26.11.2018 às 18h00
As tensões entre a Rússia e a Ucrânia estão no nível mais alto dos últimos quatro anos. A apreensão de três navios e o ferimento de vários marinheiros ucranianos por guardas russos puseram o Parlamento de Kiev a discutir a imposição da lei marcial e o Conselho de Segurança da ONU a reunir-se de emergência. Ambos os lados fazem finca-pé da sua versão da história e os respetivos Presidentes buscam ganhos internos
A Rússia tem ignorado os pedidos internacionais para a libertação dos três navios da marinha ucraniana sobre os quais as suas patrulhas de fronteira dispararam este domingo no Estreito de Kerch. O incidente provocou uma escalada nas já tensas relações entre os dois países, que tiveram o seu ponto alto em 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia e apoiou a insurgência pró-Moscovo no leste da Ucrânia.
O serviço de segurança do FSB, o sucessor do KGB, confirmou que os navios de patrulha russos apreenderam dois pequenos navios ucranianos de artilharia blindados e um rebocador depois de abrirem fogo contra eles e ferirem vários marinheiros. O FSB anunciou ter aberto um processo criminal no que descreveu como uma entrada ilegal dos navios em águas territoriais russas.
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