Wednesday, August 22, 2012

Sobre “a compaixão”, “a bondade”, e “a heroísmo” de Bonifácio Gruveta

Comments

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umBhalane said in reply to António Bilal...
"Sei também que a destruição financeira da SSE se deu bem antes da Renamo ter chegado à Zambézia. De recordar o papel de Mário Machungo nesse capítulo e as denúncias do funcionário sénior do banco central, Sr. Fornasini, depois de ter saído de Moçambique."
Já coincidimos, e avançamos.
Só que, só que,...a destruição da SSE pela frelimo, antes da RENAMO, não FOI SÓ financeira.
Cuja resolução seria bem simples - Bancos. Empréstimos bancários resolveriam os problemas financeiros, e/ou mesmo, entradas de capital de accionistas, havendo múltiplas formas, como bem sabe.
A actividade económica foi tremendamente abalada.
A capacidade técnica foi desfalcada.
Os próprios meios de produção foram descurados.
As manadas de gado bovino, dezenas de milhares, foram sendo delapidadas...
Sei que a RENAMO, quando retirou (foi obrigada) do Luabo, sabotou vários meios de produção.
Mas antes já tinham havido os tais bombardeamentos, e pesados, por parte da frelimo, e seus mercenários aliados estrangeiros.
Parece haver um problema de semântica - bombardeamento e sabotagem.
O bombardeamento seria bom, e nada destruíra.
A sabotagem seria má, e tudo destruiu.
A minha tese é que a frelimo começou a destruir o Luabo, e não só, e está devidamente comprovado historicamente, como parece estarmos de acordo, bem antes da entrada da RENAMO na vila - económico-financeira, produtiva, técnica, logística, assistência/saúde, emprego, etc, etc, etc,...
Depois veio o bombardeamento da frelimo - a RENAMO nunca teve essa capacidade militar.
Por fim, a sabotagem final com a retirada da RENAMO, não estou certo – 1983/4?, na sequência da investida coligada da frelimo, e forças mercenárias estrangeiras.
A partir desta data, continuação da sabotagem por parte da frelimo, por castigo?
O forte apoio à RENAMO na zona, tem que ser exemplarmente castigado.
Sim.
Como é possível que em 2012-01-11 o Luabo permaneça grandemente destruído, e completamente destruído quanto ao seu potencial, comprovado, agro-industrial?
E de tudo quanto em função dele gravitava, nas terras circundantes?
Malgrado recentes notícias de investimento.
Meus renovados agradecimentos, e cumprimentos.
A LUTA É CONTÍNUA

2
António Bilal said in reply to umBhalane...
A minha resposta fundamentou-se na seguinte questão posta sobre a mesa:

“Por acaso sabe quem bombardeou a Vila do Luabo, sede da Sena Sugar Estates, Lda., distrito do Chinde, província da Zambézia, destruindo principalmente a fábrica de açúcar (alvo militar???), e inviabilizando até HOJE a vida económica daquela antiga, e próspera urbe?”
Retive, pois, a questão da destruição da fábrica de açúcar. No contra-ataque, foram empenhados meios aéreos, mas a sabotagem da refinaria já tinha ocorrido.
Tenho conhecimento de que a Renamo não dispunha de meios aéreos próprios, embora o apoio logístico que recebia se processasse com recurso a aeronaves de tipo militar, rodesianas primeiro, sul-africanas depois (cargueiros DC-3, C-130; helicópteros Puma e Super Frelon, entre outros). Também aterravam em bases da Renamo avionetas civis e também um DC-3 de matrícula civil, para transportes pontuais de dirigentes do movimento, visitantes (jornalistas, missionários, personalidades políticas estrangeiras, instrutores militares, etc.). Nos finais da guerra, a Renamo possuía uma avioneta, mas não creio que tivesse sido utilizada em missões de combate.
Sei também que a destruição financeira da SSE se deu bem antes da Renamo ter chegado à Zambézia. De recordar o papel de Mário Machungo nesse capítulo e as denúncias do funcionário sénior do banco central, Sr. Fornasini, depois de ter saído de Moçambique. Mas a sabotagem da refinaria, essa foi da autoria da Renamo, como referi antes.
Leio neste local, com estupefacção, certos estrategas de poltrona, que às vezes cobrem-se com o manto de abnegados pacifistas-pacificadores, a lamentar o facto de Dhlakama não ter tomado partido da relativa supremacia militar das suas forças no terreno, e lançado um ataque final sobre Maputo em vez de se deixar embrulhar por políticos manhosos sentados do outro lado da mesa das negociações de paz em Roma.
Precisamente por não dispor de meios aéreos, nem meios convencionais (incluindo motorizados e mecanizados) para um ataque dessa envergadura, Dhlakama não optou por essa via. Seria um suicídio, por mais dificuldade que os tais estrategas sintam em digerir uma questão tão simples como essa.
António Bilal
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umBhalane said in reply to António Bilal...
Não tenho dúvidas que a RENAMO tenha atacado o Luabo, e muitas outras localidades conquistadas/tomadas à frelimo/RPM.
Mas o ataque da RENAMO, o inicial, para a conquista da vila, foi praticamente sem resistência.
E a RENAMO lá se estabeleceu, até…
A RENAMO começou do zero, e foi progredindo em todo o território de Moçambique.
Isso é do conhecimento geral.
O que está em cima da mesa, a questão crucial, é quem bombardeou o LUABO.
Ora, é por demais sabido que a RENAMO não possuiu nunca força aérea, nem meios similares.
Não estou a afirmar que a RENAMO não tenha feito as suas tropelias, e na retirada tenha acabado de destruir o resto.
Sei, inclusive, do rapto de vários cidadãos Portugueses, Srs. Herculano Silva e Esposa, José Soares,...?, pela RENAMO.
Sei da morte em cativeiro do Sr. Herculano Silva, enquanto refém/prisioneiro da RENAMO, p.e. .
Devo dizer-lhe que a destruição do Luabo já vinha de antes da RENAMO ter invadido a vila.
Em 1977, última vez que visitei o Luabo, minha terra natal, fiquei de tal modo desmoralizado que nunca mais lá voltei - salários em atraso, falta de combustível, e mesmo alguns bens alimentares...
O desânimo era total.
Numa terra de “leite e mel”, já as nuvens carregadas de incompetência, desconhecimento das realidades, obscureciam os céus do delta do Zambeze.
A produção tinha caído a pique.
Era a gloriosa época do desmantelamento do aparelho produtivo colonial.
Agradeço as suas informações, e vou agora desenvolver esforços de colher testemunhos vivos de cidadãos que estavam no Luabo ao tempo.
Ah, a RENAMO tinha enviado avisos aos cidadãos estrangeiros, nomeadamente aos Portugueses, que estava na hora de sair, e vários assim o fizeram.
Entretanto, agradeço outros contributos.
Vamos clarificar as coisas.
Por a história nos carris devidos.
O meu muito obrigado, e cumprimentos ao Srs. Fr. Moises e António Bilal.
A LUTA É CONTÍNUA


4
Francisco Moises said in reply to umBhalane...
Ficamos assim. Obrigado pelo seu interesse. Oficiais do CICV tem sido muito cuidadosos quando fazem declaraçoes que é para nao se verem como aliados deste ou daquele lado num conflito armado. Quando eu e aluns outros escremos ao CICV escremos como refugiados moçambicos como interesse de ver todo o povo de Moçambique ajudado e começamos por agradecer ao CICV por ajudar os moçambicanos no lado da Frelimo e pedimos que a mesma ajuda se extendesse as populaçoes no lado oposto -- portanto a todos os necessitados em Moçambique. Teria gostado de reagir ao que lhe foi dito por outro individuo quanto a este assunto, mas nao o faço visto que ja decidi nao entreter tais individuos.
5
António Bilal said in reply to umBhalane...
O ataque e sabotagem da refinaria de açúcar da SSE foi da autoria da Renamo. No contra-ataque das tropas governamentais e aliados morreu um jornalista italiano que acompanhava os guerrilheiros da Renamo.
A Cruz Vermelha, com base naquilo que os seus funcionários no terreno relatavam para Maputo e Genebra, decidiu prestar auxílio às populações que viviam em áreas sob influência da Renamo. O apoio foi prestado com a permissão do governo moçambicano, embora dentro do regime da Frelimo houvesse oposição, manifestada na Assembleia Popular pela deputada do partido único, Lina Magaia.
António Bilal
6
umBhalane said in reply to Francisco Moises...
« Francisco Moises said in reply to umBhalane...
"O ATAQUE A LUABO FOI FEITO PELA FRELIMO"»
Muito obrigado, Francisco Moises.
Bate certo.
Agora, para quem não sabe, Luabo fica a apenas 70 Kms. do litoral, talvez nem tanto, Chinde, na Zambézia, zona central de Moçambique, e na margem direita do Zambeze, a cerca de 25 Kms de Marromeu, a montante, e na margem direita do mesmo rio - o Zambeze.
O LUABO foi uma das muitas ÁREAS LIBERTADAS de Moçambique, onde a presença dos comunistas da frelimo não se fazia sentir, tinha sido expulsa, erradicada,...,
e daí, a mesma frelimo ter preferido destruir completamente as infraestruturas industriais do Luabo, com pesados bombardeamentos às suas instalações, populações e haveres - os antigos CTT do Luabo são emblemáticos, e as suas imagens proliferam na NET.
A par da fábrica e demais instalações industrais, é um monumento à destruição de bens civis, não militares.
Com mais tempo, podemos voltar aos assuntos em divergência.
Sempre ao dispor.
Mais uma vez, obrigado Francisco Moises.
Maningue tacuta.
A LUTA É CONTÍNUA.
O ATAQUE A LUABO FOI FEITO PELA FRELIMO.
PONTO FINAL.


7
Francisco Moises said in reply to umBhalane...
O ATAQUE A LUABO FOI FEITO PELA FRELIMO

Caro umBhalane,
Sempre prazer em le-lo. O meu atraso em responder a sua pergunta foi devido primeiro a enorme diferenca de tempo entre o meu lugar e o tempo em Portugal. Portugal que esta na Hora Media de Greenwich no inverno como agora; ou seja o tempo universal coordenado, esta a 8 horas em frente da hora da minha urbe ca no meu lugar no Pacifico.
Depois de ler o seu comentario esta manha, que era a vossa tarde la em Portugal; fiquei metido de actividade em actividade. Foi muito interessante que me mencionou o ataque a Luabo.
Quando ele ocorreu, este ataque passou-me despercebido. Foi dum oficial da Cruz Vermelha Internacional que visitava a representacao da Cruz Vermelha em Nairobi de quem ouvi falavar deste ataque. Interessante ha!
Por muito tempo O Comite international da Cruz Vermelha (CICV) so operava no lado da Frelimo. a Minha diligencia com alguns outros em Nairobi que escrevemos a CICV para que tambem ajudasse as populacoes no lado da Renamo foi recebida positivamente em Genebra. De acordo com aquele oficial, o governo da Frelimo estava muito reluctante com a excusa de que o lado da Renamo eram bandidos armados.
O CICV, precisou o oficial, disse a Frelimo que nao podia continuar a operar em Mocambique se nao pudesse ajudar todos os lados e que ia se retirar se nao pudesse ajudar os dois lados. Como a Frelimo estava desesperada em reter a ajuda do CICV, teve que ceder que o CICV operasse no lado da Renamo. O CICV operava nas zonas da Renamo a partir do lado da Frelimo.
Como se sabe O CICV nao se mete na politica de lados em conflito. Quando a Frelimo montou o ataque de desespero para desalojar a Renamo em Luabo, houve um incidente em que uma avioneta da Cruz Vermelha ficou atingida pelo fogo da Renamo e uma das suas infirmeiras ficou gravemente ferida, necessitando a evacuacao imediata da mesma para Genebra para tratamentos especialisados.
A avioneta foi atingida pelo fogo da Renamo que repelia o ataque da Frelimo. A avioneta aterava exactamente no tempo em que a Renamo acabava de rechacar o ataque da Frelimo. O CICV nao culpou a Renamo pelo incidente, afirmou o oficial, sublinahdo que compreendeu que naquela hora que os soldados da Renamo estissevem muito nervosos na hora em que a avioneta aterrava no tempo em que os avioes da Frelimo acabavam de atacar e a Renamo repelia o ataque. A Renamo pediu desculpas ao CICV.
O ataque a Luabo foi portanto um daqueles ataques desesperados como aquele que descrevi num comentario anterior na regiao ocidental da Zambezia; durante o qual um aviao da Frelimo bombardeou uma aldeia no Malawi; destruindo uma palhota.
Esta e a versao do CICV sobre o ataque de Luabo e nao tive outras fontes. E segundo o CICV; o ataque foi feito pelas forcas da Frelimo e nao mencionou os aliados da Frelimo.
Naquela altura a Frelimo estava perdida o que ditou que a Tanzania enviasse as suas tropas para Mocambique e prometeu que se a Frelimo ficasse derrubada; ela restituiria o campo de Nachingwea para a Frelimo se retreinar na guerrilha e refazer uma nova guerra contra a Renamo a partir da Taznaia. A Renamo era um movimento de guerrilha e como quase todos os movimentos de guerrilha nao tinha uma forca aerea; a nao ser que fosse uma imaginada pela Frelimo e pelos seus sequazes. A Renamo nem tinha mesmo avionetas civis.

8
umBhalane said in reply to Francisco Moises...
Caro Francisco moises
AFINAL, QUEM BOMBARDEOU O LUABO - CHINDE - ZAMBÉZIA, sede da maior indústria açurareira de Moçambique, ao tempo, a SSE, Lda.???
aGRADEÇO O FAVOR DAS SUAS MELHORES DILIGÊNCIAS.
"Caro Francisco Moises
Por acaso sabe quem bombardeou a Vila do Luabo, sede da Sena Sugar Estates, Lda., distrito do Chinde, província da Zambézia, destruindo principalmente a fábrica de açúcar (alvo militar???), e inviabilizando até HOJE a vida económica daquela antiga, e próspera urbe?
E terras adjacentes.
Ouvi de falar, e tenho alguns escritos, que falam de aviões, e até de helicópteros.
Em que local estacionava a força aérea da RENAMO, e quais os meios que dispunha então, para a execução e envergadura do bombardeamento do Luabo?
Fico-lhe grato pela possível informação.
Tacuta."
A LUTA É CONTÍNUA
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Francisco Moises said in reply to Amândio Muthemba...
Visto e ignorado
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umBhalane said in reply to Tadeu Phiri...
Afinal, qual é o problema quanto aos "os UnBhalane"?
Sempre assino umBhalane.
Falei alguma mentira?
Onde está o problema - ser contra a frelimo, o inimigo?
Já lhe defini concretamente faz muito tempo - o único e verdadeiro inimigo, na minha opinião, do Povo Moçambicano, é a frelimo.
Lhes conheço bem demais.
Tenho direito.
Sempre coerente.
E agora?
Onde está a "maka", afinal?
Aqui, no Moçambique para Todos, TODOS podem escrever SEM CENSURA.
Até porque o sítio/blogue não está sedeado em Moçambique da frelimo.
Nem o seu editor lá reside, senão…
Nós TODOS sabemos as contingências, as dificuldades,…, da liberdade de expressão em Moçambique da frelimo.
TODOS nós conhecemos essa “democracia” exemplar.
Os Srs., ainda, custa-lhes a acostumar a opiniões diferentes, ao contraditório, ao exercício livre do direito de opinião, e sua expressão sem censura.
Só se for a favor da frelimo, seguindo a cartilha oficial, e segundo chavões pré-definidos em guiões repetitivos de lambebotismo.
Alguém vos impediu de aqui escrever livremente, sem censura?
Falem lá.
Só para sabermos.
Querem falar sozinhos, impor a vossa ordem como nos tempos?
Assim, já não dá.

A LUTA É CONTÍNUA

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Tadeu Phiri said...
Aqui neste blog parece que só são autênticos os Laboret, os UnBhalane, os Nota Moisés e outros que normalmente alinham pelo "contra". Todos os outros que comentam e apresentam outra perspectiva dos assuntos em debate são espiões da FRELIMO ( esta fixação com espionagem chega a ser doentia), ou é um único indivíduo que assina por vários. Esta é uma hábil maneira de fugir das interpelações que se fazem aqui. Obviamente que não farei nenhum esforço para demonstrar quão falsas são estas alegações. Sobretudo quando se referem ao meu caso. Sempre assino meus escritos com o meu nome. Aqui neste blogue, em outros blogues e nos jornais.
O senhor Laboret aparece ainda com uma teoria interessante. A de que os comentadores podem escrever coisas irresponsáveis, sem que tenham que consubstanciar nada. Eu escrevo com alguma regularidade textos de opinião para jornais e revistas moçambicanas. É a primeira vez que oiço isto. Quero todavia alertar outras pessoas que expressam suas opiniões em público: o que diz o senhor Laboret pode ser verdade no país em que vive (o que duvido). Mas nos países em que eu vivi, o simples facto de expressar uma opinião em público exige responsabilidade e seriedade. Nesses lugares onde eu vivi, não são apreciadas as pessoas que se põem a divulgar mentiras sob a alegação de que o que escrevem não é um artigo mas sim um comentário. Inclusivamente, se esses comentários colocarem em causa a honra de pessoas ou instituições, os editores, os opinadores, os comentadores e os articulistas podem ter que responder em juízo. individual ou solidariamente.
Tadeu Phiri
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Amândio Muthemba said in reply to Francisco Moises...
É inegável que em diversos comentários anteriores o Sr. Francisco Moisés deu das áreas da Renamo que visitou uma imagem de zona completamente abandonada pela Frelimo, onde se caminhava por lá livremente em pleno dia, inclusivamente quando se atravessavam rios como o Zambeze.

Não neguei que também tivesse andado por zonas “belicisadas”. Por isso é que pedi que esclarecesse quais eram afinal essas zonas, já que antes de se referir à “ingratidão” delas não havia feito menção.

Alegar que não o faz por temer retaliações contras as populações não faz sentido. Se eram zonas “belicisadas” é por que a Frelimo estava lá, e que, portanto, tinha conhecimento de quem apoiava quem, não necessitando das revelações do Sr. Francisco Moisés para agora, ao fim de tantos anos da guerra ter terminado, ir vingar-se. A não ser que o Sr. Francisco Moisés esteja convencido de que os Serviços de Inteligência Militar da Frelimo dependessem dele - e dele apenas - para uma avaliação da situação militar no terreno.

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Amândio Muthemba said in reply to Eusébio...
Eusébio,

Os horrores da guerra estão ainda por contabilizar na totalidade para que fiquemos com uma ideia clara daquilo que aconteceu, de quem praticou actos em nome de outrem, de quem foi verdadeiramente culpado. Estou convencido de que ambos os lados cometeram atrocidades.

Como muito bem dizes, a mentira não deve ser temida, e a seu tempo, a mentira será ultrapassada pela verdade. Eu acrescentaria que a verdade constrói-se com frontalidade e não com recurso a subterfúgios vários, uns infantilmente esgrimidos, outros subservientemente defendidos.
Tramados estariam os juízes se perante o Tribunal da História as testemunhas recusassem-se a depor alegando não serem isso mesmo - testemunhas.
Amândio


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umBhalane said in reply to Francisco Moises...
Caro Francisco Moises
Por acaso sabe quem bombardeou a Vila do Luabo, sede da Sena Sugar Estates, Lda., distrito do Chinde, província da Zambézia, destruindo principalmente a fábrica de açúcar (alvo militar???), e inviabilizando até HOJE a vida económica daquela antiga, e próspera urbe?
E terras adjacentes.
Ouvi de falar, e tenho alguns escritos, que falam de aviões, e até de helicópteros.
Em que local estacionava a força aérea da RENAMO, e quais os meios que dispunha então, para a execução e envergadura do bombardeamento do Luabo?
Fico-lhe grato pela possível informação.
Tacuta.
A LUTA É CONTÍNUA

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umBhalane said...
Pois é.
Vivendo, e aprendendo.
Sempre.
Eu não escrevi/disse que o Moçambique para Todos é um Repositório Histórico, de testemunhos vivos, em 1ª mão, de factos acontecidos em Moçambique?
E assim se vai fazendo História (documentada).
A LUTA É CONTÍNUA

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Francisco Moises said in reply to JJLABORET...
Se Laboret e Eusébio nao tivessem escrito, eu nao teria escrito o comentario que segue. Escrevo aqui por respeito que sempre nutri por eles e pela sua seriedade. Obviamente nesta historia de Moçambique, ha outras versoes e eu dou as minhas opinoes sobre aquilo que vi e ouvi.
Ca vamos nisto. Se a pergunta sobre as minhas andanças em territorio da Renamo tivesse vindo duma pessoa de peso e nao dum individuo agente provocador, eu teria dado uma resposta sem hesitaçoes evitando nomes verdadeiros de regioes e aldeias. Mas nenhum comentador sério teria formulado a pergunta da maneira como o individuo a procura de informaçao para fins de espionagerm formulou -- que exprime tanta ignorancia da natura da guerra ou fingimento de factos para ocultar certas verdades que os chefes do individuo querem ocultar. Mas vao fazer isto até quando? Quem vai negar que havia minas por muitas partes de Moçambique e que ha ainda minas que podem causar danos até hoje? E eu nao vou perder tempo com um individuo deste tipo, que de manha se chama isto, ao meio dia se chama aquilo,de tarde se aquela outra coisa e a noite se da um outro nome.
O pior das guerras de individuos com pouca e sem educaçao fazem é que colocam minas sem fazer mapas e certas vezes os homens que colocam tais minas terminam por se esquecer onde puseram as minas e caem nas suas proprias minhas. Contrario ao que faz um exercito regular que faz mapas das minas que colocam. Antes do exercito português se retirar de Moçambique revelou mapas de minas que ele tinha colocado. Mapavam lugares minados visto que as minas que eles colocavam eram contra a Frelimo e eles queriam evitar cair nas suas proprias minas.
O perigo de minas nesmo nas zonas da Renamo, que tivessem sido colocadas pela propria Renamo ou pela Frelimo antes da libertaçao daquelas zonas, era muito real. Aquando das marchas, a regra que me dava era que se quizesse fazer necessidades independentemente da sua natureza, devia as fazer nas margens dos caminhos e nao sair fora delas.
Em certo lugar algures na Zambezia cujo nome quase que cai numa mina quando estive em redor duma mina e mais passos em frente iria activar o engenho. Mas o ouvi o grito de aviso, recuei em marcha atras.

