23 de Novembro, 2015
A 55ª Assembleia Geral Anual da OIAC, cuja abertura oficial tem lugar apenas amanhã, conta ainda com o Director Executivo da Organização Internacional do Café (OIC), a Comissária da União Africana para a Economia Rural e Agricultura, peritos, produtores nacionais, sociedade civil, entre outros, com destaque para o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
A agenda da 55ª Assembleia Geral Anual da OIAC compreende várias actividades paralelas, como reuniões técnicas, debates temáticos e encontros de negócios. Hoje mesmo tem lugar a 11ª Assembleia Geral da Rede de Pesquisa do Café Africano (ACRN), e quarta-feira o “Simpósio do Café Africano”, dedicado ao “Género e à Juventude na Indústria do Café em África”. A 11ª Assembleia Geral da ACRN tem duração de quatro dias. Além de eleger novos membros do Comité de Coordenação, os membros da ACRN devem aprovar vários documentos, com destaque para os relatórios da Comissão de Coordenação realizada em Novembro de 2013 em Lomé, e de Actividades da ACRN de Outubro de 2013 até Setembro de 2015, assim como o Programa de Trabalho e o Orçamento para 2015/17. Estão também previstas conferências temáticas, em que especialistas do café vão falar sobre “Parceria do Café sustentável em África”, “Proposta do Fundo do Desenvolvimento do Café Africano” e o “Potencial para a transformação da Indústria do Café Africano”.
Papel da Mulher
Produtores e especialistas vão falar ainda sobre o papel da mulher na produção do café, a necessidade do envolvimento dos jovens e sobre o caminho para a verdadeira sustentabilidade para o café no continente africano. Na assembleia participam, entre outros, membros do Conselho de Administração de Angola, Camarões, Etiópia, Costa do Marfim, Quénia, Uganda e Tanzânia, ministros dos Estados membros, associados, observadores e homens de negócios que operam no sector do café.
O café é fundamental para a economia de muitos países em desenvolvimento.Para muitos países com desenvolvimento mínimo, a exportação de café chega a contribuir com até 70 por cento das divisas. Isso demonstra o quão importante é a actividade cafeeira no processo de estruturação das economias dos países produtores, a ponto de alguns deles poderem entrar em colapso, no caso de um grave desequilíbrio no mercado, como o caso da baixa permanente de preços, devido ao excesso de oferta.
Café em Angola
Angola já teve os seus tempos áureos como país produtor de café. Angola chegou a 3º no ranking mundial, com exportações a atingirem as 200 mil toneladas, em 1973. Mas o sector foi gravemente afectado pela guerra e é justamente a partir de 2002, depois de alcançar a paz definitiva, que a produção de café começou a dar alguns sinais de crescimento.
O Instituto Nacional do Café (INCA), órgão do Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, é o responsável pela execução prática das políticas do Governo. O INCA tem realizado programas de relançamento da produção e desenvolvimento a nível das dez províncias produtoras de café no País, Cabinda, Bengo, Cuanza Sul e Norte, Uíge, Benguela, Huambo, Bié, Malanje e Huíla, tanto a nível da produção e assistência técnica, como da comercialização e da industrialização.
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