Atacantes estavam vestidos de Pai Natal e dispararam indiscriminadamente dentro da discoteca Reina, no distrito de Ortakoy, em Istambul.
Pelo menos 39 pessoas, incluindo 15 estrangeiros, morreram no ataque a uma discoteca em Istambul no sábado à noite, revelou o ministro do Interior turco, Suleyman Soylu.
Segundo Vasip Sahin, governador de Istambul, pelo menos duas pessoas vestidas de Pai Natal abriram fogo indiscriminadamente sobre quem festejava o Ano Novo na discoteca Reina, no distrito de Ortakoy, em Istambul. Foi um "ataque terrorista", não hesitou em dizer o governador.
No último ano e meio, a Turquia tem sido fustigada por vários ataques reivindicados pelo Daesh ou atribuídos à rebelião curda. Segundo as agências de informação internacionais, as autoridades da Turquia já tinham aumentado o nível de segurança, com várias barreiras em locais estratégicos em Istambul e na capital, Ancara.
De acordo com a agência de notícias local, a Anadolu, 17 mil polícias tinham sido colocados de prontidão, alguns disfarçados de Pai Natal e outros como vendedores ambulantes.
"De uma maneira selvagem e implacável ele metralhou pessoas que estavam simplesmente a comemorar o Novo Ano", declarou Sahin.
De acordo com o canal de informação NTV, vária pessoas que estavam na discoteca lançaram-se ao rio Bósforo para escapar ao ataque. Segundo os media turcos, entre 700 e 800 pessoas estavam na discoteca no momento do ataque.
Vaga de ataques
A discoteca Reina está situada a poucas cetenas de metros do local onde decorreram as celebrações oficiais do novo ano, nas margens do Bósforo. Uma dezena de feridos foi de imediato transportada para as urgências, ao mesmo tempo que várias ambulâncias e carros da polícia chegaram ao local. Testemunhas no local citadas pela agência Dogan afirmam ter ouvido alguém gritar palavras de ordem em árabe.
A Turquia tem sido um alvo frequente da rebelião ligada ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) ou de ataques reivindicados pelo Daesh, que já atingiram Istambul e Ancara.
Em 2016, morreram pelo menos 180 pessoas em ataques na Turquia levados a cabo pelo Estado Islâmico e por rebeldes curdos.
A Casa Branca já condenou o "horrível" ataque contra a discoteca Reina. "Os Estados Unidos condenam veementemente o horrível atentado contra uma discoteca em Istambul", afirmou Ned Price, porta-voz do conselho de segurança nacional. "Estas atrocidades perpetradas contra inocentes que vieram celebrar o novo ano sublinha a selvajaria dos atacantes."
No Twitter, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, lamentou "o início de 2017 trágico em Istambul". A líder da diplomacia europeia, Federica Mogherini, também lamentou o sucedido afirmando que "2017 começava com um ataque em Istambul".
19 de Dezembro: o embaixador russo na Turquia, Andre Karlov, foi assassinado em Ancara por um polícia turco que afirmou agir em nome do drama vivido na cidade de Alepo fustigada pelas forças fiéis ao regime de Bashar al-Assad.
17 de Dezembro: pelo menos 14 soldados turcos morreram e dezenas de pessoas ficaram feridas depois de um atentado suicida atribuído ao PKK que teve como objectivo um autocarro que transportava militares para a cidade de Kayseri, no centro da Turquia.
10 de Dezembro: um duplo atentado no centro de Istambul causou 44 mortos e uma centena de feridos. Um carro armadilhado explodiu perto do estádio de futebol do Besiktas à passagem de uma carro da polícia e um suicida fez-se explodir menos de um minuto depois no meio de um grupo de polícias perto do local do primeiro rebentamento. O atentado foi reivindicado pelo grupo Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), uma organização curda próxima do PKK.
24 de Novembro: um atentado com um carro armadilhado causou 33 feridos no parque de estacionamento Adana, capital da província com o mesmo nome no sul do país.
4 de Novembro: explosão de um carro armadilhado causou nove mortos, entre os quais dois polícias, em frente do posto da polícia de Diyarbakir, capital do sudeste do país, de maioria curda. Foi atribuído ao PKK, mas o tanto o Daesh como TAK reivindicaram este ataque.
9 de Outubro: 18 mortos depois da explosão de uma camião armadilhado diante de um posto da polícia de Semdinli (dudeste). Ataque atribuído ao PKK.
26 de Agosto: 11 polícias mortos durante um atentado suicida com um carro armadilhado em Cizre, na fronteira com a Síria, reivindicado pelo PKK.
20 de Agosto: 50 pessoa foram mortas por um suicida durante um casamento em Gaziantep. O Presidente Recep Tayyip Erdogan acusou o Daesh.
28 de Junho: 47 pessoas, entre os quais vários estrangeiros, morreram num triplo atentado suicida no aeroporto internacional Atatürk, Istambul. O ataque, não reivindicado, foi atribuído ao Daesh.
7 de Junho: onze mortos, entre os quais seis polícias, depois de um atentado com um carro armadilhado que visou um veículo anti-motim da polícia em Beyazit, bairro histórico de Istambul. Foi reivindicado pelo TAK.
19 de Março: quatro turistas (três israelitas e um iraniano) foram mortos em Istambul depois de um ataque suicida. Pelo menos 36 pessoas ficaram feridas. As autoridades acusaram o Daesh.
13 de Março: 35 mortos e mais 120 feridos depois de um atentado com um carro armadilhado em Ancara. Reivindicado pelo TAK.
17 de Fevereiro: um carro armadilhado conduzido por um suicida causou 28 mortos e 80 feridos em Ancara. O ataque, que tinha como objectivo militares, foi reivindicado pelo TAK.
12 de Janeiro: 12 turistas alemães morreram depois de um atentado suicida no centro histórico de Istambul, muito turístico. O ataque foi atribuído ao Daesh.
Vídeo amador captado na discoteca Reina, onde se vê um dos atacantes
Segundo Vasip Sahin, governador de Istambul, pelo menos duas pessoas vestidas de Pai Natal abriram fogo indiscriminadamente sobre quem festejava o Ano Novo na discoteca Reina, no distrito de Ortakoy, em Istambul. Foi um "ataque terrorista", não hesitou em dizer o governador.
No último ano e meio, a Turquia tem sido fustigada por vários ataques reivindicados pelo Daesh ou atribuídos à rebelião curda. Segundo as agências de informação internacionais, as autoridades da Turquia já tinham aumentado o nível de segurança, com várias barreiras em locais estratégicos em Istambul e na capital, Ancara.
De acordo com a agência de notícias local, a Anadolu, 17 mil polícias tinham sido colocados de prontidão, alguns disfarçados de Pai Natal e outros como vendedores ambulantes.
"De uma maneira selvagem e implacável ele metralhou pessoas que estavam simplesmente a comemorar o Novo Ano", declarou Sahin.
De acordo com o canal de informação NTV, vária pessoas que estavam na discoteca lançaram-se ao rio Bósforo para escapar ao ataque. Segundo os media turcos, entre 700 e 800 pessoas estavam na discoteca no momento do ataque.
Vaga de ataques
A discoteca Reina está situada a poucas cetenas de metros do local onde decorreram as celebrações oficiais do novo ano, nas margens do Bósforo. Uma dezena de feridos foi de imediato transportada para as urgências, ao mesmo tempo que várias ambulâncias e carros da polícia chegaram ao local. Testemunhas no local citadas pela agência Dogan afirmam ter ouvido alguém gritar palavras de ordem em árabe.
A Turquia tem sido um alvo frequente da rebelião ligada ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) ou de ataques reivindicados pelo Daesh, que já atingiram Istambul e Ancara.
Em 2016, morreram pelo menos 180 pessoas em ataques na Turquia levados a cabo pelo Estado Islâmico e por rebeldes curdos.
