PÚBLICO
28/10/2016 - 14:14
A Edícula, na Basílica do Santo Sepulcro, é considerado o local "mais sagrado" para os cristãos.
A placa de mármore que cobre o o local foi retirada pela primeira vez desde 1555 d.C. DUSAN VRANIC/ NATIONAL GEOGRAPHIC
Um grupo de cientistas da Universidade Nacional e Técnica de Atenas, em conjunto com uma equipa da Sociedade National Geographic, está a analisar e a restaurar a Edícula da Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, local onde Jesus foi sepultado depois de ser crucificado, segundo a fé cristã. O objectivo é perceber a forma original do local e reconstituir a história da transformação daquele espaço enquanto local sagrado.
O espaço estará fechado desde 1555 e foi aberto pela equipa de investigadores no início desta semana. Coberto por placas de mármore, ninguém podia aceder directamente ao local onde Jesus, de acordo com o Novo Testamento, foi deitado depois de morto, num sepulcro cavado na rocha, perto do lugar de Gólgota, que terá pertencido a José de Arimateia, um homem rico e membro do sinédrio.
O local onde Jesus foi sepultado foi provavelmente esculpido nas paredes laterais de uma caverna de calcário, por volta do ano 33 d.C.. Depois de retiradas as placas de mármore que cobriam a “cama”, os investigadores ficaram surpreendidos com o estado do espaço, aparentemente intacto. Fredrik Hiebert, arqueólogo, disse à National Geographic que “vai ser uma longa análise” mas que finalmente se poderá estudar este local arqueológico.
Antonia Moropoulou, investigadora grega, disse ao National Geographic que as técnicas utilizadas para documentar este monumento vão permitir que outros investigadores estudem o local “como se eles mesmos estivessem no túmulo de Jesus”.
O pedido dos cientistas foi aprovado pelas seis instituições religiosas que gerem o sítio: a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Católica Romana, a Igreja Ortodoxa Arménia, os Ortodoxos etíopes e duas comunidades coptas – uma egípcia e outra síria. Estas instituições, que obedecem ao que foi regulamentado pelo acordo Status Quo, de 1852, esperam que a equipa de cientistas atenienses restaure o local depois de acabadas as investigações, em Março de 2017.
A estrutura, chamada Edícula, foi reconstruída pela última vez no início do século XIX, depois de um incêndio. Vai ser restaurada pela equipa da universidade grega, sob a supervisão científica da professora Antonia Moropoulou, que já estudou outros monumentos importantes da Grécia e da zona do Mediterrâneo.
A Edícula (do latim, aedicule, que quer dizer “casa pequena”) é considerada um dos locais mais sagrados do mundo cristão. Foi identificada por Helena, mãe do imperador romano Constantino, em 326 d.C.. A construção da Basílica do Santo Sepúlcro (dentro da qual a Edícula se encontra) só foi possível depois do Édito de Milão, em 313 d.C., que decretou o fim das perseguições aos cristãos pelos romanos.
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28/10/2016 - 14:14
A Edícula, na Basílica do Santo Sepulcro, é considerado o local "mais sagrado" para os cristãos.
A placa de mármore que cobre o o local foi retirada pela primeira vez desde 1555 d.C. DUSAN VRANIC/ NATIONAL GEOGRAPHIC
Um grupo de cientistas da Universidade Nacional e Técnica de Atenas, em conjunto com uma equipa da Sociedade National Geographic, está a analisar e a restaurar a Edícula da Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, local onde Jesus foi sepultado depois de ser crucificado, segundo a fé cristã. O objectivo é perceber a forma original do local e reconstituir a história da transformação daquele espaço enquanto local sagrado.
O espaço estará fechado desde 1555 e foi aberto pela equipa de investigadores no início desta semana. Coberto por placas de mármore, ninguém podia aceder directamente ao local onde Jesus, de acordo com o Novo Testamento, foi deitado depois de morto, num sepulcro cavado na rocha, perto do lugar de Gólgota, que terá pertencido a José de Arimateia, um homem rico e membro do sinédrio.
O local onde Jesus foi sepultado foi provavelmente esculpido nas paredes laterais de uma caverna de calcário, por volta do ano 33 d.C.. Depois de retiradas as placas de mármore que cobriam a “cama”, os investigadores ficaram surpreendidos com o estado do espaço, aparentemente intacto. Fredrik Hiebert, arqueólogo, disse à National Geographic que “vai ser uma longa análise” mas que finalmente se poderá estudar este local arqueológico.
Antonia Moropoulou, investigadora grega, disse ao National Geographic que as técnicas utilizadas para documentar este monumento vão permitir que outros investigadores estudem o local “como se eles mesmos estivessem no túmulo de Jesus”.
O pedido dos cientistas foi aprovado pelas seis instituições religiosas que gerem o sítio: a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Católica Romana, a Igreja Ortodoxa Arménia, os Ortodoxos etíopes e duas comunidades coptas – uma egípcia e outra síria. Estas instituições, que obedecem ao que foi regulamentado pelo acordo Status Quo, de 1852, esperam que a equipa de cientistas atenienses restaure o local depois de acabadas as investigações, em Março de 2017.
A estrutura, chamada Edícula, foi reconstruída pela última vez no início do século XIX, depois de um incêndio. Vai ser restaurada pela equipa da universidade grega, sob a supervisão científica da professora Antonia Moropoulou, que já estudou outros monumentos importantes da Grécia e da zona do Mediterrâneo.
A Edícula (do latim, aedicule, que quer dizer “casa pequena”) é considerada um dos locais mais sagrados do mundo cristão. Foi identificada por Helena, mãe do imperador romano Constantino, em 326 d.C.. A construção da Basílica do Santo Sepúlcro (dentro da qual a Edícula se encontra) só foi possível depois do Édito de Milão, em 313 d.C., que decretou o fim das perseguições aos cristãos pelos romanos.
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