Wednesday, July 19, 2017

"ACADÉMICOS" OU FEITICEIROS SAZONAIS?


Urge a imposição do consumo de "Mondzo" para a identificação de falsos profetas.

Mondzo é uma bebida tradicional de fábrico caseiro que era produzida na zona Sul de Moçambique para a identificação de feiticeiros a nível das comunidades. Esta bebida era exclusivamente consumida em cerimónias tradicionais que eram dirigidas por anciãos. A mesma era dada aos potenciais feiticeiros a nível da comunidade e não só. Por seu turno, os que eram associados à práticas de feitiçaria eram automáticamente expulsos do povoado. 
De referir que os acusados de práticas de bruxaria eram vistos em público em devaneios pois, após o consumo de Mondzo esses denunciavam-se por si só, colocando-os em delírios. Portanto, Mondzo era um instrumento de julgamento comunitário. 
Esse intróito todo surge da necessidade de explicar a tendência de abordagem de certos "académicos" nos últimos dias. Tanto em debates a nivel da mídia convencional como também a nível dos mídias sócias. Aliás, a forma como esses manifestam-se, atinge o estágio que os psicológos denominam "dissonância cognitiva". Ou seja, " o comportamento de um indivíduo entra em conflito com a realidade que o circunda e que por sua vez compromete a formação de sua auto identidade na esfera pública".


Por exemplo, considere que um indivíduo que julga que a corrupção é um mal social durante um período e por seu turno numa pequena oportunidade de se mostrar íntegro, cai na onda de práticar a corrupção? É aí onde está a dissonância cognitiva. Para não ser acusado de desonrar com o "bom nome" de certas pessoas, irei usar a lógica do ABECEDÁRIO, e espero que entendam o meu raciocínio:
Ontem o indivíduo "A" mostrou-se completamente adverso ao seu apanágio no programa "Linha Aberta da STV", em que inúmeras vezes, discordou totalmente do seu camarada em pleno debate. É que o indivíduo "A", no anterior Mandato de AEG, mostrou-se tanto advogado de Guebuza como também do seu partido. Esse comportamento manifestou-se até ao limiar do ano 2016. Vide posts do indivíduo "A" no seu mural. 
Não vamos confundir as coisas, o indivíduo de que eu me refiro, não é aquele do relatório da Krool. É uma designação minha para não ser eu o autor da produção do Mondzo, estes denunciar-se-ão. Mas a coisa ganhou outras proporções quando o indivíduo B, usou as redes socias e sobretudo o Facebook para chamar o indivíduo "A" de nomes. 
Curiosamente o indivíduo o indivíduo "B", até o fim do 2014 tinha ideias contrárias em relação às que tem hoje. Vide posts do indivíduo "B"até Novembro de 2014. Acredito sim nas mudanças, tenho plena certeza que elas operam de forma repentina. Mas quando o indivíduo "B", da noite para o dia daltoniza-se artificialmente para nos fazer crer que o verde tornou-se vermelho ou Vice versa. Não poderei na minha lucidez dar-lhe azo. Pois, qualquer ser pensante poderá discernir as cores, demostrando que isso é impossível. Ademais, o Sociólogo/Historiador Carlos Serra, na sua obra Combates pela mentalidade sociológica II, enfatiza que as mudanças repentinas podem traduzir-se num cáos. Por este e outros motivos. Penso que é tempo de percebermos que os feiticeiros SAZONAIS estão cada vez mais sofisticados e imparáveis. Pois, usam aparelhos com sistema Android para espalhar a sua feitiçaria a nível das redes sócias. Deste modo o uso de Mondzo deve ser igualmente sofisticado.
Por exemplo, podemos ter uma pequena experiência da eficácia deste produto sociodigital para aferir até que ponto os membros da lista dos 16 são realmente feiticeiros sazonais ou não uma vez que não há consenso a nível da opinião pública sobre a sua militância. Apesar de alguns estarem a denunciar os verdadeiros sinais de feitiçaria. O desafio agora é este: identificação de uma comissão de anciãos a nível das redes sócias para preparar Mondzo com vista a identificar a todos malandros. Po-los a delirar em asta pública, e em unissono gritaremos, O MONDZO FEZ EFEITO, EIS O FEITICEIRIO SAZONAL.
Feiticeiros Sazonais: significa um grupo de supostos académicos que mudam a forma de pensar para acomodar os seus interesses em cada mandato. A título do exemplo, o indivíduo "A" que era pro-regime, hoje é contra e por outro lado o indivíduo "B" que milita nas redes sócias até à realização das eleições (2014), era a favor da Perdiz e hoje é um verdadeiro reprodutor do discurso do governo do dia.

