sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O caminho para Inhassone

O caminho para Inhassone
Na semana passada o jornal Notícias publicou uma série de artigos da autoria de Gustavo Mavie, Lazaro Mauricio Bamo e Armindo Chavana, todos eles críticos em relação ao líder da oposição e dois deles em forma de carta aberta a apelar ao seu regresso à razão. Achei os textos bem como a sua publicação estranhos. No conteúdo não posso dizer que não concorde com muito do que neles vem contido. Já na oportunidade e no objectivo não tenho a certeza se concordo. Fiquei com a impressão de se tratar de intervenções que prejudicam o processo de paz – se é que existe – do que realmente o ajudam, sobretudo por terem sido publicados no jornal Notícias. Mostram a complexidade deste assunto extremamente fragilizado pelas muitas vozes que nele intervêm com a capacidade de contribuir para a escalada na qual os actores principais parecem apostar.
A oportunidade e o objectivo destes textos incomodam-me por duas razões. Primeiro, parecem dirigir-se ao líder da oposição, mas isso é improvável por várias razões, uma das quais é que ele não vai ler, e se ler, não vai perceber ou nem vai se importar. Aquilo é água em cima do pato, como a gente diz em xangan. O pato simplesmente não liga. Portanto, se há algum receptor para aqueles textos só pode se encontrar no seio daqueles que estão já convertidos ao evangelho que torna o conteúdo inteligível, nomeadamente a diabolização do líder da Renamo. Dito doutro modo, é uma conversa entre amigos à custa da ridicularização dum terceiro. É no mínimo contraproducente, pois o único que textos desta natureza conseguem alcançar é a intransigência ou mesmo radicalização daqueles com quem pretensamente se pretende falar. Eles verão esses textos como mais uma afronta.
Segundo, para além da forma como o líder da oposição faz as suas reivindicações existe o conteúdo do que ele reclama: a partidarização do Estado e as irregularidades eleitorais. Estes dois assuntos são importantes, e isso não é porque a Renamo diz que são. É porque são mesmo para o próprio sucesso da Frelimo. Os desafios que o país enfrenta são enormes e o pior que um governo pode fazer é criar um ambiente que não eleva a sua credibilidade e faz com que tudo quanto faça seja visto com desconfiança e suspeita. A forma como a Renamo faz as suas reivindicações não só é ridícula e criminosa, como também a curto e médio prazo pode significar o seu próprio fim como força política. Num ambiente assim a prioridade na discussão da crise devia ir para a reflexão sobre o que precisa de ser feito para que essas reivindicações deixem de ter sustento.
Para que isso aconteça era necessário que houvesse um plano claro e consequente de abordagem desta crise. À medida que o tempo passa parece ficar claro que não se trata exactamente de crise política e militar que opõe o governo e a Renamo, mas sim duma crise política no seio de quem tem apesar de tudo o mandato do eleitorado para dirigir o país. Estamos no caminho para Inhassone, essa lendária marcha dos Nguni rumo a Mussurizi passando pelos desertos de onde vem a minha própria linhagem, os Nhlavi – “Munhlavi wa ku vengwa, wa rigwe leli lalikulu, wa xiwisa vawundhli”, grupo que inclui os Macamo, Zimba, Machava, Chongo, Ngomane, Cuinica e muitos outros. Na minha língua essa expressão ficou como a descrição duma pessoa que se perdeu e já nem sabe para onde vai.
