Na 23ª sessão ordinária de AMB
As
bancadas queixaram-se das condições das estradas, falta de limpeza nas
drenagens, imundície pela lavagem de viaturas, instalação de barracas
para venda de bebidas alcoólicas e refeições, entre outras coisas
A
gestão de Daviz Simango na frente da autarquia da Beira foi ontem
fortemente criticada pela Frelimo, Renamo e PIMO, que acusaram o líder
de não respeitar o código de postura da urbe. Dentre várias coisas,
aqueles partidos queixaram-se das condições de estradas, falta de
limpeza nas valas de drenagem, imundície nos lugares públicos causados
pela lavagem de viaturas, instalação de barracas para venda de bebidas
alcóolicas e refeições, aumento de vendedores ambulantes, tudo em locais
inapropriados, assim como atribuição de terreno para construção de
indústria nos lugares de machambas.
Estas críticas foram feitas durante a XXII sessão ordinária da Assembleia Municipal da Beira.
Noé
Marimbique, chefe de bancada da Renamo, disse que o tratamento que o
CMB tem vindo a dar à população das zonas suburbanas ao retirar-lhe as
suas machambas para dar lugar a construção de industrias não tem
obedecido aos trâmites legais, pois não são compensados.
“Este
procedimento não obedece à lei em vigor no país e permite a transação
fraudulenta da terra. Muitos titulares não são registados e não recebem
compensão e outras pessoas, com ajuda de secretários das zonas, são
infiltradas como titulares e recebem individamente”, disse.
Mais
adiante, Noé Marimbique lançou críticas à Frelimo dizendo que os
governantes perderam a noção da responsabilidade com o povo, porque o
“carvão mineral ocupou a cabeça dos membros do partido no poder. O
Governo recusa alterar a Lei Eleitoral para acomodar a paridade na
Comissão Nacional de Eleições, porque tem medo de sofrer uma derrota
retumbante”, disse Marambique.
Enquanto
isto, José Raimundo, chefe da bancada da Frelimo, recorreu a exemplos
nas suas acusações a Daviz Simango. “Na avenida Armando Tivane, já não
há passeios, porque podaram as árvores e não recolheram as estacas. Os
passeios foram todos ocupados pelos vendedores informais assim como em
alguns prédios se encontram oficinas instaladas. Portanto, a postura de
cidade está sendo violada com olhar impávido e sereno dos homens de
direito”, afirmou.
Outro
que se queixou da edilidade foi o membro de partido PIMO, Cândido
Vaja, para quem há necessidade de se reabilitar as estradas esburacadas
para permitir transitabilidade.
Respondendo
a estas questões, Daviz Simango lamentou as críticas dirigidas à sua
gestão e disse que os que as fazem não têm a noção de elevado custo de
vida. Referiu que algumas actividades que violam a postura da cidade
estão ligadas ao esforços que os municípes têm empreendido para a sua
sobrevivência.
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