Algures em Tete, quando acampados em redor duma casa duma famila na margem mesmo do Chire, escutei duas mulheres a falarem na lingua Sena que o seu lado de Chire faltava lenha, mas que havia em abundancia noutro lado do Chire na regiao de Tabwera, na Zambezia isto é, onde havia muita lenha mas que elas nao podiam ir para la por medo de minas: "pinagopa ife kwekule si mamina (temos medo de ir para la por causa de minas)."
Ha alguem que nao pode imaginar que a zonas libertadas podiam ser atacadas por avioes dum inimigo mesmo derrotado no terreno? A regiao de Maringaze, uma zona libertada da Renamo na Zambezia conheceu um ataque de forças da Frelimo e de tanzanianos lançadas por paraquedas de avioes vindo de Quelimane.O que minimisou os danos foi que o serviço de escuta da Renamo das transmissoes da Frelimo tinha apurado todos os dados quanto ao ataque que vinha.
Assim conseguiram os militares da Renamo evacuar as populaçoes de antemao. Mas na regiao do regulo Kangamira, onde os paraquesdistas inimigos foram lançados houve na verdade um grande massacre.
Aqui um pouco do dialogo dos monitores da Renamo dos serviços de comunicaçao da Frelimo naquela manha de ataque em 1989:
Comandante da Frelimo: "estamos aqui, mas so vemos crianças, mulheres e velhos e nao vemos nenhuns homens da Renamo."
Comando em Quelimane: "a Renamo sao estes homens. Matem-os todos."
Houve uma verdadeira chacina. Os soldados na Frelimo e tanzanianos usaram as lanças dos aldeoes dizendo que para voces nao é preciso utilisar balas. Dai os soldados da Frelimo dirigiram-se a aldeia de Chanza e pelo caminho queimaram as palhotas da populaçao e as igrejas maticadas com tetos de palha.
Infeliz duma velha que começou a correr num caminho enquanto que a Renamo tinha instruido as populaçoes que no caso dum ataque, elas deveriam fugir para se esconderem no mato. Um velhote que ja me tinha conhecido aquando da minha chegada anterior la alguns meses antes daquele ataque me disse falando na linga sena: "eu e a minha familia corremos para o mato onde nos escondemos e viamos avioes a passar no ar, em cima de nos, mas uma velha que corria pela estrada foi apanhada por soldados inimigos. Foi amarrada a uma mangueira e cortaram-lhe o pescoço a faca."
Muita populaçao fugiu para o Malawi deixando atras as suas machambas onde havia enormissimas quantidades de comida. Passando por estas machambas antes de atravessar o Chire para Tete, so houviamos aves a festejar e a ausencia de vozes humanas era absoluto. Quando a Renamo enviavam informaçoes ao campo de refugiados no Malawi que aqueles que tinham fugido regressassem, os refugiados perguntavam: "deka zile zinadzabwera pontho tai (sera que os avioes nao regressarao mais?"
Nao levou muito tempo naquele dia do ataque antes da Renamo ripostar e as tropas da Frelimo e dos tanzanianos ficarem completamente derrotadas. Somente por volta de 15 soldados da Frelimo conseguiram regressar a Mocuba a pé, andando pelas matas. os avioes da Frelimo nao conseguiram vir carrega-los. Aquela derrota foi muito decisiva e a Frelimo nunca conseguiu mais atacar aquela zona.
Antes de atraversamos o Zambeze de Tete para Sofala, Dhlakama tinha ordenado que deviamos atravessar durante a noite por receio que podiamos ser apanhados por avioes inimigos enquanto no rio. Mas disseram nos que os MiGs tinham passado por ai por volta dum ano atras.
Sera que é um mistério que Os MiGs e Antonovs podiam atacar as zonas libertadas da Renamo, o que as forças terrestres nao podiam muitas vezes sem correr um grande risco de serem completamente derrotas?
Enquanto a historia do ataque da frelimo aquela zona da Renamo sao aqueles que me foram contados, todos os nomes de aldeias que apareceram aqui sao falsos verdadeiros. Nao posso dar os nomes verdadeiros.
Que a Frelimo nao tem realmente presença em certas partes de Moçambique, basta ler o "Dar Star Safari: From Cairo do Cape" de Paul Theroux. Porque é que isto acontece? E porque a Frelimo nao ests a utilisar todos os moçambicanos com capacidades que ela devia empregar. Este é o problema sério desta naçao chamada Moçambique.

