Saturday, February 25, 2017

PR francês pede a Trump que não demonstre desconfiança em relação à França


O Presidente francês, François Hollande, pediu ao seu homólogo norte-americano para não demonstrar desconfiança em relação a França, depois de Donald Trump ter dito que "Paris já não é Paris".
"Nunca é bom demonstrar a menor desconfiança sobre um país amigo", declarou Hollande
EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON / POOL MAXPPP OUT
O Presidente francês, François Hollande, pediu, este sábado, ao seu homólogo norte-americano para não demonstrar desconfiança em relação a França, um país amigo, depois de Donald Trump ter dito que “Paris já não é Paris”.
“Nunca é bom demonstrar a menor desconfiança sobre um país amigo”, declarou Hollande durante a inauguração do Salão Anual da Agricultura, na capital francesa. “Eu, jamais o faço em relação a um país amigo, e peço ao Presidente norte-americano para não o fazer em relação à França”, disse o chefe de Estado francês.
Na sexta-feira, o Presidente dos Estados Unidos citou, durante a conferência anual dos conservadores, “um amigo” que não põe os pés na capital francesa.
Evocando as questões do terrorismo e do controlo de fronteiras, Donald Trump defendeu a sua política migratória usando exemplos como os da França, Suécia e da Europa em geral.
“Paris já não é Paris” e “a segurança nacional começa com a segurança das fronteiras. Terroristas estrangeiros não vão atacar a América se não puderem entrar no nosso país”, argumentou o Presidente dos Estados Unidos.
Questionado sobre os comentários do Presidente norte-americano, Francois Hollande disse que Donald Trump recentemente lhe afirmou, por telefone, “todo o seu amor por Paris e pela França, que amava a França e não havia um país mais belo do que a França”.
“Então, eu imagino que este deve ser o seu pensamento. Eu imagino que o expressará”, acrescentou.
“Eu não vou fazer qualquer comparação, mas aqui não há circulação de armas, não há pessoas que levam armas para atirar contra a multidão”, insistiu.
Em 2015 e 2016, a França foi alvo de vários ataques mortais cometidos em nome de grupos extremistas, como a Al-Qaida ou o Estado Islâmico, por franceses ou estrangeiros.

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