Euclides Flávio
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Comentários
Rose De Carpio Sousa Bravo, Euclides Flavio, vi este artigo no Watsapp, o mesmo já esta sendo consumido e aplaudido em todo lugar. Primeiro pela capacidade de literacia e segundo pelo lado cien o texto esta doce, parabéns, é uma verdadeira aula de antropologia politica, ciência politica. Tudo esta ai, enquanto lia ia percebendo quem são os indivíduos envolvidos. Defacto, é estranha a forma como certos “académicos em Moçambique”. Sendo um pouco mais clara, o INDIVIDUO “A” e” o Jurista e o Individuo “B” e” o famoso historiador. Enfim, aguardo ansiosamente pelo efeito do Mondzo.
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Egidio Vaz sou agente E. e nao individuo B. irei facilitar a minha parte ficando por conhecer o individuo A.
PS: existe vida real para alem das redes sociais onde as pessoas sao avaliadas por aquilo que sabem fazer. infelizmente, este lado B da minha vida é propositadamente ocultado aqui para ainda nao agudizar o chamamento pelo mondzo. Gostei da analogia. Bem haja
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Felix Mondlane No coment
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Gilder Anibal KAKAKAKA. 
Este post é o mais realístico que já tenho visto sobre os PSEUDO ANAListas da praça.
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Constantino Joao Dentre o indivíduo A e B, o B está a mostrar alguns sinais de lucidez. O B é que é preocupante, perdeu a vergonha e a lucidez, esse merece um internamento por tempo indeterminado num hospital psiquiátrico.
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Carlos Da Fonseca Hehehehehe
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Gilder Anibal Este post e' TERRIVEL.
CL Mamboza Brilhante texto. 
Apreciei.
Ainda tentando calcular a equação para produzir o Mondzo.
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Quivi José Faera Kkkk com mondzo vamos idetificar muitos falsos feiticeiros
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Oscar Fumo Fumo Afinal, o Mondzo já está a ter efeitos.
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Lenine Daniel Nem mais Euclides Flavio, nem mais! É lamentável que pessoas que tenham famílias assim se comportem! Lamento que pessoas adultas assim se comportem. Até lutam para falar nas TVs para pura e simplesmente mostrar apoio aos seus "pagadores". Uma coisa é verdadeira, é e será assim daqui para frente. As pessoas perderam o respeito por elas mesmas, seus Pais, filhos, amigos, Enfim, são os custos de querer se dar bem na vida.
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Eudes Vilanculo Parabéns Euclides Flavio pela abordagem.
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Carmelo Pontes Um texto excepcional lúcido realístico, apenas espero k não sofras mudanças repentinas, a semelhança dos feiticeiros sazonais, há um feiticeiro sazonal radicado na terra de Napoleão com a designação de "c" também segue a linha do interesse é que é a bússola. Censurável a pessoa se defende uma posição que se mantenha nessa posição, faz me lembrar do filme do Quentin tarantino "sacanas sem lei" onde o personagem de Cristopher Waltz um oficial nazi, tentando mudar de lado no calor do conflito, mas o personagem de Brad Pitt um oficial americano lhe diz não é possível, e o pune exemplarmente. Mais uma vez uma análise👏👏👏👏👏👌
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Cadu Moreira Kkkkkkkkk sim senhor, está de parabéns por esta descrição metafórica e tão personificada, pois urge a fermentação do MONDZO por formas a travar-se precocemente a propagação deste pernicioso flagelo(feitiçaria). Euclides Flavio
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Nico Voabil Onde está a confusão hó camarada Euclides Flavio?
Quais os que chamas de feiticeiros sazonais? Os que buscam futuro na prisão ou fora da prisão?
Neste texto o qual tens prêmio antecipado quem és tu? Chefe da prisão que foi subornado pra não permitir que o prisioneiro seja turturado ou o guarda penitenciário que recebeu instruções do chefe pra garantir maior vigilância do prisioneiro X?
Se não me perceber faço questão de trocar em quinhentas...
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Euclides Flavio Caro Nico Voabil, li e reli o seu comentário. Ainda não percebi sugiro que me troque em quinhentas. Abraço.
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Constantino Joao Mesmo eu não entendi.
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Nico Voabil Eu sabia que não ias entender por isso disse " se não me perceber faço questão de trocar em quinhentas"
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Nico Voabil Volto oportunamente.
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Francisco Chigogoro Heleleleee,ja estao aparecendo advogados do A e B filosofando,foram picado com mosquito nas entranhas,palmaaas para EUCLIDES,nota TEN
Nelson Mucandze Pois é Euclides, vejo que nao demorou para surtir efeito.
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Sergio Buque Um post a altura do indivíduo "B" , que é um autêntico camaleão e mercenário .
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Nelsoncarlos Tamele Eishi! É forte isto!
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Josue Mucauro Eish... Esta difícil de decifrar ou descodificar quem é A e quem é B... 😂 😂
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Á Imperatryz Pereyra Texto muito bem conseguido e bastante lúcido. Parabéns Euclides Flavio. Bem haja!
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Francisco Chigogoro Uma analise d tirar chapeu,mais atencao: tanto o personagem A como B agem como ratos,roem e depois sompram,desta vez o A agiu ao contrario SOPROU mais vai ROER,pior quando estao nas suas casas,TVM,RADIO MOCAMBIQUE E INDICO tornam se ratazanas.
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Andre Raimundo Chavane Boa mensagem para a escumalha dos camaleoes...
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Euclides Da Flora parabéns meu irmão. o artigo têm uma retórica e inspiração invulgar!!!! Euclides Flavio
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Fernando Muloiua A procissão ainda vai no adro. Mondzo ainda vai surtir efeitos. Os próximos pleitos eleitorais ainda nos vão fazer ver/assistir muitos feiticeiros em delírio. Carrega Euclides Flavio.
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Ananias Rosario Crupula Boa reflexao ilustre!mas e' triste na verdade saber que a pessoa que tanto admirei "biscou a esquerda e curvou a direita"!
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Mussa Abdula kkkkk e o mais caricato é ver alguns residentes dessa comunidade começarem a declarar tudo o que sabem antes de tomarem o Mondzo, a comunidade quanto a este comportamento não condena tanto. Bem haja ao individuo B.
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Valnir Fiel Em alusão ao programa alvo, que só vi hoje depois desta pesada análise do meu amigo EF, notei que a vassalagem desmedida, a critica à inconstância do PR por alguém que só pela critica que faz revela também inconstância (o que falava ontem, fala hoje e o que certamente se desconhece do que poderá falar/defender amanhã) apesar deste último pelo menos ainda poder ver algo de errado na abordagem do bajulado (o mesmo não ouso dizer do outro), sintomatiza enfermidades a diagnosticar nestes tipos. É preciso cortar o privilégio de estarem ai antes de vermos o pior.