17
JJLABORET said...
Senhor Amândio Muthemba,
Francisco Moisés é comentador e não articulista! Pode vagar com suas idéias sem que seja necessário justificá-las ou delas dar resposta. Trata-se de opinião, e opinião é cpoisa subjetiva dependendo de interpretação favorável ou desfavorável do comentador. NADA TEM QUE PROVAR!
Seu repto para que "prove", deve ser endereçado ao ARTICULISTA, esse sim obrigado a provar ou a fornecer elementos reais de convicção, fojntes, blbliografia etc.!
Se Vossa Senhoria pretende seguir na arte de comentar, comece por aprender isso: O COMENTADOR É LIVRE PARA VAGAR NO TEXTO COLOCADO AO DEBATE, OPINANDO, REBATENDO OU APOIANDO-O! Sómente o próprio ARTICULISTA tem moral e legitimidade para replicar ou treplicar diretamente um COMENTADOR, e NUNCA outro comentador deve fazê-lo em função do artigo colocado ao debate.
Recomendo que espere para quando o Francisco Moisés colocar ao debate um "ARTIGO" próprio (e não um simples comentário) no "Moçambique Para Todos". Aí, sim, Vossa Senhoria terá legitimidade e poderá comentar segundo suas convicções e seus conhecimentos, não lhe sendo requeridas "PROVAS" do exposto no seu comentário, pela sua liberdade de "vagar" no texto colocado. Por enquanto, respeite as intervenções dos comentadores do blog.
Se tem alguma pergunta para seu esclarecimento e seu interesse em saber, aprender, então faça-a em tom de pedido respeitoso, justificando ser para seu melhor conhecimento da causa em questão!
Como sempre faço quando tenho dúvidas, e noto que alguém pode me AJUDAR A ENTENDER a notícia, os fatos, a história! Nunca para "COLOCAR EM XEQUE" um outro comentador, como Vossa Senhoria pretende!
Ah!... cadê o seu comentário para o artigo colocado:
"Sobre “a compaixão”, “a bondade”, e “a heroísmo” de Bonifácio Gruveta"...
Cadê? Não vi!
A propósito... mais um "nickname" da "figurinha carimbada" que aqui aparece, héin, "seo" Yussuf? "Seo" Iqbal? "Seo" Phiri"? "Seo"... quantos "nicks" mais?
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Eusébio said in reply to Amândio Muthemba...
Amândio Muthemba
Sei quão difícil fica quando somos defrontados com uma realidade até aqui desconhecida. Muitas pessoas do interior e das cidades opõem-se aos argumentos de que o poder moçambicano não é efectivo, porque dizem que tal postura vai colocar em perigo a Unidade Nacional. Como nativo de uma zona rural fronteiriça e com características de ausência governativa, prefiro dizer antes, que a mentira não deve ser temida.
Falo da minha experiência pessoal, documentada. A seu tempo, a mentira vem ser ultrapassada pela verdade. Li atentamente a pergunta e a dúvida que está nalgumas linhas sobre a realidade moçambicana do tempo da guerra.
Mas não é daquele tempo que pretendo falar, porque conheço na pele as atrocidades da Renamo nas ditas zonas libertadas: Chidzolomondo, Chiumbuni e Nadziboli, ou Nkhame, em Domwe, são algumas das zonas que a Renamo tinha domínio e eu passei por ai, ao colo da minha avó, [colo como quem diz, porque já tinha 8 anos] a caminho de Matenge. Durante a viagem, algumas das pessoas eram mortas a facada, aos poucos como galinha, enquanto a coluna passava obrigada a reparar, de seguida, as cabeças exibidas como troféu, espectadas num pau, aquilo que alguns só puderam ver em filmes. Estavamos perto do monte que se chama Mulamu ali Nazo (literalmente, a Cunhada tem bom sexo)porque devido ao declive, as senhoras não conseguiam esconder o que estava na saia.
Pode imaginar quanta dor tenho, só de imaginar a morte dolorosa que teve um amiguinho meu de nome Damião, da mesma idade que a minha, pelo facto de recusar o abate do seu boi para servir de comida a multidão, em Chivomezi. Juntos éramos pastores do gado dos nossos avós, o que justificou que eu começasse a estudar a primeira classe aos 13 anos. Foi a vez que senti a ineficâcia do Governo,a ausência do poder, porque queria ver meu amigo defendido perante aqueles bárbaros. Por isso, quando se nega a ineficâcia do nosso governo, sinto-me revoltado e incapaz de conter a amargura de 1987.
Nasci numa zona fronteiriça, cresci lá e quando chegou a vez de frequentar o ensino primário os meus pais tiveram que decidir entre ir a uma escola que distava 12 km, o que me exigiria 24 km por dia e 120 por semana, ou então a uma escola que estava a 8 km, de onde poderia voltar cedo e ajuda-los na machamba. A primeira estava em Moçambique e a segunda no Malawi. Tive a sorte de estudar mais perto, no Malawi, dormindo em Moçambique. Igualmente a catequese fiz lá, o baptismo, inclusive. Terminei o meu STANDARD 8 (o mesmo que 8º ano) lá e voltei a Moçambique onde iniciei o nono ano numa normalidade, em 1998.
É assim que se faz, ainda hoje, lá na minha terra e quando se fala do poder efectivo... Quem tem dúvidas sobre o que estou a falar, que, em dias lectivos, ande na estrada fronteiriça que separa Tete do Malawi, verá crianças moçambicanas de uniformes azuis a irem para as escolas malawianas. É prática frequente e ela está manifesta não apenas na escola, mas também na igreja, no mercado, na moagem, no hospital.
O meu exemplo é representativo de muitos outros da minha aldeia onde o poder central não se faz sentir. No momento em que escrevo estas linhas, o meu irmão transferido para a Escola Secundária Francisco Manyanga, em Tete, ainda tem problemas de domínio linguístico do português, na 11ª Classe, porque, também fez o ensino primário no Malawi, em Chichewa e um pouco de Inglês, pelo que estuda decorando. Os professores primários que leccionam na escola local sofrem com o metical, a cada final do mês, devendo cambia-lo com Kwacha, na Vila Ulóngue, aos Kasinthesinthe (cambistas móveis).
Vou mencionar algumas das aldeias onde o fenómeno de estudar no Malawi é frequente (o primeiro nome é moçambicano e o segundo malawiano: Serra/Kalipale, Caia(Casa)/Kaloga, Kambilondjo/Kambilondjo, Sani/Mpata, Chipusile/Chipusile, Birila/Birila, Biri-Biri/Biriwiri, Mulangeni/Mulangeni, Lizulu/Lizulu, kabwazi/Lake-View, Kalomwe/Dedza, etc. Exemplos os tenho que tornariam interminável esta página. Caso para dizer que o poder efectivo ainda não se faz sentir só em Tete, para não falar de Niassa, Zambezia, Cabo Delgado e Manica, que são locais cuja realidade conheci, enquanto trabalhava num projecto do ESAM (Ensino Aberto Moçambicano) para os retornados do Malawi. O ESAM possui arquivos de grande importância neste domínio .
Para terminar, nestas terras, sempre que as rádios comunitárias sintonizam a Antena Nacional, os residentes sintonizam estações malawianas, os telemóveis são da rede malawiana e o pior de tudo, esta gente, ao longo dos anos, tem ido assistir aos comícios dos presidentes do Malawi. Dirão que isso é uma acusação grave. Se houvesse poder efectivo estas coisas não estariam a acontecer. Dois episódios arquivados são aqueles que envolveram, o então presidente Joaquim Chissano, ao Regulo Sebastião Dama, quando a administradora Cremilda Xavier retirou-lhe o título: ameaçou entregar sua gente ao Malawi (lá no Incossi Gomani), algo suficiente para que o presidente o aceitasse numa audiência ou, aquele em que o presidente Guebuza foi questionado por um cidadão sobre que medidas poderia tomar para que a população não vendesse seus produtos no Malawi, pelo que respondeu simplesmente que «lá não entregam, vendem».
Desculpe amigo, por lhe contar esta história que só a tenho recordado em público quando estou com a minha avó. Há factos reais que aparecem neste blog, e devem inspirar-nos a uma determinação sobre o nosso futuro, como nação.
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Francisco Moises said in reply to Francisco Moises...
Para os grandes amigos contribuidores neste blog,
O ano passado, estive exactamente a falar com um amigo mocambicano-americano do meu plano para escrever sobre as minhas andancas e aventuras nas antigas zonas da Renamo para publicacao e estive a mencionar nomes certos de aldeias e regioes. O amigo que nunca confia a Frelimo e os seus agentes, disse que a Frelimo pode ate naquela altura se vingar contra aldeoes que apoiarama Renamo. Aconselhou me que nao desse nomes verdadeiros de lugares por onde andei quando escrever. Sim no passado dei alguns nomes verdadeiros convencido que estamos numa nova era,foi um erro que nao devia ter cometido. Conhecendo a Frelimo, tenho que estar a pau, razao que dita que nao revele mais nomes de lugares visto que nao sabemos para que fins outros utilisarao tais informacoes.
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Francisco Moises said in reply to Amândio Muthemba...
Visto e passa
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Amândio Muthemba said in reply to Francisco Moises...

A minha pergunta é legítima.

Não considero Moçambique para Todos como um simples repositório de frases. Quem aqui dá opinião, faz declarações ou profere acusações tem uma responsabilidade acrescida: justificar o que diz, provar o que afirma e respeitar o legítimo direito dos demais visitantes de serem devidamente esclarecidos quando tal se afigure oportuno.

Li atentamente o seu depoimento sobre as zonas da Renamo por si visitadas em 5 ocasiões diferentes durante a guerra de destabilização. Fica-se com a ideia de que havia um colapso da administração da Frelimo e do poder de Estado nessas zonas.

Em outras ocasiões, o senhor, afirmou o que me parece ser algo contraditório, daí a razão da minha pergunta. Ou seja, que das vezes que foi ao interior de Moçambique para estabelecer a ponte de ligação entre o governo da Frelimo e a Renamo, para início das conversações de paz, o senhor fê-lo com grande risco para a sua integridade física.

" Ingratos dos ingratos por natureza, nem a Frelimo nem a Renamo me agradeceram pelos sacrificios que consenti em andar nas matas belicisadas com todos os seus perigos inherentes tais como minas, o perigo de bombardeamento aéreo, cobras com que me deparei muitas vezes..."

A minha pergunta, por conseguinte, é para que eu, e provavelmente outros visitantes do Moçambique para Todos, fiquemos esclarecidos sobre exactamente que áreas por si visitadas em 5 ocasiões diferentes havia um colapso efectivo da administração estatal, caracterizado pela ausência de tropas governamentais e forças aliadas nas áreas da Renamo, e qual a área em que o senhor se sentia em "zona belicisada", com os perigos inerentes. É essa a questão que julgo merecer um esclarecimento.

