Tuesday, December 10, 2019

GERAÇÃO 8 DE MARÇO: um equívoco da história de adminstração pública elevado ao estatuto heróico ____________




Egidio Vaz

9 Aralık 2014 ·



GERAÇÃO 8 DE MARÇO: um equívoco da história de adminstração pública elevado ao estatuto heróico
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Ao meu arquiamigo, Júlio Mutisse

Aconteceu que em 8 de Março de 1977, exactamente um mês depois do III Congresso da Frelimo – na verdade I Congresso do Partido Frelimo, o então Presidente da República, Samora Moisés Machel, decidiu convocar um grupo de estudantes para trabalhar em vários sectores da economia do país em resultado da saída de aproximadamente 200 mil portugueses para Lisboa ou países vizinhos. Este grupo ficou conhecido por 8 de Março. E estranhamente, alguns historiadores, agindo em causa própria, beatificaram o grupo que ficou conhecido pelo nome de Geração 8 de Março, escondendo e atirando para debaixo do tapete a grande arbitrariedade e o escamoteamento da história de Moçambique, não nos permitindo assim aprender as necessárias lições para desta forma evitar erros.
Para começar, a própria decisão foi má. Os actuais membros dizem que “aceitaram o chamamento”. Mas cá entre nós, era possível que alguém pudesse negar tal “chamamento”? Não. Não era. Este acto desumano e coercivo mudou indelevelmente a vida de muitos dos então estudantes e afectou outros milhares:
• Pensem na qualidade de ensino, no impacto sobre os estudantes ou alunos que aprendiam de outros alunos sem nenhuma formação sólida
• Pensem nos pacientes beneficiando de assistência de estudantes sem nenhuma formação seria.
• Pensem nas empresas que faliram porque geridas por estudantes sem nenhuma experiencia de gestão.
E depois disso tudo vem dizer que “analisando o percurso”, valeu a pena. Não valeu a pena não. Foi má a decisão.
A história económica deste país mostra claramente que de 1977 a 1984 (segundo a periodização do Professor Yussuf Adam) portanto, logo a saída do III Congresso (I Congresso do Partido Frelimo) a economia declinou. Este declínio teve por base não apenas a dificuldade em aplicar até as últimas consequências o modelo socialista escolhido mas também da incapacidade de o Estado pensar em alternativas para a solução de problemas concretos na altura. Portanto, o “chamamento” compulsivo de estudantes para unidades de produção, longe de ser visto como acto heróico deve pelo contrário ser questionado e considerado um gravíssimo erro estratégico, como aliás, pôde corrigir-se mais tarde, com o envio de milhares de moçambicanos ao exterior para estudar. É importante lembrar que na altura que isso acontece, o Estado moçambicano arranjara problemas com três sectores fulcrais para a estabilidade deste país: as autoridades tradicionais – acusadas de serem o reduto feudal e cúmplice do sistema colonial; a igreja – acusada de ópio do povo e obstáculo a materialização do projecto socialista, os COMPROMETIDOS - indivíduos que colaboraram com o sistema colonial e os combatentes moçambicanos do lado do estado colonial português.
A (pequenina) história do 8 de Março tem sido adulteramente associada ao sucesso das políticas sociais em sectores como saúde e educação. Na verdade, isto acontece porque parte dos redactores destas estórias foram outrora vítimas desta arbitrariedade. O sucesso da política da educação (redução em 20% da taxa de analfabetismo de 1975-1982) e saúde (na imunização) não se deveu a 8 de Março. Foi devido ao forte investimento do Estado nestas áreas com a forte ajuda da cooperação internacional: investimento na infraestrutura, meios humanos e técnicos. Esta forma aleatória e oportunista de associar factos sociais aos factos históricos está na origem deste mito de baixo consenso, que permite que os que se identificam com o tal 8 de Março tirem proveitos políticos e se aglutinem em torno do poder. Para finalizar, importa dizer que testemunhamos ao longos dos últimos cinco anos, uma autêntica peregrinação ao 8 de Março, numa tentativa de “purgar “os de lá e os de cá.




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Yussuf Adam Eu ainda no 1o ano ou 2 ano de historia la fui dar aulas aos 8 de Marco.... A maior parte deles passaram por grandes dificuldades pessoais, familiares, etc...
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Geraldo Angelo Mutuque quermos contar tudo de forma heroica e nao objectiva
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Munhamane Thandabantu Mandlaze ... um mês depois do III congresso da Frelimo, na verdade I... portanto, logo a saída do III Congresso...??????????
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Orlando Maceda Faço-vos agora uma confidência. No início da década de 80 fiz parte de um grupo de escritores e músicos a quem foi dada a incumbência de produzir um novo Hino Nacional e um novo Hino para o Partido Frelimo. A forma como recebemos a tarefa era indicadora dessa disciplina: recebemos a missão, fomos requisitados aos nossos serviços, e a mando do Presidente Samora Machel fomos fechados numa residência na Matola, tendo-nos sido dito: só saem daí quando tiverem feito os hinos. Esta relação entre o poder e os artistas só é pensável num dado quadro histórico. O que é certo é que nós aceitámos com dignidade essa incumbência, essa tarefa surgia como uma honra e um dever patriótico. E realmente lá nos comportamos mais ou menos bem. Era um momento de grandes dificuldades … e as tentações eram muitas. Nessa residência na Matola havia comida, empregados, piscina… num momento em que tudo isso faltava na cidade. Nos primeiros dias, confesso nós estávamos fascinados com tanta mordomia e ficávamos preguiçando e só corríamos para o piano quando ouvíamos as sirenes dos chefes que chegavam. Esse sentimento de desobediência adolescente era o nosso modo de exercermos uma pequena vinga. Mia couto http://www.macua.org/miacouto/MiaCoutoISCTEM2005.htm
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MACUA.ORG
A opinião de: Mia Couto *A opinião de: Mia Couto *

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Rildo Rafael O país da gerações: Um dia escreveremos sobre a "geração da viragem"...Como dizia o Padre Couto " O que é isso geração da viragem? Viraram o que mesmo? Talvez seja realmente um bom convite para a periodização das gerações da história de Moçambique!
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Egidio Vaz Rildo Rafael, a história não se faz assim. Quem periodiza a história de um país através de gerações é um grupista, elitista, quer dividir para reinar.
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Orlando Maceda Kikikiki! Além das gerações, já existe os "G". É um "problema que estamos com ele"?
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Poeta Do Sul Caro Egídio, respeito imenso o que escreve e a sua opinião... Mas acho que antes de considerar um equívoco deveríamos pensar na conjuntura real do País na altura!

Como se poderia manter as escolas a funcionar? As mais remotas? Para o Estado não falhar imediatamente e poder investir nas partes onde houveram melhorias sacrificou (sim, porque os jovens não se sacrificaram, foram sacrificados) um grupo de jovens para manter o interior remoto assistido com saúde, educação e mão de obra ainda que muito básica.

Acho que não podemos nunca esquecer que eles foram, fizeram e muitos não voltaram! Bem? Mal? Sentados aqui em frente às nossas maquinetas é muito fácil julgar...

Mas como bom Católico deveria saber: "Aquele que não tem pecado que atire a primeira pedra...". Samora mandou e havia uma necessidade real. Estes jovens preencheram esta necessidade o melhor que puderam.

