Não é em vão que a Frelimo apregoa que quando promete cumpre. Desde que assim o deseje, de verdade.
Vou ao detalhe:
Não é novidade, seja para quem for, que há muito que os itinerários de Moçambique se transformaram em “campos de pasto de cabritos” disfarçados em agentes da Polícia de Trânsito.
Provas disso são bastantes e no dia em que efectivamente quem de direito assim o desejar pode neutralizar agentes desta especialidade da Polícia da República de Moçambique (PRM) às centenas, no mínimo.
Não é segredo para ninguém que muitos dos agentes da PT da PRM quando interpelam automobilistas, principalmente turistas estrangeiros e condutores (não menos indisciplinados, na sua maioria) dos famosos “chapas”, é mais para extorquir-lhes dinheiro e outros bens do que para fiscalizar a conduta e habilitações daqueles, para se fazerem à estrada.
A plausível decisão recentemente tomada em relação ao destacamento da região da Ponta do Ouro, na província de Maputo, pode ser rotulada de simplesmente cosmética, caso pare por aqui, porque a extorsão na via pública por agentes da PT desonestos é à escala nacional e é urgente combatê-la e exibir publicamente evidências desse esforço.
É justa a reclamação da maioria dos turistas dos países vizinhos que sofrem na pele a sacanagem desses agentes malfeitores, porque, por exemplo, sabe quem já conduziu de Goba (Moçambique) a Durban (África do Sul) que é normal percorrer pouco mais de 600 quilómetros, atravessando o Reino da Suazilândia e um bom pedaço de KwaZulu-Natal, sem ser interpelado por algum agente policial de regulação do trânsito.
Não é que não estejam na estrada. Estão, sim senhor, mas se limitam a controlar a conduta dos automobilistas e só interpelam condutores nitidamente prevaricadores (excesso de velocidade, por exemplo).
Se, efectivamente, pretendemos desenvolver o país aos mais variados sectores, evitemos que sejam roubados automobilistas nacionais e estrangeiros na via pública por elementos trajados com uniformes de agentes de autoridade. É feio e mina o prestígio do país e de todos nós como povo. Em todo o lado “tempo é dinheiro” e o simples facto de mandar alguém parar por simples capricho equivale a lhe “roubar dinheiro”, pior ainda quando lhe é, depois, extorquido directamente dinheiro vivo…
Palmas, igualmente, para a Direcção do Ministério do Interior pela decisão tomada em Mandlakazi, Gaza, em relação aos agentes sobre a responsabilidade de quem sumiram pontas de marfim.
É que seriedade precisa-se no seio das Forças de Defesa e Segurança (FDS), se efectivamente o que se pretende é que “Moçambique esteja de volta”
Assim sim, de facto “Quando (o Governo d)a Frelimo quer, (o Governo d)a Frelimo faz”!
refinaldo chilengue
CM – 11.08.2017
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