Apesar
da disponibilidade que o Chefe do Estado diz manter para se encontrar
com o líder da Renamo, Armando Guebuza alerta que deve ser um encontro
que produza resultados para não frustar as expectativas dos moçambicanos
O
Chefe do Estado voltou a abordar, com frontalidade, a actual situação
política que se vive no país, durante o balanço da sua Presidência
Aberta e Inclusiva à província de Inhambane.
Segundo
o Presidente da República, o único obstáculo que impede o encontro com
o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, é a própria delegação da Renamo, na
mesa negociar, pois, sempre que o Executivo mostra disponibilidade do
Chefe do Estado, a contraparte coloca novas imposições.
“Aquilo
que o Governo pretende é que haja, realmente, esse encontro com a
minha pessoa e o senhor Dhlakama. Temos dito isso há muito tempo, muitas
vezes e quero acreditar que também acreditam que, sempre que posso, me
encontro com ele. Aliás, já fiz isso. Já dei esse gesto no passado.
Também expliquei, numa outra ocasião, que o meu encontro com o senhor
Afonso Dhlakama não podia alimentar expectativas que não sejam
totalmente satisfeitas. Porque isso ia dar um sinal muito forte, não
pelo encontro, mas porque, depois de nos encontramos num dia, no outro,
as pessoas voltam a frustrações. Mas devem dar esperança dos problemas
que vão ser resolvidos. E qual é a esperança. É que, depois do
encontro, as pessoas se sintam mais livres, as pessoas possam falar à
vontade como têm falado até agora e sem receios de serem ameaçadas ou
intimidadas”.
Armando
Guebuza diz ainda que o encontro deve permitir que as pessoas possam
voltar à sua vida normal, participando nos actos políticos que o país
tem em liberdade. Quanto à sua disponibilidade, acrescenta o Chefe do
Estado que as rondas negociais tinham ou têm em vista preparar os
aspectos a debater e que poderão permitir que, no encontro com Afonso
Dhlakama, seja possível tratar de assuntos ligados à segurança. Porque o
povo moçambicano não pode continuar a viver intimidado, pois é um povo
com liberdade e, por isso, a liberdade que tem não pode ser ameaçada.
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