segunda-feira, 16 de setembro de 2013

CONGRATULAÇÕES AO JOÃO CHISSANO, ELE MERECE!

“Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” 1Tm 4:12
Há mais de dois mil anos atrás, algures no Oriente Médio, uma chusma de fanáticos e poderosos Cépticos e cobardes, mandou executar um inocente, só pelo simples facto deELE ser um líder nato da sua tribo e, assim sendo, não acreditavam que deles pudesse sair alguém com ideias inovadoras do que as arcaicas do velho Patriarca Moisés, cuja prática  das mesmas não só não acompanhava a evolução do mundo de então, como até se revelavam ultrapassadas por segregacionistas e estigmatizantes. Dito por outras palavras eles não acreditavam que o novo Líder fosse capaz de imprimir uma nova dinâmica no Mundo de então que era regido por mitos e dogmas. Diziam eles: “Ninguém pode ser profeta e fazer milagres na sua própria terra.” Mas, como todos nós sabemos e testemunhamos, estavam redondamente enganados:ELE não só mudou o mundo, como foi capazdeabalar os alicerces do pensamento de então ealterar para sempre a trajectória da humanidade. Mas como em tudo, os Cépticos continuaram a proliferar um pouco por todo o mundo ao ponto de atingir a nós Moçambicanos também. Vale começarmos por lembrar o que são e como agem os Cépticos. Os cientistas sociais definem o cepticismo como sendo um sistema filosófico que tem por base a afirmação de que o homem não tem capacidade de atingir a certeza absoluta sobre uma verdade ou conhecimento específico. Digamos quecepticismoé a manifestação da falta de fé em determinada coisa. Um Cépticopoderia também serconhecido, por exemplo,comouma pessoa que enraizada nas tradições antigas, rejeitateorias científicas.Então, um Céptico seria aquele que duvida de tudo, que não crê que não tem fé em nada até nele próprio. Não tem auto-estima, nem valoriza os outros. Vem isto a propósito do anúncio feito recentemente pelas autoridades que regem o Futebol do nosso País confirmando a contratação do jovem “MisterJoão Chissano como Seleccionador Principal da nossa maior equipe de futebol: “Timamba”. Há muito temos vindo a sugerir e até rogarmos a esses “Patrões da Bola”, cronicamente Cépticos, para, em algum momento, suspenderemtemporariamenteas suas incertezas quanto à nossa capacidade interna de levarmos a cabo trabalhos relevantes, insistindo eles, não obstante, em ir para as “Europas” trazer-nos de lá, ilustres desconhecidos  alguns dos quais chegam como acontecia no passado com os Colonos que aprendiam só dentro do navio que lhes trazia para o “ultramar português”, a saber calçar sapatos, e mesmo usar calças e camisa para não falar de fato, pois na “Metrópole” só andavam de botas de borracha e fato macaco nas hortas. Hoje também como ontem alguns desses supostos “Coach” chegam aqui (já não de navio mas de avião na classe económica, com uma mão atrás e outra a frente), sem nenhuma conta bancária, para algum tempo depois regressarem para os seus países em visita e em demanda da família, de fato “Pierre Cardan” já na classe Executiva, munidos de vários Cartões Bancários, (de Crédito e de Débito), Passaporte Diplomático, dormindo em hotéis de cinco estrelas, comendo e ganhando salários chorudos, sem no entanto trazer nenhuma mais-valia a este pobre e sofrido Povo. João Chissano é um dos muitos Moçambicanos de gema, que deram provas mais do que convincentes da sua competência do seu comprometimento com o Futebol Nacional, sobretudo do seu patriotismo pois já fizeram sair e subir do anonimato Equipes que hoje fazem parte da fina nata do nosso Futebol. Alguns, por amor a esta Pátria, aceitam trabalhar nas mais difíceis (e porque não humilhantes condições) ao servir de adjuntos a indivíduos estrangeiros cujos créditos em matéria de futebol sabem tanto como eu sei de Mandarim. Significa isto dizer que, foi necessário o João passar a eliminatória em Angola para ser confirmado como Seleccionador Principal, para depois nos dizer que “não, ele já tinha contrato assinado até 2014 como Treinador Principal!” Uma ova! Porquê não o publicitaram antes de ganhar a qualificação em Angola?! Porquê, porquê, porquê?! Isso é pura hipocrisia, pois ahipocrisiainfelizmente grassatambém eespecialmente nos ditos imaculados, os que exigem transparência e se crêm acima de suspeita.Essa de confirmar alguém por objectivos, só acontece com treinadores nacionais porque os “Martinho Nojos, os Engels e companhia Lda.”, receberam elevadíssimas somas sem ser condicionados a nenhuns objectivos. Sejamos uma vez pelo menos honestos: aceitemos que somos incrédulos quanto a nossa capacidade interna. Somos Cépticos. Porque quando somos honestos, estamos em contacto connosco mesmos, sentimos uma paz e alegria imensa e estamos atentos às coisas boas que nos acontecem diariamente. Quando não somos honestos, vivemos com medos e sob essa percepção vemos o que nos rodeia. Eu não estou a dizer que devemos somente contar com a prata da casa e não digo que eles são os maiores do mundo, até mesmo os grandes e renomados profissionais não são tão perfeitos como apresentam ser,mas irmos buscar alguém de não se sabe onde em detrimento dos nossos compatriotas é uma atitude inqualificável e abjecta. A maioria dos melhores talentos de futebol foi a Mãe África que os forneceu à Europa: Matateu, Vicente, Coluna, Eusébio, Abédi Ayew Pelé, Chiquinho Conde, Yaúka, Drogba, Bruma, (só como exemplos), são africanos que brilharam e brilham na Europa. O contrário, de Europeus que escreveram os seus nomes em letras de oiro em Africa, não deve ultrapassar os dedos duma só das minhas mãos. Portanto, temos de ter auto estima e confiarmos em nós mesmos. O João e muitos outros compatriotas merecem. Por isso, seja-me permitido gritar bem alto: “João, tu mereces. Ninguém está a fazer-te nenhum favor. Força! Continuas o mesmo João: humilde e simples mas competente. Nas Vitórias, nos Empates e nas Derrotas, estaremos juntos!

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