Antecedentes das anteriores edições,
acrescentados pelo autor…
"Marcello e Spínola: A Ruptura; As
Forças Armadas e a Imprensa na Queda do Estado Novo; 1973-1974.
(1.ª edição)
Lançado em 4 de Julho de 1994,
na Biblioteca Municipal das Galveias / Lisboa. Foi apresentado pelo Prof.
Doutor Artur Anselmo e prefaciado pelo Dr. Joaquim Evónio Vasconcelos e no
Porto, em Outubro desse ano, sendo comentado pelo General Carlos Azeredo e
Eng.º Paulo Valada. (2ª edição distribuído por Editora Estampa)
Do Prefácio (1.ª edição):
"(...) Sempre Maquiavel e nunca
Príncipe, quase vítima da voragem totalitária instalada em 1974 e 75, (o
Autor) desempenhou corajosamente a missão de esclarecer a comunidade a que
sente pertencer (...)"
"(...) Para os que viveram aquela
época (1973/74) trata-se de uma saudável recordação, hoje mais esclarecida
pelos acontecimentos posteriores; para os mais novos, o testemunho da
importância da comunicação, que ora não lhes está vedada, como elemento
fundamental para o posicionamento perante os factos e para o fortalecimento
da capacidade de opção. (...)"
Cor. Joaquim Evónio Vasconcelos
Do Prefácio (2.ª edição)
(…) O 25 de Abril de 1974 foi a
representação nacional da mesma revolução (França/1968), não em psicodrama
mas ao vivo, ou seja, o repúdio dum regime autoritário, burocratizante e já
ultrapassado, seguido de uma solução democrática própria da sociedade
portuguesa.
No período de transição Marcello-Spínola, a que se reporta este
trabalho, faltou claramente um protagonista político que assumisse o poder e
evitasse a derrapagem. (…)
Prof. Manuel Lopes da Silva
(1926-2007)
Do Prefácio (3.ª edição)
(…)
É sempre difícil escrever a História por quem a viveu, nela participou,
sofreu, assistiu, esteve envolvido, foi actor.
O autor, Manuel Bernardo, fá-lo de um
modo desapaixonado, objectivo, factual, sem ressentimentos, sem querer impor
a sua verdade, sem estar subordinado a ideologias, a compromissos ou
interesses (…).
General Vasco Rocha Vieira
Do posfácio (3.ª
edição)
(…) Tendo presente a estafada máxima de
Martin Luther King, de “que a sua maior
preocupação não eram os desonestos, nem o seu carácter corrupto, nem a sua
ética, mas o silêncio dos bons”, vejo no livro de Manuel Bernardo um
grito de quem não silencia e de quem não se deixa manipular por ideologias ou
benefícios oportunísticos. (…)
Cor. Alberto Ferreira
Das "Considerações Finais":
(...) Até finais de Novembro de 1973
(cinco meses antes do golpe de Estado que viria a ter repercussões profundas
em Portugal, incluindo a sua redução territorial ao rectângulo europeu)
nenhum sector significativo da sociedade portuguesa julgava possível o
derrube próximo pela força das armas, do regime do Estado Novo, incluindo os
líderes dos dois principais partidos oposicionistas, Álvaro Cunhal e Mário
Soares.
Da Imprensa:
"(...) Trata-se de uma obra de
consulta obrigatória para quem se interesse pela história portuguesa dos
últimos anos."
In "A Capital" de 9-7-1994
"(...) Obra de extremo rigor,
recomenda-se a sua leitura, quer aos que viveram e participaram nos factos
descritos, quer aos que, pela sua juventude, apenas têm um vago conhecimento,
nem sempre historicamente correcto, do que foi e por que foi o 25 de Abril.
(...)".
In "Jornal do Exército" de
Agosto de 1994
"(...) são livros como este que
contribuem para a formação de uma consciência cívica, indispensável num país
que sente cada vez mais a necessidade de encontrar a sua identidade
própria."
Mário Ventura, in "Cambio
16" de Outubro de 1994
|
In artigo do Coronel
Miguel Fernandes Pinto no “Jornal do Exército” – Ano XLIV – n.º 572 – Abril de
2008.
GUERRA E PAZ
Reflexões sobre a obra do Coronel Bernardo
(…) Contudo, para que o estado da luta pela
verdade e pela justiça não se tenda a degradar - inspirado no exemplo da sua
obra – apenas diria que, para encher as medidas num problema de tão magna
amplitude, a lucidez o deveria contemplar com a disciplina e o rigor de exigência
necessários para, do corpo partido em retalhos, se poder refazer a alma da
Pátria. Evidentemente, que de entre elas não constariam as assentes na
descrença das virtualidades nacionais, nem na presunção da ressurreição dos erros passados, que o passado embora condicione não
determina o futuro. Mas, tendo que muitas das situações por serem irrepetíveis
nem aí têm cabimento, o opróbrio que manchou para todo o sempre a História
recente de Portugal restará presente.
É claro que depois de tudo isto, quando, no
prosseguimento dos reflexos entre o mundo da GUERRA e da PAZ, se continua a
assistir à inerente indignidade e aviltamento do próprio Homem, apesar de
quanto do melhor a inteligência humana produziu, e sem fim à vista, então só
me resta refugiar no domínio da palavra determinismo, que, não justificando
nada, explica tudo, ou, se assim se preferir, que não explicando nada,
justifica tudo.
Pelo que me foi dado aquilatar pela obra
do coronel Manuel Bernardo, pelo mérito advindo do precioso legado do autor para
usufruto da sociedade, em geral, e porque de militar se trata, sou de parecer
que a Instituição se congratule e que publicamente o deveria manifestar pelo
serviço prestado, incluindo na terminologia usual os termos de relevante e de
distinto.
Cor.
Miguel Pinto
Aspecto do Museu Militar, em Lisboa.
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