Isto tudo começou com o racismo. Corria o ano de 1995 e os loucos que se sentam no Parlamento decidiram pôr no Código Penal que as injúrias racistas passavam a ser crime! Então já não podia dizer na escola a um preto “vai para a tua terra, ó macaco!”? Uns anos mais tarde, nova mudança e pumba, veio a criminalização da injúria por religião, sexo, orientação sexual ou identidade de género. Um autêntico atentado à liberdade de expressão. Nous sommes Charlie, minha gente! Mas o Estado totalitário não ficou por aqui.
Em 2000, como se não houvesse tantos problemas mais importantes para tratar, foi a violência doméstica que passou a crime publico! Crime público, ou seja: mesmo que a mulher diga que quer levar no focinho e que um gajo só está a bater no que é dele, a queixa mantém-se! Vergonhoso. Um verdadeiro desrespeito pela vontade das próprias. Sim, porque a mim ninguém me diga que não há mulheres que gostam de levar. Algumas até se sentem valorizadas (não é, meninas?). E já dizia o outro: uma chapada bem dada nunca fez mal a ninguém.
Mas o pior veio agora. Depois de terem criminalizado até o assédio sexual, as mentes retorcidas que perseguem a nossa liberdade de expressão resolveram achar que a importunação sexual também devia ser crime. Escandaloso!
Dizem que foi por unanimidade, mas a mim ninguém me tira da cabeça que isto tem dedo das esganiçadas. Razão tinha o Dr. Henrique Monteiro, que alertou em boa hora aqui no Expresso que o “ridículo mundo do Bloco” queria era legislar especificamente sobre o assédio verbal: "Legislar sobre essa matéria é ridículo", garantiu. Quem nos avisa nosso amigo é.
Então um tipo roçar os seus genitais numa miúda que vai no autocarro ou virar-se para uma jovem na rua e dizer-lhe “enchia-te essa cona de leite” passou a ser crime? Inaceitável! Só mentes mesquinhas se lembrariam de tamanha perseguição a este tipo de relações livres entre as pessoas! A seguir a isto proíbem-nos de nos cumprimentarmos uns aos outros! Olhem para o que vos digo!
Sinceramente, Portugal já não respeita os seus varões.
Claro que há exceções. Um tal de Rui Sinel de Cordes, um dos heróis da luta que por estes dias se trava no país contra esta asfixia democrática, declarou logo no seu Facebook: “vamos fazer assim, meninas: eu vou continuar a mandar piropos. Se apresentarem queixa, serão violadas. É que se é para ir preso, ao menos vou de barriga cheia”.
Isto sim, é um humorista inteligente e desassombrado contra esta doentia diatribe legislativa. Valha-nos quem utiliza assim o riso para se pôr do lado dos oprimidos! Pena é que este vulto do mundo do espetáculo não estivesse no ativo em 1995 – na altura nem havia Sic Radical. Imagino-o a dizer corajosamente, contra a aprovação da injúria racista como crime: “vamos fazer assim, ó pretos: eu vou continuar a mandar insultos. Se apresentarem queixa, levam um tiro nos cornos. É que se é para ir preso, ao menos vou de barriga cheia”. Isto sim é afrontar o politicamente correto e os poderosos!
Dr. Balsemão, não vá em cantigas: este génio merece horário nobre.
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