Dá para usar esta metáfora para dizer que o caminho que leva à paz, seja lá o que for que isso significa, não vai à Serra da Gorongosa. Nem passa por Pretoria. Para dizer isto de forma clara e directa, Dhlakama não é a chave para a paz. A solução da crise há muito que deixou de depender dele, se é que alguma vez dependeu. O curso aparentemente errático do novo governo – com apelos patéticos à paz a partir de igrejas, que logo a seguir são desmentidos por membros do governo, e ultimatos sem consequência que só dão corda à campanha de desinformação dos Unay Cambumbas da nossa terra – é que insiste em fazer do líder da oposição figura central do processo. Não é. Contribui para isso, naturalmente, a fascinação pública pelo guerreiro valente que uma imprensa crédula e com contas a ajustar com a Frelimo do passado não se farta de difundir à mistura com imagens confusas do Robin dos Bosques que desafia a lei em nome dos injustiçados. O facto também de vivermos num contexto de dependência do auxílio externo faz com que a voz dos doadores tenha peso e estes, infelizmente, para terem protagonismo precisam da ideia dum interlocutor que até – em certa medida – ajuda os doadores a manifestarem o seu desconforto em relação a tudo o resto que na sua óptica não vai bem, sonegando o apoio incondicional ao governo.
O governo precisa dum plano claro de paz. Esse plano, daqui do meu computador, parece simples: Ignorar a Renamo activamente ao mesmo tempo que se procura o diálogo com outras forças da sociedade, incluindo a hipótese duma espécie de conferência nacional a qual a Renamo se pode juntar – se quiser – para discutir questões fundamentais que possam exigir a revisão pontual da constituição, se esse for o desejo expresso dos que participam nesse diálogo. Essa conferência não teria como objectivo “corrigir” o resultado das eleições e uma potencial revisão da constituição também não teria como objectivo acomodar a rejeição do desfecho eleitoral, mas sim produzir consensos que permitam marginalizar todo aquele que não aceita a actual constituição como base para a convivência comum. O momento para tal é particularmente auspicioso, pois o líder da Renamo já não tem mais o apetite pelos banhos de multidão, o que é bom, pois o potencial de desestabilização que isso continha já não faz parte da equação. O medo da guerra que leva muita gente a desistir de pensar e estar disposta a fazer tudo para dar protagonismo a alguém que se marginalizou voluntariamente é simplesmente ingênuo. O único que as forças de defesa e segurança precisam de fazer é de garantir segurança onde seja necessário fazer isso, mas evitar todas as acções ofensivas que só dão aos poucos que andam por aí armados espaço para se aproveitarem e envolverem em actos de vandalismo, sobretudo contra a população. Acções armadas num estado frágil como o nosso são o campo ideal para o aproveitamento de todo o tipo, incluindo das próprias forças de defesa e segurança.
Há vezes em que tudo quanto se precisa para fazer bem as coisas é simplificar. Neste momento, tudo o que tem sido feito não conduz a esta simplificação. Torna o problema mais complexo ainda. Uma abordagem racional, fria e calculada deste pesadelo é possível. Ignorar, dialogar com quem se pode dialogar (e esse não inclui a Renamo) e garantir a segurança. Existem floreados, naturalmente, como por exemplo, uma postura mais consequente em relação aos que representam a Renamo oficialmente. Eles vivem uma contradição séria entre, por um lado, terem o estatuto de representantes duma formação política e, por outro lado, não reconhecerem (ou respeitarem) o Estado que reconhece o seu estatuto político. Ao invés de se fazerem emboscadas por aí – se é que são mandatadas – era só libertar esses representantes dessa contradição. No fundo, a situação é esquizofrénica para eles próprios, pois na medida em que eles são representantes políticos reconhecidos por um Estado eles próprios são esse Estado. Se não reconhecem o Estado – e não o fazem porque violam constantemente o artigo da constituição que proíbe a alteração da ordem política e social do país por via armada – não se reconhecem a si próprios. Parece-me uma situação clara.
Mas é preciso ser consequente. Isso havia de libertar quem está realmente interessado na paz da necessidade de escrever mais um artigo contra o líder da Renamo que só o ajuda a ganhar o protagonismo que ele próprio constantemente compromete. Era preciso ter coragem para reconhecer que Dhlakama não é nem o problema, nem a solução. Pensar que ele é as duas coisas é que torna esta crise difícil de gerir. Aí a caminhada fica mais longa ainda. Não se faz nenhuma paz com medo da guerra porque os que mais querem a paz até estão preparados para fazer guerra por isso. É só ver como a gente discute este assunto aqui no Facebook. Fechados num quartinho qualquer aí era só pancadaria sem fim. Da parte dos amantes da paz.
