Luanda - Niklaúdia Galiano “Neth” diz que tem dores nas relações sexuais, independentemente da posição ou do tamanho do órgão masculino. Já fez vários exames médicos para detectar o problema, mas os resultados são sempre negativos.
Fonte: Opais
Niklaúdia Galiano “Neth” revelou, em declarações ao Tribunal, que as agressões de que foi vítima, incluindo a introdução de jindungo nos seus órgãos genitais, continuam a provocar-lhe fortes dores de bexiga e a ausência do ciclo menstrual.Ao ser interrogada por Evaristo Maneco, defensor de Miguel Ventura Catraio (um dos supostos autores do crime que chocou Luanda), na Terça-feira, esclareceu que sente dores sempre que mantém relações sexuais, independentemente da posição ou do tamanho do órgão masculino.
“Se estivesse concebida, a esta altura a minha barriga já estaria grande (falta da menstruação), tendo em conta que estou nesta situação desde Abril. Data em que ocorreram os factos”, respondeu.
Explicou que já foi submetida a vários exames médicos para constatar o que se está a passar e todos resultaram negativos, por isso pediu a ajuda do causídico com vista a solucionar o problema.
Confrontada com as declarações prestadas na fase de instrução processual, nas quais dizia que Miguel Catraio saiu do quarto por alguns instantes e no seu regresso, deparou- se com as demais arguidas à espancá-la, Neth confirmou a sua veracidade. Esse depoimento contraria a versão inicialmente apresentada à instância do seu defensor, segundo a qual, o arguido teria presenciado a barbárie que ocorreu numa das suites do Hotel Confidente, em Luanda.
Nos extratos lidos na 14ª Secção do Tribunal Provincial de Luanda, onde decorre o julgamento, a queixosa diz que não partiu do antigo vice-governador de Luanda para o sector Económico a ordem de agressão e, por outro lado, que tal só aconteceu na sua ausência. Neth contrariou-se afirmando tê-lo visto no quarto, antes e depois do desmaio em que caira, em consequência dos efeitos do jindungo. Refutou a acusação de que as agressoras terão sido motivadas por ela ter supostamente tentado seduzir o ex-governante, feitas pela a sua amiga Justina Mufuma Lukoque “Jussila”, com quem ele tem um filho de três anos, aquando do seu interrogatório. Posição que foi reafirmada pelo próprio.
“Não lhe concedi autorização para me tirar a blusa. Até porque não houve tempo para dizer sim ou não, visto que assim que chegamos ao quarto do hotel ele saiu de imediato para falar ao telefone. No regresso, tirou-me a roupa e, de seguida, entraram as agressoras”, declarou. Este processo tem ainda como arguidas as irmãs Mayamba Brígida dos Santos e Justina Mufuma Lukoque “Jussila”, Miguel Catraio, Maria do Céu e Rita de Fátima Pegado.
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