Steve McCurry disse que "fará todo o possível" após prisão de Sharbat Gula no Paquistão
Madri
Steve McCurry, o fotógrafo que retratou a menina afegã que foi capa da National Geographic, se comprometeu a ajudá-la ao ficar sabendo de sua prisão no Paquistão por posse ilegal de um documento de identidade desse país, onde vive em um campo de refugiados. “Eu me comprometo a fazer todo o possível para enviá-la apoio legal e econômico para ela e sua família”, escreveu em sua conta no Instagram ao lado da icônica foto de Sharbat Gula. “Condeno duramente essa ação”, acrescentou. “Ela sofreu por toda sua vida e sua prisão é uma enorme violação de seus direitos humanos”.
A prisão de Sharbat Gula se tornou pública na quarta-feira. A refugiada afegã, de 46 anos, não tem nacionalidade paquistanesa e enfrenta acusações com pena de até sete anos de prisão, acusada de obter documentos de identidade paquistaneses para ela e dois supostos filhos após subornar três funcionários. “Ela pode ser expulsa do país”, de acordo com fontes da Agência de Investigação Federal (AIF). A polícia procura também os dois supostos filhos de Gula para prendê-los.
Gula foi fotografada por McCurry em um campo de refugiados na cidade de Peshawar em 1985. Seu rosto envolto em um lenço vermelho e seus poderosos olhos verdes transformaram a imagem da menina em um ícone da fotografia contemporânea. McCurry voltou a fotografar Gula 17 anos depois no Afeganistão e descobriu que a mulher, que tinha então 30 anos, desconhecia sua fama internacional.
Afegã imortalizada ao estampar capa da ‘National Geographic’ é presa no Paquistão
Sharbat Gula, retratada por Steve McCurry, está com 46 anos e vive num campo de refugiados
Islamabad
Sharbat Gula, a afegã que ficou famosa quando adolescente por seus olhos verdes numa capa da National Geographic, em 1985, foi detida nesta quarta-feira no Paquistão por posse ilegal de um documento de identidade desse país, onde vive num campo de refugiados. A afegão, de 46 anos, imortalizada há mais de três décadas pelo fotógrafo Steve McCurry, supostamente obteve documentos paquistaneses para si e dois filhos após subornar três funcionários públicos, segundo uma fonte da Agência de Investigação Federal (AIF) que preferiu manter o anonimato.
A refugiada, que não tem nacionalidade paquistanesa, será levada a uma penitenciária feminina, onde aguardará uma decisão judicial. Ela pode ser condenada a até sete anos de prisão. “Pode ser que a expulsem do país”, disse a fonte da AIF. A Polícia também busca os dois supostos filhos de Gula para detê-los.
A agência federal começou a investigar o caso dela em fevereiro de 2015, num momento em que vinham à luz numerosos casos de refugiados afegãos que tentavam obter documentos paquistaneses para não serem expulsos do país.
O Paquistão abriga 1,4 milhão de afegãos registrados legalmente e outros 900.000 em situação clandestina, o que faz dessa uma das maiores e mais antigas comunidades de refugiados do mundo, num fluxo que começou com a invasão do Afeganistão por tropas soviéticas, em 1979.
Desde o começo do ano, no entanto, 456.000 refugiados voltaram ao Afeganistão, a grande maioria nos últimos três meses, por causa de um ultimato do Governo paquistanês.
Gula foi imortalizada em 1985 pelo fotógrafo norte-americano Steve McCurry em um campo de refugiados da cidade de Peshawar, também no Paquistão. Seu rosto, com um lenço vermelho emoldurando seus cintilantes olhos vedes, fizeram dessa imagem um ícone da fotografia contemporânea. McCurry voltou a fotografar Gula 17 anos mais tarde, no Afeganistão, e descobriu que a mulher, então com 30 anos, não sabia da sua fama internacional.
No comments:
Post a Comment