7.11.2012, 12:07
|
|
© Colagem: Voz da
Rússia
|
A China realizou o primeiro teste do novo caça de quinta geração Shenyang-31 (J-31). A nova exibição de êxitos técnico-militares da China é tanto uma forma de assinalar o 18º Congresso do Partido Comunista como uma demonstração de força aos potenciais adversários.
O J-31 é o segundo modelo de caça de quinta geração. O primeiro, o
J-20, foi testado em janeiro. Ambas as versões são aviões furtivos aos radares
inimigos. Assim, a China se tornou no segundo país, depois dos EUA, a conceber
duas versões de caças de quinta geração simultaneamente, referiu o perito do
Centro de Análise Interdisciplinar, Alexei Sukharev:
“É evidente que estamos a assistir ao aparecimento de um novo
líder geoestratégico. A longo prazo, ele deve seguramente competir com os EUA. A
China, aproveitando o seu poderosíssimo potencial econômico, está a desenvolver
todos os atributos necessários para ser a segunda potência mundial, e no futuro
talvez a primeira.”
Os caças de quinta geração são claramente um legitimo motivo de
orgulho. Mas não se deve excluir a possibilidade de os próximos testes dos J-31
e J-20 demorarem muito tempo e necessitarem mesmo de ajuda externa.
A versão de teste do J-31 tem instalados dois motores russos que
podem, no futuro, ser substituídos por motores chineses semelhantes. Segundo
bloggers chineses, se pode tratar de motores RD-93. Esses propulsores
equipam, nomeadamente, os caças chineses JF-35.
Entretanto, os peritos, ao analisar as fotografias e materiais em
vídeo do J-31, referem que o mais provável é os motores do novo caça chinês não
terem capacidade de empuxo vetorado ao contrário do caça estadunidense F-22 com
o qual se parece muito exteriormente. O J-31 também não tem, provavelmente, a
característica de decolagem curta e aterragem vertical.
Os peritos não excluem, porém, a possibilidade de ser precisamente
o J-31 a ser apresentado como caça de convés para equipar porta-aviões.
Relativamente ao J-20, foram divulgadas suposições de que esse modelo tem um
compartimento interior considerável para o armamento, sendo essencialmente um
avião de ataque. O J-31, por outro lado, é uma versão de caça mais manobrável,
adaptado em primeiro lugar para equipar porta-aviões.
O presidente da Academia dos Problemas Geopolíticos Leonid Ivashov
viu no teste do novo protótipo de caça de quinta geração mais um sinal da
mudança do equilíbrio de forças global:
“O mundo está a resvalar para uma dura confrontação militar e a
China está se preparando. A China está a fazer tudo o que é possível para
reequipar o seu exército com meios modernos de combate. O primeiro porta-aviões
foi modernizado e incorporado na Marinha de guerra, submarinos de nova geração
são enviados para missões e equipados com mísseis antinavio. Claro que também a
aviação é modernizada. Tudo isso é natural. O mundo se está preparando para uma
grande guerra. E os seus participantes principais serão os EUA, a China e a OTAN
como componente euro-atlântica.”
A China testou o J-20 logo depois do anúncio dos Estados Unidos da
sua estratégia de regresso à Ásia. O J-31 levantou voo na província de Liaoning,
no nordeste da China, num ambiente de agravamento da tensão na zona de
confluência da China, do Japão e da Coreia do Sul. O primeiro voo do novo caça
reforçou a posição dura de Pequim na disputa territorial com Tóquio no Mar da
China Meridional.
Sem comentários:
Enviar um comentário