Minha Mãe foi, meus Tios foram (e foram todos mortos pela RENAMO)... heróis? Acho que não. Mas Moçambicanos engajados sim...
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Rildo Rafael Hehehe! Egidio Vaz! Realmente, o meu comentário tem mesmo um sentido irônico! Pincelada da história de Moçambique com "endeusamento" de algumas soluções não apropriadas
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Rafa El A verdadeira história deste país será escrita daqui há 100 ou 200 anos Quando todos os "fazedores'' e interessados no seu "pincelamento" (comprei o termo) partirem desta para o melhor .
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António Francisco Egidio Vaz, eu fiz parte do 8 de Março e digo-te que aquilo foi uma das muitas patetices do radicalismo revolucionario. Nada vale a pena quando a alma é mesquinha.
Por isso, quando os meus ex colegas começaram em 2003-94 a tentar heroicizar aquela experiencia fui contra. Foi uma experiência para nunca mais repetir. Mesmo alguns que vieram depois dizer qie valeu a pena, ao perceberem que estavam a ser instrumentalizados, acabaram por reconhecer que era melhor ficarem calados.
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Tony Ciprix Gonçalves Egidio Vaz, o senhor vai ficar na prateleira dos mestres da desconstrução. A monopolização dos factos para a partir deles construir a história da heroicidade e, assim, reclamar o direito à privilégio, numa lógica de menor esforço, parece ser o caminho que estamos a construir. A análise dos fracassos tem imputado a responsabilidade à dita Guerra de desestabilização. Nao se leva em consideracao essas outras variaveis que exigem uma dialecticidade. Em fim, o pensamento linear virá aqui fazer-nos acreditar que o sapo é jacaré!
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Tony Ciprix Gonçalves Eu ainda teimo em afirmar como escrevi em algures que os nossos dirigentes interpretaram de acordo com os seus interesses o principio pedagogico de uniao entre a teoria e a pratica. Para eles, o pacato cidadao tinha que mostrar, na pratica, que estava de acordo com a teoria que era a linha do partido e as orientacoes que o partido dava aos diversos orgaos. Por isso, a recusa era interpretada como nao coerencia entre a teoria e pratica, logo resquicios da mentalidade feudal e colonial-burguesa. Havia outra saida que cumprir com os "deveres" patrioticos? A experiencia valeu a pena somente para um grupo
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Antonio A. S. Kawaria 1. Negar a missao era quase impossivel. 2. Aumentou assimetrias pois as escolas que ja davam niveis de liceu no norte foram encerradas, incluindo o magisterio primario em Nampula. 3. Apesar destes constrangimentos foi com esta geracao que foi possivel aumentar a rede escolar até os niveis da 6a classe. Por outro lado, a maior parte desta geracao acreditava na construcao de um Mocambique melhor.
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Antonio A. S. Kawaria Por outro lado, ha que se aceitar que 8 de Marco é resultado de um mau acordo em Lusaka porque lá nao se viu o perigo da fuga da mao de obra qualificada, incluindo professores e pessoal médico.
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Egidio Vaz Ilustre Antonio A. S. Kawaria, o acrodo de Lusaka é imaculado quanto a este assunto.O que de facto precipitou a fuga, isto mesmo, FUGA dos portugueses foram as condições objectivas do novo regime: imagine-se um advogado em que a sua profissão é banida! Expropriação de bens privados como lojas e pequenas unidades de produção e a colectivização do campo. Mesmo Mário Coluna, faleceu sem que pudesse reaver o seu prédio, confiscado no âmbito das nacionalizações. Ou seja, não foi o acordo que devia explicitar o regime económico que se iria implantar. Em Nampula, nas vésperas da independência, corriam rumores de que mal a Frelimo entrasse, tudo seria confiscado por ela, inclusive mulheres (leia-se no livro ddo Professor Yussuf Adam). Estes rumores começaram a ganhar sentido com as primeiras medidas centralizadoras do regime de então. Veja-se de novo na relação conflituosa entre o Estado e as igrejas, ou com as lideranças tradicionais.
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Tres Setas "O que é certo é que nós aceitámos com dignidade essa incumbência, essa tarefa surgia como uma honra e um dever patriótico" extrai do comentario de Orlando Macedo. E na altura me parece que as pessoas entendiam que dever patriotico estava acima de todos os interesses individuais
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Alberto Samuel Maherero Tosh Eu tenho que descordar em parte com "desvalorização" total desta decisão, se calhar se o Egidio Vaz tivesse colocado aqui possiveis alternativas a esta. Mandar estudar fora é claramente uma das melhores mas isso custa seu tempo de formação e a saúde e educação e a própria administração publica n devem esperar. Por isso procurou se uma solução imediata pra segurar as pontas e pôr a máquina a funcionar com os recursos que se tinha disponível. O chato é o facto do aproveitamento político que se faz em torno disso.
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Luis Jorge Pott Fraga não mistures tudo...acho bem que os bens fossem nacionalizdos...e as pessoas não partiram todas ao mesmo tempo nem pelas mesmas razões...ago´ra, já não estou de acordo que sejam reprivatizados...
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Júlio Mutisse Egidio Vaz vamos reflectir nisto juntos e com alguma serenidade. Diz que foi má a decisão, mas não diz a alternativa que o Estado tinha face a debandada ocorrida. A economia declinou? Acredito que sim e vários outros factores tem que ser avaliados para esse declínio e, elencar só a inexperiência ou falta de preparação das pessoas que foram gerir as empresas pode ser demasiado redutor na compreensão que devemos ter da nossa história colectiva. O alastrar da guerra, a sabotagem infraestruturas, o peso do investimento na defesa e a falta ou escassez de investimento noutros sectores estatais, a conjuntura global etc, tudo isso tem que ser equacionado na avaliação desse declínio, mesmo sem excluir a falta de experiência de muitos gestores.
Trazes uma reflexão boa mas precisa de alguma serenidade na avaliação da decisão em si, seus impactos etc.
Eu comecei a estudar em 1980 às mãos de alguns desses. Lá na minha localidade é possível que não tivesse como ir a escola se alguns desses não tivessem consentido sacrifícios. Olha que os meus primeiros anos de escola, em termos de preparação, foram os melhores de todos e não me considero mal preparado, antes pelo contrário.
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Tony Ciprix Gonçalves Ou seja, a violencia revolucionaria que era apregoada e a intolerancia ja manifesta como o caso do Instituto Moçambicano que fez com que alguns jovens promissores fugissem para o Kenia, dali para is EUA, Canadá e outros destinos. Revolucao explosiva, a nao dualidade de poderes e o exigencia do reconhecimento da FRELIMO como único representante(?) do povo. Tudo isso acrescido das práticas pos-independencia, cujos resquicios nao desapareceram passados 40 anos.
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Cassamo Ussene Mussagy As pessoa que dizem que valeu a pena sao as que depois que da morte do Samora encheram os bolços,falindo empresas os outros sao os que consiguiram cargos altos.
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Antonio A. S. Kawaria Tony, a recusa era punivel. Recordo-me dum colega que fugira/abandonara o curso de professores, mas quando apanharam-lhe na cidade de Nampula, lhe reconduziram ao centro, onde lhe raparam Como se ladrao fosse.
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Alberto Samuel Maherero Tosh Hoje, volvidos 27 anos, temos mais pessoas qualificadas nos mais diversos sectores mas temos a pior qualidade de ensino de sempre. Aqueles mal preparados trabalhavam em condições precárias mas com muita qualidade. Não era possivel não saber ler nem escrever no mínimo na terceira classe agora n entendo a diabolizaçäo dakela geração.
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Tony Ciprix Gonçalves Júlio Mutisse, uma primeira alternativa que se tinha à época era o nao endurecimento do discurso e das práticas mesmo no decorrer da luta armada. Os dirigentes queriam construir algo inteiramente novo. Para isso, enfrentaram a pavorosa conclusão platónica: expulsar os mais velhos.
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Egidio Vaz Júlio Mutisse, a tua justificaçãonão é original. É a quela a que te impuseram aos longos dos anos. Eu também penso assim, na maioria dos assuntos. Mas gostaria de sugerir-te alguma calma. Veja a estrutura dos problemas que se seguiram a independência a começar pelos problemas ideológicos.
1-Ao nível interno: detenção de opositores internos e acantonamento em centros de reeducação
2-Decretar Moçambique País socialista, marxista-leninista
3-Surgimento de primeiros focos de instabilidade:
De 1975-1977 sairam de Moçambique mais de 200 mil portugueses, de acordo com as estatísticasd de então. A guerra civil só começou em 1977, como pequenos focos de instabilidade. Ela só se desenvolve ao nível nacional na década de 80. Mas antes, a seca e fome , a desorganização da economia e o insucesso das políticas adoptadas são de facto as razões para o colapso. Portanto, ao falares da guerra, faça-o na segunda fase da sua análise. De 1975 a 1977 e de 1977 a 1983 (IV Congresso da Frelimo, II do Partido Frelimo) o Estado passou de revisão em revisão aos seus sucessivos planos económicos, num frenezim contraditório, tentando justificar erros, encetando aberturas aqui e acolá para conter o descarrilamento da economia. Veja também no plano internacional, o entusiasmo com que o país se laçou para a libertação do Zimbabwe, que só nos trouxe prejuizos e compramos a guerra; a forma hostil com o malawi e RSA e a nossa posição com o bloco do leste. Isto tudo foi mau. Foi mau. Só nos trouxe problemas.
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Tony Ciprix Gonçalves Betty Georges, vamos debater o facto sem nos desqualificarmos. Cada geraçao têm os seus desafios. Mas isso nao nos impede de fazermos uma avaliação critica da história de modo que ela nao se torne numa tragédia. Seguindo o teu raciocinio, hoje nós devemos tambem cantar hossanas a geracao 8 de Março ao reivindicar privilégios? Depois virá a geracao da viragem, o G40 por ali fora?
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Tony Ciprix Gonçalves E foi mau. Os nossos dirigentes sacrificaram o cidadao com essa medida do Zimbabwe e enfrentamento do apartheid. Apoiar sim, mas salvaguardando a integridade dos cidadaos....
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Gabriel Muthisse Há muitas maneiras de procurar aplausos fáceis. Egidio Vaz, pessoa muito inteligente, não precisa destes corta - matos. Então pensa que, perante a fuga dos portugueses a solução era mandar toda a gente estudar fora? Tem mesmo a certeza de que a FRELIMO nacionalizou cantinas e pequenas empresas e que essa foi a causa da fuga dos colonos?
Avalia melhor os teus argumentos, mesmo que isso implica menos ovações. Tu podes.
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Júlio Mutisse Egidio Vaz, colocou como marco 1977. Não estou a recuar para 1975. Não estou a ver pelas lentes que me emprestaram, estou a ver os factos como eles são. Em 1980 quando começo a estudar, lá em Madzukane localidade esquecida da Província de Gaza, que professores teria se aquela medida não fosse tomada? Endureceu se o discurso, tomaram se medidas e houve fuga como diz o professor Tony Ciprix e havia que tomar decisões, tomou se a de 8 de Março, num momento delicado em que outra alternativa não havia e, diga-se, devo o ingresso a escola a essa medida. Devo ter tido um professor que vivia numa palhota que tínhamos que reformar anualmente a essa medida.
O declínio da economia não pode ser achacado unicamente ao chamamento de 8 de Março. Há outras decisões tomadas do ponto de vista politico que concorrem para isso. Há a guerra, a estiagem, a conjuntura global etc. Há que equacionar isso tudo. Concordas?
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Gulumba D. Mutemba Aqui a conversa dos conhecedores das coisas. Mas como sou um pouco ousado,tenho a dizer que a história do nosso país é usada como pilares,que sustentam a permancia dos camaradas no poder. Só com a queda do regime,será possivel termos a real história deste país.
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Cassamo Ussene Mussagy Quem aparece a falar bem da geraçao 8 de Março???sao os bem sucedidos.é bo percebemos as consequencias disso,o mal que isso troxe...é pratica de nos os Moçambicanos olharmos para o nosso umbigo.Temos que analisar no geral...porque nao se fala da operaçao produçao???porque ai quase nao se encontra ninguem que encheu o bolço....
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Egidio Vaz Ilustre Gabriel Muthisse a sua interpelação política - diga-se vem ainda adensar as minhas suspeitas sobre o que pretende. Começa por acusar esta proposta de reflexão como querendo caçar aplausos. Eles, os aplausos não me fazem falta nem me engrandecem. São inúteis quando não forem sinceros. Em segundo lugar faz-me perguntas partindo de uma conclusão sua. Eu não disse que a causa da fuga foi a nacionalização de cantinas e pequenas empresas. Isso também aconteceu. Portanto, o ilustre como beneficiário directo e experiente deste momento deveria nos ajudar a trazer dados, que a muitos faltam. Eu tenho os meus, de fontes secundárias que sustentam o que disse. E parece que muitos também têm dados identicos. Agraço o seu comentário
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Egidio Vaz "O declínio da economia não pode ser achacado unicamente ao chamamento de 8 de Março". Perfeito Júlio Mutisse. Este teu posicionamento é um autêntico martelo à cabeça dos ideologos da Geração 8de Março. Porque eles julgam que a sua prestação contribuiu para o "sucesso". Que sucesso? Qual sucesso?
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Jotem Sithole Porque moçambique interviu na independencia do Zimbabwe, a provincial de manica sofreu mais com IAN SMITH do que com a Guerra dos 16 anos, foram destruidas pontes que so viriam a ser reeconstruidas ha 2 anos atras
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Tony Ciprix Gonçalves Júlio Mutisse, segundo o meu entendimento, o Egidio apresentou uma das variaveis fundamentais para se compreender um problema. Por outro lado, está a desconstruir um mito que tenta enrainzar-se em substituiçao do outro mito o que é mau para um país. Se a decisao foi acertada, no's hoje temos condiçao de avalia-la. Para o Egidio Vaz a decisao foi má. E ele justifica-se: declinio economico, falencia de empresas. Mas entre nós cá, como se explica que ja no IV Congresso havia vozes discordantes em relacao ao modelo economico adoptado no III Congresso, se as decisoes ali tomadas eram todas certas? E mais, no meu entender, houve um voluntarismo revolucionário excessivo que influenciou a tomada de decisoes. Parecia que eramos donos da história, mesmo no contexto desfavoravel de correlacao de forças
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Tony Ciprix Gonçalves Gabriel Muthisse, permita-me dizer-lhe que parte do que está sendo colocado aqui faz parte de teses de Doutoramento e dissertacoes de Mestrado.
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Júlio Mutisse Egidio Vaz houve apertos na economia em face da concorrência de diversos factores mas, paralelamente, muitos de nós que não teríamos como ir a escola fomos. As estatísticas da educação mostram como o país cresceu com a contribuição desses nesse contexto e fomos comparativamente melhor preparados que muitos de hoje com professores formados. Então, a análise do contributo desse pessoal não deve ser feita em compartimentos estanques, deve ser feita avaliando os muitos sectores onde essa gente deu o seu contributo. A distância de quase 37 anos o país pode reavaliar as coisas em 3d mas quem esteve lá há 37 anos não tinha tudo o que temos hoje e tinha que contar com o que tinha.
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Lyndo A. Mondlane entao sendo assim, qual era a soluçao?... deixar esses sectores desocupados? quem nao tem cao caça com gato..o governo de entao optou pela soluçao mais viavel naquele momento e de algo se aprendeu....
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Gabriel Muthisse Egidio Vaz, não faço parte da tal geração 8 de Março. Aquando dessa medida, eu ainda estava no primeiro ano do Comércio. Nunca me inclui em nenhuma geração para obter seja o que for.
Vi na tua argumentação a ideia de que a solução para a fuga massiva de professores era o envio dos alunos para fora. Ora esta ideia não faz sentido, se for agitada como a solução de um problema que afectava todo o país. Em 1977 eu fui para Cuba, num grupo de 1200 alunos. Mas é preciso ver que nem sequer representavamos 5% do estudantado moçambicano.
Também, nunca foi política da FRELIMO nacionalizar cantinas e pequenas empresas. Houve, de facto intervencionamento de unidades económicas que não eram estratégicas. Mas este tipo de decisão só ocorreu após o respectivo abandono pelos proprietários. Para não deixar trabalhadores no desemprego.
Como historiador, embora não no activo (pois pelo que sei é especialista em comunicacao), pode aceder facilmente aos arquivos económicos desse período, para não induzir os encautos em erro.
Aquela decisão era incontornável. Não havia mais ninguém neste país para ser sargento de polícia, ou para outras coisas vitais para a própria continuidade do Estado. E algumas dessas coisas não podiam ser feitas por cooperantes. Como, por exemplo, comandar uma unidade de guarda - fronteiras em Espungabera.
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Theo Muhacha Nao menos important ee o dito plano prospectivo indicativo, k consistia em erradicar o analfabetismo em 10 anos, plano este ke se tornuo nao concretizado e hoje aparecem disendo k consiguiram combater o analfabetismo k uma aberacao para um povo k paga avultados imposto
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Tony Ciprix Gonçalves Gabriel Muthisse, permita-me discordar do arguments da intervençao como consequencia do abandono do respectivo proprietário. É contraria à miopia politica da época que via uma contradicao entre o entendimento que se tinha do socialismo e a existencia da propriedade privada. Fala-se de extensao das conquistas revolucionarias tambem. Se quiser consultar o que se escreveu algures pode ver aqui http://hdl.handle.net/1843/FAEC-85EKMP
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BİBLİOTECADİGİTAL.UFMG.BR
A concepção de educação politécnica em Moçambique: (contradições de um discurso…A concepção de educação politécnica em Moçambique: (contradições de um discurso socialista)1983-1992