Está claro que o senhor poderá recorrer ao esbatido e muito coçado argumento do "lido, visto e passa” ou ainda apresentar-se como vítima de "zombarias" que nunca existiram. Mas haverá certamente entre os visitantes do Moçambique para Todos uma interpretação diferente daquela que o senhor pretende dar com tal argumento.

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Francisco Moises said in reply to Francisco Moises...
Avisados os senhores divertidores, ironisadores e zombadores que agora agudizo a vigilancia. Nao se entreterao mais com as vossas perguntas curtas ou comentarios curtos ao que escrevo. Quando vos respondo com toda a seriedade, as vossas incoerencias nao tem fim no vosso intuito de desviarem as pessoas dos temas em questao. Poderei somente conversar com aqueles que aparecem aqui com frequencia e iniciam os seus proprios comentarios e cuja seriedade se verifique.
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Francisco Moises said in reply to Amândio Muthemba...
Visto e passa.
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Amândio Muthemba said in reply to Francisco Moises...
O senhor Moisés pode-me esclarecer onde ficavam as tais "matas belicisadas com todos os seus perigos inherentes tais como minas, o perigo de bombardeamento aéreo..." de que falava antes?
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Eusébio said in reply to Tadeu Phiri...
Senhor Phiri, não há pior falta de carácter, em espaços públicos como este, do que chamar os outros ao silêncio. Nem tudo requer testemunha ocular. Mostre a sua versão dos factos para que possamos confronta-los. Falei, há dias, que História não são os homens em si, mas as suas acções, estas ultrapassam os tempos de boca em boca e de ouvido a ouvido. Apesar de não me simpatizar com Ncomo, acredito que esteja a julgar não o general, mas as suas acções. Será que toda a Zambézia inventou uma história dessa magnitude? Sou solidário com a sua ira, mas ela, neste momento, está deslocada.
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Francisco Moises said...
Correcçao
Onde se lê Mopeia nos paragrafos 11 & 12, deve-se ler Morrumbala. O nosso grupo nao foi ou nao passou por Mopeia. De Derre fomos a Morrumbala e dai para Tete.
A historia da grande derrocada da Frelimo, de miudos a chutarem um cranio e das ossadas dos soldados da Frelimo dizimados num combate foi tudo em Morrumbala. Para Murrumbala, na regiao da vila de Morrumbala, a Frelimo tinha tranportado muito material de guerra e o comandante da Frelimo gabava-se aos populares que os bandidos armandos nao chegariam la.
Mas mal que os bandidos armados atacaram, os militares da Frelimo fugiram como ratos sem mais coragem. A uma dada altura anuncunou a BBC World Service em inglês, o serviço que eu escutava, que a situaçao da Frelimo estava muito tenua na Zambezia e que as tropas da Frelimo estiveram engarrafadas em Mocuba.
Os tanzanianos apareceram e foram cercados pela Renamo com um unico ponto de saida - o mar. Por terra a Frelimo na conseguiu quebrar o cerco para aleviar os tanzanianos.


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Francisco Moises said in reply to Joao Machatine...
Simpatiso bastate com o mano Joao Machatine e compreendo que algumas verdades sejam muito duras e aquelas que dizem respeito a Frelimo sao durissimas. Compreendo tambem que ele esteja a repitir o ponto de vista da Frelimo de "guerra movida pelo regime do apartheid usando os moçambicanos." Obviamente os homens da Renamo nao tem a sofistiçao intelecual para se explicarem, para de defenderem e para repudiarem esta deturpaçao propagandistica.
Ninguem nega que a Rodésia e o regime sul africano do apartheid tivessem ajudado os rebeldes anti-frelimo da Renamo em Moçambique. Os meios que aqueles regimes defuntos tenham fornecido a Renamo nao ocultam as razoes da guerra civil que era uma reacçao de moçambicanos descontentes que se insurgiam contra as brutalidades do regime da Frelimo -- contra a tirania da Frelimo em Moçambique. Obviamente, "um homem que se afunda se agarrara a uma serpente venenosa para se salvar a vida", segundo disse um General turco no século 19.
Quanto ao ponto de vista se se deve comparar as acçoes da Frelimo com o que os portugueses fizeram, ja li por imensas vezes tais comparaçoes, algums das quais até diziam que a Frelimo foi muito mais selvagem do que os portugueses que detiam e torturavam pessoas nas suas prisoes mas nao estabeleceram campos de concentraçao como a Frelimo fê-lo em Moçambique. É tambem muito aparente que o espirito declaradamente escangalhador da Frelimo(Jorge Rebelo) escangalhou mesmo Moçambique e criou muita miséria que veio a ser agudizada pela guerra civil.
A tal liberdade de expressao que hoje existe foi na verdade, que queiramos admiti-lo ou nao, o produto da luta da Renamo que esta organisaçao exigiu a Frelimo como condiçao para acabar com a sua luta. Alguem ja conhecia o que a liberdade de expressao de critica contra a Frelimo era nos regimes de Samora Machel e Chissano antes da paz com a Renamo?
Como o mano Machatine sabe, Dhlakama exige que a Frelimo seja democratica enquanto que ironicamanete ele proprio nao é democratico na sua propria Renamo. Nestas paginas sou tambem um critico ardente da ditadura do tirano Dhlakama e da sua tirania na Renamo -- o que nao cai bem com alguns comentadores que pensam que inimigo abater agora é a Frelimo. Entendo oq ue dizem, mas eu tambem estou firme na minha crença do ditado ingles que diz que "what is good for the goose must also be good for the gander (literalmente: o que agrada a pata deve tambem agradar ao pato)". Para mim ditadura é ditadura, é ditadura, é ditadura -- que seja dos portugueses, da Frelimo ou da Renamo. Todos eles perderam a minha simpatia por causa das suas ditaduras.
Nao sei o que incomoda o mano Machatine, o uso da palavra "zona libertada" usada em relaçao a Renamo. Moçambique de Samora Machel estava independente sim, mas era uma das maiores tiranias nao so africanas mas até a nivel mundial. Na ultima parte da década de 1980, havia muito pouco que estava nas maos da Frelimo e a Renamo tinha praticamente as zonas rurais enquanto que a Frelimo se mantia nas cidades e vilas com ajudas de mercenarios cubanos, tanzanianos, zambabweanos, zambianos e malawitas.
A titulo de exemplo, contingentes militares da Frelimo que saiam de Tete para irem guarnecer a sua base de Mutarara saiam de Tete seguindo a estrada Tete-Zobue, passavam por Malawi com a permissao do regime do Banda para depois entraram em Mutarara onde a Frelimo estava so reduzida a sua base na vila. Porque é que tais contingentes nao iam de Tete direitamente a Mutarara? É porque toda aquela zona era zona libertada da Renamo.
Antes da guerra civil, eu nao podia sonhar por pé em Moçambique onde a Frelimo me prenderia e executaria logo logo como foi o caso de Luis Khembo que foi imprudente e regressou da India onde estava a estudar e foi preso a descida do aviao em Maputo e foi fuzilado dentro duma hora depois da sua chegada alegamente por ter insultado Eduardo Mondlane. Estive em Dar Es Salaam naquela noite de 1968 quando o brilhantissimo Luis Khembo tratou sarcasticamente a Mondlane, o que nunca podia ser considerado como insulto. E mesmo se fosse insulto, uma tal coisa mesquinha nunca seria causa de castigo e castigo com a pena de morte como aconteceu.
Aquela noite, Mondlane veio ao Instituto moçambicano para dizer que ele regressava do interior, mas Luis Khembo ironisou-lhe num português altamente superior dos zobuistas, insinuando que Mondlane vinha tinha ido confraternisar com os portugueses. Mondlane ficou estonteado, pois que nao tinha entendido o que Khembo tinha dito, mas sabia que Khembo estava a se rir dele.
As operaçoes militares da Renamo tinham portanto libertado por volta de 80% de Moçambique e isto é em parte confirmado pelo facto de que entrei em Moçambique nas zonas da Renamo por cinco vezes. Por duas vezes andei por mais dum mês cada vez com os militares da Renamo e nao havia presença alguma do governo da Frelimo e de militares da Frelimo. Na verdade, a Renamo tinha a sua governaçao civil nestas zonas. Onde é que estiveram os militares da Frelimo? Reduzidos as suas bases em vilas e cidades.
Ca dou uma das trajectorias duma destas longas viagens que me levaram oito dias de penetraçao dentro do territorio libertdao da Renamo. Digo libertado visto que a Renamo tinha expulso a Frelimo delas. Parti da regiao de Chire para Derre, a cerca de 100 kms de Chire para dentro da Zambezia e dai para Mopeia passando mesmo dentro da vila que a Renamo tinha libertado e que ficou mesmo bem destruida durante os combantes e nao havia ninguem na vila visto que todas as casas estavam destruidas. Aqui a Frelimo tinha sofrido uma das maiores derrotas da guerra. Os militares sobrevientes da Frelimo sairam a correr, deixando material belico que levou muitos dias para os soldados da Renamo e populares carrega-lo para as bases da Renamo.
A tristeza da guerra: num lugar la em Mopeia tive arrepio em ver um cranio humano pela estrada e miudos a usa-lo como bola. Pedi ao comandante Alberto que proibisse aquele jogo. Tomamos o cranio e fomos enterra-lo algures secretamente para que as crianças nao fossem desenterra-lo para continuarem com o seu jogo. E depois passamos num lugar onde militares da frelimo tinha sido dizimados numa emboscada da Renamo e ninguem enterrou os corpos. Podia se ver grandes quantidades de ossos humanos naquela lugar. Fiquei muito triste.
Dai partimos para Morrumbala e atravessamos o Chire para a regiao de Inhangoma, minha regiao natal, em Tete. De Inhangoma atravessamos o Zambeze numa grande almadia em pleno dia para Magagade e dai até Gorongosa. Havia almadias por todas as partes no Zambezia. Disseram-me que os MiGs da Frelimo tinham passado por ai por volta dum ano atras. Andavamos de 5 a 5 cada dia, parando aqui e la para comermos e eu conversava com os populares.
O regresso para Chire tomou-nos mais tempo por causa de chuvas e cheias. Moçambique estava inundado e andar nas aguas por tais longas distancias nao é brincadeira, meus amgios. É uma epopeia. É tempo oportuno terei que dramatisar esta viagens para publicaçao.
Fiz estas andanças visto que Chissano tinha pedido ao governo do Kenya para ajuda-lo estabelecer contactos com a Renamo visto que ele queria negociar com a Renamo para acabar com a guerra. Depois de eu ter ligado o governo do Kenya com a Renamo, retirei me da cena para viver no meu pais frigidissimo durant o inverno e quentissimo durante o verao, deixando o governo do Quenia que usava o governo do Malawi para permitir os transitos dos homens da Renamo para Nairobi, o que permitiu que as negociaçoes fossem a Roma mais tarde e trouxessem a paz.
Agora nao entendo quando o mano Machatine diz que atribuo a Renamo aquilo que ela nunca fez. Entendo que a verdade seja dura. O que é importante é, como o mano Machative afirmou algures, que conversemos como moçambicanos para evitarmos os erros passados e para que nao nos matemos mais mutuamente.

