08/11/2012
PORTUGAL DEU O EXEMPLO
Num passado bem recente, Quito a capital do Equador, país quase desconhecido e sem nenhuma relação mais afável com Moçambique, encerrou 14 universidades com cerca de 38 mil estudantes. Motivos péssima qualidade de formação. O encerramento seguiu critérios administrativos depois de confirmados os processos de avaliação académica. A polícia teve que intervir.
Este final de semana, quando o ano caminha a passos largos para o final, o jornal português ‘O Público’ anunciou o encerramento de mais de uma centena de cursos superiores em instituições de ensino superior portugueses, incluindo universidades privadas, Institutos superiores politécnicos e outros, alegadamente por falta de qualidade dos cursos oferecidos.
Não existe paralelismo numa e outra situação. Porém, importa referenciar que as leis portuguesas, quer queiramos quer não, continuam referência importante para o ensino em Moçambique, por todas as razões. Portugal para além de ter formado e continuar a formar muitos compatriotas é, ainda, destino preferencial para vários estudantes da CPLP. Portanto, o encerramento destes cursos, não nos deixa indiferentes. Por um lado isto ajudará a manter a integridade do sistema e a sua credibilidade, por outro comprova como as IES são seriamente tomadas a peito.
As regras da União Europeia são aplicadas ipsis verbis.
Um pouco pelo mundo se consolida a premissa de quem as fábricas de produção e distribuição de diplomas precisam de terminar. A ganância que ditou lucro fácil pela via da educação terá de permanentemente ser conduzida ao bom senso e a conformidade com as regras de jogo.
Não estou muito certo se semelhante fenómeno ocorrerá intramuros. Porém, parece ser tempo de se disciplinar o sector terciário. Existem cursos dúbios e sem o mínimo de condições para continuarem. Quem terá a coragem para os disciplinar. A comissão nacional de avaliação e qualidade tem de deslanchar.
Só assim garantiremos robustez no ensino superior, relevância e ordem. Só assim garantiremos disciplina e evitaremos as múltiplas aberrações que, amiúde, somos persuadidos a testemunhar. Ensino superior exige muito mais rigor do que aquele a que estamos a habituar-nos. Não é por acaso que na África do Sul quase não foi aberto espaço para instituições privadas.
WAMPHULAFAX – 09.11.2012
Um pouco pelo mundo se consolida a premissa de quem as fábricas de produção e distribuição de diplomas precisam de terminar. A ganância que ditou lucro fácil pela via da educação terá de permanentemente ser conduzida ao bom senso e a conformidade com as regras de jogo.
Não estou muito certo se semelhante fenómeno ocorrerá intramuros. Porém, parece ser tempo de se disciplinar o sector terciário. Existem cursos dúbios e sem o mínimo de condições para continuarem. Quem terá a coragem para os disciplinar. A comissão nacional de avaliação e qualidade tem de deslanchar.
Só assim garantiremos robustez no ensino superior, relevância e ordem. Só assim garantiremos disciplina e evitaremos as múltiplas aberrações que, amiúde, somos persuadidos a testemunhar. Ensino superior exige muito mais rigor do que aquele a que estamos a habituar-nos. Não é por acaso que na África do Sul quase não foi aberto espaço para instituições privadas.
WAMPHULAFAX – 09.11.2012
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