Dos seus membros e ex-guerrilheiros.
A Renamo acusa a Frelimo e o Governo de terrorismo e perseguição política dos seus membros e ex-guerrilheiros.
“A
situação política do país continua a deteriorar-se com retorno a
práticas terroristas que estão a ser levadas a cabo pelo Estado, a mando
do partido Frelimo e o seu governo”, disse Fernando Mazanga.
É
desta forma que a Renamo caracteriza o momento político actual e chega a
acusar o Governo da Frelimo de protagonizar actos de perseguição aos
seus antigos guerrilheiros, que apoiam Afonso Dhlakama em Santungira. O
porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, fala de alegados casos de
captura, tortura e execução de seus membros.
Mazanga denunciou, assim, uma alegada tortura e assassinato de um desmobilizado seu e a perseguição de outros 16.
Como
exemplo disso, Mazanga acusou a polícia de ter “executado” o major
Oliveira Magazinhica e de “desmoralizar” e intimidar os
ex-guerrilheiros da Renamo.
“O
major Oliveira Magazinhica foi executado às 17h30 do dia 27 de Agosto,
depois de ter sido seviciado e mantido no cativeiro, de 25 a 27 de
Agosto, altura da sua execução. O major fazia trabalhos no
quartel-general da Renamo, em Santungira, Gorongosa, e ter-se-ia
deslocado a Nhamatanda, para visitar a família”, afirmou Mazanga,
acrescentando que, “ontem, escaparam sete ex-guerrilheiros no posto
administrativo de Muda e Bebedo, em Nhamatanda; quatro em Savane; cinco
em Gondola, somando 16 que, neste momento, estão em fuga em parte
incerta para escaparem dos esquadrões da morte a soldo da Frelimo”.
Para
a Renamo, estes actos são atentatórios à paz e estabilidade do país,
uma vez que podem degenerar em violência e outras situações
descontroláveis.
Fernando
Mazanga conta que a vítima terá sido enterrada no mato e o seu cadáver
descoberto por populares, tendo o partido tomado conhecimento do
envolvimento da polícia no alegado “assassinato” através de uma
suposta testemunha.
Assim, o partido de Dhlakama exige explicações da polícia e do Governo.
A Renamo não exibiu provas do que diz, mas garante que há vários cidadãos que testemunharam tal acto da polícia.
A FRELIMO JÁ REAGIU...
O
secretário para Mobilização e Propaganda e porta-voz do partido Frelimo
diz que as acusações da Renamo são falsas, infundadas e não têm razão
de ser.
“A
Frelimo lamenta e condena, veementemente, a postura da Renamo de
tentar imputar acções sem provas nem razão de ser”, disse. Damião José
diz ainda que, se houve algum assassinato, a própria Renamo é que deve
saber porque ela é que semeia terror. “Se há algum guerrilheiro da
Renamo perecido, a Renamo sabe o que terá acontecido para isso”.
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