quarta-feira, 19 de outubro de 2016

“Calem as armas de uma vez por todas”, Graça Machel


30 anos sem Samora
A viúva do primeiro estadista moçambicano, Graça Machel, também esteve na cerimónia que marcou a celebração dos 30 anos da tragedia de Mbuzine, na África do Sul.

No evento que decorreu na Praça dos Heróis, em Maputo, Graça Machel, sem nenhum discurso escrito, pediu a quem é de direito que calasse as armas que retiram o sossego dos moçambicanos de uma vez por todas. E o apelo da activista social não veio do nada. Graça Machel lembrou que as viúvas da tragédia de Mbuzine e os seus filhos já suportaram muita dor ao longo dos 30 anos, e, argumentou Graça Machel, não querem que nenhuma outra mãe moçambicana enfrente o sofrimento resultante da morte provocada. A viúva de Samora entende que só com a paz é que “o homem do povo” pode viver em cada moçambicano, independentemente da classe social, do Rovuma ao Maputo .

Paralelamente a esse desejo de ver o país em paz e unido, Graça Machel apelou aos moçambicanos, em geral, e aos órgãos de comunicação, em particular, para que também valorizem todos aqueles que perderam a vida em Mbuzine, na companhia do primeiro Presidente da República. A antiga Ministra da Educação almeja que os nomes, os rostos e as profissões de todos aqueles que pereceram, vítima de uma acção provocada por outros seres humanos, sejam conhecidos e divulgados pela media.

Em relação à maneira como Samora pode viver em cada moçambicano, Graça Machel disse que tudo passa pelo comprometimento no combate ao tribalismo, ao nepotismo e na valorização da educação como instrumento de desenvolvimento individual e do país.  

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