Opinião - Editorial | |||||||
Escrito por Redação em 21 Outubro 2013 | |||||||
O poder de Guebuza dentro do partido é incontestável. Os pronunciamentos de grandes figuras do partido – antes apologistas da resolução de quezílias no seio da Frelimo – fora do perímetro da formação política da Pereira do Lago não passa, na verdade, da perca de espaço dentro do mesmo. O que lhes sobra, actualmente, é gritar e espernear. O que significa, na realidade, que Guebuza tomou o poder e os demais, no seio do partido, estão apenas desesperados, mas não podem fazer absolutamente nada porque deixaram que lhes atassem os braços.
Portanto, a ideia de acabar com Dhlakama visa, no meu entender, extirpar qualquer espécie de oposição ao poder do Presidente da Frelimo. O perigo, se tal suceder, será o de Guebuza tornar-se dono e senhor do nosso destino dono colectivo. E isso representa uma enorme perigo para a liberdade de expressão neste rochedo à beira-mar.
Olhando para a situação actual já atingimos um ponto irreversível. O mais certo é Dhlakama morrer como Savimbi ou sair vivo e derrotado e desacreditado das matas de Gorongosa. E depois disso nem o voto será capaz de tirar a Frelimo do poder. O silêncio ou a compra da consciência de certa imprensa mostra o caminho que estamos a trilhar. Um caminho perigoso e sinuoso.
Espero estar errado, mas julgo que a morte certa de Dhlakama ou a sua rendição colocar-nos-á num país com liberdade aparente. Onde as eleições realizar-se-ão para mostrar ao ocidente que vivemos num país livre. Partidos como MDM servirão apenas para legitimar eleições onde a verdade das urnas será estuprada em benefício dos mesmos líderes de sempre. Eu já não tenho saudades do futuro.
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Governo confirma ataque à base de Afonso Dhlakama em Santunjira |
Destaques - Nacional |
Escrito por Victor Bulande em 21 Outubro 2013 |
Segundo Cristóvão Chume, porta-voz do Ministério da Defesa, “Na última conferência de imprensa dissemos que responderíamos a qualquer ataque, independentemente de quem quer que seja. Hoje, nós íamos atrás dos homens que atacaram as nossas forças, que por volta das 12 horas de hoje atacaram a nossa subunidade”.
“A nossa intenção era perseguir os homens até de onde eles tinham saído. Fomos atrás deles e foram até à base onde se encontrava o seu líder. Afonso Dhlakama e os seus homens fugiram e as Forças de Defesa e Segurança ocuparam Santunjira ”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa, que diz que as forças governamentais vão sempre responder a provocações.
Num outro desenvolvimento, Cristóvão Chume diz que não foi registada nenhuma baixa do lado das forças governamentais, muito menos no seio da comunidade. “Não conformamos nenhuma baixa do lado deles, nem da comunidade. (…) A nossa preocupação é retomar à vida normal das populações. Queremos apelar à calma e tranquilidade e serenidade aos diversos pronunciamentos que possam surgir. As Forças de Defesa e Segurança irão continuar a manter a ordem e tranquilidade incluindo em Sadjundjira como parte do território nacional”.
Não estamos em guerra mas continuaremos a reagir as provocações contra nossas forças concluiu Cristóvão Chume.
Entretanto o líder da Renamo, em fuga, afirmou ao jornal Canalmoz que está bem, mas perdeu o controlo das suas forças pelo que admite que possa haver retaliações sem que seja por ordens dadas por ele.
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