quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Universidades nacionais não pesquisam temas de interesse nacional

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  • Dino Foi Nao pesquisam de vez!
  • Brazao Catopola Rsrs, Lourenço do Rosário foi polite ao dizer isso. como voce vai pesquisar sem programas de extensão? Sem participar em Congressos? Sem seminários internos? heheheheheh, por isso o admoro muito.
  • Olivio Mutaquiha Eu penso que isso é absolutamente normal face as condições que temos. Precisamos de equipar as universidades, formas quadros que estabeleçam redes de pesquisa para que alguma coisa seja feita... Dentro dos próximos aos acredito que a realidade será diferente
  • Vasco Ernesto Muando Que tal, algumas Universidades Mozs promoverem para o interesse nacional investigacao a serio. A valorizacao das nossas Universidades passa pelo poder executivo respeitar e usar os resultado das investigacoes. Dos poucos que encomendavam estudos e resolucao dos problemas a partir da ciencia foram carlos Tembe e Eneas Comiche. Que tal, haver a sociedade civil, para comecar, chamarem os concorrentes para presidencia para os munincipios a debates nas universidades existentes nas capitais provinciais. Seria uma situacao optima se levarmos os candidatos a inquelino da ponta vermelha a debates no proximo ano nestas universidades? So assim que as nossas universidades senteriam estimuladas para Produzir conhecimento para o Pais.
  • Brazao Catopola heheheheheh Olivio Mutaquiha, meu irmão posso te passar nome de muitas universidades com as mesmas condições financeiras que as nossas e estão melhores. alias, entre 1992 a 2003 a UEM, por exemplo, sempre figurou entre as 30 de africa, hoje é a 64ª porquê será? Quantos seminários tem a UEM por departamento por ano... Essa aqui, não pega. aliada ao fato de publicar é um exercicio intelectual permanente, não necessariamente institucional. quantos artigos conheces feitos só para reflexão?
  • Brazao Catopola Vasco Ernesto Muando, isso é complicado num sistema como nosso. No entanto, não é a acdemia que se deve sujeitar a política, a política deve usar academia é asim como funcionam as coisa em lugares sérios. As posiç~espoliticas são suportadas por um quadro teórico certo. o que acontece é que os nossos acdemicos são políticos sem convicções politicas...
  • Olivio Mutaquiha Resta saber Brazão Cotopola quem eram os docentes na UEM de 1992 a inicios dos anos 2000, de onde vinham os fundos para pesquisa e qual é a qualificação do corpo docente que tem hoje. Se não melhorarmos significativamente isso e pautarmos por um voluntarismo apressado vamos publicar muito mas sem qualidade nenhuma.
  • Nuria Waddington Negrao Eu não sei de onde vêm esses dados. Mas toda a investigação que eu já fiz em Moçambique, que não foi assim tão pouca, e toda a investigação que os meus amigos e conhecidos fazem em Moçambique e nas universidades moçambicanas são não só sobre Moçambique como também vão ao encontro dos interesses nacionais. Então eu não sei se posso levar esse artigo a sério.
  • Brazao Catopola ok, Olivio Mutaquiha, as tuas questões levam a um ponto importante, a Universidade enfraqueceu-se o movimento contrário seria o desejado. Ora o que aconteceu?
  • Vasco Ernesto Muando Olivio Mutaquiha e Brazao Catopola, chegamos ao ponto que investigar e nao investigar nas universidades em Moz, tudo ser mesma coisa. Ha uma intencao forte do executivo 'assaltar' a ciencia.
  • Linette Olofsson grande verdade! talvez não possam publicar as verdades das pesquisas com medo do poder instituído!
  • Brazao Catopola Nuria Waddington Negrao, pode ser que sim, que a investigação que voce tenha feito tenha mostrado os níveis, mas a decadencia permanente dos lugares das Universidades em Moçambique coincidentemente nos diversos ranks também é um facto. Quando fui a Moçambique em 2012, assisti a um debate sobre qualidade de ensino em Moçambique no âmbito dos 50 anos da UEM, foi triste ter constatado do relatório do Prof. Dr Eduardo Sitoe coisas do tipo Institições sem biblioteca, Direções de universidades geridas e sustentadas por licenciados entre coisas dessa. se me der uma semana eu lhe mando o relatorio, pois deverei soliciitar a moçambique
  • Olivio Mutaquiha O que me interessa mais é o que deveríamos fazer para catapultar a nossa produção e diga-se produção científica que seja relevante? Sou formando em área de naturais, falta equipamento, faltam ideias, mas sobretudo faltam pessoas com formação e que saibam realmente fazer alguma coisa. Antes de sair pra continuar com os estudos tinha impressão que faltava apoio a pesquisa, falta sim, apoio sistematizado e fundações que abram editais para que pesquisadores coloquem seus projetos, mas, pelo menos para várias áreas de naturais falta know-how e isso precisa ser resolvido
  • Olivio Mutaquiha Isso Vasco Ernesto Muando, me preocupa bastante. Temo muito de ciência básica que devia e deve ser feita, não acho muito prudente entrar em discursos de "temas relevantes para o país"
  • Brazao Catopola Olivio Mutaquiha, faltam ideias. tenho amigos que foram a moçambique e que conseguiram fazer experimentos tanto na manhiça como nos laboratórios da UEM e de Engenharia. A questão é não se leva a universidade a sério. em alguns países, alias, você vive isso, há convênios para resolver estas questões. diga me porque voce não poderá através da sua instituição usar outros laboratórios? Porquê não se introduz programas cooperativos exatamente para sua área? Estive ali, perto em Lesotso em 2009 num curso da UNESCO, fui a umas montanhas a cerca de 3000 metros ver patas de dinassouros, o trabalho arqueologico era feito por três instituições diferentes
  • Vasco Ernesto Muando ODM em cima da mesa. NA UEM, nos anos antes de 2003, por exemplo, no curso de Geografia, entravam anulamente pouco menos de 40 estudantes e em 2006, a turma era composta por 80 alunos. Em 2006, na UEM, entramos pouco mais de 2 mil estudantes e os bolseiros eram em numero consideravel e hoje em dia reduzem residencias e sao mais de 5 mil alunos por ano a dar entrada e os docentes catedraticos e os PhD, perderam moral em entrar nas salas de aulas e mandam os seus assistentes parao efeito e els viraram consultores da primeira linha desvinculados das suas universidades e o estudante este nao eh acompanhado nas suas tarefas de investigacao...
  • Nuria Waddington Negrao Eu acho que estamos a misturar assuntos. Há deficiências sérias na educação superior em Moçambique. Há pouca investigação a ser feita.
    Mas a investigação que está a ser feita de que eu tenho conhecimento (principalmente áreas biológicas e médicas) são de qualidade publicadas em revistas científicas internacionais e sobre assuntos que são do interesse nacional.

    Tenho acompanhado o Prof Carlos Serra e em Sociologia também se investigam assuntos do interesse nacional. Tenho acompanhado o Prof Castel-Branco e o Prof Luis de Brito e posso dizer que em economia também estamos a produzir investigação de qualidade sobre Moçambique e de grande interesse nacional.

    Eu não sei do que é que o Prof Lourenço do Rosário queria dizer, mas se ele queria dizer o que disse eu não concordo.
  • Olivio Mutaquiha é tudo uma questão de estrutura. Eu vi dinheiro voltando para o MCT por falta de qualidade técnica dos projectos. É sério Brazao Catopola, faltam pessoas formadas e consequentemente ideias. Conheço departamentos na UEM, na UP e na Unilúrio sem um mestre, sem um PhD (sem especialistas com maior grau de aprofundamento em suas áreas) e isso limita um pouco o que você pesquisa (as habilidades). Não conheço muito a realidade nas sociais, mas nas naturais essa é a realidade
  • Vasco Ernesto Muando Nuria Waddington Negrao, alguma vez ja acompanhou da existencia de grupos de investigacao envolvendo docentes e Estudantes e que leve muito tempo essa relacao? Voce apontou alguns Senhores para um Moz de cerca de 22 milhoes de habitantes.
  • Brazao Catopola Concordo, consigo Parcialmente Nuria Waddington Negrao, mas as deficiências do ensino superior criam essa falta de pesquisa. Por outro lado, você pode reparar que o IESE não é universidade.vai poder reparar, que em diário de um sociólogo de Carlos Serra há mais lançamentos ou flashes de debate que um debate profundo, num aspecto reconheço por exemplo o Prof Elisio Macamo, quem muitas vezes tentou trazer questões para um debate acadêmico a semelhança de Carlos Serra. Armindo Ngunga pesquisa e publica, mas isso é uma gota de agua nooceano, para o arsenal PHD e Universitário que temos
  • Cremildo Bahule O nível de investigação nas nossas universidades decresceu. A UEM teve o privilegio de ter o CEA que foi uma das grandes referências em termos de investigação e publicação a nível Austral de África. Concordo com Brazao Catopola: IESE, MASC e ... outras instituições privadas, mesmo que os seus investigadores estejam ligadas as instituições de ensino superior fazem investigação a nível privado e trazem propostas e estudos científicos de qualidade. Por exemplo eu sei que o professor Ngunga tem feito um trabalho de investigação das línguas bantu para o auxiliar o ensino bilingue e uso das mesmas no meios de comunicação social. O professor Serra investiga assuntos de interesse nacional e os últimos trabalhos dele (nos quais participei e que foram editados) foram sobre linchamentos e a percepção que Moçambique dos estrangeiros (nas mais diversas áreas) e vice-versa. Agora se queremos subir o nível de investigação e termos um bom lugar no raking onde Moçambique tem as melhores universidades temos de melhorar a nossa qualidade de ensino superior e, pensando como professor Lourenço de Rosário, tem programas de extensão e os congressos serem uma prática activa nas nossas universidades. Assim, não esperaremos que nos atribuam prémios platinados e de consolação que fazem zangar Dino Foi.
  • Miguel OM De Brito O argumento do prof. Lourenco do Rosario era que apesar de haver muitos academiscos e mesmo professors universitarios a fazer pesquisa, a maior parte dessa pesquisa ou nao eh feita NAS universidades (eh feita nos IESEs, etc.) ou nao eh DAS universidades (ou seja sao iniciativas de professores individuais). Basicamente ele quis dizer que as universidades (e nao podemos ver so a pesquisa que se faz na UEM e julgar que em todas as outras tambem acontece) nao tem uma agenda institicional de pesquisa - esta acontece de forma individual, ad-hoc ou for a das universidades.
  • Olivio Mutaquiha Isso é facto. Realmente não há planos e programas claros de pesquisa a nível institucional. é preciso fazer muito. Agora, devo dizer também que nas Naturais (QUimicas, Fisicas, Biologia, Geologia, Matemáticas) o quadro de PhDs não é tanto assim. Há um problema de falta de gente qualificada mesmo.
  • Cremildo Bahule Independentemente de ter muitos PhDs ou não, a verdade é que a pesquisa baixou até onde há muitos PhDs (Sociologia, Antropologia,...). Uma das coisas que faz com que as universidades não pesquisem é falta de fundos. Investigar, sem rodeios, custa dinheiro. Na hora de fazer o rancho as universidades alimentam devidamente o ramo da investigação ou investimos somente no ensino?
  • Nuria Waddington Negrao Vasco Ernesto Muando
    Moçambique tem 22 ou 23 milhões de habitantes sim, dos quais aproximadamente 50% são analfabetos e 90% a 95% são iletrados; 70% é rural e não vai à universidade, aliás apenas 0.3% da população tinha ensino superior em 1999 (imagino que este número tenha aumentado um pouco desde 1999, http://www.portaldogoverno.gov.mz/.../indcadores_c_t_moc.pdf).

