quinta-feira, 15 de novembro de 2012

As Forças Armadas e a Imprensa na Queda do Estado Novo; 1973-1974


Antecedentes das anteriores edições, acrescentados pelo autor… 

"Marcello e Spínola: A Ruptura; As Forças Armadas e a Imprensa na Queda do Estado Novo; 1973-1974.
(1.ª edição)
    Lançado em 4 de Julho de 1994, na Biblioteca Municipal das Galveias / Lisboa. Foi apresentado pelo Prof. Doutor Artur Anselmo e prefaciado pelo Dr. Joaquim Evónio Vasconcelos e no Porto, em Outubro desse ano, sendo comentado pelo General Carlos Azeredo e Eng.º Paulo Valada. (2ª edição distribuído por Editora Estampa)  
Do  Prefácio (1.ª edição):
"(...) Sempre Maquiavel e nunca Príncipe, quase vítima da voragem totalitária instalada em 1974 e 75, (o Autor) desempenhou corajosamente a missão de esclarecer a comunidade a que sente pertencer (...)"
"(...) Para os que viveram aquela época (1973/74) trata-se de uma saudável recordação, hoje mais esclarecida pelos acontecimentos posteriores; para os mais novos, o testemunho da importância da comunicação, que ora não lhes está vedada, como elemento fundamental para o posicionamento perante os factos e para o fortalecimento da capacidade de opção. (...)"
 Cor. Joaquim Evónio Vasconcelos
Do Prefácio (2.ª edição)
(…) O 25 de Abril de 1974 foi a representação nacional da mesma revolução (França/1968), não em psicodrama mas ao vivo, ou seja, o repúdio dum regime autoritário, burocratizante e já ultrapassado, seguido de uma solução democrática própria da sociedade portuguesa.
  No período de transição Marcello-Spínola, a que se reporta este trabalho, faltou claramente um protagonista político que assumisse o poder e evitasse a derrapagem. (…)
Prof. Manuel Lopes da Silva (1926-2007)
Do Prefácio (3.ª edição)
(…) É sempre difícil escrever a História por quem a viveu, nela participou, sofreu, assistiu, esteve envolvido, foi actor.
    O autor, Manuel Bernardo, fá-lo de um modo desapaixonado, objectivo, factual, sem ressentimentos, sem querer impor a sua verdade, sem estar subordinado a ideologias, a compromissos ou interesses (…).
       General Vasco Rocha Vieira
Do posfácio (3.ª edição)
  (…) Tendo presente a estafada máxima de Martin Luther King, de “que a sua maior preocupação não eram os desonestos, nem o seu carácter corrupto, nem a sua ética, mas o silêncio dos bons”, vejo no livro de Manuel Bernardo um grito de quem não silencia e de quem não se deixa manipular por ideologias ou benefícios oportunísticos. (…)
            Cor. Alberto Ferreira
 
Das "Considerações Finais":
(...) Até finais de Novembro de 1973 (cinco meses antes do golpe de Estado que viria a ter repercussões profundas em Portugal, incluindo a sua redução territorial ao rectângulo europeu) nenhum sector significativo da sociedade portuguesa julgava possível o derrube próximo pela força das armas, do regime do Estado Novo, incluindo os líderes dos dois principais partidos oposicionistas, Álvaro Cunhal e Mário Soares.
 
Da Imprensa:
"(...) Trata-se de uma obra de consulta obrigatória para quem se interesse pela história portuguesa dos últimos anos."
In "A Capital" de 9-7-1994
 
"(...) Obra de extremo rigor, recomenda-se a sua leitura, quer aos que viveram e participaram nos factos descritos, quer aos que, pela sua juventude, apenas têm um vago conhecimento, nem sempre historicamente correcto, do que foi e por que foi o 25 de Abril. (...)".
In "Jornal do Exército" de Agosto de  1994
 
"(...) são livros como este que contribuem para a formação de uma consciência cívica, indispensável num país que sente cada vez mais a necessidade de encontrar a sua identidade própria."
 Mário Ventura, in "Cambio 16" de Outubro de 1994

In artigo do Coronel Miguel Fernandes Pinto no “Jornal do Exército” – Ano XLIV – n.º 572 – Abril de 2008.

 

GUERRA E PAZ

Reflexões sobre a obra do Coronel Bernardo

 

        (…) Contudo, para que o estado da luta pela verdade e pela justiça não se tenda a degradar - inspirado no exemplo da sua obra – apenas diria que, para encher as medidas num problema de tão magna amplitude, a lucidez o deveria contemplar com a disciplina e o rigor de exigência necessários para, do corpo partido em retalhos, se poder refazer a alma da Pátria. Evidentemente, que de entre elas não constariam as assentes na descrença das virtualidades nacionais, nem na presunção da ressurreição dos erros passados, que o passado embora condicione não determina o futuro. Mas, tendo que muitas das situações por serem irrepetíveis nem aí têm cabimento, o opróbrio que manchou para todo o sempre a História recente de Portugal restará presente.

É claro que depois de tudo isto, quando, no prosseguimento dos reflexos entre o mundo da GUERRA e da PAZ, se continua a assistir à inerente indignidade e aviltamento do próprio Homem, apesar de quanto do melhor a inteligên­cia humana produziu, e sem fim à vista, então só me resta refugiar no domínio da palavra determinismo, que, não justificando nada, explica tudo, ou, se assim se preferir, que não explicando nada, justifica tudo.

Pelo que me foi dado aquilatar pela obra do coronel Manuel Bernardo, pelo mérito advindo do precioso legado do autor para usufruto da sociedade, em geral, e porque de militar se trata, sou de parecer que a Instituição se congratule e que publicamente o deveria manifestar pelo serviço prestado, incluindo na terminologia usual os termos de relevante e de distinto.

                                                                        Cor. Miguel Pinto

 Foto no “Pão de Açúcar”/Amadora, na altura do lançamento da 2.ª edição (1996). O outro livro em exposição era “Diplomacia” de Henry Kissinger.

 

 

 

 


 

Aspecto do Museu Militar, em Lisboa.

 

Sem comentários: