Destaques - Internacional |
Escrito por Agências em 26 Outubro 2016 |
Vários meios de comunicação sul-coreanos descobriram nas últimas semanas um suposto caso de tráfico de influência envolvendo Park e Choi Soon-sil, íntima amiga da presidente e ex-mulher do seu antigo assessor, e que teria utilizado esta conexão para captar fundos e até mesmo influenciar nas decisões do Governo. Procuradores do distrito central de Seul fez operações na residência de Choi e em nove organizações sem fins lucrativos vinculadas a ela. Entre elas estão as fundações Mir e K-Sports, sob a suspeita de terem arrecadado 80 mil milhões de wons (cerca de 70 milhões de dólares) com a ajuda da Federação Industrial Coreana (FKI, sigla em inglês). Choi, que não exerce nenhum cargo público e está desaparecida, teria beneficiado da sua influência para obter dinheiro para fins pessoais, inicialmente destinado para promover a cultura e o desporto da Coreia do Sul em todo o mundo. Também tiveram acesso a documentos enviados pessoalmente por Park e reviram dezenas de discursos presidenciais, segundo a televisão sul-coreana "JTBC", enquanto a procuradoria relatou a apreensão de discos rígidos e arquivos que poderiam fornecer provas das supostas fugas de informação. A presidente evitou pronunciar-se sobre o caso até que ontem, através de um pronunciamento que foi transmitido pela televisão, pediu desculpas aos sul-coreanos e reconheceu que Choi a tinha ajudado em "momentos difíceis", mas não deu explicações detalhadas. "Independentemente das razões envolvidas, sinto que o caso tem causado uma preocupação nacional", disse Park, antes de pedir "sinceras desculpas" e se curvar diante das câmaras. "Durante a minha última campanha presidencial, ela (Choi) ofereceu-se comentários pessoais sobre as minhas actividades, especialmente sobre discursos e actividades de relações públicas", afirmou a presidente. O escândalo fez com que o apoio da população caísse para os níveis mais baixos desde que Park chegou ao poder, em 2013, e acontece no momento em que o Governo pretende impulsionar uma reforma constitucional para prolongar o período máximo que um presidente pode estar no cargo, actualmente de cinco anos. Choi Soon-sil é filha do pastor cristão Choi Tae-min, um dos mentores políticos de Park Geun-hye, falecido em 1994, e ex-esposa de Chung Yun-hoi, que trabalhou como assessor da presidente, quando ela era deputada, até 2013. |
Thursday, October 27, 2016
Presidente da Coreia do Sul investigada por suposto caso de corrupção
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