by Araujo Manuel on Wednesday, 12 October 2011 at 03:52 ·
Assunto: GRUVETA
Exmo. Senhor Vasco Fenita – Gostaria de lhe pedir que este texto saísse no WamphulaFax antes do funeral deste grande Homem, que será no dia 01/10/11. Obrigado. amatabele59
Gruveta – Faleceu sem morrer, porque é Herói nacional.
I – O rapaz inconformado
Rapaz trabalhador camponês urbanizado em Quelimane vindo de Domela, sua terra de nascimento.
Em Quelimane pensava encontrar a liberdade que lhe faltava como escravo da terra na sua aldeia natal.
Mas na cidade concluiu que era rapaz do colonialismo sem direitos quaisquer.
Porque nunca o sofrimento o conformou sua família abandonou rumo ao desconhecido em busca da conhecida saborosa e sofrida liberdade.
O rumo seleccionado foi a fronteira de Milange a caminho da Nyassalândia, hoje Malawi.
Uma vez no Malawi por camarada Lourenço Mutaca enquadrado o Tanganhica alcançou.
Do Tanganhica para treinos político militares para a Argélia com Samora rumou.
II – Fartos da guerra
E os oprimidos fizeram luta revolucionária com muita bravura e clareza.
Derrota após derrota as tropas invasoras foram ganhas pela desmoralização desespero e ficaram claras que guerra sem senso faziam.
As viúvas e mães mais lágrimas já não tinham para chorar seu maridos e filhos tombados em guerra injusta.
As espingardas cansadas de nos oprimir disparam cravos em Lisboa.
Os opressores reconheceram a derrota tácita no teatro da batalha.
Com a batalha perdida a guerra também foi perdida pelo colono.
Guerrilheiros e soldadesca da opressão, todos filhos de oprimidos lá e aqui se confraternizam em abraços informais mas autênticos.
A guerra acabou antes de os grandes assinarem documento de cessar fogo.
Gruveta em Lusaka, capital da Zâmbia, no sete de Setembro de 1974 testemunhou a assinatura do cessar fogo.
III – O regresso triunfal do guerrilheiro
Com garbo decisão e muita juventude caiu nos braços de sua mãe de regresso a Domela.
Nos olhos do Gruveta lia-se a vontade ferrenha de a pátria querer reconstruir.
Nunca antes do 25 de Abril de 1974 tínhamos ouvido falar de tão ribombante e raro nome.
Acho que não há dois Gruvetas ao cimo da terra.
Até que a RCM – Rádio Clube de Moçambique – na voz bem timbrada do seu locutor nos informou que Bonifácio Gruveta, intrépido Comandante da Província da Zambézia, sem disparar um único tiro, reabriu a frente desta.
Dinâmico humano interventivo Gruveta era todos os dias referido pelos seus feitos epopeicos.
Gruveta, o jovem primeiro Governador da Província da Zambézia com apenas 32 anos.
Momentos indescritíveis a Zambézia viveu com o martelo democrático esgrimido por Gruveta.
Homem de hábil dizer e discurso fluído em chuabo e em português.
Para mal das meninas, naquele tempo, Gruveta, rapaz estiloso sem ser vaidoso nem gingão barato.
IV – A vida
Gruveta teve a sorte de ter filhos exemplares durante a luta armada nascidos.
Do ventre da sua dedicada esposa, após a independência nacional, mais dois filhos recebeu, o Chivambo e a Xiluva.
Sem sequer saber que a fazia, praticava a filantropia como ninguém mais a fazia.
Gruveta condoía-se do sofrimento do Homem.
Na morgue do Hospital Central do Maputo era líder obrigatório na organização de funerais envolvendo pessoas – pobres e ricas - da sua província mãe e de todos os moçambicanos que lhe pedissem ajuda.
Consciente da necessidade de aumentar os seus conhecimentos na Beira estudou com afinco durante cinco anos.
Como Comandante Militar na Zambézia combateu com bravura os que perturbavam a nossa Paz.
Gruveta só padecia do defeito de apenas saber gerir a coisa pública com muita transparência.
