Minutos antes, PSD manifestara igualmente disponibilidade para averiguar o processo de capitalização e venda do banco.
O CDS-PP anunciou esta segunda-feira que é "natural e absolutamente a favor de uma comissão de inquérito sobre o processo do Banif", considerando que "quanto mais se souber e mais depressa se souber, melhor".
"O CDS é natural e absolutamente a favor de uma comissão de inquérito sobre o processo do Banif. Quanto mais se souber e mais depressa se souber, melhor", disse fonte da direcção do grupo parlamentar centrista, sem acrescentar mais nenhum comentário ou esclarecimento quer sobre a decisão anunciada no domingo pelo primeiro-ministro, António Costa, quer sobre o âmbito da eventual comissão de inquérito.
O PSD, com quem o CDS-PP esteve no anterior governo, anunciou também nesta segunda-feira a disponibilidade para uma comissão parlamentar de inquérito, que permita averiguar as razões que justificaram a capitalização do banco, em 2012, até à decisão anunciada no domingo.
António Leitão Amaro não quis comentar as eventuais responsabilidades do anterior governo PSD/CDS-PP num arrastar da situação que tivesse prejudicado a solução que foi concretizada pelo actual executivo, mas disse que "na anterior resolução", do BES, optou-se "por uma participação muito mais significativa das instituições financeiras, enquanto neste caso do Banif o Governo e Banco de Portugal optaram por chamar a uma participação directa e muito elevada os contribuintes".
O deputado social-democrata reiterou duas ideias: a de que não existe ainda informação suficiente e a de que o Estado e o banco tentaram vender o banco para evitar uma resolução.
O Governo e o Banco de Portugal decidiram no domingo a venda da actividade do Banif e da maior parte dos seus activos e passivos ao Banco Santander Totta por 150 milhões de euros, anunciou o Banco de Portugal em comunicado.
A alienação foi tomada "no contexto de uma medida de resolução" pelas "imposições das instituições europeias e inviabilização da venda voluntária do Banif", segundo o comunicado.
A operação "envolve um apoio público estimado em 2.255 milhões de euros que visam cobrir contingências futuras, dos quais 489 milhões de euros pelo Fundo de Resolução e 1.766 milhões directamente do Estado", disse o banco central, garantindo que esta solução "é a que melhor protege a estabilidade do sistema financeiro português".
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