    Assim sendo nós só podemos exigir às universidades que estas produzam o possível, não o impossível. Dizer que o número de investigadores é demasiado pequeno atendendo ao tamanho da população é uma crítica geral ao país e ao sistema de educação, não às universidades.

    Mais, a maior parte da investigação séria não é produzida em cursos de licenciatura. Investigação é produzida em cursos de Mestrado e de Doutoramento. Quantos cursos de Mestrado e de Doutoramento há em Moçambique e quantos pessoas já graduaram com estes cursos? Esta é que deve ser a base de análise quando dizemos que as universidades moçambicanas não estão a produzir investigação em quantidade satisfatória.

    E além do mais investigação custa dinheiro. Tendo em conta a realidade do país (nós somos um país pobre), que parte do bolo orçamental deve ser dedicado à investigação na vossa opinião? Até que ponto é que vocês acham que a investigação deve ser prioritária em Moçambique? Sem dinheiro, não se vai lá, isso garanto-vos eu.

    Já essa pergunta sobre relação de investigação entre estudantes e professores. Estudantes que estão a fazer um curso cuja investigação é uma componente importante têm uma relação com os seus supervisores que dura o tempo da duração. É assim em Moçambique, é assim em todo o mundo. Agora se queremos que estudantes de licenciatura sejam os investigadores das universidades moçambicanas e depois reclamamos que não produzimos investigação com qualidade, tudo o que eu posso dizer é que estamos a colher o que plantamos.

    Brazao Catopola
    O Carlos Serra para além do blog dele é professor do Centro de Estudos Africanos da UEM. É da investigação que ele faz lá que eu estou a falar. Os trabalhos do Carlos Serra são publicados ou em papers ou em livros. Dizer que ele não analisa os temas de maneira profunda é insultuoso.

    Não quero com isto tirar nada ao Elísio Macamo, mas que eu saiba este não é funcionário em nenhuma universidade moçambicana, ou é?

    O Castel-Branco e o Brito também são professores da UEM e como tal supervisionam trabalhos de investigação de estudantes dessa universidade.

    Eu trabalhei no Centro de Biotecnologia da UEM onde tudo o que se faz é investigação. Na Faculdade de Medicina há vários grupos a fazer investigação, sendo que o departamento mais prolífico é o de Saúde Pública.

    As Faculdades de Veterinária e de Agronomia produzem todos os anos vários estudos publicados nas suas áreas respectivas.

    Para além disto temos vários institutos governamentais que fazem trabalhos sérios de investigação em várias áreas, muitas vezes em colaboração com a UEM.

    Eu volto a dizer, tendo sido investigadora em Moçambique eu posso apontar muitas falhas. Não há dinheiro, não há condições de trabalho, há dificuldades ridículas, há poucos estudantes com qualidade. Tudo isso é verdade.

    Mas dizer que nas universidades moçambicanas não se produz investigação ou que a investigação não vai de encontro aos interesses nacionais, ou que a investigação não é "sistematizada" não corresponde à realidade que eu conheço.

    E se é verdade que não temos dinheiro para competir com o resto do mundo em todas as frentes, também é verdade que nós produzimos alguns estudos que são de "vanguarda" sim!

    Como podem ver aqui (e isto são só artigos de interesse bio médico) a maior parte das publicações científicas com o termo Mozambique no texto são produzidas em Moçambique: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Mo%C3%A7ambique
  • Nuria Waddington Negrao Mas uma coisa é verdade, que eu saiba só a UEM e a Universidade Católica é que produzem investigação de forma sistematizada.