28
Joao Machatine said...
Comentarm e esconder nomes e cobardia. Em Mocambique niguem persegue ninguem por falar.
Porque eu nao temo nada, nao tenho medo de dizer que sou um Ndau de Mossurize e de origem camponesa cujos os pais morreraram analfabetos. Mas... uma coisa. Mano Moises Nota, acha mesmo que comparar o que os colonialistas portugueses faziam com as dificuldades que tivemos nos anos 1980 resultantes das guerras movidas pelo Apartheid usando nossos compatriotas, e mesmo justo? E curioso saber que num pais independente se aplicava o conceito de "Zona Libertada". Coitado da Renamo que esta sendro atribuido o que nao fez.
Mais um abraco patriotico
Machatine

29
Francisco Moises said...
Nao sei o que o tal Tadeu Phiri sabe da historia contemporanea de Moçambique, se ele a viveu ou ouviu dizer dos frelimistas, aquilo que lhe ensinaram nas escolas. Nao sei se ele sabia que Bonifacio Gruveta, enquanto representante da Frelimo no Malawi, recebera de Samora Machel a missao de eliminar ditos reacionarios que se encontravam no Malawi nas matas da Zambezia, onde Gruveta entrava como e quando quizesse pelas vias do mato e para nas matas assassinar os tais reacionarios.
Sera que Tadeu Phiri conhece bem as fronteiras entre Moçambique e o Malawi e entre Moçambique e os os outros paises vizinhos? Ha caminhos do mato por todas as partes. No tempo dos portugueses como agora existem estes caminhos. Havia e ha sim algumas alfandegas nas vias, ou chame-as auto-estradas se quizer, onde havia e ha alfandengas. Doutro modo, nao ha nada que impeça a quem quer que seja de atravessar para um ou outro lado da fronteira.
Assim o meu pai e os seus familiares que nasceram na Niassalandia, agora Malawi, sairam dai e foram fixar residencia em Moçambique onde nasci sem passar por nenhuma fronteira oficial e sem obter nenhuma autorisaçao e sem nenhum passaporte dos ingleses para sairem da Niassalandia e fixaram a residencia em Moçambique sem nenhuma permissao dos portugueses. Nao me admiraria que isto ainda se passe hoje em dia. No meu registo civil na administraçao portuguesa estava escrito: Francisco, nascido e tural de Mutarara, filho de Nota Moises, nascido em Niassalandia. Os portugueses nao nos causaram nenhuns problemas.
Diariamente ha pessoas que levam para vender os seus produtos agricuolas no Malawi,* coisa que vi com os meus proprios olhos em 1989 quando atravessava para as zonas libertadas da Renamo.
Um ano e isto alguns anos depois da chamada paz, o governo da Frelimo, intento em ir arrancar e roubar produtos agricolas ao povo de Chemba para ir alimentar os seus favorecidos, proibiu ao povo de Chemba para nao carregar milho e outros produtos para vender no Malawi até a ordem viesse para lhe dizer que podia faze-lo.
Cheguei em Chemba em Sofala pela primeira vez em 1989 indo as zonas da Renamo, atavessando o Zambeze de Tete para Sofala. Previamente todas as minhas incursoes para Moçambique tinham sido entre Malawi para a Zambezia.
Porque é que o povo fronteiriço vai vender os seus produtos no Malawi? A posto que Tadeu Phiri como os tantos outros agentes da Frelimo que ca aparecem com nomes falsos e diferentes, que dizem neste blog que alego ter sucessos que nao consegui, nao darao a resposta correcta a esta pergunta. Advinho conhecer um deles -- um certo RC (nome exacto abreviado), que depois de ter falhado obter dinheiro de mim que mendigava, começou a lançar-me insultos da Inglaterra onde estava alegadamente a estudar. Tenho as minhas duvidas. Ele devia ter estado la de misssao de segurança da Frelimo contra os chamados reacionarios.
A resposta é porque a Frelimo destruiu o sistema de mercados que os portugueses tinham estabelecido e deixado em Moçambique.
No tempo dos portugueses, o escudo português no Malawi era ouro visto que os malawianos iam fazeras as suas compras e beber o vinho português em Moçambique. Vindo a Frelimo e Moçambique e sem produtos a vender, o metical nao era aceite no Malawi. Em contrapartida, nas lojas que havia nas zonas da Renamo, os lojistas so aceitavam o "kwacha" do Malawi e recusavam o "metical" de Samora Machel. Vi um lojista a recusar metais, mas trocou um sabao Palmlive com um cacho de bananas que alguem lhe trouxe.
Quando lamentamos os crimes da Frelimo, nao é so por querer lamentar. Enviamos uma mensagem que aquilo que os frelimistas fizeram, e ainda fazem, nao devia acontecer mais se queremos um pais livre e feliz apesar dos nossos muitos problemas economicos e financeiros.
Embora agora cidadao dum outro pais, Moçambique é me ainda muito caro no meu coraçao. Gostaria de ver um Moçambique livre governado por individuos civilisados e nao por um bando de assassinos e genocidarios como tem sido o caso a partir do tempo que os portugueses sairam.
É ainda falso que Bonifacio Gruveta mandou fuzilar um individuo publicamente no campo de futebol de Quelimane e isto sem nenhum julgamento sob a acusaçao de que o individuo era ladrao? Em que pais civilisado se ve isto? Nao venha ca nos dizer que isto é o passado e é coisa a esquecer. Costa Magiga, o Judas que vendeu Gwenjere a Frelimo que veio assassinar o santo homem, tenta dizer a mesma coisa, mas vez amedrontado, ele esconde-se algures no Quénia ou no Sudao do Sul. A nodoa lhe seguira sempre como tambem segue a estes assassinos da Frelimo, vivos ou mortos.


