todas
as suas capacidades físicas e intelectuais para defender a democracia e lutar pela conquista da
Paz em prol dos moçambicanos que neste momento, não obstante o calar das armas ainda
estão a léguas da Paz. A Paz nao se resume em palavras bonitas, em marchas, em lançar
pombas brancas. A Paz faz se com actos concretos e palpáveis. A Paz não reside apenas nos
signatários do AGP, estes foram e são os actores que devem implementar os vários protocolos
consensualizados ao longo dos cerca de dois anos de negociações em Roma. A Paz deve residir
no coração de cada moçambicano no seu quotidiano.
As desigualdades sociais, caracterizadas pela supremacia dos interesses partidários em
detrimento dos interesses humanitários minam a Paz traem o sacrifício consentido pelos
moçambicanos ao longo dos 16 anos da luta pela democracia multipartidária.
Foi tendo em conta tudo isso que no dia 4 de Outubro, o iluminante do povo moçambicano, S.
Excia Afonso Macacho Marcete Dhlakama, presidente da RENAMO, anunciou no comício
popular que realizou por ocasião dos 20 anos da assinatura do AGP, na cidade de Quelimane,
que a partir das zero hora do dia 5 de Outubro de 2012, a RENAMO ia renascer com uma nova
roupagem tendente a defender os supremos interesses dos moçambicanos.
Juntando a palavra á acção, o guia da democracia moçambicana, deslocou-se a província de
Sofala, Distrito de Gorongosa, Posto Administrativo de Vunduzi, localidade de Sathundjira e lá
fixou a sua residência em manifestação pacífica para persuadir os violadores dos
entendimentos de Roma a porem a mão na consciência e encararem as matérias da democracia
e da paz com responsabilidade que é devida.
Nessa altura, o Posto Administrativo de Vunduzi era guarnecido por sete agentes da PRM. Para
a nossa tristeza, dessa parte aos dias de hoje, o Distrito de Gorongosa é o que alberga maior
número das Forças de Defesa e Segurança do Estado, que desta forma agem em defesa do
partido no poder.
É lamentável que em pleno Século XXI haja um Estado que pensa resolver assuntos políticos
com recurso a força das armas.
É pena que os dirigentes do nosso país apostem e invistam na compra de armamentos, aviões
de guerra e barcos de guerra, no lugar de medicamentos para hospitais, escolas equipadas para
os nossos filhos buscarem conhecimentos, de modo a que o nosso país possa desenvolver a
ciência e a técnica tendentes a fazer frente interna ao dispoletar das riquezas naturais, que são
recursos esgotáveis. A segurança da RENAMO, as armas que tem, são para se defenderem e
defender os moçambicanos, daqueles que ainda acreditam na força das armas como solução
para qualquer tipo de problema.
As armas nas mãos dos seguranças da RENAMO são somente para se defender desses que em
pleno dia 4 de Outubro do corrente ano, fizeram incursão armada na região de Savane, zonas
de Nhandjera, Chibuabuabua, Urema onde acabou havendo tiroteio que causou baixas nas
tropas governamentais, que prefere até aqui manter no silêncio. O Distrito de Nhamatanda,
aonde foi raptado e executado o Major Oliveira, continua a ser palco da caça dos Seguranças da
RENAMO, para sumiço silencioso.
Estes actos terroristas são também visíveis em Muxungue, Magomonhi, Estaquinha, Pandje,
onde os desmobilizados da RENAMO SÃO CAÇADOS, RAPTADOS e desaparecem.
As armas que estão nas mãos da segurança da RENAMO são para persuadirem aqueles que
acreditam no seu uso mas que acabam por semear luto e dor nas nossas famílias, porque esses
que estão a morrer também tinham direito a vida, são seres humanos razão da nossa luta.
Aqueles que em plena era da revolução das NTC ainda concentram mais de 700 homens
equipados com armamento pesado, transportados em BTRs, no Distrito de Dondo, com
objectivo de atacar a segurança da RENAMO, mostram que estão parados no tempo, pois, esta
era não se compadece com o uso das armas.
Os dias de hoje são para a luta pelo desenvolvimento económico, através da exploração
racional e transparente dos recursos naturais. A luta de hoje deve ser para encontrar a fórmula
de inclusão dos moçambicanos no usufruto das nossas riquezas e não para colocar jovens no
mato a carregarem ferro pesado, com roupa feia. Os acontecimentos de 4 de Outubro, entre
Dondo e Nhamatanda só podem ser produto de uma mentalidade tacanha, irresponsável que
pensa que a força pode impor a razão.
Qual é o rácio de o Estado mandar atacar a segurança da RENAMO justamente no dia em que
assinalamos 21 anos da assinatura do Acordo Geral de Paz? Por um lado as cerimónias que até
são dirigidas pelo Chefe de Estado, a falar-se da Paz e por outro lado, no mesmo Estado, há
disparos.
Mais uma vez, o apelo vai para o Chefe de Estado Moçambicano, Presidente da República e
Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança, para mandar parar com
movimentações belicistas das Forças de Defesa e Segurança e faze-las recolher aos quartéis,
quica deixar um residual que garanta a manutenção da Lei e Ordem em locais que o
justifiquem.
A RENAMO e o Presidente Dhlakama já estão a fazer a sua parte, mantendo a sua segurança
nos seus locais habituais, mau grado os ataques que sofrem, dos quais têm sabido se
defenderem, o que continuarão a faze-lo.
Portanto a cessação de quaisquer hostilidades esta nas mãos do Presidente da República, até
porque o Presidente Afonso Dhlakama, proactivamente arrolou o ponto de defesa e seguran ça
para o debater com o Governo. É muita pena que os negociadores do governo estejam
desprovidos de sabedoria suficiente para entender que o que a RENAMO quer é apenas
transparência na nossa democracia como forma de resgatar a confiança do povo nos Órgãos de
Estado que são eleitos
O nosso compromisso é com a contínua busca da Paz que nos escapa, e a manutenção da
democracia multipartidária, que é uma quimera.
Temos dito e muito obrigado.
Maputo, 10 de Outubro de 2013
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