    Mas para mim o motivo é simples, estas são universidades que têm a investigação como um dos seus objectivos. As outras têm como objectivo formar quadros. Estes dois tipos de universidade também existem em todo o mundo...
  • Vasco Ernesto Muando Muito bem Nuria, grande apontamento esclarecedor. Há pouco dinheiro para a investigação porque o país tem pouco! Mestrados e doutoramentos existem sim no país em que um docente orienta mais de 1 dezena de alunos...patetíco isso!
  • Nuria Waddington Negrao Vasco Ernesto Muando é isso mesmo. Nós às vezes queremos fazer omeletes sem ovos. Ou zangamos porque não fazemos omeletes quando nem sequer há ovos.

    Para se fazer investigação são precisos recursos humanos, materiais e financeiros. Nós temos muitos poucos recursos. É preciso investir nisso. Mas também é preciso investir em recursos de base. Não vale a pena gastar muito dinheiro em 2 a 3% da população para sermos um dos melhores de África e continuarmos com as taxas de analfabetismo e iliteracia que temos. Ou achas que vale?

    Se o objectivo do Lourenço do Rosário era dinamizar o processo nas universidades e aumentar o esforço colectivo para que haja mais e melhor investigação eu estou com ele. Mas o título da notícia indica outra coisa e mesmo a notícia em si não está muito melhor.
  • Rui Cabral e porque que o governo nao mete mola no assunto? Ora muito bem... os gajos querem o people bem burrinho, assim é mais fácil para eles. E depois ainda vem aqui cagar que agora temos nao sei quantas universidades, e o nivel de analfabetismo isto e aquilo... so BULSHIT mais nada.
  • Eusébio A. P. Gwembe Eu devo dizer que a up ja tem plano serio para investigacao e tambem fundos. O que estamos a fazer e definir o que investigar que seja diferente do que as restantes universidades pesquisam o que implica sondarmos um pouco do que os outros fazem neste campo
  • Dino Foi 1-Academia de Ciencia de Mocambique eh gerida pelo mesmo senhor que por acaso eh o Reitor da UEM.
    2- O Ministerio da Ciencia e Tecnologia ainda ainda gere bolsas de estudo, mesmo tendo uma instituicao que se chama Instituto de Bolsas!
    3- Qualquer macafula se chama doutor, mesmo que seja o primeiro dia na universidade.
    4- Avaliacao para o catedratico nao se baseia em publicacao em jornais de especialidade mas sim manuais de aulas.
    o que esperam, mesmo?!
    Obrigado
  • Olivio Mutaquiha Exato Nuria Waddington Negrao. Queremos ter Oxfords com passagem automática onde alunos chegam a 8a classe sem saber ler. Como disse anteriormente Brazao Catopola, é uma questão de estrutura, e estrutura cria-se com tempo e investimento acertado. O Reitor da UP gosta de dizer que tem que se reconhecer a instituição pelo orçamento que se faz. Se você for ver escrito num orçamento: "Lupulo, Cevada, etc, " você sabe que se trata duma cervejaria. Se você for ver orçamento das nossas universidades não dá pra saber se é uma administração, ministério ou qualquer outro lugar. Você verá mao
  • Olivio Mutaquiha voce verá salas, computadores, nem um centavo pra pesquisa... Isso tem que ser repensado e reestruturado para atender as novas demandas (não é pra começar a drenar dinheiro de forma indiscriminada, é preciso pensar)
  • Olivio Mutaquiha Dino Foi, não precisa ser radical. Como disse a Nuria Waddington Negrao, esse é um problema geral da educação, que talvez hoje tenha atingido as universidades. Não estamos tão mal assim, precisamos é de acompanhar as transformações que o mundo seguiu. Vamos a tempo de criar fundações sérias e organizadas e financiar pesquisa com qualidade, é tudo fruto de um processo que de certa forma está em andamento. Podia estar muito melhor, mas é injusto dizer que não se está a fazer nada.
  • Rui Cabral como se o facto da UP ter fundos para uma pesquisa fosse resolver o problema. Eu as vezes leio com cada argumentação aqui.... enfim.
  • Eusébio A. P. Gwembe Rui, e um passo e bom comeco. As pesquisam requerem, alem da vontade, algum taco mas nao so.
  • Dino Foi desculpa se ofendo @olivio Mutaquilha! Chega de aceitar essas mediocridades!
    Estamos mal e eh preciso aceitar isso.
    Um pais com um pouco de 400 doutorados tem 45 universidades! Nao eh brincadeira isso?! No final, tens uma universidade que Reitor simplesmente acabou doutoramento e logo a seguir assumir!!
    Chega de prostituir a academia. Tenho dito, quem me chamar para gerir Mcel ou EDM vou pedir para um cargo menor! O que estah por tras desta minha "brincadeira" eh a pressa que temos em "aparecer". Coisas como ISCTAC, ISCOGECOF, Mussa Bin Bin e companhia nao deveriam se chamar instituicoes de nivel superior!
    Anyway, vou ali pegar uma coca cola!
  • Vasco Ernesto Muando As universidades abrem os cursos mesmo sem quadro de docentes e infra estruturas apropriados. Vejam só que mtas universidades até públicas, desvincularam se da sua gênese. Não se explica que a UEM esteja com cursos para ensino e a UP esteja a ministrar Medicina, Geologia, etc. Existe mtos professores formados sem enquadramento mas para além da UP e UEM, a UCM está formar professores a velocidade da luz. O governo que faz? Vai aceitando que haja essa desgovernação no sector do ensino superior? Só será possível a investigação, só quando o poder político aperceber que para governar deve basear em soluções estudadas e as universidades deviam fazer parte neste processo.
  • Olivio Mutaquiha Dino Foi, em relação a essas universidades que pululam no nosso país sem estrutura nenhuma, devo concordar consigo que se trata de prostituição mesmo. Mussa Bin Bique, Instituto Alberto Chipande e até as aventuras de expansão desenfreada da UP. Mas esse é um problema do MINED não das Universidades, isso se resolve com fiscalização séria e comprometida a manter certo padrão. Repito, se você criar fundações que façam gestão de fundos para pesquisa de forma séria, universidades renomadas e com quadros bem formados serão os que tem acesso a esse financiamento e as fracas vão ficar a deriva. é preciso apoiar em estrutura as universidades do estado e deixar fundações independentes fincanciarem a pesquisa.
  • Eusébio A. P. Gwembe A up esta a reestruturar os cursos para acompanhar as dinamicas sociais visto que o mercado nao consegue consumir todos os prof. Up fica marca apenas.
  • Olivio Mutaquiha Eusébio A. P. Gwembe, conheço um pouco a UP por dentro e não gostaria de transformar o debate geral na questão UP. Realmente está acontecer uma mudança, motivada até por razões nobres, mas, devo dizer meu caro, muita coisa foi feita com um voluntarismo barato. A UP está a passar por uma "crise existencial", não sabe mais se continua como Pedagógica apenas ou entra forte no mercado como uma outra universidade de cariz técnico como a UEM e a Unilúrio. Em termos de infra-estruturas e formação de quadros está a investir pesado e de forma inteligente, mas ao mesmo tempo cria delegações em lugares onde não tem condições absolutamente nenhumas e curso sem staff. Tem que focar melhor se quiser chegar um dia a status de uma instituição onde se faça pesquisa a sério como vimos no post da Nuria Waddington Negrao
  • Vasco Ernesto Muando Revendo as declarações do Professor L. De Rosário, ele refere que as universidades trabalham com "planos improvisados"!
  • Dino Foi solucao: criar balizas para uma instituicao se chamar de ensino superior.
  • Olivio Mutaquiha Isso é muito urgente. Precisamos criar balizas e fiscalizar de forma séria. Definir que critérios e que condições queremos. Ja até existe uma lei, mas o cumprimento da mesma é uma comédia.
  • Brazao Catopola Dino Foi, grande questão. Não se trata de financiamento somente é muito mais do ue isso é a propria concepção. Vasco bem dito a questão não é só disponoiblidade financeira é mesmo e ate a vontade de pesquisar e fazer pesquisa, eu sei que a UEM tem dinheiro, pouco ou muito, mas o nível de pesquisa é baixissímo. outrossim, a questão de haver universidade e uma má qualidade de educação inibi o próprio pensar crítico daí a dificuldade de produzir pensamento o que levaria a publicar a posterior a pesquisa
  • Dino Foi Eu me interesso pelas telecomunicacoes desde o Mestrado e, o primeiro paper que li sobre telecomunicacoes moveis veio da faculdade de agricultura da UEM. Estranho nao?! as tantas nao, mas tomate ainda vem da Africa do Sul!
  • Antonio A. S. Kawaria Assunto para uma reflexão profunda e levar-se a sério.
  • Antonio A. S. Kawaria Recordem-se também desta palestra de 2010.
    http://opais.sapo.mz/...
  • Nuria Waddington Negrao Brazao, acho que este comentário que fez noutro sítio faz mais sentido aqui e como quero responder vou partilhar com os outros (espero que não se importe).

