Enquanto as cidades de Maputo e Matola respiram de alívio, Chimoio continuava a enfrentar a escassez de combustível, pelo menos até ao meio dia de ontem. Apenas um dos sete postos de abastecimento existentes na capital da província de Manica fornecia combustível. Resultado: longas filas de viaturas disputando espaço que ficavam horas para chegar a sua vez de abastecer. Visivelmente desesperados, alguns automobilistas dizem que se a falta de combustíveis prevalecer, serão obrigados a parquear as suas viaturas.
Sheimin Vieira é de uma das pessoas que tiveram que ficar na fila duas horas para abastecer a viatura e mandar encher um bidão de cinco litros. “Tenho outro carro que ficou sem combustível, por isso, levei o bidão para abastecer”, justificou. Na mesma fila, estava Paula Nhantumbo, que disse que o seu carro já estava a circular com o combustível de reserva do tanque. “Se hoje não consigo abastecer, amanhã não terei como tirar o carro de casa”, referiu.
Além de longas filas, a situação já começa a afectar a circulação de pessoas e bens. Tomás João é “angariador” de passageiros na rota Chimoio-Quelimane. Conta que o autocarro para o qual presta serviços teve que recorrer a combustível que estava num gerador do proprietário para poder seguir viagem para a capital da Zambézia.
Ainda no centro do país, Quelimane é outra cidade que passou o dia de ontem sem combustível. Na verdade, apenas um posto estava a abastecer combustível, situação que provocou longas filas de viaturas.
Promessa da Direcção Nacional ainda não se faz sentir no centro
Na entrevista que concedeu a este jornal, na segunda-feira, o director nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis disse que o fornecedor de combustível baseado na Beira tinha quantidades suficientes nos seus armazéns para abastecer toda a zona centro. Moisés Paulino reconheceu que havia “pequenas dificuldades para abastecer”, mas assegurou que o fornecedor estava em condições de resolver o problema. Mais ainda, a fonte disse que um navio estava a caminho da Beira para reforçar os stocks. A verdade, porém, é que Chimoio e Quelimane, duas cidades do centro, estão sem combustível e, durante o dia de ontem, dependiam de um único posto para abastecer milhares de viaturas. Ou seja, a falta de combustível prevalece em algumas cidades do centro, com sinais de se agravar.
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