DESCONHECIDOS ainda a monte roubaram há dias, no Arquivo do Património Cultural (ARPAC), em Pemba, valiosos objectos históricos para o estudo da história da expansão e ocupação colonial portuguesa, em Moçambique, particularmente à província de Cabo Delgado.
O alvo do roubo foram o busto da Rainha Maria Amélia Luísa Helena de Orleães e de Jerónimo Romero, patrona da ex-vila de Porto Amélia e governador do então distrito militar de Cabo Delgado, respectivamente.
Dados apurados pelo nosso Jornal junto da Direcção de Cultura e Turismo da Cidade de Pemba, especificamente no Instituto de Investigação Sociocultural (ARPAC), indicam que os ladrões, também furtaram um terceiro busto, desta feita do então estadista português, António de Oliveira Salazar.
O material histórico estava guardado numa espécie de arrecadação improvisada, que se localiza na parte traseira do edifício da Direcção de Cultura da Cidade de Pemba, mais concretamente debaixo das que conduzem aos andares superiores daquele imóvel.
O alvo do roubo foram o busto da Rainha Maria Amélia Luísa Helena de Orleães e de Jerónimo Romero, patrona da ex-vila de Porto Amélia e governador do então distrito militar de Cabo Delgado, respectivamente.
Dados apurados pelo nosso Jornal junto da Direcção de Cultura e Turismo da Cidade de Pemba, especificamente no Instituto de Investigação Sociocultural (ARPAC), indicam que os ladrões, também furtaram um terceiro busto, desta feita do então estadista português, António de Oliveira Salazar.
O material histórico estava guardado numa espécie de arrecadação improvisada, que se localiza na parte traseira do edifício da Direcção de Cultura da Cidade de Pemba, mais concretamente debaixo das que conduzem aos andares superiores daquele imóvel.
Segundo apuramos, no período que se seguiu à independência nacional, os objectos foram retirados dos locais onde tinham sido colocados pelo então Governo colonial. Depois de diversas transferências e mudança de local de arrecadação, somente em 2011 viriam a ser depositados, definitivamente, no edifício onde funciona a actual Direcção da Cultura e Turismo ao nível da cidade de Pemba, local onde, para o infortúnio da ciência, foram roubados.
Em conexão com o acto está detido um cidadão, cuja identidade não apuramos, que até à altura desempenhava as funções de guarda.
Consta que na data em que ocorreu o furto, aquele teria incompreensivelmente se ausentado na parte da manhã do seu posto de trabalho para se dirigir à sua casa, de onde só regressou quando eram cerca das 17.00 horas e só 1 hora depois, às 18.00 horas, comunicaria o sucedido aos seus superiores hierárquicos.
Apuramos que cada um dos bustos, feitos em bronze, só podia ser transportado por pouco mais de cinco pessoas porque, segundo a informação a que tivemos acesso, são muito pesados.
A nossa Reportagem procurou a porta-voz do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), Malva Brito, para entre, outras questões, tentar saber a cerca das possíveis motivações do roubo, isto é, se foi por intuito histórico (roubo de objectos históricos, uma prática considerada comum na Europa) ou de “caça” aos metais (uma vez que os bustos eram feitos de bronze).
Tal propósito não foi alcançado porque, segundo tivemos conhecimento, aquela oficial se encontrava, na altura, no distrito de Mocímboa da Praia, em serviço.
Consultas bibliográficas feitas pela nossa Reportagem sobre a vida das três personagens, cujos bustos foram roubados, permitiram saber que Maria Amélia Luísa Helena de Orleães, foi uma das rainhas de Portugal (1889), na sequência da subida ao trono do Rei D. Carlos, por via de sucessão do seu pai, que perdera a vida.
Jerónimo Romero, um tenente da Armada Portuguesa, foi governador do então distrito militar de Cabo Delgado. Romero foi comandante da escuna de guerra denominada por "Angra", que zarpou do Tejo a 21 de Junho de 1857 com destino a actual Pemba, levando a bordo 60 colonos (homens e mulheres) com a missão específica emanada pela coroa portuguesa, de edificar ali uma colónia com gente branca.
Já António de Oliveira Salazar foi um estadista e nacionalista português que, além de chefiar diversos ministérios, foi presidente do Conselho de Ministros e precursor da ocupação e manutenção das colónias portuguesas no mundo, incluindo Moçambique.
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NOTÍCIAS – 19.12.2015
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