    Comentário do Brazao em resposta a outro comentário que fiz lá acima:
    "Nuria Waddington Negrao, entendo seu ponto de vista. que nã há pesquisa sem dinheiro. Entendo que somos um país pobre e que sempre estivemos na cauda. Me explique então como se justifica que ate bem pouco tempo estivemos no topo e de repente caimos. A UEM por exemplo, que afirma ter como ojectivo a investigação, quantas pessoas publicam anualmente? se quiser vejamos a FLCS-UEM, que é fortemente composta de PHDs e Mestrados, quantos publicam? Quantos congressos internos a UEM faz? a tal revista cientifica anunciada no ano passado quantos artigos ja tirou? Sei que há um cinjunto de fatores a contribuir, mas não deixa de ser verdade que não pesquisa, a doença de docencia no sentido sala, não politica de discussão interna..reina. me lembro que entre 1996-2001 a faculdade de letras da UEM tinha encontros quinzenais de debates, sem nenhuma explicação desapareceu, isso não te haver com dinheiro, brigas internas romperam esse sistema...por muito pobre que sejamos se nós formos a ver o orçamento da UEM, ISRI, UP contempla pesquisa. será que as mesmas se têmdesenvolvido?"
  • Nuria Waddington Negrao Mais uma vez acho que há uma mistura de assuntos.

