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O Novo Banco e o Banif foram uma espécie de elefantes na sala da coligação de esquerda ao longo dos dois dias de debate do programa de Governo que ‘aprovou’ António Costa como primeiro-ministro em pleno exercício de funções. Mas não só. Foram a evidência da dificuldade que Costa vai ter em domar os seus parceiros de coligação parlamentar – o BE e o PCP - e em alinhar interesses políticos que segurem o Governo.
O debate parlamentar foi longo, demasiado centrado na legitimidade política de António Costa por responsabilidade de Passos e Portas, que ainda não aprenderam a ser oposição, e chegou a arrastar-se sem alma. Serviu para marcar um fim de ciclo de um período político que, também ele, já durava há demasiado tempo. Falou-se pouco do que deveria ter sido o centro do debate, a estratégia arriscada de Costa e Centeno para contrariar a política de empobrecimento. Como se fosse possível esquecer quem era governo em 2011 e como se fosse possível sair de uma bancarrota sem custos.
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