30
JJLABORET said...
HONRAS A SATANÁS
Caro Senhor Tadeu Phiri
"atentar contra a honra de uma pessoa que já não se pode defender"...
Alguém já escreveu por aqui, com o Bonifácio Gruveta ainda vivo:
..."Assim a Frelimo cria e criou herois, um punhado de tais "heroi" tais como os super assassinos do povo, Eduardo Mondlane, Samora Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza, Marcelino dos Santos, o diminuitivo mas gigantesco assassino Sérgio Vieira; o inconsciente Mariano Matsinhe, Jacinto Veloso, Bonifacio Gruveta, Joaquim Chipande e outros assassinos."...
Taí...
Senhor Tadeu Phiri
Na lista aparece o nome de "Bonifácio Gruveta" !!!
Como vê, ele ainda estava vivo, mas não veio aqui se defender!
De qualquer forma, respeito a sua procuração, o seu mandato para defender o assassino Gruveta! Bom advogado é V.S.ª caro senhor!
Por mim, tenho que a "figura" foi recebida com festas NO INFERNO! Samora Machel (e outros) deve ter-lhe preparado uma bela recepção, regada a vodka russa. Está, assim como Machel, sentado na mesma fileira de honra de Satanás!
E do mesmo autor temos:
..."O conceito de heroi é uma tactica de dividir para melhor imperar, para melhor praticar genocidios e para a Frelimo reclamar que tal e tal mereceram serem liquidados: tais o Padre Mateus Pinho Gwenjere, Uria Simango, Paulo Gumane, Faustino Kambeu, Basilio Banda, Lazaro Nkavandame, Casal Ribeiro, Joao Unhai e milhares e milhares mereceram ser mortos simplesmente por nao terem apreciado a maneira como as coisas eram geridas na Frelimo sob Eduardo Mondlane e sob Samora Machel e exigiam mudanças."...
Claro está que poucos ADVOGAM por aqui a esses!

DÁ MAIS DINHEIRO, MAIS VANTAGEM, EM SER ADVOGADO DO DIABO: "Eduardo Mondlane, Samora Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza, Marcelino dos Santos, o diminuitivo mas gigantesco assassino Sérgio Vieira; o inconsciente Mariano Matsinhe, Jacinto Veloso, Bonifacio Gruveta, Joaquim Chipande e outros assassinos."!... data vênia.


31
Gerson Matuzwi said...
Nao se preocupe amigo "Rodrigues", "umBhalane" e outros. Eu pago uma caixa de pretinhas se o Tadeu Phiri me adivinhar quem destas duas figuras é o verdadeiro assassino: o comandante do pelotão de fuzilamento ou o proprio pelotão de fuzilamento!
A vida é bonita, Sr. Phiri, quando se sabe vive-la!
Esse Phiri deve ser um garoto que deixou ontem as flaldas!
32
Carlos Vicente Rodrigues said...
Isso de "atentar contra a honra de uma pessoa que já não se pode defender" só lembra o diabo. Desde quando em Moçambique insultar os mortos passou a preocupação. De que geração é o Sr Phiri, da decada setenta ou ointenta? Se for o caso pergunte aos seus pais o que se fez neste pais com os nomes doutros mortos: Gwengere, Simango, Joana Simião, Kavandame, etc. Pergunte a seus pais quantas pessoas mataram esses senhores e onde estão.

33
Monaxexe said...
A morte de um qualquer ser humano é sempre angustia para uns e alívio para outros. Foi o caso do Samora, é o caso do Gruveta, há-de ser, com certeza, o caso de Guebuza e muitos outros. Embora isso não tenha mudado em nada no destino devino. Todos morreremos!
34
umBhalane said...
A frelimo e seus cabritos acusam Salazar de matar.
Pergunto: algum frelimo, algum cabrito, VIU Salazar matar alguém?
Também dizem que existiu um tal de Gungunhana - Viram?
E o Vasco da Gama, Cabral, alguém os viu?
Com argumentos destes, Moçambique da frelimo está no "bom" caminho!!!
Quer dizer, continua, e vai continuar absolutamente a afundar, abaixar.
Por isso,
A LUTA É CONTÍNUA

35
Tadeu Phiri said...
O senhor Nkomo, no seu estilo rancoroso de sempre, acusa Gruveta de ter morto seus colegas combatentes. faz a acusação com uma leviandade confrangedora. Como sempre foi seu estilo. Não apresenta nenhuma evidência que prove as suas graves acusações> Ele viu Gruveta a matar Cufa? ele viu Gruveta a matar Abrão? Ele viu Gruveta a matar Mutaca?
É verdade que aqui não há censura. Mas este espaço não deveria ser aproveitado por indivíduos sem caracter para atentar contra a honra de uma pessoa que já não se pode defender.
Que nojenta é a sua atitude, senhor Nkomo!!!!
Tadeu Phiri
36
umBhalane said...
LÚCIDO. REALISTA. EQUILIBRADO.
Tem a assinatura de Barnabé Lucas Ncomo.
Que colocou os pontos nos is, no lugar certo - conhaque é conhaque, serviço é serviço.
Nada de misturar. Separou as águas. Esclareceu/explicou. Desmistificou.
Assentou a poeira que esconde muita coisa, e entra nos olhos.
É bom ler, e pensar.
Bem.
E recordar outros escritos:
“Sem rodeios, é público e notório que se trata do General na reserva, Bonifácio Massamba Gruveta, o tal que um dia chamou até crianças das escolas para um estádio de futebol em Quelimane e mandou fuzilar à frente da imensa assistência um conjunto de cidadãos sem julgamento mas tidos como criminosos.
O referido general é membro do Comité Central da Frelimo, já foi uma figura com certo prestígio na Zambézia, mas ultimamente a sua imagem está tão desgastada que o chamam de «campeão do saque» e «padrinho dos predadores» entre outros epítetos.”
(Luís Nhachote)
“O vadio perde-se, o escravo liberta-se”
A LUTA É CONTÍNUA


37
JJLABORET said...
UM SANTO...PRECISA-SE!

2 comments:

Anonymous said...

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Anonymous said...

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