    O título da notícia é: "Universidades nacionais não pesquisam temas de interesse nacional"

    Ora eu não sei o que se passa nas outras universidades, mas na minha área toda a pesquisa da UEM é em temas de interesses nacionais.

    Aliás, em Moçambique não há dinheiro para andarmos a pesquisar temas que não são do interesse nacional. Então imagino que toda a investigação que seja com base em temas de interesse nacional.

    Agora vamos lá analisar o artigo frase a frase.

    "O lançamento da quarta edição do livro “Desafios para Moçambique 2013”, pelo Instituto de Estudos Econó­micos e Sociais (IESE), foi o pre­texto para o académico e reitor da Universidade Politécnica lançar a crítica às universidades." - acho apropriado que se levantem críticas às nossas universidades e acho que o lançamento deste livro é um dos momentos certos para isso.

    "Lourenço do Rosário conside­rou, na ocasião, que as instituições académicas furtam-se de cumprir com uma das suas principais fun­ções." - aqui eu começo a questionar - em Moçambique a maior parte das instituições de ensino superior têm como função principal a formação de quadros básicos (licenciados) e não a investigação. Aliás a própria UEM tem como principal função a formação de licenciados. Este tipo de universidades não são por definição grandes centros de investigação. Dizer que estas instituições estão a furtar-se a uma das suas "principais funções" é, na minha óptica, errado. Alguém falou de dezenas de universidades em Moçambique, isso não existe. O que nós temos são muitas instituições de ensino superior, mas isso não significa universidade. Universidades mesmo é uma lista mais pequena: UEM, UP, Católica, Unilúrio, UniZambeze e (talvez) a Politécnica (talvez falhei uma ou duas, mas não chegam a dezenas nem pensar). Desta lista apenas a EUM, a UP e a Católica têm tempo suficiente de funcionamento para que possamos exigir um volume significativo de produção de conhecimento. Mesmo assim, o mandato da UP não é um de investigação (que eu saiba) mas sim de formação de professores. Isto deixa a UEM e (talvez) a Católica como universidades moçambicanas que têm como função a produção de conhecimento. Aqui eu volto a lembrar que a função principal destas instituições não é a produção de conhecimento mas sim a produção de licenciados.

    “Por que é que a academia mo­çambicana, as universidades, pas­sam ao lado dos grandes temas nacionais, sobretudo no que diz respeito à pesquisa académica? É um problema extremamente complexo, porque, quando a co­municação nos aborda e pergun­ta como é que a universidade vai acompanhar a situação actual do país, ficamos constrangida, por­que não temos muitas ideias e respondemos coisas muito ad hoc, como ‘vamos abrir um curso de engenharia de petróleos, acom­panhar projectos de gás, fazer um seminário sobre a nossa participa­ção nos recursos naturais, etc’”, lamentou Do Rosário. - Aqui eu acho que o Lourenço do Rosário pega num exemplo concreto do que é o "interesse nacional" e extrapola para tudo o resto. Eu não faço a mínima ideia sobre que investigação é que está a ser feita na área dos hidrocarbonetos, se tem algum engenheiro no grupo pode nos esclarecer. Mas mesmo que não esteja a ser feita nenhuma pesquisa nessa área (e acredito que não está mesmo) isso não significa que "a academia moçambicana passe ao lado dos grandes temas nacionais". Para fazermos esta afirmação temos que dar mais dados e não apenas um exemplo. Eu posso dizer que nas áreas de ambiente, medicina, produção animal e agronomia a academia moçambicana não passa ao lado dos grandes temas nacionais. Podemos não estar em tudo, mas estamos no que é possível tendo em conta os recursos que temos. Logo, eu acho esta frase super exagerada. Além disso, investigação em universidades é feita por estudantes de Mestrado e Doutoramento - temos curso de Mestrado ou Doutoramento em hidrocarbonetos? Se não temos, como é que queremos que as universidades moçambicanas produzam conhecimento sobre o assunto?

    “Não me perece haver ainda, na academia moçambicana, algu­ma universidade que tenha um pensamento sistematizado e que esteja na vanguarda daquilo que se exige e se espera de uma acade­mia num Estado democrático e de direito”, acrescentou, saudando o IESE por desenvolver, publicar e debater temas de interesse nacio­nal." - Mais uma vez, na UEM em certas áreas há grupos de academicos que fazem pesquiza sistematizada e de vanguarda. Então não podemos fazer uma afirmação tão categórica assim.

    Existem muitos problemas com a investigação em Moçambique. Existem muitos problemas com a investigação na UEM. Eu acho que este é um assunto sério e que não pode ser encarado desta maneira, com generalizações que nem sequer fazem sentido.
  • Nuria Waddington Negrao Brazao, agora vamos ao teu comentário.