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Júlio Mutisse Professor Tony Ciprix para o Egidio Vaz foi má e ele justifica pegando um factor, como se o 8 de Março, excluídas todas as variantes, justifica tudo. Eu acho que não é só o 8 de Março que justifica são outros factores entre os quais o que ditaram o 8 de Março. Mesmo se assumirmos que este foi mau, péssimo mesmo, haverá que dar crédito até pelo facto de termos beneficiado de serviços de saúde, educação e outros que, se calhar, sem aquela medida podiam ter sido adiados para nós.
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Gabriel Muthisse E depois, Tony Ciprix? Essas tais teses são mais informativas do que a realidade que vivemos na pele? É como dizer que quem faz teses sobre a obra de Craveirinha ou de Malangatana, sabe melhor das obras daqueles do que os próprios autores. Eu vivia aqui, Tony Ciprix. E sou daqui.
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Rui Amadeu Um debate acirrado
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Tony Ciprix Gonçalves Gabriel Muthisse, informacoes e dados estao ali recolhidas por moçambicanos que tambem viveram aqui. Nao custa cruzar as fontes.Nós todos vivemos aqui tambem e passamos pelas mesmas privacoes. Continuemos com o debate.
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Tony Ciprix Gonçalves Júlio Mutisse, e a longo prazo essa decisao foi mesmo acertada? Nao havia uma visao de longo prazo no calor revolucionario de modo a preparar-se para os desafios futuros?
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Zacarias Matuassa Eu tive bons professores na Escola Secundaria de Chokwe e na Escola Pre Universitaria de Xai-Xai, frutos desta operacao.
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Tony Ciprix Gonçalves Betty Georges, aquela geracao à época tinha clareza e compreensao do que se passava com uma AK47 apontada?
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Zacarias Matuassa Um desses professores se chama Egidio Rego, natural de Tete e por sinal chara de meu querido amigo Egidio Vaz
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Tony Ciprix Gonçalves A justeza de uma decisao nao se pode medir pelas consequencias, penso eu!
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Lyndo A. Mondlane Tony Ciprix, nao havia AKMs apontadas, havia que entender o espirito daqueles tempos..a maioria queria ajudar..a maioria sentia o pais como sua obrigaçao, eu v gente ir a ceifa de arroz em chokwe, convecida do que fazia, evoltar sem nada, mas satisfeita..nao se deveria escamoteiar nem deturpar os factos..entendo que tudo visto desde a distancia se tende a desenfocar..mas haveria que hever vivido aqueles tempos para entender..
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Tony Ciprix Gonçalves Zacarias Jemisse Matuassa, o que é feito do Egidio Rego hoje ali na UDM? Era sonho dele ser professor de Portugues? Sejamos justos conosco mesmos!
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Tony Ciprix Gonçalves Quem era essa maioria, Lindo A. Mondlane? E porque o Xicote e campo de reeducacao para quem recusasse? Quando falo da AK47 me refiro a ditadura e toda a intervencao do SNASP que semeiou o terror e o medo entre os moçambicanos. Cada um via noutro como possivel representante do poder dirigente. E toda a propaganda que combatia os Xiconhocas
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Tony Ciprix Gonçalves Betty Georges, nós teriamos e muito bem o Moçambique, talvez melhor sem aquela geracao. É uma grande falacia essa: se nao fosse isso...nao seria aquilo
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Zacarias Matuassa Tony Ciprix, pode nao ser agora que temos outras carreiras com mais valor na sociedade pelo nivel de vida que oferecem mas creio que naquela epoca foi mesmo por opcao.
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Gabriel Muthisse Qualquer tese que diga que a FRELIMO nacionalizou cantinas porque essa era a sua estratégia económica só pode ser uma fraude. Não corresponde aos factos.
Os outros factos que eu disputou são aqueles que: (i) defendem que a decisão foi errada e que ela foi a causa dos problemas que vivemos na saúde, na educação e na economia; (ii) a falta de professores poderia ser resolvida mandando os estudantes para fora do país.
Queria chamar a vossa atenção para os acontecimentos de 7 de Setembro e de 21 de Outubro em Lourenço Marques. Esse factos aconteceram em 1974. E, em algumas das suas manifestações, tomaram a forma de uma contenda entre negros e brancos. Estes factos provocaram, nos dias e semanas que se seguiram, um verdadeiro êxodo de pessoas que poderiam ter sido úteis ao país. Esses factos romperam o espírito de confiança que se estava a tentar construir para fundar a nova nação.
Devo dizer que grande parte do êxodo que se deu se deveu àqueles factos e não a qualquer nacionalização de cantinas ou pequenas empresas. Acredito, também, que.a intentona dos ultras provocou uma radicalização do discurso do lado da FRELIMO. Levou à percepção (que pode ter sido problematica) de que os brancos poderiam não estar preparados para conviver.
Ignorar estes factos e culpar nacionalizações pela saída dos colonos é faltar à verdade histórica.
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Tony Ciprix Gonçalves Nao custa nada pesquisarmos as memorias dessa geracao, Zacarias
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Circle Langa Concordo parcialmente! Concordo com a "teoria" que explica como e porquê o 8 DE MARÇO sucedeu como tal. Concordo com a explicação de se distanciar o declinio económico da guerra porém distancio-me da crítica que o Egidio Vaz ao mesmo "fenómeno", simplesmente por se ter tratado de um MAL NECESSÁRIO. Indubitavelmente foi um mal porém o país estava numa "saia justa" e, ao mesmo tempo, "entre a espada e a parede".
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Tony Ciprix Gonçalves Sim, Sim, Sim Fraude! Agora sim Gabriel Muthisse, estamos a debater factos com dados. Mas a radicalizacao e a intolerancia nao começou em 1974. Por outro, a falta de experiencia e de preparo de boa parte dos jovens, embora motivados pela revolucao, nao pode ser descartada na analise dos nossos fracassos.
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Tony Ciprix Gonçalves Betty Georges, ninguem está aqui a procura de razao. Lambebotas de hoje é o Homem Novo que a geracao 8 de Março foi incumbida de formar. Portanto, assumamos o produto do nosso trabalho.
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Tony Ciprix Gonçalves Circle Langa, um país fica numa saia justa do Nada?
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Cristiano Daniel Rosario Naene Quanto a mim, esta reflexão que o Egidio Vaz nos propôe se tem mérito, peca pela animosidade que denuncia em relação ao Partido Frelimo. O Egidio num miopismo voluntario recusa-se a ver o virtuosismo dos que naquele contexto tomaram esta medida. Todas as medidas tem o seu lado pernecioso e esta não é excepção, tanto pior se a analise for feita a posterior. Mas os seus méritos são inegaveis. Faz me lembrar os adeptos de bancada, que sempre vêem o que os treinadores não viram.O Egidio que até é dos oradores mais brilhantes da minha geração, peca pelo radicalismo e entusiasmo nas suas estreitadas analises. Mas aceito que tem dado contributos preciosissimos nos debates mais encandescentes aqui do nosso Burgo.
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Gabriel Muthisse Nunca ninguém ignorou a fraca preparação dos quadros nos problemas que viemos a ter. O que se está a dizer é que é um monstruoso reducionismo debitar todos os problemas que tivemos/temos na educação, saúde e economia àqueles generosos e românticos jovens.
Também, o que se está a dizer é que a fuga dos colonos não se deveu às nacionalizações. Os intervencionamentos e posterior nacionalização deveram - se, na maioria dos casos, aos abandonos das empresas pelos seus proprietários.
Nós tivemos, na nossa história económica, a figura de Empresa Intervencionada que creio não constar no código comercial. Muitas das empresas que eram consideradas estatais, na verdade, eram intervencionadas. Eu próprio trabalhei numa que se chamava Construtora Regional Sul EE (em formacao), que na verdade era uma amálgama de 9 empresas intervencionamento por abandono dos seus proprietários.
Com 21 anos, com pouco mais do que o ensino secundário, vim a ser director nesta empresa que tinha mais de 3000 trabalhadores. Simplesmente porque não havia mais ninguém suficientemente preparado. Criticar e ridicularizar aqueles tempos é muito fácil. É dá aplausos fáceis.
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Egidio Vaz Eu não percebo muito do que aqui se defende o contrário. Então as pessoas tomam as decisões que tomam, sofrem as consequências, ficam na dita saia justa e depois dizem que foi bom!? Quer dizer, a prova de que as coisas estavam mal são os resultados econômicos da primeira década da independência. Estes são mais claros que as nossas bocas carnudas. Porque é que não olhamos para estes resultados? Corremos para acusar a guerra e os outros quando na verdade nós estávamos cientes (ou epilépticos) das opções que tínhamos. Tínhamos opções? Tínhamos pois, ora essa. Quais? O contrário do socialismo nos moldes samorianos. Outros países evitaram guerras, mortes e assassinatos, mesmo sendo socialistas. Tanzânia e Ghana ajudaram-nos no processo da Independência e tínhamos como copiar. Em vez disso fomos copiar o modelo dos soviets de1917!
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Poeta Do Sul Não acho que tenha sido bom... mas foi feito e foi necessário... De pouco serve julgar e sentenciar hoje em dia.

Há um elemento que falta nesta analise: O que o Governo Português fez depois dos Acordos de Lusaka que celebravam que o Governo Português iria manter todos seus funcionários no activo em Moçambique para facilitar a transição e impedir o colapso total do País Moçambique agora soberanamente entregue aos Moçambicanos.

O Governo Português, em Janeiro 1977, declarou que todos os cidadãos Portugueses que eram funcionários de estado na Colonia de Moçambique deveriam fazer "prova de vida" (ou seja, apresentarem-se fisicamente em Portugal) para poderem continuar a receber o seu salario e manter a reforma.

Daí resultou o abandono em massa do Sistema de Estado (e outros pois quando uma cabeça de gado começa a correr todos outros seguem incluindo os cabritos e as galinhas).
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Gabriel Muthisse Em que é que esses países são diferentes de Moçambique, hoje, Egidio Vaz? Venceram o subdesenvolvimento? Não têm crianças sentando no chão nas suas escolas? Não têm estradas esburacadas e poeirentas? Não possuem um boamming e vibrante mercado informal urbano?
Estamos a dizer, Egidio, que esses problemas não se devem ao 8 de Março. E, já agora, não se devem ao socialismo.
E mais, muitos dos países africanos não tiveram o problema da fuga de colonos, simplesmente porque nunca foram países de fixação de colonos. Em África, os colonialistas escolheram muito poucos países como países de fixação - África do Sul, Moçambique, Zimbabwe, Kenya, Argélia e Angola. Se repararem, trata - se daqueles em que houve mais resistência para se irem embora. A história ensina isso.
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Antonio A. S. Kawaria Lindo, de que se refere sobre distancia? Nao ser da geracao ou viver fora? É pena que eu nao tenha tempo para participar desta discussao que tem a ver com o que vivi. Ate recordaste-me do governador Daniel Mbaze e a IFA.
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Júlio Mutisse Tony Ciprix no seu penúltimo comentário parece que já entra no trilho do que já digo desde o princípio. Não só a falta de preparação não pode ser descartada, como outros factores que mesmo que tivéssemos os mais qualificados, teriam influência no resultado que tivemos.
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Tony Ciprix Gonçalves Julio Mutisse, o teu ultimo periodo é problematico. Nao sei de facto teriamos esses resultados
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Gabriel Muthisse Os países africanos que não tiveram 8 de Março têm resultados substancialmente diferentes, Tony Ciprix
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Tony Ciprix Gonçalves Sim, Gabriel Muthisse, melhores ou piores?
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Tony Ciprix Gonçalves Nao podemos falar do que teria acontecido se nao fosse o 8 de Marco
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Gabriel Muthisse A resposta que deu é, essencialmente, uma não resposta. Como docente, sabe como responder informadamente a uma pergunta, Tony Ciprix.
Em que é que os países que não tiveram 8 de Março são melhores que Moçambique?
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Gabriel Muthisse Países africanos, digo
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· Çevirisine Bak
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Milton Boane No momento historico dos anos 77 nao era do
todo escandaloso embarcar-se para uma decisao daquelas, e em parte funcionou sim (com todos seus males, mas deu um grande jeito). Nao acho que se descuta a eficiencia daqueles “profissionais”, mas nao concordo que se escondam os males daquela operacao, sob o risco de nada aprendermos.
Ha quem tente comparar o ensino dos anos 80 (assegurado
pelo 8 de Marco), com o actual descalabro. Olha, isso nao
deve ser visto como um problema de geracoes, mas sim, de opcoes politicas dos dois momentos. A ma qualidade do ensino hoje nao pode ser atirada ao jovem professor que tambem foi mal formado...e lhe é pedido que apresente uma pauta azulada no fim do ano.
Alude-se aqui algumas razoes da “fuga” dos quadros. Gostaria de saber que relacao essa fuga teve com a famosa decisao 20/24 (20kg em 24 horas)...ou andei lendo mentiras, e isso nao existiu?
Desculpem-me o desparate.
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Johane Zonjo Mano Egidio Vaz, diz e cito "[...] O sucesso da política da educação (redução em 20% da taxa de analfabetismo de 1975-1982) e saúde (na imunização) não se deveu a 8 de Março. Foi devido ao forte investimento do Estado nestas áreas com a forte ajuda da cooperação internacional: investimento na infraestrutura, meios humanos e técnicos.[...]". Quer isso dizer que as grandes campanhas de vacinacao que foram desencadeadas apos a independencia, a introducao das unidades sanitarias ate a base incluindo o APE (agente polivalente elementar), as campanhas de alfabetizacao no curso diurno e nocturno, etc. foi tudo feito por cooperantes? a quem transmitiam a sua experiencia esses cooperantes?
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Muzila Wagner Nhatsave Debate interessante com argumentos apaixonantes. estas de parabéns em trazer este tipo de assuntos para debate e análise . O meu amigo Egidio Vaz mesmo sendo historiador comete um erro grave e que depois vem desembocar em toda a sua conclusão, embora reconhecendo que houve consequências pelo que aconteceu. O erro que me refiro é o classico que se comete quando se está a procura de razão. usa a sincronia que é analisar factos de forma estatica como se de uma fotografia se trata-se, ao invés de fazer uma análise sincrónica onde evidencia-se a dinâmica do processo bem como os contextos em que tais decisões foram tomadas. A pergunta que faço ao meu grande amigo e irmão Egidio Vaz é a seguinte? O QUE DEVERIA SER FEITO? perante um cenário de fuga em massa de quadros portugueses, sabotagem da economia, focos de instabilidade, falta de professores, alto indice de analfabetismo, assimetrias regionais até em termos de acesso a educação. O meu amigo queria que fossem implorar ao brancos pra voltarem? ha uma falsa ideia de que se mandou embora os portugueses de Moçambique.mentira grosseira. quem deveria assegurar o estado então, cooperantes apenas? tu mesmo és fruto dessa decisão, os teus professores que você diz terem visto seus sonhos cortados são dessa geração que foi sacrificada para que hoje tivessemos um país, um sistema de educação. era preciso sim haver sacrificados naquela altura. não tinhamos experiência de governação, exiguidade de quadros, mas o país tinha que andar. o Egidio iria preferir que nós de forma cobarde ignorassemos o sofrimento dos zimbabweanos e sul africanos e compactuássemos com os vizinhos racistas e hostis ao nosso lado? garantir a libertação do zimbabwe e Africa do sul era garantir a nossa propria sobrevivencia como estado. Em 77 cortamos relações economicas com zimbabwe e interditamos o uso dos nossos portos exactamente para asfixia los e a luta avançar. seria contra-senso se continuássemos a deixar passar armas e mantimentos da nossa terra para matar irmãos. poderás ainda perguntar mas se assim pensas o porque de moçambique mesmo com problemas de relacionamento politico com a africa do sul manteve o contrato com os sul africanos no recrutamento de mao de obra(historiador que é veja o sul e trabalho migratório),simples, fonte renda e de ouro para as nossas finanças e que a luta na africa do sul era de levantamento de massas e não guerrilha como no zimbabwe, apesar de acções de sabotagem a activos economicos.tinhamos sim espaço para sentar com o diabo a mesa mas apoiando o ANC politicamente. aqui são contextos de luta diferentes dai tambem estrategias diferentes, mas se bem que as reações foram identicas em termos de agressões recebidas por estes vizinhos. quero com isto explicar a falacia de que deviamos nos manter fora de problemas, era impossivel isso.seria uma negação a nossa razão de luta. outra falácia, Moçambique nunca foi pais marxista leninista, o partido FRELIMO, e que era de orientação Marxista Leninista e sempre negou afirma-se com partido marxista leninista. e a maior virtude que este partido tem é de saber adaptar-se ao tempo e as circunstancias, e não vejo problema nenhum que no 4º congresso se tenham mudado as directrizes, vai ver que foi nesse congresso que se decide a abertura economica, entrada de moçambique no FMI, o que criou grandes desavenças internas, mas era necessário o país enfrentava graves problemas economicos agravado por uma seca, era preciso tomar decisões e tivemos essa coragem. Resumindo Egidio Vaz não nego que tenham havido problemas, mas antes isso do que deixar o país ao deus dará. crescemos como país, construimos um estado.hoje somos um país com bases e se fores justo e honesto verás que este país pelo seus anos de independência andou muito e evoluimos como povo. e a liberdade que gozamos hoje é fruto desta nossa capacidade de se adaptar e questionar as coisas.isto é que nos faz diferentes dos outros. temos um grande sentido de cidadania. sai lá um pouco e veja se outros paises mais velhos que nós estão como nós. A GERAÇÂO 8 de MARÇO foi sacrificada para que tivessemos hoje bases para desenvolvermos. foi custoso o processo sim doloroso até, mas se tu hoje és formado e saiste da tua terra natal e hoje estas aqui é graças a esses sacrificados que na sua maioria foram teus professores. faça uma analise e veja que foram os docentes da uem no teu tempo. hoje somos nós que pegamos o país e somos maioria , mas quem assegurou bem ou mal este país foi essa geração disso não ha duvidas.
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Muzila Wagner Nhatsave analise diacronica quis dizer que dá a prespectiva temporal dos factos
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Helio Thyago Krpan Boa refelexao caro Egidio Vaz. Profunda e com sentido historico elevado.
Obrigado pela lucidez do seu contributo Muzila Wagner Nhatsave.
Se aumentar algo serei redundante, mas gostava de escrever breves linhas.
Sectores educacionais como Universidades e escolas foram delegados a essa geracao sim e com muito esforco deu o seu melhor.
Empresas como as LAM, CFM, e outras mativeram-se em pe mesmo com falta de recursos humanos altamente qualificados bem como falta de recursos financeiros e com parcos recursos assegurarm a estrutura do pais.
A banca e muitos ministerios sao o que sao hoje porque muitos desta geracao deixaram seus estudos e aliaram-se ao chamamento da madre patria.
Hoje se temos o pais que temos, a crescer e a afirmar-se paulatinamente no cenario internacional, e porque esta geracao deu o melhor de si. Ousou sacrificar parte do seu presente, e talvez hipotecar grande parte do seu futuro para permitir que hoje estudassemos e usufruamos de condicoes melhores.
Nem tudo foi bonito e nem tudo foi pacifico durante esta transicao, mas a olhar pelo estagio actual das coisas, cumpre-me de forma particular dizer que esta geracao fe-lo por merecer e e digna da nossa admiracao.
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Nuno Pires O 25 de Abril de 1974 abortou um movimento clandestino dos ultras portugueses para declarar uma independência "branca" e formar uma União da África Austral composta pela RSA, Rodésia, Angola e Moçambique. Note-se que eram uma minoria que se radicalizou após o 25 de Abril, formando um "grupo de resistência" a que chamaram F.I.C.O. No entanto, grande parte da população não negra, estava entusiasmada com a perspectiva de um Moçambique independente para todos, sem discriminação de raças, credos ou origem social, como defendia a Frelimo. Só que houve uma deturpação dos acordos de Lusaka e o pânico instalou-se entre toda a comunidade, que foi de algum modo manobrada pelos ultras, do que resultou o trágico 7 de Setembro. Nessa altura já não me encontrava em Moçambique, onde estive, de certa maneira, "exilado" até Julho de 74, mas em conversas que mantive com amigos, que no tempo colonial eram abertamente frelimistas, soube que a maioria dessas 200.000 pessoas (não digo portugueses, porque grande parte sentiam-se moçambicanos) que foram constrangidas a sair do país, fizeram-no porque um ministro de então, de apelido Guebuza, lhes deu 24 horas para abandonar Moçambique... com 20 kg de bagagem. Correm versões contraditórias, mas penso que a expulsão de toda essa gente, teve consequencias trágicas de que ainda hoje se vêem sequelas. Quanto ao 8 de Março, há que ver o contexto em que o país então se encontrava. Entre dois males, escolhe-se sempre o menos mau... e as novas gerações, que têm a vida muito mais facilitada no acesso à formação, deveriam valorizar quem, em péssimas condições, os antecedeu e desbravou o caminho que ora percorrem. Quantos de nós reflectimos que, sem os primeiros celulares que pesavam 5 kilos ou mais, não teríamos as novas versões que nos facultam ter o mundo no bolso?... Honra aos Pioneiros!
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Cachamba Amaral Ha todo merito na publicacao entretanto ha um ponto que nao parece tanto assim quanto diz, passo a transcrever: "Para comecar, a propria secisao foi ma". Discordo completamente tendo em conta que a situacao do momento obrigava a uma ou a decisoes rapidas e corajosas. O pais nao podia parar de forma nenhuma e ha que dar merito por essa coragem. Diferente seria se o Egidio tivesse dito que a forma como a decisao foi executada foi ma ai sim porque nao precisava ser de forma obrigatoria mas de livre aceitacao e deveria sobretudo consiserar as consequencias que a mesma teria nas pessoas obrigadas a cumprir tal decisao e no pais em geral.
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Nito Ivo No's o povo deste pais merecemos intelectuais de verdade! Infelizmente Deus nos da o que vemos.
A decisão 8 de Marco foi sem duvida a mais sabia decisão tomada pelos moçambicanos. Mais apropriada e ajustada a realidade que a decisão da Luta Armada pela Independência Nacional. Esta medida eh baseada na logica de "sim n'os podemos fazer", no's somos proativos, aquela de "não precisamos de contratar um eng para trocar uma lampada". O exemplo de sucesso de medida semelhante foi a China. Os frutos do desenvolvimento que a China colhe hoje são resultado de uma medida exactamente igual a de 8 de Marco (só que ininterrupta). Hoje a China pode fazer tudo sem precisar de estrangeiros (nem de intelectuais). O exemplo que este post gostava que seguíssemos eh o Zimbabwe que manteve Know-how estrangeiro com todas consequências subsequentes que conhecemos.

A letargia em que a nossa economia se encontra hoje eh resultado da descontinuidade da "filosofia" 8 de Março. Hoje temos um pais que produz uma autentica lixeira de intelectuais, que só fazem barulho e não produzem nada, uma autentica vergonha para o pais. Pessoas que acham que o desenvolvimento se faz com caneta a partir de uma secretaria, pessoas que pensam que quem escreve melhor eh mais útil ao pais que o camponês. Uma verdadeira tristeza!

Os compatriotas 8 de Março são as pessoas que aprenderam fazendo, com as mãos na massa. Ainda que com empirismo (que alias eh uma parte fundamental do método científico) soube responder os desafios colocados.