Gruveta, sem demagogias, nutria simpatia pelos pobres.
Gruveta, o amigo das crianças.
Gruveta, o Mecenas de muitos Doutores que Moçambique hoje possui.
Gruveta era político e diplomata de trato fino e delicado.
Nunca da sua boca saiu algum grito ou impropério.
Combatente esclarecido contra o tribalismo e outros divisionismos.
Gruveta, frontal, vertical sem ser radical.
V – O ocaso
Doente cansado entristecido frustrado mas não conformado começou a incubar doenças.
Ontem brincalhão e divertido, começou a murchar que nem flor ao sol.
Na vida empresarial experimentava algumas dificuldades que as transformava em desafios bem sucedidos.
Tal como tudo o que finda é triste, Gruveta vivia algumas vezes com alguma desilusão.
Mesmo com alguma desilusão tinha o cuidado de ser um apóstolo da esperança em relação do porvir e ao futuro.
A ameaça de vazio de valores morais e éticos na sociedade não deixava Gruveta tranquilo, mas muito preocupado.
E o ocaso do herói deu-se na manhã dia 28 de Setembro de 2011, em Maputo, vítima de doença.
VI – A imortalidade
Gruveta, o Herói Nacional.
A definição que encontrei para a expressão Herói Nacional é de aquela pessoa que falece sem morrer ou morre sem falecer porque é eterna.
O Gruveta é um Homem assim do tamanho do Mundo sem fim, apenas com princípio.
Este Homem de Domela tornou-se ícone nacional pelo que ele construiu para os moçambicanos.
Por isso que no dia da sua morte todos os moçambicanos não o choraram.
O Herói Nacional Gruveta não morrerá porque deixou obra para o povo.
O Gruveta é tão humildemente grande que no seu testamento exigiu que os seus restos fossem devolvidos ao local de onde haviam partido: Domela sua terra natal.
E no dia 01 de Outubro de 2011, Sábado, o País testemunhará a descida deste grande Gruveta ao seu solo natal.
Até já Camarada, Gruveta, imortal nacional vindo de Domela.
Maputo, aos 28 de Setembro de 2011
António Nametil Mogovolas de Muatua
António Alberto Paulo Matabele
Exmo. Senhor Vasco Fenita – Gostaria de lhe pedir que este texto saísse no WamphulaFax antes do funeral deste grande Homem, que será no dia 01/10/11. Obrigado. amatabele59
Gruveta – Faleceu sem morrer, porque é Herói nacional.
I – O rapaz inconformado
Rapaz trabalhador camponês urbanizado em Quelimane vindo de Domela, sua terra de nascimento.
Em Quelimane pensava encontrar a liberdade que lhe faltava como escravo da terra na sua aldeia natal.
Mas na cidade concluiu que era rapaz do colonialismo sem direitos quaisquer.
Porque nunca o sofrimento o conformou sua família abandonou rumo ao desconhecido em busca da conhecida saborosa e sofrida liberdade.
O rumo seleccionado foi a fronteira de Milange a caminho da Nyassalândia, hoje Malawi.
Uma vez no Malawi por camarada Lourenço Mutaca enquadrado o Tanganhica alcançou.
Do Tanganhica para treinos político militares para a Argélia com Samora rumou.
II – Fartos da guerra
E os oprimidos fizeram luta revolucionária com muita bravura e clareza.
Derrota após derrota as tropas invasoras foram ganhas pela desmoralização desespero e ficaram claras que guerra sem senso faziam.
As viúvas e mães mais lágrimas já não tinham para chorar seu maridos e filhos tombados em guerra injusta.
As espingardas cansadas de nos oprimir disparam cravos em Lisboa.
Os opressores reconheceram a derrota tácita no teatro da batalha.
Com a batalha perdida a guerra também foi perdida pelo colono.
Guerrilheiros e soldadesca da opressão, todos filhos de oprimidos lá e aqui se confraternizam em abraços informais mas autênticos.
A guerra acabou antes de os grandes assinarem documento de cessar fogo.
Gruveta em Lusaka, capital da Zâmbia, no sete de Setembro de 1974 testemunhou a assinatura do cessar fogo.
III – O regresso triunfal do guerrilheiro
Com garbo decisão e muita juventude caiu nos braços de sua mãe de regresso a Domela.
Nos olhos do Gruveta lia-se a vontade ferrenha de a pátria querer reconstruir.
Nunca antes do 25 de Abril de 1974 tínhamos ouvido falar de tão ribombante e raro nome.
Acho que não há dois Gruvetas ao cimo da terra.
Até que a RCM – Rádio Clube de Moçambique – na voz bem timbrada do seu locutor nos informou que Bonifácio Gruveta, intrépido Comandante da Província da Zambézia, sem disparar um único tiro, reabriu a frente desta.
Dinâmico humano interventivo Gruveta era todos os dias referido pelos seus feitos epopeicos.
Gruveta, o jovem primeiro Governador da Província da Zambézia com apenas 32 anos.
Momentos indescritíveis a Zambézia viveu com o martelo democrático esgrimido por Gruveta.
Homem de hábil dizer e discurso fluído em chuabo e em português.
Para mal das meninas, naquele tempo, Gruveta, rapaz estiloso sem ser vaidoso nem gingão barato.
IV – A vida
Gruveta teve a sorte de ter filhos exemplares durante a luta armada nascidos.
Do ventre da sua dedicada esposa, após a independência nacional, mais dois filhos recebeu, o Chivambo e a Xiluva.
Sem sequer saber que a fazia, praticava a filantropia como ninguém mais a fazia.
Gruveta condoía-se do sofrimento do Homem.
Na morgue do Hospital Central do Maputo era líder obrigatório na organização de funerais envolvendo pessoas – pobres e ricas - da sua província mãe e de todos os moçambicanos que lhe pedissem ajuda.
Consciente da necessidade de aumentar os seus conhecimentos na Beira estudou com afinco durante cinco anos.
Como Comandante Militar na Zambézia combateu com bravura os que perturbavam a nossa Paz.
Gruveta só padecia do defeito de apenas saber gerir a coisa pública com muita transparência.
Gruveta, sem demagogias, nutria simpatia pelos pobres.
Gruveta, o amigo das crianças.
Gruveta, o Mecenas de muitos Doutores que Moçambique hoje possui.
Gruveta era político e diplomata de trato fino e delicado.
Nunca da sua boca saiu algum grito ou impropério.
Combatente esclarecido contra o tribalismo e outros divisionismos.
Gruveta, frontal, vertical sem ser radical.
V – O ocaso
Doente cansado entristecido frustrado mas não conformado começou a incubar doenças.
Ontem brincalhão e divertido, começou a murchar que nem flor ao sol.
Na vida empresarial experimentava algumas dificuldades que as transformava em desafios bem sucedidos.
Tal como tudo o que finda é triste, Gruveta vivia algumas vezes com alguma desilusão.
Mesmo com alguma desilusão tinha o cuidado de ser um apóstolo da esperança em relação do porvir e ao futuro.
A ameaça de vazio de valores morais e éticos na sociedade não deixava Gruveta tranquilo, mas muito preocupado.
E o ocaso do herói deu-se na manhã dia 28 de Setembro de 2011, em Maputo, vítima de doença.
VI – A imortalidade
Gruveta, o Herói Nacional.
A definição que encontrei para a expressão Herói Nacional é de aquela pessoa que falece sem morrer ou morre sem falecer porque é eterna.
O Gruveta é um Homem assim do tamanho do Mundo sem fim, apenas com princípio.
Este Homem de Domela tornou-se ícone nacional pelo que ele construiu para os moçambicanos.
Por isso que no dia da sua morte todos os moçambicanos não o choraram.
O Herói Nacional Gruveta não morrerá porque deixou obra para o povo.
O Gruveta é tão humildemente grande que no seu testamento exigiu que os seus restos fossem devolvidos ao local de onde haviam partido: Domela sua terra natal.
E no dia 01 de Outubro de 2011, Sábado, o País testemunhará a descida deste grande Gruveta ao seu solo natal.
Até já Camarada, Gruveta, imortal nacional vindo de Domela.
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