Mas a mais interessante a reter é a guerra das alas, que aos atentos muitos sinas revelaram intensidade. Ora, quem era de que ala?

Urge reflectir sobre quanto custa a identidade, os valores e principios, o raciocínio particular? Deve custar igual (em medida) ao peso da vergonha de se deixar alienar. 

Euclides Flavio, parabéns!
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Francisco Chigogoro Se calhar ja estao desconfiados que a comunidade podera entrega los aos anciaos para tomarem o famoso MONDZO e como nao querem delirar em publico,ja estao a feiticar quem os ensinou
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Abinelto Bié Excelentes escritos, confrade Euclides Flavio, realmente foste brilhante, principalmente por teres trazido alguns aspectos culturais ligados à nossa gente, no caso em concreto o "Mhondzo". 
Uma nota apenas que, se calhar, pode ser importante para reforçar a ideia do mhonzo, a bebida tradicional para desmacarar os feiticeiros - ela (a bebida), ainda é usada nalgulmas comunidades da Província de Gaza, em comunidades ricónditas, mas ainda é usada. Há alguns regulados na Localidade de Macupulane, Distrito de Manjacaze que ainda fazem o uso do mhondzo. Certamente que muitas coisas mudaram com relação aos procedimentos relactivos ao uso do mhondzo . O feiticeiro já não é expulso como se fazia naqueles tempos, mas sim paga às pessoas que ele próprio prejudicou.
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Euclides Flavio Hehehehhehh. Grato por acrescer o meu background. Infelizmente os Antropólogos e linguistas pouco exploram sobre esta temática. Pessoalmente, tive de conversar com a minha avó para produzir os primeiros dois parágrafos. Não temos o conceito de "Mondzo" no dicionário Bantu.
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Abinelto Bié Ya, confrade, infelizmente. Mas deve ter no dicionário de Xichangana - Português de Bento Sitoe. 
Eu próprio comprometo-me a trazer mais subsídios relactivos ao mhondzo quando for a Manjacaze durante as férias do fim-do-ano. Penso que estarei por um período de 15 dias... Farei uma pesquisa de este e outros assuntos. . São coisas que devem ser ensinadas estas, meu irmão Euclides.
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