Bem hajam a todos os compatriotas que fizeram parte desta equipe que deu o pontapé de saída para construção de uma nação com orgulho.
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António Boene Caro Egidio
Vaz, sou orgulhosamente produto da Geração 8 de Marco, porque a
partir de 1980 (6* classe) comecei a ter professores desta geração, onde tive um professor na 9* classe que estudava no curso nocturno na mesma escola e classe, e sou parte da …Daha Fazlasını Gör
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António Boene Caro Egidio
Vaz, sou orgulhosamente produto da Geração 8 de Marco, porque a
partir de 1980 (6* classe) comecei a ter professores desta geração, onde tive um professor na 9* classe que estudava no curso nocturno na mesma escola e classe, e sou parte da "Geração dos Afectados" (as afectações depois da conclusão de um nível escolar - 4*, 6*, 9* e 11*) e fui afecto, depois de concluir a 9* classe, para frequentar o curso de formação de Professores na Manhiça-Chibututuíne. Só lá fiquei 1 ano e no ano seguinte, porque pessoa de desporto, ingressei no INEF onde conclui o meu nível médio. Quando recebi a
guia de afectação, para a formação em Chibututuíne, o céu caiu-me literalmente na cabeça, chorei tanto porque o meu sonho era ser médico e nunca tinha pensado em ser professor. Os meus pais foram os primeiros a falar comigo e convenceram-me que para eu ter podido concluir a 9* classe, alguém também havia se sacrificado e que agora era a minha vez de sacrificar os meus sonhos para
contribuir para a formação de outros jovens do país que não tinham
oportunidade, sequer, de frequentarem o ensino primário, por falta de professores. Confesso que apesar da decisão tomada na altura ter afectado e alterado radicalmente a minha vida, assumi esse meu dever patriótico com paixão, dedicação e entrega total. Como eu, milhares de Moçambicanos foram formados por professores desta geração e alguns sectores chave do país foram dirigidos por compatriotas desta geração. Sem pretensão de os endeusar, mas
desconsiderar o papel preponderante e determinante que esta geração teve e tem no actual estágio do país, é recusarmos assumir grande parte da história dos últimos 40 anos deste país. Por isso, pelo facto de ter sido formado por professores daquela geração, a todos eles (desconsidero a opção politica ou outra orientação de cada um deles) endereço os meus mais profundos sentimentos
de solidariedade e reconhecimento pelo papel que tiverem e têm neste país. As decisões politicas tomadas na altura, adequavam-se ao circunstancialismo social, politico, económico e cultural existente na altura, porque hoje as decisões são outras, em função de outras circunstâncias. "PIOR QUE FAZER ERRADO, É NADA FAZER."
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Egidio Vaz Neste debate que está prestes a terminar, gostaria de chamar atenção a dois aspectos, completamente ignorados (de propósito) por alguns dos nossos políticos e académicos aqui envolvidos. O meu propósito ao levantar um assunto tão “consensualizado“ como o do 8 de Março não era de levantar fantasmas do colonialismo, muito menos celebrar o saudosismo de quem quer que seja. Era tão-somente para mostrar como e porquê há necessidade de reescrever a história, baseando-nos em diferentes factos. Ora, muitas vezes nos esquecemos ou selectivamente acreditamos nuns factos e não noutros e por causa dos factos sociais, fazemos vista grossa a uma série de princípios procedimentais, fulcrais para a nossa análise.
A primeira pergunta que qualquer alienígena faria em relação ao 8 de Março seria: o que fez “fugir” os portugueses ao ponto de desfalcarem a administração local. Ora, esta pergunta não será respondida pelo ministro de então. Muito menos pelas vítimas. Muitas vezes não temos coragem de dizermos o que coreu mal e o que correu bem, só porque estamos hoje vivos e aparentemente melhor que ontem. Porém, nos esquecemos isto TODAS políticas públicas e decisões políticas tomadas naquele tempo como as tomadas neste, têm consequências. E as más políticas, as más decisões tem consequência sobre a maioria.
Dizer que o 8 de Março foi uma má decisão política não retira o mérito da independência muito menos é falta de autoestima. É reconhecer que a decisão é corolário lógico de uma governação que sacrificou um conjunto de opções alternativas à custa de um idealismo intangível.
Segundo, esta estória que não tem números, locais e datas e mistura tudo num mesmo saco, precisa ainda melhor explicação. Reconheço que neste momento, enquanto ELES estiverem no poder, seria muito difícil derrubar a estória, mas que as marcas do insucesso da tal medida estão indeléveis em todos nós.
Respondendo ao Dr Zonjo, importa referir que o tal melhoramento no sector de saúde e educação, precisa também ser esclarecido. Na educação, o sucesso foi em relação a redução dos níveis de analfabetismo em 20%. Isto não equivale a dizer que o sistema de educação avançou no seu todo. Na saúde, precisamos também ser modestos. O que se refere é essencialmente as campanhas de imunização. Em todo caso, houve sim um bom trabalho nestes sectores graças a intervenção de cooperantes internacionais. E Moçambique mereceu menção honrosa por parte da UNICEF e OMS. Dizer isso não significa porém saudar efusivamente a “linha correcta” do guia de então. É reconhecer o que foi bem feito e o que foi mal feito.
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Milton Boane " ... lhes deu 24 horas para abandonar Moçambique... com 20 kg de bagagem."
Entao os “20kg em 24 horas” sao uma verdade?
Obrigado pela resposta, #Nuno_Pires. Sendo assim, 8 de Março foi consequencia nao do acaso. Como para alem de ter sido o "sucesso" sempre defendido, teve seus males. Acho que isso nao pode ser negado. Se "PIOR QUE FAZER ERRADO, É NADA FAZER.", significa que nao podemos nos vedar de ver o erro de quem algo fez, so porque fez, pois assim poderemos aprender desse erro, e nao sermos recidentes.
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Nito Ivo Milton Boene, a decisão dos de 24 horas+20 kg foi tomada porque os portugueses estavam a levar tudo e mais alguma coisa. Essa foi uma decisão para salvaguardar os interesses dos moçambicanos e não por vingança .
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Egidio Vaz Ilustre António Boene, deixe-me citá-lo adequadamente: " As decisões politicas tomadas na altura, adequavam-se ao circunstancialismo social, politico, económico e cultural existente na altura, porque hoje as decisões são outras, em função de outras circunstâncias". Todo debate reside aqui. O ilustre faz uma leitura situacionaista (celebra o que existiu) e não se preocupa em saber se seria possível fazer de outra forma. Eu, pelo contrário, rompo ou tento romper com esta escola, advogando que o 8 de Março é consequencia de uma má política, de resto não nova mas inspirada da experiência, também ela má da Revolução de Outubro de 1917 da então Rússia. Se quiser, posso historia-lo aqui, como Lénin atraves da mobilização e propaganda, organizou os "Kolkhoz " e os "sovkhoz ". E, como mais velho, seria de bom tom aceitar que muito dos modelos NÃO FORAM ELES GENUÍNOS mas importações mal-adequadas à nossa realidade. Aceitar isso abriria espaço para uma reconstrução profícua da nossa história, julgo eu.
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Gabriel Muthisse 200.000 portugueses expulsos pelos famosos decretos ministeriais 24/20!!!!!! Não brinquem com a ignorância das pessoas! A falsificação dos factos deveria ter limites!
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Egidio Vaz Ilustre Gabriel Muthisse não, eu desminto isso. EU fui o primeiro a trazer este dado e me referia ao número de portugueses que deixaram o país de 1975 a 1977. O resto não endosso.
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Gabriel Muthisse Veja o comentário de Nuno Pires
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Gabriel Muthisse Egidio Vaz, por acaso, o amigo Nuno Pires faz uma contextualização próxima da realidade. Os eventos de 7 de Setembro e de 21 de Outubro de 1974 estiveram na base do grande êxodo.
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Egidio Vaz O que atrapalhou os portugueses foi a propaganda dos proprios portugueses, segundo a qual mal a Frelimo entrasse no poder levariam tudo incluindo as esposas. A Frelimo era na altura, tal como ela faz agora, considerada bandidos armados, terroristas e assaltantes, que nada fariam senão saquear, pilhar e matar os portugueses. E eles, com medo abandonaram o país. Na sua retirada saqueavam algumas coisas. Mas atenção, esta história não deve ser generalizada. Houve também da parte do então EStado moçambicano, pouco trabalho de sensibilização. E julgo que a repsonsabilidade tinha que ser dada ao governo de transição, que menos se ocupou de explicar do que viria a acontecer. Ora, o 24/20 foi mesmo tenebroso. Não cabe a mim falar disso aqui e sobre este debate específico.
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Cotxima Dionisio Tchuma Machava Post/debate proveitoso
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Gabriel Muthisse Tenebroso porque, Egidio Vaz? O que tu farias perante casos de sabotagem económica de um país em gestação? Como historiador, devias fugir dos rótulos e dos juízos de valor.
Prestaste atenção aos discursos anti - racistas de Chissano, de Samora e de outros dirigentes da FRELIMO naquele período conturbado? É só procurares nos jornais da época.
Muita dessa gente não estava preparada para conviver, Egidio.
O relacionamento colono/indígena não tinha sido bom. E muitos temiam vinganças. Já era um pouco adulto na altura e, apesar de haver nascido já depois da fundação da FRELIMO, quando os colonos faziam esforço de parecerem bons, ainda testemunhei casos marcantes e inqualificáveis.
O Governo de transição fez tudo o que era possível para manter os portugueses aqui.
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Emidio Guila Suponhamos que estamos nessa época neste exacto momento. Para superar o défice de pessoal para orientar os desafios que economia impõe, qual seria a solução que o prezado Egidio Vaz indicaria para o efeito?
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Nuno Pires Caros amigos, as circunstâncias históricas levaram a que tanto Portugal como Moçambique tivessem urgência em "normalizar" a situação, já que ambos estavam em plena fase de readaptação pós-libertação, num e noutro lado. Ora a pressa nunca foi boa conselheira e a transição talvez tivesse de ser um pouco mais alargada de modo a esclarecer e serenar muitos ânimos exaltados. Não foi apenas aí que se cometeram erros, mas entre campos extremados, não era fácil fazer-se melhor. Infelizmente ainda hoje sentimos que algo deveria ter sido feito de modo diferente. Não é por acaso que em ambos países nos debatemos com um nível de corrupção galopante, que, no fundo, é fruto de todo um conjunto de circunstâncias que a isso levou. Que dos erros saibamos tirar as devidas ilacções, não esquecendo que "corrigir é de sábios"...
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Muzila Wagner Nhatsave Egidio Vaz por favor os comentarios e evidencias foram mais do que suficientes para tirar não só duvidas como tambem pra esclarecer alguns equivocos que aqui escreveu. historiador que é devia ter cuidado em fazer certas afirmações e ser mais rigoroso na busca de informação. falar e acusar hoje é facil, mas se usar a diacronia e ser mais humilde dará a mão a palmatória. ninguém aqui esta a endeusar os de 8 de Março, apenas reconhecendo o contributo histórico desta geração na edificação do país. os mais velhos ja deram explicação do que realmente aconteceu.ninguém mandou embora os portugueses daqui. fazendo ate paralelismo com a africa do sul aconselho a ver o filme o longo caminho para liberdade de Nelson Mandela.verá que o medo dos bers de vingança e represalias foi igual o que aconteceu cá, foi preciso uma liderança forte de ambos os lados para que se evitasse o banho de sangue.
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Egidio Vaz Heheheheh, Muzila Wagner Nhatsave, obrigado pela tomada de atenção. Mas não vejo nada rigorosamente que ponha em causa a minha integridade intelectual no que escrevi. Não insultei, apenas questionei. E este debate não é fundado em ideologia. É fundado em evidências, explicações ulteriores etc. Se tens algo novo traga. Já conhecemos a velha estória.
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Júlio Mutisse Egidio Vaz, um dos méritos que te dou nos assuntos que levantas é o desafio que fazes aos conceitos estabelecidos ou ideias aparentemente consensuais e levantar um debate que pode nos cultivar a todos e desafiar as bases das nossas convicções. Isso eu já acho bom. Mas debate por debate faz levantar muitas ideias e há que fazer uma súmula para percebermos onde queremos chegar. Acredito que nem tu, nem os que participaram deste debate saem dele como entraram, se tivesse que fazer um resumo em forma de conclusão, o que diria? Onde a sua ideia inicial flexibilizou em função dos dados trazidos pelas pessoas que contribuíram, onde as suas ideias ficaram mais fortes em função das mesmas contribuições?
A mim que esta interpelação foi dirigida digo apenas que independentemente das motivações que ditaram a tomada daquela medida, não se pode contornar o contributo daquela gente. Correu tudo bem com eles? Não. Como nem tudo corre bem hoje num país com quadros para dar e exportar até para Angola. A dinâmica, a conjuntura, as decisões, as acções a cada momento ditam um ou outros outcomes que não tem uma única explicação como o insucesso do país no período em alusão não tem uma única explicação e nem se resume ao 8 de Março.
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Nuno Pires Betty Georges , o Sócrates, apesar de corrupto, é um "ladrão de galinhas" ao pé dos grandes tubarões. Foi preso, temporáriamente, para servir de exemplo de que a justiça funciona, mas é só para "inglês ver", porque os maiores criminosos andam á solta e sâo os que "mexem " os cordelinhos do sistema judicial. Infelizmente para vocês, parece que por esses lados se copiam estas nuances da democracia, tal como em Angola, de resto. Esperarmos que os grandes responsáveis sejam presos é mais utópico que a implantação de uma sociedade anarquista...
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Egidio Vaz Eu concordo com a tua conclusão Júlio Mutisse. Mas deixe-me também propor-te isto: os Jihadistas da AlQaida dizem "os americanos têm tanto amor pela vida como nós pela morte". As tácticas de lavagem cerebral à crianças vitimas dos terroristas é tal que elas acreditam e gostam de morrer cedo para terem a sua recompensa mais cedo e com mais tempo: mulheres virgem e uma vida eterna; uva, mel e muito leite.