A Casa Branca já condenou o "horrível" ataque contra a discoteca Reina. "Os Estados Unidos condenam veementemente o horrível atentado contra uma discoteca em Istambul", afirmou Ned Price, porta-voz do conselho de segurança nacional. "Estas atrocidades perpetradas contra inocentes que vieram celebrar o novo ano sublinha a selvajaria dos atacantes."
No Twitter, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, lamentou "o início de 2017 trágico em Istambul". A líder da diplomacia europeia, Federica Mogherini, também lamentou o sucedido afirmando que "2017 começava com um ataque em Istambul".
Os últimos ataques na Turquia
Depois de um ano marcado pelo regresso do conflito curdo e a guerra na vizinha Síria, a Turquia sofreu uma vaga de atentados atribuídos ao Daesh e ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e as suas derivações:19 de Dezembro: o embaixador russo na Turquia, Andre Karlov, foi assassinado em Ancara por um polícia turco que afirmou agir em nome do drama vivido na cidade de Alepo fustigada pelas forças fiéis ao regime de Bashar al-Assad.
17 de Dezembro: pelo menos 14 soldados turcos morreram e dezenas de pessoas ficaram feridas depois de um atentado suicida atribuído ao PKK que teve como objectivo um autocarro que transportava militares para a cidade de Kayseri, no centro da Turquia.
10 de Dezembro: um duplo atentado no centro de Istambul causou 44 mortos e uma centena de feridos. Um carro armadilhado explodiu perto do estádio de futebol do Besiktas à passagem de uma carro da polícia e um suicida fez-se explodir menos de um minuto depois no meio de um grupo de polícias perto do local do primeiro rebentamento. O atentado foi reivindicado pelo grupo Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), uma organização curda próxima do PKK.
24 de Novembro: um atentado com um carro armadilhado causou 33 feridos no parque de estacionamento Adana, capital da província com o mesmo nome no sul do país.
4 de Novembro: explosão de um carro armadilhado causou nove mortos, entre os quais dois polícias, em frente do posto da polícia de Diyarbakir, capital do sudeste do país, de maioria curda. Foi atribuído ao PKK, mas o tanto o Daesh como TAK reivindicaram este ataque.
9 de Outubro: 18 mortos depois da explosão de uma camião armadilhado diante de um posto da polícia de Semdinli (dudeste). Ataque atribuído ao PKK.
26 de Agosto: 11 polícias mortos durante um atentado suicida com um carro armadilhado em Cizre, na fronteira com a Síria, reivindicado pelo PKK.
20 de Agosto: 50 pessoa foram mortas por um suicida durante um casamento em Gaziantep. O Presidente Recep Tayyip Erdogan acusou o Daesh.
28 de Junho: 47 pessoas, entre os quais vários estrangeiros, morreram num triplo atentado suicida no aeroporto internacional Atatürk, Istambul. O ataque, não reivindicado, foi atribuído ao Daesh.
7 de Junho: onze mortos, entre os quais seis polícias, depois de um atentado com um carro armadilhado que visou um veículo anti-motim da polícia em Beyazit, bairro histórico de Istambul. Foi reivindicado pelo TAK.
19 de Março: quatro turistas (três israelitas e um iraniano) foram mortos em Istambul depois de um ataque suicida. Pelo menos 36 pessoas ficaram feridas. As autoridades acusaram o Daesh.
13 de Março: 35 mortos e mais 120 feridos depois de um atentado com um carro armadilhado em Ancara. Reivindicado pelo TAK.
17 de Fevereiro: um carro armadilhado conduzido por um suicida causou 28 mortos e 80 feridos em Ancara. O ataque, que tinha como objectivo militares, foi reivindicado pelo TAK.
12 de Janeiro: 12 turistas alemães morreram depois de um atentado suicida no centro histórico de Istambul, muito turístico. O ataque foi atribuído ao Daesh.
Vídeo amador captado na discoteca Reina, onde se vê um dos atacantes
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