Líder da igreja Manmin foi condenado a 15 anos de prisão por 42 crimes de assédio e abuso sexual. Maioria das suas vítimas andava na casa dos 20 anos de idade.
Jaerock Lee, de 75 anos, líder da Igreja Central de Manmin, uma igreja Protestante de Seul com 130 mil seguidores que promove a castidade, foi condenado a passar 15 anos na prisão por ter cometido múltiplos crimes, pelo menos 42, relacionados com assédio e abuso sexual. A maioria das suas vítimas encontrava-se na casa dos 20 anos de idade.
A CNN avança que as autoridades coreanas reportaram através de um comunicado de imprensa que Lee “aproveitou-se das suas vítimas [que o seguiam cegamente] assediando-as ou violando-as várias vezes, durante vários anos. Nalgumas situações cometeu ambos os crimes em simultâneo por vários anos.”
O noticiário americano acrescenta ainda que as vitimas eram praticantes da religião pregada pelo pastor e frequentavam a igreja desde a sua infância, o que levou o tribunal coreano a considerar que estas, por “terem fé absoluta” em Lee, não conseguiam evitar os seus avanços predatórios.
As vítimas estavam psicologicamente frágeis e dificilmente conseguiam proteger-se”, dizia o comunicado de imprensa das autoridades coreanas.
Embora não tenha admitido em tribunal que se auto-intitulava “Deus”, Lee dizia aos seus discípulos que era uma representação do “espírito santo” ou de “Deus” e que, para cumprir a vontade divina, teria de abusar das suas fiéis. O pastor negou todas as acusações que lhe foram feitas e acusou as vítimas de serem subornadas para dar um falso testemunho.
Este caso tornou-se mediático quando cinco das suas vítimas abandonaram o culto e se juntaram ao movimento #MeToo, tendo acabado por falar das suas situações em público. Em adição à sua pena, Lee terá de frequentar um programa terapêutico de 80 horas e foi impedido por lei de trabalhar com crianças durante 10 anos.