Muito estranho é ouvir a história de 8 de Março na óptica da voz dominante; vozes que neste momento são ainda dirigentes ou aspiram a direcção, remetendo ao silência outras vozes. Como investigador, sempre suspeitei ouvir a história ou versões de um facto a partir de uma única voz. Se o 8 de Março foi um sucesso assim, então precisaria ouvir outras vozes e confirmar a teoria. Infelizmente não é o que tenho encontrado por aí. O Estado de que tanto se diz que ia colapsar, eu não sei o que significa isso de colapsar, se até 1983 as coisas não estavam estáveis muito menos tinha se conseguido uma estratégia e visão coerentes. As coisas mudam depois de 1983 (IV Congresso) e aí começaram a aprecer novos ricos. E o primeiro destes ricos tu o conhece.Aquino de Bragança criticou esta forma de ver as coisas; Sérgio Vieira em seu livro muito contestado também chamou atenção a isso. O que o Julio e os outros não querem pensar é tão verdade quanto o que vocês defendem. Os planos implementados logo após a independência foram todos eles influenciados pela União Soviética. Afinal de contas de que te lembras quando ouves o "socialismo científico"? Só que a União Soviética de 1917 não era Moçambique em 1975! E num contexto de guerra-fria, pense no que os nossos lideres deveriam pensar antes do alinhamento, sempre tendo em mente que ANTES DO CONTEXTO ESTÃO AS OPÇÕES.
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Filipe Ribas O que atrapalhou os portugueses não foi propaganda de espécie alguma. O colonialismo, ilustre Egidio Vaz, foi algo horrível, no tocante à forma como maltratou os moçambicanos. Uma criança era capaz de espancar o pai de família, cuspir-lhe na cara, só porque era preto. Quando um preto tinha sétimo ano podia, com sorte, ter salário de um branco com quarta classe. A policia de choque e a brigada montada, aqui em Maputo, divertia-se a bater pretos.
Fomos colonizados pela camada mais atrasada de portugueses. Pobres camponeses que descobriram que eram deuses aqui.
Eu fiz a quarta classe numa missão e, aos dez anos, com mais um colega carregavamos e descarregavamos um camião Thames Trader de cimento. Partiamos pedra e fazíamos lavoura. Fazíamos tpc depois das vinte, no termo do trabalho e já com o gerador desligado.
Passou-se mal neste país, sendo lógico que o opressor tivesse medo da vingança. E repare que mesmo nós que pudemos estudar nesse tempo não éramos tratados de modo a nos sentirmos iguais aos outros. Éramos escória, perseguidos pela dor de sermos maltratados e desprezados até por cantineiros analfabetos.
Continuassem aqui sem assumir a igualdade plasmada na Constituição, nada teria valido a pena. No mais, é preciso notar que o correcto, nestas coisas da história, não é exactamente um bom projecto, mas uma oportunidade viável de atravessar as crises.
O patologista conhece, com precisão, as causas da morte, mas ela tem que acontecer primeiro. A história também funciona assim. Por isso, com o confortável olho hodierno, 8 de Março foi um erro. O contrário teria sido outro erro, mesmo que ideássemos dez frelimos e vinte samoras.
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Júlio Mutisse Egídio, alinhamento feito, país em problemas, 8 de Março. Este é o ponto. Não vamos misturar assuntos, vamos permanecer no debate central aqui lançado. Como resume o d3bate ocorrido?
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Egidio Vaz Júlio Mutisse então não quere prestar atenção à estrutura do problema. Se o objectivo e dar hossanas aos 8 marcistas então eu também posso cantar. Discutir seria ir para além do sacrifico por eles consentido; é ir para além da justificação dos políticos sobre porquê tomaram aquelas decisões. E, em abono da verdade, nós como cidadãos nunca em algum momento questionamos o estado e Samora sobre as opções que na altura existiam. Sabemos todos que a natureza ditatorial de Samora não permitia DEBATE. O 8 de Março é consequência de uma má política. E você diz que foi o necessário dadas a condições concretas e os desafios que se enfrentavam. E eu perguntaria: quem provocou aquela situação? É Independência? São os portugueses?
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Júlio Mutisse Me parece que estamos a andar aos círculos meu amigo. Há o seu post, os nossos argumentos (todos a favor do que escreveu e contra) os seus argumentos em função das interpelações, se tivesse que fechar o debate ou passar para outro lado o que diria, como faria em função desse conjunto partida para outro nível?
O país teve muitos desafios, muitos intervenientes, erros, sucessos, insucessos etc mas isso não mata o esforço de milhares de pessoas não só para corrigir, como para que as coisas não fossem piores. Os Hosanas virão mas acho que aqueles moçambicanos não precisam, respeito ao que foi feito talvez. E esse eles tem todo do meu lado
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Stélio Patel Santos interessante akulo Egidio Vaz. concordo em parte com a sua análise. atendendo a situação do país (na altura, finais dos anos 70) quais seriam as prováveis opções ou alternativas "inteligentes"?tendo em conta o grau de instrução/preparação e oportunidade (antes da independência) d grande parte da população moçambicana .abraço
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Egidio Vaz Senhor Betty Georges, sim, senhor porque este nome não representa a real pessoa. Vai notar que evitei todo dia o senhor. Se não está disposto a conversar sem insultar então dispenso sua companhia e boa tarde.
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Luis Jorge Pott Fraga Voces podem falar o que quiserem...pensarem o que quiserem...viverem o que quiserem...isso tudo é irrelevante perante a realidade e a verdade dos factos...a verdade é imutavel e inalteravel...ela tem a sua propia cronologia...tem a sua propia logica...os seus propios factos...não são os preconceitos...os medos...as traições...não é nada disso...que voces discutem aqui...em relação aos tais estudantes que foram ensinar...O que foram eles ensinar !? Que livros foram escritos desde então...Porque é que não encontraram o Gungunhana...Porque mantiveram a fortaleza de Maputo, mesmo sabendo que é uma mentira...porque queimaram tantos registos e eliminaram tantas referencias !? Só que o poder da vida em si na força da verdade é consubstancial ao pai...e pelos frutos sera a arvore reconhecida...tudo o resto são mentiras...o poder...o dinheiro...o desamor...alienação...etc...mas pior do que isso, é viver uma mentira, sem realizar a verdade...têm de pensar...com os dados todos...e aceitar o escadear dos acontecimentos, como a vontade superior...esta tudo bem...tanto melhor ficara, quanto mais depressa assimilarem o facto como propio do contexto, e poderem observar a pintura geral...para que as pessoas possam ter paz de espirito e seguir em frente e ou ficarem em paz...
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Luis Jorge Pott Fraga todas as vossas conversas foram justificações de comprometimento...não tanto o que disseram...mas o que e a forma pelo qual escreveram...como se fossem culpados de serem quem são e de terem feito o que fizeram...mas isso é minimo...e agora não à volta a dar...mas existe um quadro geral...e pensar que a guerra entre o centro e o sul é não conhecer Moçambique, nem tão pouco os Moçambicanos...ou por outra os povos do sul da africa austral, e nem tão pouco a sua historia...ou pelo menos não dar valor ao seu ser, nem valorizar a sua propia natureza...
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Luis Jorge Pott Fraga eu não estava a falr em particular par ti Betty, nem para ninguem, nem sabia que me tinhas corrigido, ou seuqer que eu tenha feito uma analise...para isso teria de haver sujeito no tema, e não vejo...é uma abordagem...
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Jose Mani Samuel Cheguei tarde ao debate mas acho que Egidio nao esta a olhar que a decisao tomada foi baseada nas circunstancias de momnto. Tambem passei do 8 de Marco se bem que quando essa colocação me foi dada, tambem estive contra. Caro Egidio há momentos que decisões impopulares são as melhores para resolver um problema. Se me fala da qualidade de ensino, acho que agora baixou mais onde aparentemente se tem professores quase todos doutores formados mas varias universidades que hoje parecem cogumelos em epoc aDE CHUVA. Para mim o merito foi, ter exisido alguém que decidiu
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Tony Ciprix Gonçalves Boas perguntas Egidio Vaz. Não se fica numa saia justa do nada. Há um todo conjunto de condicoes objectivas e subjectivas criadas ao longo e durante os 10 anos de luta que nos levaram a 8 de Março. É necessario um revisionismo histórico em torno da questao social mocambicana e como ela se reflectiu na formação da Frente, durante a luta, na altura da independencia, nas decisoes tomadas. A quem elas beneficiou e quem ainda quer dela se beneficiar.
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Jose Mani Samuel Agora que existam muitos que querem tirar louros do 8 de Março sem nada terem feito para isso é uma verdade. O importante é reconhecer que cada momento foi relevante nas suas proprias circunstancias. Na minha opinião, do mesmo jeito que houve a geração Nachingueia, geraçao 8 de Março, também houve a geração "Tira camisa"que contribbuiu para esta patria; Alguém por acso se lembra "ga Geração a patria cham por ti"?. É errado resumir a historia do desenvolvimento deste pais apenas a geração 8 de Março, que na minha opinião foi a mesma beneficiada se a compararmos com a "geração a patria chama por ti". Alguem se lembra dos que pereceram no Colegio Militar de Nampula.....
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Eusébio A. P. Gwembe Egidio Vaz, dados de 1970 indicam que havia, em todos os subsistemas de ensino, 518045 alunos para 8157 professores isto é, havia rácio de 63,5 alunos por professor. Estou a ler o anuário estatístico de 1972. Devia, é raciocinar no sentido de, daqueles supostos 200 mil portugueses, quantos eram professores e enfermeiros? Será que mesmo se não tivessem saído haviam de cobrir com as necessidades da nova realidade? A nacionalização permitiu que os muçulmanos começassem a enviar seus filhos à escola sem medo de que na missão iam comer carne de porco.
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Tony Ciprix Gonçalves Jose Mani Samuel, permita-me discordar. A questao de qualidade de ensino é sistemica e estrutural. La na base não temos nenhum doutor, senao uns mal formados do IMAP agora IFP com 10+2 e 10+1. Apos a independencia quem de facto assegurou alguma qualidade na educacao e na saude foram os poucos professores moçambicanos do periodo colonial e alguns cooperantes. E mais, não entendo o porquê o Mined hoje exige a formação psi co - pedagógica como condicao para a docencia se para a geracao 8 de Março essa condicao foi dispensada e teve sucessos!
Não podemos avaliar os meios atraves dos
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Jose Mani Samuel Tony Citrix, Aceito que discorde comigo, porque esse é um direito que lhe assiste. Mas tambm deixa me discordar consigo no seguinte. Naquele tempo O cntro de formação de Professores primarios formava professores de 6 classe em ano esses rpofessores ensisavam a escrever bem. Hoje os professores tem 10 mais qualquer coisa e os alunos nao sabem escrever. Este debate esta fora de questão, o debate aqui é o merito ou demrito da geração 8 de Março e o que eu trago a mesa é que enquanto houve a geração 8 de Marcoi tambem houve outras geraçoes qiue conbtribuiram para este pais.
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Tony Ciprix Gonçalves Eusébio A. P. Gwembe, o 8 de Março foi para justificar o 24 de Julho?
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Jose Mani Samuel Tony Ciprix, acho que nenhuma decisão foi toada para justificar outra, mas que cada ação teve como base nas circunstancias de Momento. Portanto falemos do merito ou demerito do 8 de marco e depois tratemos do 24 de julho
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Tony Ciprix Gonçalves Jose Mani Samuel, estou a tentar interpretar e entender o argumento do Eusébio A. P. Gwembe
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Tony Ciprix Gonçalves Sim, Sim, Jose Mani Samuel, quem foi o formador dos actuais professores e quem foi o formador daqueles?
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Eusébio A. P. Gwembe Não encontro relação, Tony Ciprix, talvez uma relação forçada. A fuga de portugueses é anterior a 24 de Julho, mermão. Na minha opinião, aquela decisão, no nosso contexto, foi necessária
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Jose Mani Samuel Tony Citrix, se ja existia em Moçambique na altura do 8 de Março acho que se lembra dos professores da Guine Conakri. Acredito que se lembra dos voluntarios cubanos e Holandeses. Falando dos holandeses, acho que deviamos nos lembrar da Falecida Professora Anett (do acido); Do Professor Corbnelius Voogs e muito outros que ajudaram a nos formar e nos formamos outros.
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Jose Mani Samuel Para quem não sabe a Professora Annet Faleceu no acidente aereo da Ucrania no avião da Malasya Airlines
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Tony Ciprix Gonçalves E esses professores Eusébio faziam parte da geracao 8 de Marco que agora tenta nos recolonizar?
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Tony Ciprix Gonçalves Entao Betty Georges concorda que 8 de Marco mais estragou que ajudou?
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Gito Katawala A coisa mais difícil em nós moçambicanos é admitirmos que estamos errados e principalmente assumir as consequências quando decisões tomadas no passado nos levaram ao erro e que continuamos a pagar por tal erro. Há muitas coisas que foram feitas de forma errada e que a melhor coisa que temos para fazer hoje, é reflectir sobre elas, tirar as lições aprendidas e formularmos um futuro com base nessas lições aprendidas.
Eu tive professores saídos do 8 de Março, ou chamemos “Geração 8 de Março”, de alguns aprendi muito, mas do mesmo modo, notei algum deficit social em outros professores. Com a experiência de vida, ou seja, com os anos deu para concluir que aluns foram vítimas do desvio involuntário dos seus desejos e projectos de vida, e que resultaram numa alteração no âmbito social, e quem pagou foram os estudantes. Vejo aqui em muitas analises (comentários) que a qualidade de ensino declinou nos tempos de hoje. Terá sido culpa do ISP (Instituto Superior Pedagógico)? Da Faculdade de Educação da UEM? E depois da reforma do ensino superior, será que podemos atirar as culpas a UP (Universidade Pedagógica)?

