domingo, 4 de novembro de 2012

Reabilitação da EN 1

GOVERNO CONSTATA INCAPACIDADE DAS EMPRESAS PORTUGUESAS


-Ministro de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, ameaça rescindir contrato
O governo admite a possibilidade de tomada de medidas extremas, que vão desde a execução de garantia até mesmo à rescisão do contracto, contra as empresas portuguesas, Monte Adriano e Casais, que neste momento estão a realizar as obras de reabilitação e ampliação da EN 1, no troço entre Mecutuchi e Lúrio, no distrito de Erati, na província de Nampula, numa extensão de 75 quilómetros, devido a falta de sinais de interesse na conclusão da empreitada.
Financiado pelo Millenium Challange Account Moçambique (MCA), através de um donativo financeiro do governo americano (na ordem dos pouco mais de 40 milhões de dólares), a obra que deve terminar em Junho próximo, foi executada em apenas 14 por cento.
O Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuerenia, que na passada sexta-feira visitou aquela empreitada, diz que a tomada desta decisão drástica, será alicerçada pelo facto de as duas empresas se mostrarem renitentes na implementação de algumas orientações dadas pelo dono da obra, sobre a necessidade de subcontratar outras empresas, face a incapacidade demonstrada por aquelas.
Há três meses atrás, o governo havia constatado uma incapacidade de execução da obra por parte daquelas empresas, tendo lhes sido orientado para subcontratarem outras firmas como forma de flexibilizar o trabalho e cumprir com o contrato, o que não chegou a acontecer e não sabemos porquê - explicou o governante.
Assim sendo, e antes da tomada das tais medidas drásticas, segundo Cuereneia, determinou-se que a partir de hoje, segunda-feira, as empresas devem apresentar ao governo, um plano concreto de actividades capaz de convencer que estarão em condições de concluir a obra até Junho próximo. O governo vai, igualmente, a partir de hoje, segunda-feira, controlar diariamente a implementação do cronograma das actividades.
Os pagamentos feitos pela MCA às duas empresas, para aquisição dos materiais junto de terceiros, passarão igualmente a ser feitos directamente aos fornecedores. Isso significa, se eles precisarem de cimento ou pedra, nós passaremos a pagar directamente ao fornecedor, isto é, já não serão eles a realizar esta operação com o fornecedor - determinou Cuereneia.
Para o ministro da Planificação e Desenvolvimento, a preocupação do governo de Moçambique resulta do facto de existirem prazos que devem ser cumpridos e o resultado entregue ao financiador, para além de que aquela estrada é considerada como sendo de extrema importância para o transporte de pessoas e bens, com reflexos para a economia do país.
Sobre as obras do troco Rio Ligonha/ Cidade de Nampula, que também estão com os índices de execução na ordem de 20 por cento, aquele governante explicou que o empreiteiro, a CMC e Razel J.V, respectivamente italiana e francesa, apesar de tudo, já tínhamos recebido o plano de actividade reformulado em que os empreiteiros se comprometem em acelerar o passo para a conclusão da obra.
Para Steven Marman, director residente do Millenium Challange Corporation (MCC), tem que se encontrar uma saída para a questão uma vez que por lei, nós não podemos estender o prazo previamente estabelecido, que é Junho do próximo ano.
Em Nampula, o MCA está a reabilitar pouco mais de duzentos quilómetros de estradas, orçadas em cerca de duzentos e cinquenta milhões de dólares americanos.
A alocação de outro fundo para financiamento de outros programas sociais e de desenvolvimento, o MCC precisa ver concluídos os projectos que Moçambique apresentou aquando da candidatura do primeiro pacote(Compacto).
WAMPHULA FAX – 05.11.2012

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