Tuesday, November 6, 2018

Há um pormenor que é preciso destacar, esta transição é feita de duas maneiras: o ensino presencial e o ensino à distância.


  • O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) tem constatado ao longo dos anos que embora o nosso país esteja a matricular cada vez mais crianças no ensino primário, particularmente na 1º classe, porém o número de alunos que entra na 8ª classe tem vindo a diminuir desde 2010 e situa-se abaixo dos 50 por cento. Quer isto dizer que das cerca de 400 mil crianças que frequentam a 7ª classe só aproximadamente 240 mil são admitidas para frequência da 8ª classe.
    Todavia o PES do Governo de Nyusi para 2019 prevê um cenário ainda mais sombrio, das mais de 400 mil crianças que este ano estão a terminar o ensino primário do 2º grau apenas 21.955 serão admitidos na 8ª classe, portanto cerca de 5 por cento do total de alunos existentes.
    Interpelada pelo @Verdade a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Conceita Sortane, começou por dizer que este exíguo número de crianças que está previsto transitar do ensino primário para o secundário poderá ser reavaliado em função dos resultados finais que só serão apurados no término do ano lectivo.
    No entanto Conceita Sortane declarou: “Há um pormenor que é preciso destacar, esta transição é feita de duas maneiras: o ensino presencial e o ensino à distância. O que significa que todo aluno que não for para aquela escola do ensino presencial tem a oportunidade de passar para o ensino à distância sem sobressaltos”.
    Entretanto o @Verdade descobriu que a baixa taxa de admissão no ensino secundário não se deve a reprovação, dados históricos do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano indicam que a taxa de repetentes varia entre os 5 a 15 por cento, mas está directamente relacionada com a falta de escolas como aliás evidenciam as estatísticas oficiais.
    Em 2017 existiam 7.454 escolas onde se leccionava a 6ª e 7ª classes porém só haviam 539 escola a ministrar a 8ª, 9ª e 10ª classes em todo Moçambique. Portanto mesmo que só fossem aprovados metade das 400 mil crianças que estudam a 7ª classe não existem escolas suficientes para os admitir.
    O drama maior é na província da Zambézia onde mais de 91 mil alunos estudam em 2.147 escolas que leccionam o ensino primário do 2ª grau mas apenas existem 72 estabelecimentos para admiti-los no 1º ciclo do ensino secundário.
    GostoMostrar mais reações
    Comentar
  • O Plano Económico e Social (PES) do Presidente Filipe Nyusi para 2019 propõe-se a deixar quase 400 mil crianças, que podem passar da 6ª classe, fora do ensino secundário devido a falta de escolas em Moçambique. Confrontada pelo @Verdade a Ministra da Educação indicou como soluções “o ensino à distância” e a “transformação de algumas escolas primárias que têm condições para albergar alunos do ensino secundários”.
  • Ver mais 9 publicações

No comments: