sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Quando (o Governo d) a Frelimo quer faz!


Não é em vão que a Frelimo apregoa que quando promete cumpre. Desde que assim o deseje, de verdade.
Vou ao detalhe:
Não é novidade, seja para quem for, que há muito que os itinerários de Moçambi­que se transformaram em “campos de pasto de cabri­tos” disfarçados em agentes da Polícia de Trânsito.
Provas disso são bastantes e no dia em que efectivamen­te quem de direito assim o desejar pode neutralizar agentes desta especialidade da Polícia da República de Moçambique (PRM) às cen­tenas, no mínimo.
Não é segredo para ninguém que muitos dos agentes da PT da PRM quando interpelam automobilistas, principal­mente turistas estrangeiros e condutores (não menos in­disciplinados, na sua maioria) dos famosos “chapas”, é mais para extorquir-lhes dinheiro e outros bens do que para fisca­lizar a conduta e habilitações daqueles, para se fazerem à estrada.
A plausível decisão recen­temente tomada em relação ao destacamento da região da Ponta do Ouro, na pro­víncia de Maputo, pode ser rotulada de simplesmente cosmética, caso pare por aqui, porque a extorsão na via pública por agentes da PT desonestos é à escala na­cional e é urgente combatê­-la e exibir publicamente evidências desse esforço.
É justa a reclamação da maioria dos turistas dos países vizinhos que sofrem na pele a sacanagem desses agentes malfeitores, porque, por exemplo, sabe quem já conduziu de Goba (Moçambi­que) a Durban (África do Sul) que é normal percorrer pou­co mais de 600 quilómetros, atravessando o Reino da Sua­zilândia e um bom pedaço de KwaZulu-Natal, sem ser inter­pelado por algum agente po­licial de regulação do trânsito.
Não é que não estejam na estrada. Estão, sim senhor, mas se limitam a controlar a conduta dos automobilistas e só interpelam condutores nitidamente prevaricadores (excesso de velocidade, por exemplo).
Se, efectivamente, pretende­mos desenvolver o país aos mais variados sectores, evi­temos que sejam roubados automobilistas nacionais e estrangeiros na via pública por elementos trajados com uniformes de agentes de autoridade. É feio e mina o prestígio do país e de todos nós como povo. Em todo o lado “tempo é dinheiro” e o simples facto de mandar al­guém parar por simples ca­pricho equivale a lhe “roubar dinheiro”, pior ainda quando lhe é, depois, extorquido di­rectamente dinheiro vivo…
Palmas, igualmente, para a Direcção do Ministério do Interior pela decisão toma­da em Mandlakazi, Gaza, em relação aos agentes sobre a responsabilidade de quem sumiram pontas de marfim.
É que seriedade precisa-se no seio das Forças de Defesa e Segurança (FDS), se efecti­vamente o que se pretende é que “Moçambique esteja de volta
Assim sim, de facto “Quando (o Governo d)a Frelimo quer, (o Governo d)a Frelimo faz”!
refinaldo chilengue
CM – 11.08.2017

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