36 comentários
Comments
Filipe Ribas Gostei do texto. Não posso dizer mais do que calar, porque, de facto
Filipe Ribas Tens razão.
Noe Nhancale "Não se faz paz com medo da guerra", muito profundo......
Elson Guila Tufa mesmo!
Lazaro Mauricio Bamo Professor Elisio Macamo concordo com o seu texto, apesar de achar que nada de estranho há quando a opinião de várias pessoas toma o mesmo sentido, aliás, o visado devia, sem preconceitos, fazer uma reflexão no sentido filosófico do termo. O que eu quero é paz. Ninguém deve se apropriar da paz e achar qu ela depende dele apenas.
Elisio Macamo o teor do texto não me incomoda porque concordo com muito do que lá vem escrito. a oportunidade é que me incomoda. não foi escrito para dhlakama porque ele simplesmente não tem capacidade para entender isso. aqueles que interpretarem o texto para ele vão dizer o essencial e o essencial é que alguém da frelimo está a dizer que ele não tem razão. só isso. portanto, escreveu aquele texto para nós os outros que simpatizamos com a frelimo e não gostamos da renamo. só que neste momento isso é desnecessário. o que devemos fazer é reflectir sobre como envolver outras forças da sociedade num debate mais útil para o país. mais uma crítica a dhlakama dá-lhe a importância que ele fez tudo para perder. não ajuda.
Lazaro Mauricio Bamo Professor Elisio Macamo, concordo que acabamos fazendo a imagem e damos importância ao líder da RENAMO com as abordagens que temos. O gostar ou não da RENAMO até nem está em jogo, porque para um raciocínio lógico devemos separar a razão da emocão. Percebo também que a oportunidade pode não ser aconselhável, mas devemos sempre lembrar ao líder da RENAMO e aos seus que também temos algo a dizer, não necessariamente por sermos membros de outros partidos, mas porque somos filhos desta terra e temos também os nossos direitos. O líder da RENAMO e os seus devem respeitar asdemais liberdades dos cidadãos da mesma forma que eles querem ser respeitados; eles devem agir respeitando a lei porque somos um país e não um sítio.
Elisio Macamo para mim a questão é outra. a forma como nós procuramos mostrar a ele e aos seus seguidores que nos devem respeito é a melhor para conversarmos seriamente sobre estes assuntos? tenho as minhas dúvidas. o momento não me parece de mostrar aos outros que temos razão, mas sim de os convidar para um diálogo mais profícuo porque o que nós queremos não é apenas ganhar razão, mas sim criar um ambiente político melhor. portanto, o que cada um de nós deve perguntar a si próprio é se existe algum espaço em algum sítio onde possamos conversar com base em princípios consensuais longe dos aspectos mais específicos do conflito. este é para mim o maior desafio. se não formos capazes de identificar esses princípios, então podemos também desistir do país.
Ildo Angelo Não sou bom em análise política, mas vejo que a referida paz de que se fala cá entre nós, é arcaica. Como é que um país com políticos de punho forte , país de mediadores reconhecidos, tais como Chissano, Tomas Salomão, Guebuza e outros pressiste em falar de paz e paz sem criar condições de parar de comprar material bélico, blindados e armas como si quisessem liquidar aquele que ocupa as matas e pronunciando discursos ameaçadores, importa dizer que quem vai a casa de outro munido de armas não o quer pra o bem, esse vai o destruir. Que haja mais discursos, mais diálogos no sentido de se alcançar um caminho para a resolução definitiva na busca da paz.
Elisio Macamo quem não quer dialogar não vai ser obrigado a dialogar. a renamo não quer nenhum diálogo. não sei se estão a ser compradas armas, mas se for no espírito de defender o país não vejo nada de errado nisso. o importante é ter um plano claro e coerente para a guerra ou para a paz. é isto que falta.
Olimpio Fonseca Uhauuu.......Sem comentarios...... Paz, desejo de todos mas dificil de alcancar enquanto existir mentes que pensam que depende de 2 dois senhores.
Martins Chongo Concordo consigo Professor, neste momento o apelo a paz deve ser dirigido ao Governo e a Renamo.
Elisio Macamo não, não deve ser dirigido ao governo e à renamo. deve ser dirigido ao governo. só. isso passa por ignorar a renamo.
Geraldo Angelo Mutuque Existe um substracto no texto de "xingobelacracia".viva a paz, esperemos pelo regresso e a tomada de manjakazi e a ultima tentativa de resistencia de maguiguana cossa.
Osvaldo Matavele ".......O governo precisa dum plano claro de paz. Esse plano, daqui do meu computador, parece simples: Ignorar a Renamo activamente ao mesmo tempo que se procura o diálogo com outras forças da sociedade, incluindo a hipótese duma espécie de conferência nacional a qual a Renamo se pode juntar – se quiser – para discutir questões fundamentais que possam exigir a revisão pontual da constituição, se esse for o desejo expresso dos que participam nesse diálogo. Essa conferência não teria como objectivo “corrigir” o resultado das eleições e uma potencial revisão da constituição também não teria como objectivo acomodar a rejeição do desfecho eleitoral, mas sim produzir consensos que permitam marginalizar todo aquele que não aceita a actual constituição como base para a convivência comum...." In O caminho para Inhassone, Por Elisio Macamo! Destaco este trecho porque na minha toca em espectos cruciais e estranguladores da nossa sociedade: Mobilização, ideal e comunhão no sendo de o que perseguimos como sociedade. Por outro lado é desejável que saíamos da nossa zona de conforto para a arena do confronto e sobretudo convidaria aos que estão em cima do muro para dentro da discussão! Como podemos mobilizar o Governo, a Sociedade Moçambicana para este confronto e já agora a RENAMO se quiser?
Elisio Macamo há uma maneira simples: é sermos mais inequívocos quanto ao que defendemos. se defendemos o estado de direito não temos como não condenar a renamo e exigir do governo maior coerência. não quero ser mal interpretado neste texto. eu estou contra a forma como a renamo faz as suas reivindicações. reconheço problemas que precisam de ser resolvidos, mas não se faz isso destruíndo o estado e inviabilizando o país. ou somos pela constituição ou não somos. sermos pela constituição não significa que ela não possa ser alterada. nenhuma constituição é inalterável. mal ou bem, é essa constituição que dá substância e legitimidade as nossas reclamações. quando alguém atenta contra ela da forma como a renamo faz e da forma como os que se posicionam no muro o fazem temos que gritar. é o que faço.
Osvaldo Matavele Outro sim, vejo que o desejo de paz é apenas a repetição dessa palavras paz. E dou comigo a pensar mas afinal a paz não um resultado? E não um objectivo? Explico. Também rogando para não ser mal interpretado. Acho que a paz devia resultar da solução de um conjunto de problemas? Como? 1. Realização de eleições dignas da discrição justas, transparentes e participativas e repara que para este aspectos há um conjunto de problemas a resolver para tenhamos isto como resultado? 2. paz social mais um resultado que passaria por resolver os problemas que geram analfabetismo (tipo oportunidade de escolar), emprego, redistribuição de riqueza não quero usar o chavão combater a pobreza e só o faço porque é senso comum? 3. Estado com instituições fora de suspeição como por exemplo actuação da PRM, sem cobrança ilícitas? Serviços de saúde disponíveis e acessíveis na sua plenitude e complexidade (especialidade) para todos? Alguns problemas que acho que resolvidos daria paz. Desconstruindo o dogma de a paz depende apenas do calar das armas e que quando a mim são mais uma peça da engrenagem!
Elisio Macamo é para isso que temos a constituição, justamente para trabalharmos na paz. não há um antes de paz que consiste na resolução de problemas prévios. as sociedades têm sempre motivos para andar em pancadas. o importante é que isso seja feito dentro dos parâmetros que dão legitimidade a nossa indignação. esta é a questão central. houve irregularidades nas eleições? sim, houve, seria estranho que num país como o nosso não tivesse havido. há problemas sociais? há, também seria estranho que não houvesse. os orgãos do estado são imparciais? não, não são, e seria estranho que fossem. devemos por tudo isso usar a violência contra o estado? não. devemos usar os canais que o sistema político nos proporciona para mudarmos as coisas? sim, devemos, imperiosamente. a paz é feita todos os dias, não há escatologia aqui do descanso no sétimo dia.
Elisio Macamo não há nenhuma teoria aqui. há apenas um cenário que assenta na ideia de que dhlakama não é nem o problema, nem a solução. a renamo marginalizou-se ela própria, o governo precisa apenas de ser mais consequente. para fazer guerra é capaz de precisar de se armar bem, embora com exército mal organizado ou mal dirigido isso possa ser inútil. mas a minha questão é justamente que não há necessidade de fazer guerra. há apenas a necessidade de garantir a segurança. é muito menos complicado.
Celsio Bila De qualquer forma, penso que há que se ter um plano para os "marginais" porque estes se descontrolados podem perigar a segurança. O plano deve contemplar a estes, ainda que não estejam presentes. Pois assim, teremos maior controlo.
Elisio Macamo o plano é esse mesmo. garantir a segurança. é o mais viável quando não se tem capacidade para mais.
Mc Nota Passe Percebi de alguma forma o post, não obstante ha um aspecto que, se calhar, o professor não teve em conta ou ignorou k é o pensamento do governo relativamente a esta situação toda.
Elisio Macamo não sei se concordo consigo. não vejo muita utilidade em partir do princípio de que o governo não esteja interessado no fim do conflito. porque não? eu como membro do governo não dormiria à vontade sabendo que anda aí gente a pregar a cessação ou a ameaçar arrancar o poder à força em março. o que acho é que neste momento não parece existir um plano de guerra ou de paz claro. esse é um problema. também não concordo com a ideia do desgaste. e não seria por causa do desgaste que eu iria preferir que outros subissem ao poder mesmo que o único ponto do seu programa de governação seja subsituir os que já lá estão.
Lazaro Mauricio Bamo Eugenio Chimbutane ou João Belo, que resposta espera de alguém com agenda obscura. O raciocínio lógico do professorElisio Macamo merece debate e não abate.
Gabriel Muthisse Meu conterrâneo Eugenio ChimbutaneElisio Macamonao desqualificou nenhum interveniente do debate público. Nao creio que ele partilhe essa ideia de que há "3 visados aí (que) andam em agendas obscuras". 
Jaime Langa Yeah.... Vou comentar depois
Gabriel Muthisse Então o país está mal porque Chavana, Bamo e Mavie escreveram artigos a exporem as suas ideias?!?! Nao foi isso que entendi do excelente e e estimulante texto do Elisio.
Elisio Macamo genito, calma. neutralidade não é virtude. objectividade sim.
Eugenio Chimbutane Ilustre Dr Muthisse, o problema aqui não eh opinião de alguém. Todos temos direito à opinião. Agora opiniões que só servem para dividir e colocar mais lenha, são indesejáveis. Esse tipo de opiniões eh que estão na origem da instabilidade neste pais. Já agora, que tal revermos a constituição para incluir também um capítulo que trata de pessoas que na tentativa de aparecerem, empurram cada vez mais o pais para o abismo?
Gabriel Muthisse Sabe, sr Chimbutane, há gente neste país que alegra-se com o baleamento de civis. Ha gente neste pais que fica feliz com a morte de polícias e de militares das FDS. Há gente neste país que inventa confrontos e inventa numeros de militares perecidos, exacerbando, desse modo, o clima de instabilidade e de medo. Essas pessoas fazem isso em jornais e aqui mesmo nas redes sociais. Estes sim, sao inimigos da paz. Incluir nesse número pessoas como Chavana, como Bamo ou qualquer outra pessoa referida por Elisio nao só é abusivo, mas desonesto.
Elisio Macamo escreveu nao encontrei nada que sugira que Chavana, Bamo ou Mavie escreveram textos "que estao na origem da instabilidade neste país"'
Humberto Zandamela De facto, todas forças vivas da sociedade são actores válidos e importantes para o alcance da Paz...pois ela é um bem de todos que não deve ser assunto de apenas duas pessoas!
Eugenio Chimbutane Ilustre. Prefiro parar por aqui por respeito a este nobre espaço do nosso grande Mestre. Para além de que o meu ponto de vista começa a ser puxado por outros campos. Caso me sobre tempo, vou dedicar um post no meu mural sobre os mesmos textos analisados pelo Mestre Elisio Macamo . Lá sim, terei o prazer de debater o assunto até ao fim.
Lazaro Mauricio Bamo Ilustre Gabriel Muthisse, há quem insiste em não debater ideias julgando-se o visionário, chamando a si o direito exclusivo de pensar e dizer algo. O seu último comentário é uma fotografia colorida do que me ocorre neste momento. Também eu peco desculpas ao professorElisio Macamo.
Lazaro Mauricio Bamo Ao João Belo ou seja Eugenio Chimbutane mando um abraco e que o debate ou seja o abate no seu mural seja um sucesso.
Eugenio Chimbutane O problema não eh o direito a opinião ou de dizer algo. O problema eh ocupar espaços nobres para dizer coisas sem nenhuma utilidade. Eh isso que tem que ser combatido. Já agora, quais os são critérios usados para seleccionar colunistas, ou algo parecido no Jornal Notícias (pertencente a uma Empresa Pública)? Mas enfim, por mim está encerrado.
Lazaro Mauricio Bamo O falso problema de João Belo e a comprovação do seu caranguerismo.
Jaime Langa Eugenio Chimbutane peço lhe desculpas voltar a convida-lo depois de ter declarado encerramento do debate. Só queria responder a uma simples questão que fizeste a qual acho que cabe ao Director do jornal notícias responder. Sobre o critério de seleção de colunistas. A resposta é: Não existe nenhum critério de selecção de colunistas (pessoas) o que é avaliado é se o conteúdo do seu artigo não contraria o estipulado no estatuto editorial. Esse é o meu contrato com o patrão. Colunistas, qualquer um pode escrever. Quem quiser criar uma coluna permanente criamos e for uma opinião única também publicamos na página de opinião e análise. Tu, já agora, es um exemplo de quem publicou artigos em jornais onde eu fui director. Lembras? O critério foi o mesmo.
Jaime Langa E mais, Eugenio Chimbutane se não publicas nada no notícias é por culpa sua porque até já lhe convidei ou por falta de assunto para tratar. Criticar é muito fácil, criar e dar a cara para o debate isso sim exige C..LHÕES. parabéns ao Elísio Macamo, Lázaro bambo, Armindo Chavana, Gabriel Muthisse e outros combatentes que expoe as suas opinioes para debate sem se importar se vao gostar ou nao.
Lazaro Mauricio Bamo Jaime Langa o João Belo até foi ousado desta vez, nas outras vira fantasma e ataca disfarçado, uma espécie de lobo vestido a cabrito. Enfim, desculpa uma vez mais professor Elisio.
Jaime Langa Lazaro Mauricio Bamo disfarçado de que? João Belo? Come on! Que fantasma!. 
Lazaro Mauricio Bamo Eugenio Chimbutane ou seja João Belo. Boa noite

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