Por Iolando Lourenço, da Agência Brasil | Agência Brasil – 6 horas atrás
As manifestações de partidos da oposição na Câmara em defesa da abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e os protestos contra o presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), levaram a Polícia Legislativa a efetuar na quarta-feira (4) a prisão do assessor da liderança do PT, Jonas Tolocka, do secretário-geral da União dos Estudantes (UNE), Tiago Ferreira (Tiago Pará), e de Carla Bueno Chahil. Os detidos foram levados ao Departamento de Polícia Legislativa onde prestaram depoimentos e foram liberados em seguida.
Durante a entrevista, dois manifestantes: Tiago Pará e Carla Bueno - contrários à permanência de Cunha na Presidência da Câmara - gritaram: “trouxeram sua encomenda da Suíça” e jogaram sobre Cunha várias cédulas falsas de dólares com uma foto do deputado no centro. Os policiais agiram rápido e conduziram os manifestantes até o Depol para a tomada dos depoimentos.
Cunha continuou a entrevista e disse que irá “restabelecer a ordem” na Câmara e que não vai se intimidar com a atitude de “um militante contratado”. “Não vou por causa de um militante encomendado para fazer agressão, me intimidar e constranger... Não vou pautar a minha atuação por causa de um militante. Vou impor a ordem à Casa, pode ter certeza”, disse.
Pouco antes, deputados da oposição colocaram um painel em uma parede do Salão Verde da Câmara para que os parlamentares favoráveis ao impeachment pudessem assinar. Inconformada com o painel, a deputada Moema Gramacho (PT-BA) pediu ao presidente da Câmara para que o painel fosse retirado do local. Após o pedido, alguns manifestantes contrários ao impeachment se aproximaram do painel e ai começou o tumulto entre grupos contrários e defensores da cassação.
O deputado Alexandre Leite (DEM-SP) disse que um assessor do PT, Jonas Tolocka, teria puxado o painel e dado cotoveladas em manifestantes favoráveis ao impeachment. O deputado então determinou aos policiais da Casa que tomassem o crachá do assessor e que o prendessem. Deputados petistas protestaram.
Houve empurra-empurra entre defensores e grupos contrários à abertura do processo de cassação. Com o tumulto, os policiais da Câmara, acompanhados de deputados da oposição e do PT, conduziram o assessor ao Departamento de Polícia Legislativa (Depol) para tomar o depoimento.
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