Em vários comentários aqui notam-se nitidamente as tendências de isentar os mentores dessa ideia de 8 de Março, e como os tais mentores são da FRELIMO, então os advogados vem aqui defender mas atacando ao Egídio. Por favor analisem os factos despidos de defesas partidárias. Se estudaram em Cuba ou num outro pais assumidamente Não-Alinhado, tentem refletir tambem nessa ideologia e os benefícios que trouxeram ou que ainda trazem para a humanidade.

P.S. Moçambique nunca teria ganho a guerra contra o regime de Ian Smith ou do Apartheid, se insistisse, teria tido uma chacina e não seriamos 23 milhões de almas hoje. Os movimentos armados para libertar o Zimbabwe do regime de Ian Smith e na Africa do Sul eram apenas uma forma de mostrar resistência, mas nao havia condições nenhumas para ter uma resistência tipo Vietname, As independencies, ou a ascensão desses movimentos tiveram que ser negociados à mesa. Por favor, no caso do Zimbabwe leiam os acordos de Lancaster House e no caso da Africa do Sul, leiam “The Long Walk To Freedom” a obra de Nelson Mandela.
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Jose Mani Samuel Tony Ciprix, Agora é a minha vez de discordar consigo. O 8 de março nao apenas estragou. Em todos os processos há sempre algo que corre mal e que se deve corrigir. Por isso quando a realidade foi mudando, o 8 de Marco foi extinto, mas serviu naquele momento. Nao aceitar isso hoje é pensar que quando os nossos pais nos mandavam fazer horta ou que quando varriamos as nossas salas de aulas era trabbalho infantil. Sao momentos diferentes... * bde Marco deu para o que deu naquele momento e quando tinha terminado a sua função foi extinto. Aceite a historia por favor
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José de Matos Opinioes muito interessantes aqui, exceptuando o Senhor Betty George que nao acrescentou nada ao debate! Sem duvida que a "geraçao 8 de Março' foi fruto de condiçoes especificas , uma delas foi o exodo dos portugueses. Parabens ao Egidio por trazer um tema que tem sido pouco discutido!
Sobre o exodo dos portugueses vejo aqui a falacia de que foram expulsos porque estavam a sabotar, nao queriam conviver com os locais e tinham medo da Independencia, houve casos pontuais sim mas existem outras razoes! Muitos dos chamados "portugueses' ja eram nascidos em Moçambique e estavam dispostos a ficar se sentissem que eram bem recebidos no novo Pais! Os acontecimentos de Setembro e Outubro mudaram o rumo e extremaram as posiçoes! Por outro lado, muitos dos portugueses eram funcionarios publicos e o vinculo com o Estado portugues garantia emprego e vantagens em Portugal, por isso esses iriam escolher sempre Portugal! Finalmente, o 24/20 agravou a situaçao porque muitos dos que foram abrangidos eram moçambicanos com qualificaçoes e foram expulsos por motivos futeis!
Foi um bom debate, mesmo com alguma divergencia, parabens!
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Tony Ciprix Gonçalves Gito Katawala, o que está a acontecer aqui é uma fuga da história. A suposta Victoria de uma ideologia não justifica condenar sem piedade os vencidos. É o que 8 de Marco quer fazer
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Jose Mani Samuel Obrigado Prof. "Matos Neves". Tony, acho que estas a ser extremista que so olha para o que correu mal. Para uma boa nalaise olhe para o positivo verus o negativo e faça balanco. Estrepole isso para a hipose de "o que seria se a decisão do 8 de Marco nao fosse tomada"naquele momento ..
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Tony Ciprix Gonçalves Jose Mani Samuel, onde e quando terminou o 8 de março que insiste em reclamar privilegios?
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Tony Ciprix Gonçalves Não há nenhum extremismo aqui. Apenas refutar a inexorabilidade do 8 de Março. Releia o debate desde manha e vai se aperceber. O que estou a recusar é justificar os meios pelos fins. Aqui estamos a questionar os meios, sejam quais tenham sido os fins!
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Jose Mani Samuel Enttrei no 8 de Marco em 1981 e termnei no fim de 1982. Fui da Turma MFA se é que passou por la. Posso ate dizer os professores que me deram aulas: O falecidos Carlos Beira e Paulus Gerders; O Achim Frederic e Ingolf Pripernbau (que tanto gostaria de revelos); Pavel Puckevich e Professor Pudivitry. Eu nao uso pseudonimo e vai aos registos e vai encontrar o meu nome assim como esta escrito. Nao me lembro de nenhum colega que tenha vido no bloco Masculino do 8 de Marco no meu tempo com o nome Tony Ciprix. Se existisse esse nome seria considerado reacionário ...
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Jose Mani Samuel Betty Georges, 8 de Marco foi dificil, como foi dificil a operação tira camisa, a patria chma por nos assim como a falta de comustivel de 81 e 82, a fome de 83 e a guerra que terminou em 92. Foi dificiil cada fase no seu momento, como esta ser dificil hoje ver a juventude ter que pagar para ser contratado
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Luis Jorge Pott Fraga Guwembe nem parece teu...os Muçulmanos mandam os filhos a escola para comer !? epá...deviam era mandar as mandrassas aprender o Alcoorão :) txi, não me digas que os meus primos não estudaram para nao terem de comer carne de porco :) com cada um
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Allordon Vestavella Hoje o sr. Guebuza diz ter inagurado uma nova geração, a geração da viragem. Hoje, nao percebo de que tipo de viragem ele esta a falar
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Tony Ciprix Gonçalves Jose Mani Samuel, continuemos com o debate agora que podemos questionar certos dogmas.
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Sergio Serpa Salvador O texto do recém falecido Antonio Rita-Ferreira “Moçambique post-25 de Abril: causas do êxodo da população de origem europeia e asiática” tem dados importantes que podem adensar o debate. Esta disponível na sua pagina.
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Egidio Vaz Sergio Serpa Salvador, o texto é rico. Obrigado pela referência. Amanhã há mais
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Luis Jorge Pott Fraga Voces...meus grandes malucos...
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Eugezio Mario Relamente a História é feita pelos Humanos.
Eis aqui um PATETA (Igidio Vaz) a fazer a sua.
Não se preocupe que um dia vamos nos lembrar que havia um IGNORANTE e INGRATO que após se formar com base na independência que Frelimo o deu, com base no sacrifício de uma Geração (8 de Março) que lhe ensinou a escrever .... Hoje ele pode sentar e cuspir no prato que lhe deu e da de comer.

Caro Gabriel Muthisse e Bety Borges! Sempre que forme a passar por estás bandas do Facebook onde alguém reside não se esqueçam do Ditado que para não entrar em debate com um Ignorante e ingrato porque ele vai vos ganhar pela experiência acumulada.

O povo moçambicano sabem de onde vem e conhece a sua história e os heróis. Por isso sabe os agradecer através do Voto.

Não frustrações que vão mudar o rumo da história.
E meus parem de elogiar a escrita e inteligência de um aluno da geração 8 de Março que só pelo facto de já ter um grau acadêmico quer cuspir no prato de onde comeu.

Deixem no exibir a sua classe de Pateta porque cada dia que passa a sociedade o julga e tem sabido o colocar no seu lugar que é Nenhum.
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Tony Ciprix Gonçalves Na reuniao de abertura do ano em 1978, Samora Machel, dirigindo-se aos estudantes afirmou algo mais ou menos assim: " alguns alunos aqui trazem revistas, os mais velhos, vao criando seus fãs. Tornam-se ídolos. Acabou isso. O único ídolo aqui é a Frelimo e as orientaçoes que ela dá ao Ministerio da Educação ". Eugezio Mario, esta afirmacao ainda é válida pois não?
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Egidio Vaz Prof Tony Ciprix, hehee.
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Egidio Vaz 8 de Março. Na verdade, e de acordo com Rita Ferreira, foram 600 os alunos da 10 e 11 classes que foram chamados a abandonar as suas aulas e engajar-se em várias unidades produtivas. Depois, o 8 de Março deixou de ser "aquele chamamento" para se transformar num sistema por "afectação", nos termos colocados pelo ilustre António Boene. Portanto, bolas baixas e vamos ao "reality check". Eusébio A. P. Gwembe, ajude-nos aqui.
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Luis Jorge Pott Fraga Os Portugueses estiveram muito pouco tempo em Moçambique...mais ou menos, desde a conferencia de Berlim a 1974...porque a rainha regente da Suazilandia intitulando-se ZamBila pretendia ser reconhecida como soberana das pessoas até ao rio Save neste tempo...Como a casa de Muzila era a do Buzi...a Frelimo existe á pouco tempo...Moçambique...ou Mzambile por comparação existe á muito mais tempo...creio que deve mesmo de ser a casa mais antiga do mundo...ou por outra, para alem do coração...a alma de tudo o mais...mas claro, isto é só uma opinião de quem não percebe nada...porque antes nao havia ninguem ai...foram os Malaios e não ficou ninguem...foram os Arabes e não ficou ninguem...foram os Europeus e não ficou ninguem...antes deles tambem não havia ninguem e assim ficou...segundo parece :)
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Adrian Magoo aa Eusébio A. P. Gwembe pah.... De que muculmanos estasa falar? Logo depois da independencia Machel correu e passeou de botas dentro das mesquitas. Havia alguma religia? Se a vida "corria bem" gracas a Revolucao. Que religioes existiam nesse tempo?
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Meirinho Vilanculo Egidio Vaz, quando se faz uma analise deste genero quanto mais imparcial for sera positivo e ajudara a desenvolver um debate positivo. Olhe coisas de onte com olhar de onte e de hoje com olhar de hoje, nos situaremos no tempo e no espaço e as nossas analises terão menos erros. Aprendemos isso, so para recordar. mais nao disse.
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Eusébio A. P. Gwembe Magoo, desde o Acordo Missionário que a Igreja Católica tinha o privilégio de aportuguesar, por meio da educação, os indígenas. No norte, muitos pais temiam que seus filhos se contaminassem com os hábitos cristãos entre os quais, comer carne do porco, sobretudo nos internatos. Isso também criou assimetrias no acesso a educação porque os mais radicais preferiram o analfaberismo à submissão. A nacionalização alterou essa dolorosa situação.
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Adrian Magoo Queres com isso assumir que assimetria regional (na Educacao) e' culpa do proprio povo do Norte ao nao mandar os seus filhos as escolas missionarias catolicas? Veja que o Islao e' predominante a partir do Litoral Norte da Zambezia, Nampula, e as margens do Rovuma em Niassa. Porque e' que os makondes sao pouco alfabetizados se a maioria deles sao cristaos-catolicos (lembre-se que umas grandes missoes do Norte de Mocambique, esta em Muidumbe - o maior distrito habitado so por Makondes)? E entao, Manica, Centro e Sul da Zambezia, Sofala e Tete? Que explicacao das? Provavelmente este nao seja o lugar para falarmos disso, nao sera bom andarmos em mentiras para justificar o fracasso. Vamos assumir os erros e correr para melhora-los. esta bom assim?
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Egidio Vaz Estás a ler "A Rita-Ferreira, Moçambique no post 25 de Abril. Causas do êxodo da população europeia e asiática", 1988. Instituto de Antropologia da Universidade de Coimbra, mano Eusébio A. P. Gwembe pois não? O seu último comentário é quase uma citação de parte do documento que acabo de citar.
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Eusébio A. P. Gwembe Vaz, nunca li tal livro. Trabalhei com fontes orais, entre as quais o falecido Alberto Viegas que trabalhou 25 anos no regime colonial e 38 no actual, ir. Albano Agulha, missionou 65 anos em Moçambique, Pe. A. Sousa, 44 anos missionário em Moç, 2x vigario na Beira e 2x superior dos Jesuitas, Pe. Coelho, construtor da Catedral de Quelimane, D. Luis, 29 anos bispo de Lichinga, Ir. Abilio Nunes, 21 anos Niassa, e alguns antigos catequistas e alunos das missões que se tinhan convertido para não irem aos trabalhos forçados, etc. Todos eles concordam que o modelo de ensino adoptado depois do AM e da Concordata Missionária agudizou assimetrias marginalizando sobretudo os muçulmanos. A culpa não é dos pais Mago, mas do sistema que não contou com as realidades locais.
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Egidio Vaz Parece que sao mesmas fotnes que informaram A Rita-Ferreira Eusébio A. P. Gwembe.
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Basilio Muhate Egidio analise parcial e tendenciosa, embora com alguma logica olhando do teu ponto de vista. Para mim nao eh muito importante se foi ou nao boa a decisao...é preciso trazer elementos concretos de analise para saber se a decisao foi ou nao boa (: o objectivo da decisao; os resultados esperados; os resultados alcancados. E depois fazer-se o julgamento.), mas sim qual foi o resultado pratico imediato ou alguns anos depois. Nao creio que tenha sido uma "imposicao" o 8 de Marco mas sim um chamamento, e tambem nao acredito que todos os estudantes mocambicanos estivessem presentes naquela reuniao. Valeria a pena ouvir alguns testemunhos de pessoas que viveram o momento nas 2 vertentes para melhor analisar, mas a decisao era inevitavel num cenario de um pais independente que precisava de pessoas para trabalharem.
Eu acho que valeria a pena continuar-se a estudar a "geracao 8 de Março" ha muita materia ....
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Egidio Vaz Basilio Muhate so sabe desqualificar. Não acrescentou nada ao debate. Acho acho acho, até quando meu irmão. Chamou sobre o.texto tendencioso mas não prova nada em.que medida fui tendencioso. E qual é s sua opinião menos tendenciosa? Pode ser objectivo?
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Homer Wolf eh eh eh...
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Basilio Muhate Okay Egidio, sempre que nao tenho certezas digo o que penso ou acho.
1. "Estranhamente alguns historiadores beatificaram o grupo" ... Nao ha evidencia disso
2. " decisao foi má" - nao dizes como nem porque é que foi má naquele contexto
3. "Este acto desumano e coercivo mudou indelevelmente a vida..." Bom aqui ja entramos noutros ramos
4. O egidio durante 3 paragrafos (bullets) orienta-nos a "pensarmos" .... Aqui ja entra alguma dose propaganda
5. Qualquer recessao economica em Mocambique no periodo 1977-1984 nao teve como causa principal alguma medida de investimento em capital humano, mas sim guerra de desistabilizacao, destruicao de infra-estruturas economicas, obstrucao das vias de acesso, etc. Não inventemos que a dificuldade de aplicar o modelo socialista ou alguma suposta incapacidade de o Estado pensar em alternativas para a solucao de problemas concretos tenha alguma relacao directa com o chamamento que chamas compulsivo.

