segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Os dez homens mais poderosos e influentes de Benguela

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Benguela - Num exercício considerado, à partida, como discutível, mas que não estará, certamente, muito distante da realidade, o Semanário Angolense escolheu uma lista de dez personagens que mais marcaram a vida dos benguelenses neste ano que se apresta a chegar ao fim.

*Nelson Sul d’Angola
Fonte: SA
1 Armando da Cruz Neto, governador de Benguela e general das FAA na reserva. Conhecido nos meios castrenses como «Armando maluco», um apodo que ganhou durante a sua passagem como chefe da 6ª Região Político-Militar, ele é o representante do governo central, a quem foi incumbida a difícil mas dignificante tarefa de conduzir os destinos da província e assegurar o normal funcionamento dos órgãos locais da administração do Estado.

Em termos gerais, o general Armando da Cruz Neto só deve obediência à Constituição e ao Presidente da República, aquém responde política e institucionalmente. Além disso, este antigo vice-ministro da Defesa para Política e Defesa Nacional e, mais tarde, Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas é, também, o primeiro secretário provincial do MPLA em Benguela e membro do Bureaux Político (BP) desse partido.

O seu nome ficará para sempre ligado à história recente de Angola, por ser um dos subscritores dos Acordos de Paz, que ditaram o fim da guerra civil no país. Chegou às terras de Ombaka depois de uma passagem pela diplomacia, tendo durante alguns anos exercido as funções de embaixador angolano no Reino de Espanha. À sua chegada criou-se uma certa expectativa, já que ele se propunha a colocar «ordem» numa casa aparentemente desarrumada e mal gerida pelo seu predecessor, Dumilde Rangel, que ficou amplamente conhecido como o «senhor 30%».
Antes das eleições de Agosto passado, o seu nome foi, em algumas ocasiões, apontado como um dos que não iriam sobreviver às «mexidas» que se previam no tecido governativo do país. Este jornal chegou mesmo a admitir que a sua iminente saída teria a ver com problemas de saúde, mas tal não ocorreu, pelo que se pode concluir que o intrépido general possui, de facto, uma saúde de ferro, capaz de causar inveja a muitos jovens.
2. Esmeralda da Cruz Neto, esposa do general Armando da Cruz Neto, como, aliás, o próprio apelido indica, é considerada em alguns meios locais como sendo «dona de tudo e um pouco mais».
O seu nome tem sido, algumas vezes, referenciado em alguns jornais privados que a associam a um certo «tráfico de influências», em negócios empresariais do Estado. Verdade ou mentira, o facto é que a primeira-dama ou alguém que lhe seja próxima, em circunstância alguma, veio a terreiro desmentir tais informações, optando por manter um silêncio sepulcral.

3 Fernando Andrade, a quem o considere um «governador-sombra» devido às suas supostas influências junto do também general Armando da Cruz Neto, «um amigo de longa data». Diz-se que a sua proximidade ao governador remonta aos tempos do «gatinho», ou seja, da guerra civil, quando ambos partilharam os mesmos caminhos nas distintas frentes de combate.

Em meios locais é visto como um dos «rostos invisíveis» de grandes empresas que detêm contratos milionários com o governo local, como, por exemplo, a Angolaca, AmbiÁfrica, Ambitec, entre outras. A sua importância no xadrez político-empresarial benguelense pode ser aferida a partir do facto de ele ter sido o responsável local do extinto Gabinete de Reconstrução Nacional (GRN), órgão até coordenado pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar da Presidente da República, general Hélder Vieira Dias «Kopelipa».

4. Veríssimo Sapalo exerce desde Dezembro de 2009 o cargo de 2º secretário provincial do MPLA e é membro do Comité Central do partido dos «camaradas». Ao contrário de alguns camaradas seus que se deixaram adormecer à sombra do partido, Veríssimo Sapalo tem vindo a apostar «forte e feio» na sua formação académica, estando em vias em vias de concluir em breve a sua formação em Direito.
Apesar de não dispor dos mesmos poderes que os seus predecessores, Sapalo ainda goza de uma certa influência nos meios políticos locais, daí a sua escolha para ocupar o quarto lugar na «pole posicion».
5. Henriques António Calenga vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, sector responsável pelas políticas públicas no que diz respeito à construção de habitação, escolas, pontes, estradas, industriais, etc… É um dos «sobreviventes» do anterior Executivo embora se comente que o seu nome estava por um fio…

A contratação de empresas privadas para adjudicação de qualquer obra pública ou a prestação de serviços públicos depende do aval deste engenheiro mecânico. Em linguagem terra a terra, dir-se-ia que entre os vices- governadores, Henrique António Calenga é o homem do «cumbu» e, segundo reza a filosofia e os factos, «o dinheiro e o poder, andam sempre de mãos dadas».

6. António Maria Sita: é o comandante provincial da Polícia Nacional, órgão responsável pelo asseguramento e protecção das instituições do Estado, garante da ordem e tranquilidade públicas, dos cidadãos e seus respectivos bens.

Por inerência de funções, o comissário António Maria Sita é também o delegado do Ministério do Interior, órgão que tutela os Serviços de Emigração Estrangeiros, os Serviços Penitenciários, a Polícia Nacional e os Serviços de Protecção Civil e Bombeiros. Para além disso, Maria Sita tem ainda uma palavra a dizer junto dos Serviços de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE) a nível da província de Benguela.

7. Cesário Canjulo, delegado dos Serviços Secretos (SINSE) em Benguela, um departamento governamental cuja função é a recolha de informações relacionadas com possíveis ameaças à segurança do Estado. Na qualidade de responsável da «agência de espionagem» da província, consta que a sua missão visa também obter dados pessoais sobre indivíduos, grupos ou entidades políticas, sobretudo da oposição, a recolha de antecedentes criminais de candidatos a cargos de confiança, bem como investigações de fraudes corporativas.
Diz-se que as actividades desse órgão confundem-se, por vezes, com violações de liberdades individuais de pessoas ligadas à Oposição política, que procurem exercitar os seus direitos de soberania.

8. José Chilonga Filipe: É o director do gabinete do general Armando da Cruz Neto desde os tempos do «gatilho». Com a patente de coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA), José Chilonga Filipe é praticamente, «os olhos e os ouvidos do governador». A passagem bíblica, segundo a qual, «ninguém chegará ao Pai sem antes passar pelo Filho» pode muito bem ser enquadrada neste caso, já que poucos ousam chegar ao general sem passar pelo influente «coronel Chilonga».
9. Chico Maria, este «garoto» não faz parte da elite política local, o que não quer dizer que actualmente não seja um dos homens mais influentes de Benguela. Nos últimos tempos, Chico Maria, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do grupo empresarial com o seu nome, tornou-se num dos empresários mais bem-sucedidos, ao ponto de «destronar » grupos económicos tidos no passado como fortes, como os do ex-governador Dumilde das Chagas Rangel. Fontes que privam com o empresário são categóricos em afirmar que o sucesso deste empresário deve-se, ao facto, de estar ligado a figuras de peso do poder local.

No entanto, comenta-se, à boca pequena, que o Grupo Chico Maria ter-se-á comprometido a executar, com recursos próprios, algumas obras de impacto social e político, numa altura em que o governo local estava sem verbas para o pagamento da facturação da empreitada, quando muito precisava que as obras em causa fossem construídas. Ou seja, Chico Maria terá sido o único empresário a aceitar realizar as referidas obras para ser pago mais tarde. Passado esta fase, e como gesto de compensação, sempre que exista alguns serviços, o governo provincial de Benguela faz de tudo para inclui-lo na lista de empresários beneficiários. É, no fundo, o consumar do ditado popular, segundo a qual, «uma mão lava a outra e duas a cara».

10. Alberto Silva ou, melhor, Pepino como é conhecido nas lides desportivas, é uma figura que dispensa qualquer tipo de apresentações. Benguelense de gema, «o velho Pepino» é, provavelmente, o único angolano que goza do respeito e admiração da sociedade Benguelense e não só. Diz-se que trata sem qualquer género de discriminação os elementos do MPLA e da UNITA, tendo sempre evitado vestir as cores de qualquer dessas duas formações ou de uma outra do nosso firmamento político. Pepino é, para muitos, uma figura «mais consensual» do que alguns líderes políticos ou religiosos juntos.

Amigo pessoal do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, do presidente da UNITA, Isaías Samakuva, e do governador de Benguela, Armando da Cruz Neto, entre outras figuras de proa da elite política nacional, não há como não incluir o nome de Alberto Silva «Pepino» na lista dos homens mais influentes de Benguela. «É uma honra receber um pedido do velho Pepino», comentou, com alguma ponta de orgulho, um dirigente político quando lhe foi pedida uma opinião sobre o velho desportista benguelense.

(*) Em Benguela.

2 comentários:

Anónimo disse...

Merci pour le partage, A bientôt. Je ne commente jamais sur les blogs, même quand
le contenu est bon

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Anónimo disse...

no possible acept those manage in angola