    "Me explique então como se justifica que ate bem pouco tempo estivemos no topo e de repente caimos." - estávamos no topo em quê? Quais eram os critérios que nos punham no topo? Será que caímos ou será que outros
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  • Brazao Catopola Ola Nuria, gosto disso. http://www.scimagojr.com/compare.php... através deste site voce pode ter acesso a produção científica em Moçambique e compara los nos diversos itens e fazendo vários cruzamentos isso poderá ilustrar que há um decréscimo vertical entre o aumento de formados (mestrados e doutorados) e decrescimo de publicações. 1) a UEM tem como objetivo a produção de conhecimento e formação. Não sei a que reitores se refere. Depois do Narciso Matos entraram Brazão Mazula e esse o seu discurso era precisamente a universidade fazer se quer pela formação quer pelainvestigação - recorde se do projecto Repensar o ensino superior em Moçambique e o incentivo a publicação aos professores -. a seguir entrou o Padre Couto, que reiteradaente dizia que os nossos programas são de reprodução de conhecimento e até chamou de modelos de escola secundária superior, alias, em conversa com o Padre Couto no ano passado ele disse me Catopola, a universidade Eduardo Mondlane é bastante grande e nao consegue integrar-se como um todo em investigação e ensino. repare que uma das lutas contra o Couto foi a PBL (Problem Basic Learnig) no qual a componente pesquisa sempre foi e devia estar presente. O Padre Couto sempre priorizou a investigação para resolução de problemas. Sobre o novo reitor pouco tenho afirmar não convive o contexto acadêmico com ele como reitor 3.As brigas internas sim de alguma forma contribuíram para o desaparecimento desses debates. lembro me que entre os professores não existia crítica ao documento, mas a formação do apresentador, isso fez com que muitos não quisessem passar humilhações com estudantes e demais. 4. Claro e concordo consigo que a pesquisa custa caro. mas há um princípio fundamental, se a educação custa caro, experimente a ignorância e verá. não digo que tudo deve ser resolvido mas digo que há estratégias que podem ser usadas para sanar uns e outros problemas. Carreira na UEM obedece ao quadro institucional de progressão desde a docência à investigação, agora se falarmos dos pagamentos essa é outra coisa. Agora, não deixa de ser verdade que uma das atribuições no estatuto dos funcionários é mesmo a investigação.
  • Ilidio Lobato Acho pertinente o debate sobre a investigação nas instituições de ensino superior em Moçambique. Neste momento podemos dizer que inexiste investigação propriamente dita nas IES moçambicanas, salvo algumas excepções em que docentes e departamentos com canais de financiamento seguros fazem pesquisa a título individual e não dentro de um plano institucional. A característica principal da universidade repousa na triade ensino, pesquisa e extensão, mas olhando na globalidade do que acontece em moçambique o ensino parece ser o unico pilar das IES, justamente porque não tem independencia financeira e sao excessivamente dependentes do estado e boa vontade de quem faz os orçamentos que não entende nada sobre sustentabilidade do ensino superior. Quanto ao comentário de LOURENÇO DE ROSÁRIO descordo totalmente. É certo que inexiste a pesquisa no país, mas o pouco que tem sido feito nessa área trata sobre moçambique e é de interesse do país. É só ver a parceria que o CISM tem com a faculdade de medicina, as várias escavções e sistematização arqueologicas feitas pelo departamento de arqueologia da uem, as pesquisas do CEA, as pesquisas invisíveis de outras instituiçoes de ensino superior que promovem congressos e jornadas científicas que ninguem quer saber. Alias, já convidamos várias vezes o professor Lourenço do Rosário para participar de jornadas científicas e de um congresso e nem se deu ao trabalho de responder ao convite. Penso que o Prof. Lourenço do Rosário dá um tiro no seu proprio pé, porque ele é reitor/proprietário de uma instituição de ensino superior e ele deveria dar o exemplo mostrando o que a sua instituição faz em termos de pesquisa e deixar de mandar bitaites para ganhar uns aplausos.
  • Olivio Mutaquiha Brazao Catopola, alguma coisa não está certa no teu ultimo comentário. Vimos o site da Scimago juntos e nao tem como chegar a conclusão de que há queda vertical na produção dos artigos em Moçambique. Pelo contrario, há quase que um aumento exponencial. Dados em relação ao número de mestrados e doutores forneça-nos por favor para que possamos fazer uma analise. Segundo, não esperava que fosse enveredar por falácias de apelo as emoções do tipo "se a educação é cara... Experimente a ignorância". Sou formando em Evolução Molecular, como referiu a Nuria Waddington Negrao, jamais publicaria um artigo numa revista nacional nao indexada. Diminui as chances de ser citado e de levar a pesquisa que faço para grupos de discussão mais prolíficos. Quero repetir e repetirei quantas vezes for necessário, é uma questão de estrutura. E digo mais, julgando pelo Scimago apenas, a única conclusão que chegamos é que aumentamos e muito a nossa produção em revistas indexadas, que pelo menos nas biológicas e biomedicas é onde interessa. Nao conheço as nossas revistas, mas enquanto elas nao forem indexadas, nao tem como definir critérios objeçtivos de comparação. Tenho a sensação que nao estamos muito melhores e nem muito piores do que antes.
  • Nuria Waddington Negrao Brazao Catopola cheguei a uma conclusão, nós temos ideias de investigação diferentes. Só pode. Porque eu não considero que nenhum curso de licenciatura seja um exercício de investigação, mesmo que tenha uma tese no fim. E o Brazao fala-me de PBL que é um método de ensino e não um método de investigação.

    Quando dizem q a UEM prioriza a investigação estão a dizer o quê exactamente? Em discursos? Só se for aí....
    As vagas para investigadores são muito, muito, muito menores que as vagas para docentes. No relatório anual de actividades os docentes podem preencher todos os itens (incluindo investigação) enquanto os investigadores apenas podem preencher 2 itens. Se a UEM tivesse efectivamente uma política que põe a investigação e a docência no mesmo nível de prioridade então haveriam tantas vagas para investigação quantas há para docência e seria tão fácil os investigadores progredirem como os docentes.
    Além do pessoal, se a UEM quisesse focar na investigação faria como a minha primeira universidade que tem mais vagas para cursos de investigação do que para cursos de primeiro grau ou profissionalizantes. Ou daria bolsas completas para estudantes que estão em cursos de investigação.

    Mas não é isto que vemos, nem em termos de políticas de Recursos Humanos nem em termos de políticas academicas. E, sinceramente eu acho que a UEM faz bem, eu acho que Moçambique tem outras prioridades neste momento. Eu acho que enquanto os novos ingressos da UEM não souberem nem sequer fazer a interpretação de um texto simples a prioridade não é a produção de conhecimento. Eu acho que a UEM está a fazer o compromisso certo, apesar de não concordar em certos detalhes.

    Todas as semanas o meu departamento tem um seminário onde um cientista apresenta o seu trabalho dos últimos anos. Muitas das vezes, as pessoas que vêm apresentar são os líderes das suas áreas. Todas as pessoas que passam por aqui são "humilhadas" - não é agradável mas faz parte do processo científico. Mas sinceramente produção de conhecimento não é apresentar é publicar. Se a audiência em Moçambique ainda não consegue discutir os méritos da pesquisa então não se fazem seminários, não faz mal. O que nós precisamos é de mais publicações e não de mais reuniões. E estás a dar-me razão, nós não temos quadros suficientes para criar um ambiente acadêmico de investigação.

    Claro que há estratégias para resolver alguns dos problemas, até agora eu não estava a falar sobre isso. Até agora eu estava a comentar o artigo que publicaste e mais nada.

    Em Moçambique, pelo menos em termos de ciências biológicas e associadas antes de querermos voar muito alto temos de formar pessoal. Para o pessoal que temos fazemos muita investigação. Esse é o meu ponto principal.
  • Olivio Mutaquiha Em vez de levantarmos tempestade em copo de agua que tal nos perguntarmos o seguinte: "Como melhorar nossa produção cientifica?"
  • Olivio Mutaquiha Só tenho medo de um voluntarismo gratuito como referenciei anteriormente. Criarmos um nicho próprio de revistas nossas não citadas por ninguém, nao revisadas por pessoas serias e convencermo-nos de que estamos em progressão.
  • Nuria Waddington Negrao Antes de abrirmos a boca para criticar a investigação que existe temos de fazer uma análise sobre o seguinte:
    1) quantas pessoas com PhD estão a trabalhar a tempo inteiro nas universidades moçambicanas a fazer investigação?
    2) quantos cursos de pos-gra
    duação com enfoque em investigação têm as nossas universidades e quantos estudantes estão inscritos?
    3) quanto dinheiro há para cada área?
    4) tendo em conta o número de investigadores e seus supervisandos, quantos artigos esperamos ver por ano?
    5) quantos artigos saem por ano e em que revistas são publicados?

    Só quando tivermos esses dados podemos ter uma discussão séria sobre o que disse o Lourenço do Rosário, até lá estamos a falar sem conhecimento de causa.

    Se o objectivo do debate é, por outro lado, identificar os problemas na investigação em Moçambique e possíveis soluções então vamos nós focalizar nisso. E não nesta mistura de assuntos...

    Mas acima de tudo, temos que nos lembrar que Moçambique precisa de escolas primárias primeiro, e que se o Governo amanhã disser que vai financiar a sério a investigação a maior parte das pessoas neste grupo vão se revoltar. Não sejamos hipócritas.
  • Olivio Mutaquiha Caríssimo amigo Brazao Catopola, os números dessa vez não estão a seu favor. Essa afirmação "através deste site voce pode ter acesso a produção científica em Moçambique e compara los nos diversos itens e fazendo vários cruzamentos isso poderá ilustrar que há um decréscimo vertical entre o aumento de formados (mestrados e doutorados) e decréscimo de publicações" é extremamente difícil de provar, senão vejamos:http://www.scimagojr.com/countrysearch.php?country=MZ
  • Olivio Mutaquiha O link do Scimago mostra que a produção (numérica) aumentou. A produção relativa se manteve. O indice H não altera muito. é bem ilustrativo porque tem gráficos e tudo. As áreas que mais conribuem são CIÊNCIAS BIOLOGICAS e AGRÁRIAS, MEDICINA, IMUNOLOGIA E MICROBIOLOGIA, CIENCIAS AMBIENTAIS. A colaboração internacional se manteve quase a mesma, e os documentos citaveis aumentaram. Por favor, ajuda a ilustrar a relação que você pretendia demonstrar com "há um decréscimo vertical entre o aumento de formados (mestrados e doutorados) e decrescimo de publicações'

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