Podia escrever mais, nao o faco porque acho, repito, acho que o teu post é tendencioso, e compreendo muito bem o teu ponto de vista ... Salvo melhor explicacao estou susceptivel de reconhecer o meu erro e mudar a minha opiniao.

hugzz
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Basilio Muhate Homer Wolf, long time no see ... Espero que estejas de boa saude, abracos patrioticos...
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Egidio Vaz Basilio Muhate:
1-Existe no debate acadêmico, que inicia com Aquino de.Bragança sobre "as contradições do pensamento da Frelimo e a compreensão da história de Moçambique ". Conhecer esta bibliografia é conhecer os nomes dos historiadores a que me refiro.
2-Cansei de.explicar porquê a.decisão foi má. Tanto no texto como nos comentários. Por serem tantos os comentários , se calhar desviaste do assunto. Se tiver boa fé vai desmentir o meu argumento e não dizer que ele não existe.
3- Todos os 600 recrutados a força tiveram a consciência do que digo. É possível provar isso a partir das histórias de vida individuais. Pega em qualquer relato e veja nele isto o que digo.
4- Mas foi o que aconteceu. Pensar e depois reflectir. Na verdade, todos aprenderam mais com os erros do que com a experiência. Porém, as vítimas desta façanha não são dadas a voz.
5-Mentira Basilio. A Renamo surge em 1976 numa zona localizada. Apenas após o acordo de Inkomati é que alastra as suas acções pelo país inteiro tendo em 10 últimos anos coberto o país inteiro. Se verificares a história notaras que os grandes desafios da década de 70 foi essencialmente a reorganização administrativa, inclusive o recrutamento e colocação do pessoal. E com razão. A meta era escangalhar o aparelho colonial. A par disto a seca, fome e a paralisação industrial fruto da fuga dos portugueses e indianos foram os três grandes factores. Lembre também a guerra gratuita em solidariedade. Ao Zimbabwe, que poderíamos bem ter evitado. Abraços
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Guilherme Mussane Egidio fiz um esforço colossal para não intervir neste debate, todavia, gostaria de te fazer as seguintes perguntas:

1. Achas que teria sido possível acabar com o último reduto de presença colonial, no Sul de Africa sem os apoios politicos e militares dos Páises da Linha da Frente?

2. Achas que terias tido um Mandela do qual todos hoje se orgulham se om apoio dos Países da Lin ha da Frente e da derrota do exercito sulafrica em Cuito Kuanavele?

3. Achas que foi estupidez de Fidel enviar tropas para ajudar as FAPLAS na guerra contra os sul-africanos?

4. Onde é que deixaste o método, a isenção e a objectividade científica nesta tua análise?
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Muzila Wagner Nhatsave Desisto Egidio Vaz
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Egidio Vaz Bom descanso Muzila Wagner Nhatsave.
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Egidio Vaz Não entendi as suas perguntas ilustre Guilherme Mussane, até porque todas estão à leste do cerne da questão em apreço.
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Amilcar Joaquim Inguane Hel ele lê. ..
.está quente....yuuu
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Tony Ciprix Gonçalves Falta-nos aqui "História e verdade" de Adam Schaff, Egidio Vaz. Is factos não falam por si...
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Tony Ciprix Gonçalves Alguns querem fazer acreditar que os factos falam por si, sem a necessidade de uma analise e compreensao critica. Basilio Muhate, existem várias tendencias socialistas, pelo que devemos explicitar a tendencia que predominou em Moçambique e as consequencias que advieram. Basta consultar Eric Hobsbawn em "Marxismo a época da II Internacional". O nosso modelo Marxista, digo, Stalinista que mal interpretou o conceito " ditadura do proletariado" não admitia a dualidade de poderes, adoptou a estratégia de revolucao em permanencia com a tatica de Guerra de movimento, com uma visao economicista da realidade. Dali o enfrentamento ao dito o imperialismo na Africa Austral, sem medir as correlacoes de forças. Muitas decisoes foram voluntaristas, con substanciando a ideia de voluntarismo revolucionário.
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Samuel Chacate Olha nem quero falar vamos sair de ingratidao egidiana.
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Luis Jorge Pott Fraga Sim Guilherme Mussane era possivel derrotar esse ou qualquer outro regime pelo direito internacional e dos povos à auto determinação...sim tives-te muitos Mandelas...por uma e outra razão...e teras muitos mais, enquanto ouverem injustiças...a realidade é que as empresas francesas, russas, Chinesas e Americanas é que mandam em Angola e Angola é dos regimes mais totalitaristas e fascistas do mundo...só ultrapassado pela China, Coreia do Norte, considerando o EIIL um não estado...mais valiam estar quietos e negociarem uma paz seria com a Unita...Acho que o Fidel fez o que tinha a fazer...e os EUA o que tiveram de fazer...acho que ele deixou esse metodo no bolso....A guerra EUA/URSS foi bestante nociva para africa...mais valia que eles se tivessem conciliado na questão do direito internacional...
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Luis Jorge Pott Fraga Sim Betty...os exclavagistas/mercantilistas estiveram muito tempo em Africa (fossem de quem fossem) e não só em Africa...porque muitos condenados e foçados europeus foram desterrados para Africa assim como muitos escravos Malaios, Indianos etc...Os Portugueses como estado estiveram muito pouco tempo em Moçambique como um todo, creio que desde pouco antes da conferencia de Belim até 1934...depois vieram os Fascistas...mas devo de dizer que...que mesmo assim, os poucos homens bons (que os à em todos os tempos e regimes e povos conseguiram realizar alguma obra, embora o cimento tenha ajudado, em relação ao tempo colonial...mas o tempo colonial de 85 a 1930 tambem teve um grande avanço... as pessoas são livres de viverem individualmente como tal em qualquer lugar do mundo e de constituirem familia e deixarem descendencia...o racismo não é uma questão de pele...é de cor :) eu acho...tem de se ter em atenção com essa questão do Nós :) o nós tem muito que se lhe diga...olhem que nem os filhos do sr Nogueira são Nozes :)
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Tony Ciprix Gonçalves Samuel Chacate.....
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Luis Jorge Pott Fraga Já andas a fazer queixinhas ao Samuel, né sr Tony...não te sabes defender sosinho !?
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Tony Ciprix Gonçalves Nada disso Luis Jorge Pott Fraga. É meu pupilo o Chacate. Sei me defender e bem mesmo, kakakaka
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Tony Ciprix Gonçalves É que ele se esqueceu da objectividade de que tanto lhe falei e partiu para a desqualificacao e ataque ao homem. Assim não dá!
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Luis Jorge Pott Fraga ok, é que como não disses-te nada e mencionas-o logo a seguir ao meu comente, ainda por cima sendo ele um homem do Xai-Xai...fiquei logo a tremer...viste o que é que eles fizeram à caravana do Simango né... Vandalos :) in Moz (Vandaus ;) ) "Um gajo brinca com estas cenas mesmo para não chorar"
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Júlio Mutisse Não acredito em algumas coisas que leio aqui, algumas das quais desconectados do debate inicial. Parece que à sugestão do Egidio Vaz (ao seu estilo que precisa ser compreendido já que este post é mesmo um convite à reflexão, não é Mbuya?) De reflectir sobre o 8 de Março está a ser aproveitada e cavalgada por outros para ir além e reflectir sobre outras coisas antes de 1975. Vai ser difícil perceber o que é que este debate produziu ao longo destes dois dias. Meu amigo não o está a moderar e já, me parece, que se extravasou as fronteiras iniciais.
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Tony Ciprix Gonçalves Efeitos colaterais Júlio Mutisse.
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Luis Jorge Pott Fraga és muito pouco exigente Julio...
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Júlio Mutisse Sou muito mais do que imagina. Apenas intolerante a algumas coisas! Muito mesmo. Mas esse não é o tema, por isso o meu apelo ao meu amigo Egidio Vaz que mantenha o debate nos carris que ele estabeleceu para não descambarmos para lá. Mas esse apelo é mesmo para o Egídio.
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Luis Jorge Pott Fraga és intolerante á lactose tambem ? o Egidio não manda aqui nada...e se fosses não te ficavas só por essa geração, no post...
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Luis Jorge Pott Fraga para já isso do Chipande é só um terço da verdade, pois esta fora do contexto, ele pode ter sido o primeiro da Frelimo, mas não o primeiro Moçambicano soponho(quer dizer se o Maguiguana e o Zixaxa não contarem neste sentido) ...quem deu os primeiros tiros da luta de libertação Nacional do jugo neo colonial fascista Português ...foi o Mouzinho de Albuquerque... quando se suicidou com 2 tiros na cabeça, segundo dizem...o Chipande foi o terceiro segundo depreendo, antes ainda ouve o Buiça...que matou a familia real Portuguesa...quanto a geraçao de 8 de Março...eles não andavam a ensinar a historia da China e da Russia !!!??? em oposição aos Portugueses que ensinavam a historia de Portugal e sob o ponto de vista Portugues !?
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Júlio Mutisse ????
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Luis Jorge Pott Fraga !!!!!!! ...???'? o que ? Julio Mutisse :)
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· 4y

Júlio Mutisse Vamos recordar e retomar este debate? Alvaro Simao Cossa, Castigo Langa, Salomao Moyana, Elisio Macamo... come here please
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Júlio Mutisse Mas vocês se negam ao debate pq afinal?
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Aparício Marques Saudades desse Egidio Vaz,
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· 17s

Francisco De Assis Cossa Kkk
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Jorge Fernandes Quem na altura escreveu este post (em 9 de Dezembro de 2014) foi um Egídio Vaz diferente do atual (diferença quase astronómica).
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· 14s

Isac Fernando
🤔
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· 11s

Aulate Baltazar de Almeida Hehehehehe antes do Egidio Vaz, conhecer Julião Arnaldo e estes dois antes de conhecerem caminho daquela TV ali na 25 de Setembro...bons tempos, Euclides Flavio, Félix Esperança e Mwenemutapa Fernando apanharam essa deste ex-maza, antes de ser escomungado???? kkkkkk
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Mwenemutapa Fernando Aulate Baltazar de Almeida, quando ainda lhe restava algum resquício de ciência despida de preconceitos.
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Aulate Baltazar de Almeida Pois é, quando era possível ler os seus textos do princípio ao fim, sem chiar durante o mesmo...quando ele categoricamente citava fontes credíveis como o Professor Yussuf Adam, enfim, são momentos da vida, cada época com a sua fome e velocidade da mesma
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Júlio Mutisse Mwenemutapa Fernando ele mudou ou deixaram de concordar com ele?
Ou se liam e se concordavam de acordo com crenças ideológicas?
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