sexta-feira, 15 de março de 2019

Maria Isaltina de Sales Lucas foi uma das peças-chave no calote bilionário que desgraçou Moçambique.


Unay Cambuma atualizou o seu estado.
5 h
Prisão imediata para Maria Isaltina
Não se sabe até aqui do que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tem medo. Ao invés de se accionar um processo administrativo contra a ex-vice ministra da Economia e Finanças, ela devia estar presa como os restantes que defraudaram o país. Maria Isaltina de Sales Lucas foi uma das peças-chave no calote bilionário que desgraçou Moçambique.
Foi ela que, na qualidade de directora nacional do Tesouro, deu pareceres para que o Governo de Armando Guebuza emitisse, em 2013 e 2014, as garantias bancárias que permitiram a Proindicus, EMATUM e MAM contraírem os empréstimos de mais de 2 biliões de dólares norte-americanos. E Maria Isaltina, pelos serviços prestados, embolsou milhares de dólares da Empresa Moçambicana de Atum(EMATUM) onde ocupou o cargo de Administradora Não Executiva durante 12 meses.
Aliás, ela foi nomeada directora nacional do Tesouro com a condição de dar o parecer favorável ao esquema fraudulento que já havia sido desenhado por Manuel Chang e companhia. O anterior director, porque discordava disto, foi demitido das suas funções.
Maria Isaltina e Manuel Chang são descritos como indivíduo D e C no relatório da Kroll que analisaram e aprovaram as garantias. Consta do referido relatório que no dia 15 de Janeiro de 2013, mais de um mês antes de emitir os seu parecer abonatório para a emissão da garantia para o primeiro empréstimo da Proindicus a então directora nacional do Tesouro rubricou um documento do Credite Suisse onde assumia os termos e condições do contrato do empréstimo em nome da República de Moçambique.
República de Moçambique afinal é o bolso de Maria Isaltina? Não merece uma punição branda. As mesmas medidas de coacção que foram aplicadas à quadrilha de que ela faz parte, também as merece. Roubou ao país, valendo-se do cargo que ocupava.
A PGR deve parar de atirar areia aos olhos dos moçambicanos. Tem que mandar prender as pessoas que realmente desgraçaram o país. Houve muita celeuma quando o processo foi parar no Tribunal Administrativo, talvez por ordens políticas, mas agora que tudo parece seguir o ritmo desejado, esperamos ver todos os implicados responsabilizados. Não pode haver filhos e enteados. A Justiça é para todos.
E Maria Isaltina deve ser presa.
Unay Cambuma
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