Incidentes em várias zonas do arquipélago das Comores foram registados nas eleições presidenciais, segundo relatos dos opositores ao atual chefe de Estado, Azali Assoumani, que procura uma reeleição.
Incidentes em várias zonas do arquipélago das Comores foram este domingo registados durante as eleições presidenciais, segundo relatos dos opositores ao atual chefe de Estado, Azali Assoumani, que procura uma reeleição.
A população do arquipélago das Comores foi este domingo chamada às urnas para eleger o próximo Presidente do país, numa disputa em que Azali Assoumani procura a reeleição frente a onze candidatos opositores.
Durante a campanha eleitoral, Azali Assoumani repetiu várias vezes que planeava ser reeleito na primeira volta das eleições, existindo fortes suspeitas de fraude.
Após a abertura das 731 assembleias de voto deste arquipélago, no norte do canal de Moçambique, às 8h00 locais (5h00 em Portugal) a oposição relatou graves irregularidades nas Ilhas Anjouan, na sua maioria hostis ao Presidente, e Mohéli.
Um funcionário da Comissão Eleitoral (Ceni) confirmou à agência de notícias France Press que uma dúzia de assembleias de voto em Anjouan foram saqueadas.
Apoiantes dos partidos da oposição relatam que os incidentes estão relacionados com a proibição de entrada nas assembleias de voto dos delegados dos vários partidos.
“Nunca vou reconhecer os resultados”, disse aos jornalistas Mahamoudou Ahamada, candidato do partido Juwa.
Outro candidato disse que está a acontecer “um verdadeiro golpe”.
O exercício eleitoral constitui um teste aos novos moldes democráticos no arquipélago.
As eleições são encaradas pela União Africana como “essenciais para a estabilidade e consolidação da democracia no arquipélago”.
Desde a sua independência de França, em 1975, as Comores já experienciaram mais de 20 golpes de Estado ou tentativas de golpe de Estado.
As Comores têm uma população de cerca de 800.000 pessoas.